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III Ciclo de Palestras Intercursos – UFSC 22 de setembro de 2010

III Ciclo de Palestras Intercursos – UFSC 22 de setembro de 2010. Profª . Ms . Marcia de Vicente Cesa. Condições hídricas e socioambientais e as doenças de veiculação hídrica. Água e saúde.

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III Ciclo de Palestras Intercursos – UFSC 22 de setembro de 2010

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  1. III Ciclo de Palestras Intercursos – UFSC22 de setembro de 2010 Profª. Ms. Marcia de Vicente Cesa Condições hídricas e socioambientais e as doenças de veiculação hídrica.

  2. Água e saúde • Os recursos hídricos são fundamentais para a existência da vida na Terra. A ocupação humana influencia na qualidade da água e do ambiente como um todo. • Usos: agricultura, indústria e consumo humano; lazer, navegação, energia, pesca, dessedentação de animais, manutenção dos ecossistemas, diluição de poluentes, lançamento de dejetos • Ocupação desordenada prejudica recursos hídricos = qualidade e quantidade.

  3. Ciclo hidrológico ou sócio hidroecológico (Sr. Flávio (SDS) – homem altera o ciclo – a água pode adquirir uma série de impurezas. Com as inundações, situação se agrava. Por que?

  4. Escoamento superficial: lava a superfície, conduz e espalha as impurezas presentes nos dejetos.

  5. Bairro popular de Brasília Fonte das Imagens: www.google.com.br/imagens

  6. As características da água podem ser agrupadas em três categorias: físicas, químicas e biológicas. • Mota (1995) afirma que o ser humano contamina-se com o uso da água quando a poluição do recurso é suficiente para levar prejuízos a sua saúde, e pode ser um importante meio de transmissão de doenças, por meio das DOENÇAS DE VEICULAÇÃO HÍDRICA – DVH • Em função dos usos a ela atribuídos, são determinados valores para os limites de impurezas (Resolução CONAMA 357/2005)

  7. As águas são classificadas em doces, salobras e salinas e para cada uma são estipulados os usos e os padrões de qualidade requeridos. • A Portaria Nº 518/2004 estabelece os padrões de controle da qualidade para a água de consumo. • As doenças de veiculação hídrica têm a sua fonte de origem nas interações entre o homem e o ambiente. • Como cada configuração espacial vai abrigar um tipo de população, então a sua localização no território pode estar em maior ou menor proporção exposta a riscos de contrair doenças.

  8. Ocorrência de doenças associada há vários fatores: ambientais, sociais e culturais que estão relacionados ao tipo de organização espacial da sociedade. • A forma como o homem utiliza a água pode resultar em situações que degradam a sua qualidade, tornam o ambiente insalubre e aumenta os risco daqueles que dela se utilizam. • Muitas das bactérias presentes na água, provém do contato com o ar, o solo, animais e plantas em decomposição e material fecal.

  9. Final da década de 1970, iniciaram-se esforços para estudar as doenças infecciosas sob o enfoque das ações mais adequadas para controlá-las (HELLER, 1997) • A classificação das doenças de veiculação hídrica origina-se do entendimento dos mecanismos de transmissão, que se agrupam em quatro categorias: • 1. Transmissão hídrica: ocorre quando o patógeno encontra-se na água que é ingerida;

  10. 2. Transmissão relacionada com a higiene: identificada como aquela que pode ser interrompida pela implantação da higiene pessoal e doméstica; • 3. Transmissão baseada na água: caracterizada quando o patógeno desenvolve parte de seu ciclo vital em um animal aquático; • 4. Transmissão por um inseto vetor: na qual insetos que procriam na água ou cuja picada ocorre próximo a ela são os transmissores • Acrescenta-se a estas divisões a ingestão de organismos cujo habitat é a água. Qualidade da água imprópria interfere na qualidade do organismo aquático = risco para consumo

  11. Classificação Ambiental das infecções relacionadas com a água Fonte: Cairncross & Feachem (1990, apud Heller, 1997).

  12. Costa et al. (2002) elaboraram uma nova classificação: DOENÇAS RELACIONADAS A UM SANEAMENTO AMBIENTAL INADEQUADO (DRSAI)

  13. Fonte: Adaptado de Figueiredo (1994)

  14. Principais vias de transmissão de agentes patógenos relacionados com a água. Fonte: OMS (2006, p. 119)

  15. Principais organismos presentes na água

  16. Alguns patógenos transmitidos pela água podem produzir enfermidades graves e, até mortais: a febre tifóide, o cólera, a hepatite infecciosa do tipo A e Ee as doenças causadas por Shigellaspp. e E.coli 0157. • Calcula-se que nadar em mares poluídos causa 250 milhões de casos anuais de gastroenterites e enfermidades das vias aéreas superiores. • A giardíase é “neste momento, a maior doença de origem hídrica nos países desenvolvidos, admitindo-se que cerca de 7% da população norte-americana seja constituída por portadores da doença, e que o número de infecções no mundo atinja 200 milhões” de pessoas (MENDES E OLIVEIRA, 2004)

  17. Gatrell (2001, p. 216) afirma que, “o cólera continua a ser uma das principais causas de mortalidade em todo o mundo”. • Sabe-se que existe uma estreita ligação entre a forma como a população se organiza no espaço, os recursos hídricos, o saneamento e a saúde, desta forma, fez-se um trabalho em uma área de Florianópolis para analisar esta relação.

  18. Estudo de caso: As condições hídricas e socioambientais e os reflexos na saúde da população do Ribeirão da ilha – florianópolis/ sc – 2008.

  19. Localização da área de estudo .

  20. A população destas localidades cresceu sem a infra-estrutura de saneamento ambiental adequada, logo seus dejetos são dispostos de forma direta ou indireta nos rios e córregos. As águas dos rios, córregos e o mar que os recebe podem conter patógenos e compostos químicos que oferecem riscos à saúde de quem os utiliza OBJETIVO: Analisar a relação entre o ambiente, as políticas de saneamento e a ocorrência de doenças de veiculação hídrica nas localidades da Tapera da Base e do Alto Ribeirão no Sudoeste da Ilha de Santa Catarina

  21. Modelo conceitual FPEEEA - explica os determinantes sobre os efeitos na saúde e no meio ambiente e facilita a compreensão das relações entre saúde e ambiente. • construiu-se modelo esquemático para a análise da relação entre o ambiente, o saneamento e a saúde, no que se refere as DVH’s.

  22. Definiu-se três eixos de estudo: • 1. Ambiente: ênfase na qualidade da água dos rios Alto Ribeirão e Ribeirão do Porto e da Baía do Ribeirão e nas características topográficas. • 2. Saneamento: análise das condições sanitárias (abastecimento de água, sistemas de esgotos e resíduos sólidos) • 3. Epidemiológico: análise da situação das doenças de veiculação hídrica nas localidades da Tapera da Base e Alto Ribeirão.

  23. ATIVIDADES DE CAMPO: . Observação dos tipos de habitações e sua situação em relação à proximidade com o curso d’ água; . presença de lixo, terreno baldio; . situação dos rios quanto ao despejo de efluentes domésticos, drenagem pluvial. . Definição dos pontos de coleta de água

  24. COLETAS DE ÁGUA . 4 coletas em 3 pontos nos rios Alto Ribeirão e Ribeirão do Porto, e 2 pontos na Baía do Ribeirão, nos meses de março, julho e outubro. . Parâmetros analisados: pH, temperatura, oxigênio dissolvido, demanda bioquímica de oxigênio, fosfatos, cloretos, condutividade, nitrato, nitrito, amônia e coliformes totais e fecais. . Análise do berbigão (Anomalocardia brasiliana) – bioindicador – 2 coletas

  25. As doenças de veiculação hídrica: selecionadas de acordo com a classificação das doenças infecciosas veiculadas pela água e excretas. Dividiu em 5 grupos: Grupo A: Doenças diarréicas Grupo B: Verminoses Grupo C: Doenças de pele Grupo D: Doenças dos olhos Grupo E: Baseadas na água • Foram analisadas sobre três aspectos para o período 2002-2006 • 1) A proporção de DVH no total de atendimentos para cada um dos grupos na área de estudo. • 2. Relação entre pluviosidade e ocorrência de doenças. • 3. Relação entre as médias percentuais da área de estudo e as médias do município.

  26. RESULTADOS E DISCUSSÕES 1. Processo de degradação ambiental evidenciado pela forma como está se efetuando a ocupação humana ao longo das encostas e da orla da Baía Sul; 2. Quase metade da população da Tapera da Base está situada sobre depósitos holocênicos entre 1 e 3 metros de altitude, com lençol freático alto e sujeito as alterações das marés;

  27. 3. Os resultados da análise da qualidade da água indicaram poluição fecal em 75% dos pontos analisados. • Parâmetros como coliformes fecais, DBO5, O2, amônia, nitrato e nitrito, fosfatos apresentaram valores acima do permitido. • 4. Saneamento básico: na área de estudo não há coleta e tratamento de esgotos e nem drenagem pluvial adequada. População utiliza soluções individuais. Há presença de lixo nos rios e ruas.

  28. Situação do Rio Ribeirão do Porto – Tapera da Base

  29. 5. Doenças de veiculação hídrica - Números absolutos: dados sugerem que pode estar havendo uma subnotificação dos casos, - Relação de similaridade entre a maior pluviosidade e a maior ocorrência das doenças de veiculação hídrica

  30. - No quadro abaixo, observa-se que as médias das ocorrências de DVH na Tapera da Base foram maiores do que a média do município. Quadro 1 – Médias de ocorrências proporcionais de DVH na Tapera da Base, Alto Ribeirão e Florianópolis do período 2002-2006.

  31. Considerações finais • Risco muito maior de contrair as doenças de veiculação hídrica pela população da Tapera da Base, do que a do restante do Município. • A Tapera da Base apresentou médias acima das encontradas para o município. Considerando-se a qualidade da água dos rios, o fato de quase metade da população estar alocada em áreas inundáveis e a questão de não haver tratamento adequado para os dejetos, fica clara a ligação entre a qualidade do ambiente e a maior ocorrência destas doenças. • Conclui-se que a ocupação da área de estudo sem as políticas de saneamento ambiental adequadas já está se refletindo no aumento das doenças de veiculação hídrica.

  32. OBRIGADA PELA ATENÇÃO! marciacesa@hotmail.com

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