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17.02 - O Animismo II 2021 abr 21

Estudos Dirigidos sobre Espiritualidade.

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17.02 - O Animismo II 2021 abr 21

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Presentation Transcript


  1. Estudos Dirigidos O Animismo Voltamos com o nosso assunto... pericliscb@outlook.com

  2. Estudos Dirigidos O Animismo Iremos incluir aqui o conceito dado por Alexandre Aksakof sobre o animismo, em seu livro “Animismo e Espiritismo”. Volume 1 e 2 pericliscb@outlook.com

  3. Estudos Dirigidos O Animismo Porém, além do conceito sobre animismo, também incluiremos o termo Personismo e Espiritismo. Ou seja, daremos os três conceitos de Alexandre Aksakof que, segundo as suas hipóteses, podem ocorrer em um fenômeno mediúnico: Personismo, Animismo e Espiritismo. Volume 1 e 2 pericliscb@outlook.com

  4. (...) temos à nossa disposição não uma, porém três hipóteses, susce-tíveis de fornecer a explicação dos fenômenos mediúnicos, hipóteses cada uma das quais tem a sua razão de ser para a interpretação de uma série de fatos determinados; por conseguinte, podemos classifi-car todos os fenômenos mediúnicos em três grandes categorias que se poderiam designar da maneira seguinte: 1° - Personismo Fenômenos psíquicos inconscientes, produzindo-se nos limites da es-fera corpórea do médium, ou intramediúnicos, cujo caráter distintivo é, principalmente, a personificação, isto é, a apropriação (ou adoção) do nome e muitas vezes do caráter de uma personalidade estranha à do médium. Prefácio da Edição Alemã Volume 1 e 2 Tais são os fenômenos elementares do mediunismo: a mesa falante, a escrita e a palavra inconsciente. Temos aqui a primeira e a mais simples manifestação do desdobramento da consciência, esse fenômeno fundamental do mediunismo. CONTINUA

  5. Os fatos dessa categoria nos revelam o grande fenômeno da duali-dade do ser psíquico, da não identidade do “eu” individual, interior, inconsciente, com o “eu” pessoal, exterior e consciente; eles nos provam que a totalidade do ser psíquico, seu centro de gravidade, não está no “eu” pessoal; que esse último não é mais do que a ma-nifestação fenomenal do “eu” individual (numenal); que, por conse-guinte, os elementos dessa fenomenalidade (necessariamente pes-soais) podem ter um caráter múltiplo — normal, anormal ou fictício —, segundo as condições do organismo (sono natural, sonambulis-mo, mediunismo). (...) Prefácio da Edição Alemã Volume 1 e 2 Por sua etimologia, a palavra pessoa seria inteiramente apta para justificar o sentido que convém dar à palavra personismo. No latim persona se referia antigamente à máscara que os atores colocavam no rosto para representar a comédia, e mais tarde se designou por esta palavra o próprio ator. CONTINUA

  6. 2° - Animismo Fenômenos psíquicos inconscientes se produzidos fora dos limites da esfera corpórea do médium ou extramediúnicos (transmissão do pensamento, telepatia, telecinesia, movimentos de objetos sem con-tato, materialização). Temos aqui a manifestação culminante do desdobramento psíquico; os elementos da personalidade transpõem os limites do corpo e ma-nifestam-se, à distância, por efeitos não somente psíquicos, porém ainda físicos e mesmo plásticos, e indo até à plena exteriorização ou Prefácio da Edição Alemã objetivação, provando por esse meio que um elemento psíquico pode ser, não somente um simples fenômeno de consciência, mas ainda um centro de força substancial pensante e organizadora, podendo também, por conseguinte, organizar temporariamente um simu-lacro de órgão, visível ou invisível, e produzindo efeitos físicos. Volume 1 e 2 A palavra alma (anima), com o sentido que tem geralmente no Espiritismo e no Espiritualismo, justifica plenamente o emprego da palavra animismo. Segundo a noção espirítica, a alma não é o “eu” individual (que pertence ao Espírito), porém o envoltório, o corpo fluídico ou espiritual desse “eu”. CONTINUA

  7. Por conseguinte, nós teríamos, nos fenômenos anímicos, manifesta-ções da alma, como entidade substancial, o que explicaria o fato de essas manifestações poderem revestir também um caráter físico ou plástico, segundo o grau de desagregação do corpo fluídico ou do “perispírito”, ou ainda do “metaorganismo”, segundo a expressão de Hellenbach. E, como a personalidade é o resultado direto do nosso organismo terrestre, segue-se dai naturalmente que os elementos anímicos (pertencentes ao organismo espiritual) são também os portadores da personalidade. Prefácio da Edição Alemã Volume 1 e 2 CONTINUA

  8. (...) o estudo do animismo deve preceder o do Espiritismo. Sendo os fenômenos anímicos bem estabelecidos, o exame da hipótese espi-rítica não oferecerá mais dificuldades insuperáveis quando se nos depararem fatos que o animismo já não pode explicar; ele nos per-mite preparar o caminho e afastar todas as objeções que geralmente se opõem ao Espiritismo. É ele que nos conduz passo a passo à con-vicção de que o que é possível a um homem vivo é igualmente a um homem morto. Capítulo IV A Hipótese dos Espíritos Volume 1 e 2 CONTINUA

  9. 3° - Espiritismo Fenômenos de personismo e de animismo na aparência, porém que reconhecem uma causa extramediúnica, supraterrestre, isto é, fora da esfera da nossa existência. Temos aqui a manifestação terrestre do “eu” individual por meio da-queles elementos da personalidade que tiveram a força de manter-se em roda do centro individual, depois de sua separação do corpo, e que se podem manifestar pela mediunidade ou pela associação com os elementos psíquicos homogêneos de um ser vivo. Prefácio da Edição Alemã Isso faz que os fenômenos do Espiritismo, quanto ao seu modo de manifestação, sejam semelhantes aos do personismo e do animismo, e não se distinga deles a não ser pelo conteúdo intelectual que trai uma personalidade independente. Volume 1 e 2 CONTINUA

  10. Uma vez admitidos os fatos dessa última categoria, claro é que a hi-pótese que daí resulta pode igualmente ser aplicada aos fatos das duas primeiras categorias; ela não é mais do que o desenvolvimento ulterior das hipóteses precedentes. A única dificuldade que se apre-senta é que, muitas vezes, as três hipóteses podem servir com o mesmo fundamento para a explicação de um só e mesmo fato. Assim, um simples fenômeno de personismo poderia também ser um caso de animismo ou de Espiritismo. O problema é pois decidir a qual dessas hipóteses é preciso atender, pois que se enganaria quem pensasse que uma só é bastante para dominar todos os fatos. A crí-tica proíbe ir além da que basta para a explicação do caso submetido à análise. Prefácio da Edição Alemã Volume 1 e 2 CONTINUA

  11. Assim, pois, o grande erro dos partidários do Espiritismo é ter querido atribuir todos os fenômenos, geralmente conhecidos sob esse nome, aos “espíritos”. Este nome, por si só, basta para nos insinuar em um mau caminho. Ele deve ser substituído por um outro, por um termo genérico, não envolvendo hipótese alguma, doutrina alguma, como por exemplo à palavra mediunismo, denominação que desde muito tempo introduzimos na Rússia. Prefácio da Edição Alemã Toda verdade nova, no domínio das ciências naturais, faz seu cami-nho lentamente, gradualmente, porém seguramente. Volume 1 e 2 FIM

  12. Hoje, graças às experiências hipnóticas, a noção da personalidade sofre uma completa revolução. Não é mais uma unidade consciente, simples e permanente, como o afirmava a antiga escola, porém uma “coordenação psicológica”, um conjunto coerente, um consenso, uma síntese, uma associação dos fenômenos da consciência, enfim, um agregado de elementos psíqui-cos; por conseguinte, uma parte desses elementos pode, em certas condições, se dissociar, se destacar do núcleo central, a tal ponto que esses elementos tomem por temporário o caráter de uma persona-lidade independente. Prefácio da Edição Alemã Volume 1 e 2 Eis uma explicação provisória das variações e dos desdobramentos da personalidade, observados no sonambulismo e no hipnotismo. CONTINUA

  13. Se a Ciência não tivesse desprezado os fatos do magnetismo animal, desde o começo, os seus estudos sobre a personalidade teriam dado um passo imenso e teriam entrado no domínio do saber comum; o vulgo se teria então comportado de modo diferente a respeito do Espiritismo, e a Ciência não teria tardado em ver, nesses fenômenos superiores, um novo desenvolvimento da desagregação psicológica, e essa hipótese com certos desenvolvimentos teria podido também se aplicar até a todos os outros gêneros de fenômenos mediúnicos; assim nos fenômenos superiores de ordem física (movimentos de objetos sem contato, etc.), ela teria visto um fenômeno de desagregação de efeito físico, e, nos fatos de materialização, um fenômeno de desagregação de efeito plástico. Prefácio da Edição Alemã Volume 1 e 2 Um médium, conforme essa terminologia, seria um indivíduo no qual o estado de desagregação psicológica sobrevém facilmente, no qual, para empregar a expressão do Senhor Janet, “o poder de síntese psíquica fica enfraquecido e deixa escapar-se, para fora da percepção pessoal, um número mais ou menos considerável de fenômenos psico-lógicos”. CONTINUA

  14. Como o Hipnotismo é em nossos dias um instrumento por meio do qual certos fenômenos de automatismo psicológico (de dissociação dos fenômenos da consciência, ou de desagregação mental) podem ser obtidos à vontade e submetidos à experimentação, com o mesmo fundamento, não hesitamos em afirmar que o Hipnotismo tornar-se-á em breve um instrumento por meio do qual quase todos os fenômenos do Animismo poderão ser submetidos a uma experimen-tação positiva, obedecendo à vontade do homem; a sugestão será o instrumento por meio do qual a desagregação psíquica transporá os limites do corpo e produzirá efeitos físicos à vontade. Prefácio da Edição Alemã Volume 1 e 2 Será também o primeiro passo para a produção à vontade de um efeito plástico, e o fenômeno conhecido em nossos dias sob o nome de “materialização” receberá o seu batismo científico. Tudo isso importa necessariamente na modificação das doutrinas psicológicas e as conduzirá a ponto de vista monístico, segundo o qual cada elemento psíquico é portador não só de uma forma de consciência, como ainda de uma força organizadora. CONTINUA

  15. Dissecando a personalidade, a experimentação psicológica chegará a encontrar a individualidade, que é o núcleo transcendente das forças indissociáveis, em roda do qual vêm grupar-se os elementos múltiplos e dissociáveis que constituem a personalidade. E então que o Espiritismo fará valer os seus direitos. Somente ele pôde provar a existência e a persistência metafísica do indivíduo. Prefácio da Edição Alemã E chegará o tempo em que, no ápice da possante pirâmide que a Ciência há de elevar com os inumeráveis materiais reunidos no domínio dos fatos não menos positivos quão transcendentes, ver-se-ão brilhar, acesos pelas mãos da própria Ciência, os fogos sagrados da Imortalidade. Volume 1 e 2 FIM

  16. (...) no organismo humano há uma consciência interior, que é dota-da de uma vontade e de uma razão individuais, agindo independen-temente da consciência exterior que conhecemos; que a ação dessa consciência interior não é adstrita aos limites de nosso corpo, que ela possui a faculdade de entrar em comunhão intelectual, passiva e ativa, com os seres humanos, quero dizer: que ela pode não somen-te receber (ou arrogar-se) as impressões que emanam da atividade inteligente de uma consciência estranha (quer interior, quer exte-rior), como ainda transmitir a essa última as suas próprias impres-sões, sem o auxílio dos sentidos corpóreos (transmissão de pensa-mentos); ainda mais, somos coagidos a admitir que essa consciência interior é dotada da faculdade de perceber as coisas presentes e passadas, no mundo físico como no mundo intelectual, e que esse dom de percepção não é limitado pelo tempo nem pelo espaço, e não depende de qualquer das fontes conhecidas de informações (clarividência). (...) Capítulo IV A Hipótese dos Espíritos Volume 1 e 2 (...) Em resumo, o estudo dos fenômenos mediúnicos nos força a aceitar as duas verdades seguintes, fazendo abstração de qualquer hipótese espírita: CONTINUA

  17. 1) Existe no homem uma consciência interior, na aparência indepen-dente da consciência exterior, e que é dotada de uma vontade e de uma inteligência que lhe são próprias, assim como de uma faculdade de percepção extraordinária; essa consciência interior não é conheci-da da consciência exterior nem influenciada por ela; não é uma sim-ples manifestação dessa última, pois que essas duas consciências não agem sempre simultaneamente ( (...) segundo a opinião de ou-tras pessoas, é uma individualidade, um ser transcendente. Deixare-mos de lado essas definições; basta-nos dizer que a atividade psíqui-ca do homem apresenta-se como dupla: atividade consciente e ati-vidade inconsciente - exterior e interior - e que as faculdades dessa última excedem muito às da primeira). Capítulo IV A Hipótese dos Espíritos Volume 1 e 2 2) O organismo humano pode agir à distância, produzindo um efeito não somente inte-lectual ou físico, como ainda plástico, dependente, segundo todas as aparências, de uma função especial da consciência interior. Essa atividade extracorpórea é independente, con-forme parece, da consciência exterior, pois essa última não tem conhecimento de tal ativi-dade, não na dirige. CONTINUA

  18. Para maior brevidade, proponho designar pela palavra animismoto-dos os fenômenos intelectuais e físicos que deixam supor uma ativi-dade extracorpórea ou a distância do organismo humano, e mais es-pecialmente todos os fenômenos mediúnicos que podem ser expli-cados por uma ação que o homem vivo exerce além dos limites do corpo. Nota explicativa do autor: (...) Na verdade, a palavra psiquismo teria podido preencher o mesmo fim que a palavra animismo, mas, uma vez aceita a pa-lavraespiritismo, parece-me que é preferível formar as duas expressões com radicais latinos e adotar estes dois termos para designar essas duas categorias de fenômenos, absolutamente distintos quanto à sua fonte, se bem que te-nham grande afinidade em sua manifestação exterior. Demais, o adjetivo psí-quico serve hoje para traduzir as mais variadas ideias, frequentemente muito vagas.. Capítulo IV A Hipótese dos Espíritos Volume 1 e 2 Quanto ao que diz respeito à palavra Espiritismo, ela será aplicada somente aos fenôme-nos que, após exame, não podem ser explicados por nenhuma das teorias precedentes e oferecem bases sérias para a admissão da hipótese de uma comunicação com os mortos. CONTINUA

  19. Se as asserções contidas nessa hipótese acham sua justificação: en-tão o termo animismo será aplicado a uma categoria especial de fenômenos, produzidos pelo princípio anímico (considerado como ser independente, razoável e organizador) enquanto está ligado ao corpo; e neste caso a palavra Espiritismo compreenderá todos os fenômenos que podem ser considerados como manifestação desse mesmo princípio, porém desprendido do corpo. Por mediunismoentendere-mos todos os fenômenos compreendidos no animismo e no Espiritis-mo, independentemente de uma ou de outra dessas hipóteses. Capítulo IV A Hipótese dos Espíritos Volume 1 e 2 FIM

  20. Estudos Dirigidos O Animismo Observaram como Aksakof demonstra a possibilidade do surgimento de personalidades vindas da própria individualidade. Ou seja, uma dissociação do próprio médium, podendo vim uma personalidade do passado, ou melhor, de uma vivência do passado. Volume 1 e 2 pericliscb@outlook.com

  21. Estudos Dirigidos O Animismo Vamos deixar aqui para vocês um relato bastante interessante no livro de Alexandre Aksakof. Depois retornaremos ao nosso assunto sobre o fenômeno da incorporação. Volume 1 e 2 pericliscb@outlook.com

  22. Antes de passar à rubrica seguinte, é preciso responder a uma questão que se apresenta aqui muito naturalmente: se as manifestações mediú-nicas não são em muitos casos mais do que efeitos da ação extracorpórea do homem vivo, porque pois essas manifestações não se anunciam como tais, já que dão testemunho de uma inteligência própria? Esses casos existem, mas creio que foram geralmente desprezados, como se pode ver pela observação seguinte do Senhor Harrison, antigo editor do “Spiritua-list”: Capítulo IV A Hipótese dos Espíritos “No sábado, 12 de Setembro de 1868, dirigi-me sozinho a uma sessão privada em casa do Senhor e da Senhora Marshall, para ter uma longa conversação com John King (Espírito). No começo, estávamos em plena luz e disseram-nos por meio de pancadas: Volume 1 e 2 “— Sou o vosso bom Espírito familiar. “— Então tenha a bondade de dizer-me quem és. “— Sim, sou tu mesmo. “Voltei-me para a Senhora Marshall e perguntei-lhe o sentido dessa comunicação. Respon-deu-me que nada sabia a tal respeito; dantes, ela nunca tinha ouvido dizer coisa alguma semelhante. Era talvez teu duplo, acrescentou ela, pois que, diz-se, certas pessoas têm seus duplos no mundo dos Espíritos. CONTINUA

  23. “Era a primeira vez que eu ouvia falar da existência de duplos, e era para mim uma hipótese muito ousada para que me submetesse tão depressa a ela. Concluí daí, imediatamente, que a comunicação era uma brincadeira à maneira de John King. Eu perguntei: “— Dir-mo-ás ainda em um aposento escuro? “A resposta foi: — Sim. “Entramos no aposento escuro, e, no fim de pouco tempo, vimos produ- Capítulo IV A Hipótese dos Espíritos zirem-se corpos luminosos semelhantes a cometas, do comprimento de cerca de 30 centí-metros, alargados em uma das extremidades e afilando-se em delgada ponta na outra; esses corpos luminosos flutuavam no ar, aqui e ali, seguindo uma trajetória curvilínea. Um momento depois, uma voz me disse, muito perto de mim: Volume 1 e 2 “— Sou teu próprio “eu” espiritual; falei contigo no aposento vizinho. “Pensei ainda que era uma brincadeira de John King e não continuei a conversação. “Sempre lamentei essa circunstância, agora que sabemos que papel importante represen-tam em grande número de manifestações espiríticas o duplo e outros agentes semelhan-tes.)” FIM

  24. Estudos Dirigidos O Animismo Vamos colocar também aqui agora um episódio do livro “Nos Domínios da Mediunidade”. Incluímos quase o texto completo do capítulo para o nosso estudo. Vamos ver o que ele tem a ver com o nosso assunto sobre o animismo. pericliscb@outlook.com

  25. Em uma instituição, no atendimento espiritual a encarnados... (...) eis que uma das senhoras enfermas (aguardando ser atendida) cai em pranto convulsivo, exclamando: — Quem me socorre? Quem me socorre?... E comprimindo o peito com as mãos, acrescentava em tom comovedor: — Covarde! Por que apunhalar, assim, uma indefesa mulher? Serei totalmente culpada? Meu sangue condenará seu nome infeliz... Capítulo 22 Emersão do Passado Raul (trabalhador encarnado da instituição), com a serenidade habitual, abeirou-se dela e consolou-a, com carinho: — Minha irmã, o perdão é o remédio que nos recompõe a alma doente... Não admita que o desespero lhe subjugue as energias!... Guardar ofensas é conservar a sombra. Esqueça-mos o mal para que a luz do bem nos felicite o caminho... — Olvidar? Nunca!... O senhor sabe o que vem a ser uma lâmina enterrada em sua carne? Sabe o que seja a calamidade de um homem que nos suga a existência para arremessar-nos à miséria, comprazendo-se, depois disso, em derramar-nos o próprio sangue? CONTINUA

  26. — Sim, sim, ninguém lhe contraria o direito à justiça, segundo as suas afirmações, entretanto, não será mais aconselhável aguardar o pronun-ciamento da Bondade Divina? Quem de nós estará sem mácula? — Esperar, esperar? Há quanto tempo não faço outra coisa! Em vão procuro reaver a alegria... Por mais me dedique ao trabalho de romper com o pretérito, vivo a carregar a sombra de minhas recordações, como quem traz no próprio peito o sepulcro dos sonhos mortos... Tudo por causa dele... Tudo pelo malvado que me arruinou o destino... Capítulo 22 Emersão do Passado E a pobre criatura prorrompeu em soluços, enquanto um homem desencarnado, não longe, fitava-a com inexprimível desalento Perplexos, Hilário e eu lançamos um olhar indagador ao Assistente, que nos percebeu a estranheza, porquanto a enferma, sem a presença da mulher invisível que parecia personificar, prosseguia em aflitiva posição de sofrimento. — Não vejo a entidade de quem a nossa irmã se faz intérprete — alegou Hilário, curioso. CONTINUA

  27. — Sim — disse por minha vez —; observo em nossa vizinhança um triste companheiro desencarnado, mas se ele estivesse telepaticamente ligado à nossa amiga, decerto a mensagem definiria a palavra de um homem, sem as características femininas da lamentação que regis-tramos... Em verdade, não notamos aqui qualquer laço magnético que nos induza a assinalar fluidos teledinâmicos sobre a mente da médium... Áulus afagou a fronte da doente em lágrimas, como se lhe auscultasse o pensamento, e explicou: Capítulo 22 Emersão do Passado — Estamos diante do passado de nossa companheira. A mágoa e o azedume, tanto quan-to a personalidade supostamente exótica de que dá testemunho, tudo procede dela mes-ma... Ante a aproximação de antigo desafeto, que ainda a persegue de nosso plano, revive a experiência dolorosa que lhe ocorreu, em cidade do Velho Mundo, no século passado, e entra em seguida a padecer insopitável melancolia. Recomeçou a luta na carne, na presente reencarnação, possuída de novas esperanças, contudo, tão logo experimenta a visitação espiritual do antigo verdugo, que a ela se enleia, através de vigorosos laços de amor e ódio, perturba-se-lhe a vida mental, necessitada de mais ampla reeducação. É um caso no qual se faz possível a colheita de valiosos ensinamentos. CONTINUA

  28. — Isso quer dizer, então... A frase de Hilário ficou, porém, no ar, porque o instrutor lhe, definiu o pensamento, acrescentando: — Isso quer dizer que nossa irmã imobilizou grande coeficiente de forças do seu mundo emotivo, em torno da experiência a que nos referimos, a ponto de semelhante cristalização mental haver superado o choque biológico do renascimento no corpo físico, prosseguindo quase que intacta. Fixando-se nessa lembrança, quando instada de mais perto pelo companheiro que lhe foi irrefletido algoz, passa a comportar-se qual se estivesse ainda no passado que teima em ressuscitar. É então que se dá a conhecer como personalidade diferente, a referir-se à vida anterior. Capítulo 22 Emersão do Passado Sorrindo, paternal, considerou: — Sem dúvida, em tais momentos, é alguém que volta do pretérito a comunicar-se com o presente, porque ao influxo das recordações penosas de que se vê assaltada, centraliza todos os seus recursos mnemônicos tão-somente no ponto nevrálgico em que viciou o pensamento. CONTINUA

  29. Para o psiquiatra comum é apenas uma candidata à insulinoterapia ou ao eletrochoque, entretanto, para nós, é uma enferma espiritual, uma consciência torturada, exigindo amparo moral e cultural para a reno-vação Intima, única base sólida que lhe assegurará o reajustamento defi-nitivo. Analisei-a, com atenção, e concluí: — Mediunicamente falando, vemos aqui um processo de autêntico animismo. Nossa amiga supõe encarnar uma personalidade diferente, quando apenas exterioriza o mundo de si mesma... Capítulo 22 Emersão do Passado — Poderíamos, então, classificar o fato no quadro da mistificação inconsciente? — interferiu Hilário, indagador. Áulus meditou um minuto e ponderou: CONTINUA

  30. — Muitos companheiros matriculados no serviço de implantação da Nova Era, sob a égide do Espiritismo, vêm convertendo a teoria animista num travão injustificável a lhes congelarem preciosas oportunidades de realização do bem; portanto, não nos cabe adotar como justas as palavras mistificação inconsciente ou subconsciente, para batizar o fenômeno. Na realidade, a manifestação decorre dos próprios sentimentos de nossa amiga, arrojados ao pretérito, de onde recolhe as impressões depri-mentes de que se vê possuída, externando-as no meio em que se encon-tra. E a pobrezinha efetua isso quase na posição de perfeita sonâmbula, porquanto se concentra totalmente nas recordações que já assinalamos, como se reunisse todas as energias da memória numa simples ferida, com inteira despreocupação das responsabilidades que a reencarnação atual lhe confere. Capítulo 22 Emersão do Passado “Achamo-nos, por esse motivo, perante uma doente mental, requisitando-nos o maior carinho para que se recupere. Para sanar-lhe a inquietação, todavia, não nos bastam diagnósticos complicados ou meras definições técnicas no campo verbalista, se não houver o calor da assistência amiga.” CONTINUA

  31. Nosso orientador fez ligeira pausa, acariciando a enferma, e, enquanto Raul Silva continuava a doutriná-la e a consolá-la, notificou-nos, bondo-so: — Deve ser tratada com a mesma atenção que ministramos aos sofredo-res que se comunicam. É também um Espírito imortal, solicitando-nos concurso e entendimento para que se lhe restabeleça a harmonia. A ideia de mistificação talvez nos impelisse a desrespeitosa atitude, diante do seu padecimento moral. Por isso, nessas circunstâncias, é preciso armar o coração de amor, a fim de que possamos auxiliar e compreender. Um doutrinador sem tato fraterno apenas lhe agravaria o problema, porque, a pretexto de servir à verdade, talvez lhe impusesse corretivo inoportuno ao invés de socorro providencial. Primeiro, é preciso remover o mal, para depois fortificar a vítima na sua própria defesa. Capítulo 22 Emersão do Passado Felizmente, o nosso Raul assimila as correntes espirituais que prevalecem aqui, tornando-se o enfermeiro ideal para as situações dessa ordem. Hilário, tanto quanto eu, edificado com os ensinamentos ouvidos, perguntou respeitoso: CONTINUA

  32. — E podemos considerá-la médium, mesmo assim? — Como não? Um vaso defeituoso pode ser consertado e restituído ao serviço. Naturalmente, agora a paciência e a caridade necessitam agir para salvá-la. Nossa irmã deve ser ouvida na posição em que se revela, como sendo em tudo a desventurada mulher de outro tempo, e recebida por nós nessa base, para que use o remédio moral que lhe estendemos, desligando-se enfim do passado... O assunto não comporta desmentido, porque indiscutivelmente essa mulher existe ainda nela mesma. A personalidade antiga não foi tão eclipsada pela matéria densa como seria de desejar. Ela renasceu pela carne, sem renovar-se em espírito... Capítulo 22 Emersão do Passado O Assistente fixou o gesto de quem mergulhava na própria consciência a sonda de suas reflexões e falou, qual se o fizesse de si para consigo: CONTINUA

  33. — Ela representa milhares de criaturas aos nossos olhos... Quantos mendigos arrastam na Terra o esburacado manto da fidalguia efêmera que envergaram outrora! Quantos escravos da necessidade e da dor trazem consigo a vaidade e o orgulho dos poderosos senhores que já foram em outras épocas!... Quantas almas conduzidas à ligação consan-guínea caminham do berço ao túmulo, transportando quistos invisíveis de aversão e ódio aos próprios parentes, que lhes foram duros adversários em existências pregressas!... Todos podemos cair em semelhantes esta-dos se não aprendemos a cultivar o esquecimento do mal, em marcha incessante com o bem... Capítulo 22 Emersão do Passado Nessa altura, Raul Silva, na condição de hábil psicólogo, convidou a doente ao benefício da prece. Competia-lhe a ela suplicar ao Céu a graça do olvido. Cabia-lhe expungir o passado da imaginação, de maneira a pacificar-se. E, singularmente comovido, recomendou-lhe repetir em companhia dele as frases sublimes da oração dominical. CONTINUA

  34. A pobre senhora acompanhou-o docilmente. Ao término da súplica, mostrava-se mais tranquila. O prestimoso amigo, traduzindo a colaboração do mentor que o acompanhava, solícito, rogou-lhe considerar, acima de tudo, o impositivo do perdão aos inimigos para a reconquista da paz e, em lágrimas, a enferma desligou-se das impressões que a imobilizavam no pretérito, tornando à posição normal. Enquanto Silva lhe aplicava passes de reconforto, o Assistente comentou: Capítulo 22 Emersão do Passado — Outra não pode ser, por enquanto, a intervenção assistencial em seu benefício. Pela enfermagem espiritual bem conduzida, reajustar-se-á pouco a pouco, retomando o império sobre si mesma e capacitando-se para o desempenho de valiosas tarefas mediúnicas mais tarde. FIM

  35. Estudos Dirigidos O Animismo Vamos incluir no estudo sobre o animismo o afloramente das lembranças de situações vivenciadas no passado. pericliscb@outlook.com

  36. Transcorridos os primeiros me-ses do consórcio matrimonial, Rafael passou a exteriorizar os tormentos íntimos que o domi-navam, transformando-se, a pouco e pouco, em vigoroso ver-dugo da esposa submissa que lhe experimentava as injunções, entre frustrações afetivas e pro-fundos martírios morais. Capítulo 1 Renascente de rudes responsabilidades em que fra-cassara no pretérito próximo, desbordaram-se-Ihe as lembranças impressas nos painéis da inconsciência, tornando-o rancoroso sem qualquer motivo e des-confiado, a ponto de sucumbir em crises de violência e mudez selvagem a que se entregava, ante a reação passiva da esposa aturdida e inditosa (infeliz). FIM

  37. Lisandra, (a filha) portadora de radiosa beleza infantil, refletia os traços joviais da mãe, bem como sua alegria no passado, quando longe dos tormentos ora sofridos. Meiga e afável, era o encanto do lar. Não obstante conquistasse todos com facilidade, caía, vez que outra, em crises de "ausên-cias", que a distanciavam da realidade objetiva. Capítulo 2 Nesses momentos, olhar parado, fixo em cenas distantes, pálida, com sudorese abundante e fria, vertia lágrimas longas, inexplicáveis. Felizmente, tais ocorrências, de breve duração, não lhe produziam danos verificáveis, já que, passada a fase, logo se recuperava, embora algo debilitada. Após o sono que a prostrava, recuperava o brilho e a buliçosidade(agitação) habituais. CONTINUA

  38. Preocupados, os genitores recorreram a devotado esculápio, que lhe receitou calmantes, alimentação cuidadosa, sono reparador, conforme a terapia de então, ante a suspeição de problemas defluentes de dis-ritmias cerebrais, com incidência primária de epilepsia. Sem embargo, Lisandra era dominada, em tais ocasiões, pela presença de clichês mentais gravados no inconsciente atual e ali arquivados pelos atos incorretos que os insculpiram na existência anterior, que ora deveria rever para superá-los, mediante resgate sacrificial. Capítulo 2 No corpo pequenino e gentil, risonho e róseo, se ergastulava um espírito endividado, a quem a Soberana Legislação facultava sublimação, porquanto é da Lei Divina que todos podem semear o bem como o mal a bel-prazer, onde, como e quando o desejem, porém, serão impelidos a colher onde e como semearam, pela compulsória da reabilitação impostergável. FIM

  39. Os depósitos da "memória não cerebral" guardam os arquivos dos sucessos atuais e pregressos, das vidas anteriores, de que dão conta ao impositivo das emoções mais fortes, dos gravames morais, das contingências espirituais imperiosas. Capítulo 5 FIM

  40. O caso Rafael-Lisandra (pai e filha nesta nova encarnação) chamara-nos a atenção pelo intricado da insidiosa hanseníase, simultânea à obsessão. Natércio, ulteriormente, nos explicara que os impositivos cármicos de ambos consórcios do problema insculpiram nos seus perispíritos as matrizes para o desenvolvimento e a cultura do "mal de Hansen", que eclodiu em momento próprio como compulsória expiatória, cuja liberação lograriam ou não, de acordo com o comportamento moral e espiritual que se impusessem. Capítulo 22 Outrossim, a pressão obsessiva pela vinculação direta com alguns dos antigos desafetos lhes subtraíram forças e resistências orgânicas, fazendo a maquinaria física sucumbir à virulência do bacilo, quando saído da incubacão... FIM

  41. Lembrança do passado... Este caso envolvia o avô de André Luiz que tenta uma reaproximação com sua irmã (Ismênia), por parte de pai. Ela agora reencarnada... (...) Amigos de nossa esfera esclareceram-nos, quanto a Ismênia, que ela reencarnara e vivia na fase juvenil das forças físicas. Corporificara-se no mesmo tronco doméstico a que emprestara colaboração na época em que meu avô a expulsara do campo familiar. Capítulo 19 Reaproximação No processo de ajuda... – Agora, André, finalizando nossos trabalhos da semana, tentemos trazer Ismênia até aqui, para os trabalhos preparatórios de reapro-ximação. Achando-se presentemente na juventude terrestre, prova-velmente nos auxiliará no momento preciso, recebendo o irmão pertur-bado em seu próprio instituto doméstico (será seu futuro filho). Antes de mais nada, porém, necessitamos da simpatia dela, em face do nosso programa de reerguimento. CONTINUA

  42. Encontrando Ismênia hoje, e na encarnação atual... A irmã de meu avô era agora a sexta filha daquela senhora que, na existência física, era conhecida por neta da velha Ismênia, cuja personalidade, para a família terrena, se perdera no tempo e que não era outra senão a menina e moça, sob nossos olhos, de volta às tarefas aperfeiçoadoras da luta carnal. Ela é desdobrada, parcialmente do corpo, no momento do sono e levada para onde estava seu irmão... Capítulo 19 Reaproximação Sustentada por nós, dentro em pouco a moça se ajoelhava, curiosa e enternecida, ante meu avô, que, ao enxergá-la, prorrompeu em exclamações em que ressumbrava ansiedade: – Ismênia! Ismênia! minha irmã, perdoa-me!... Afagando-lhe as mãos, torturado, contemplava-lhe o semblante humilde: – Oh! é ela mesma – insistia, tomado de evidente espanto –, com a mesma tristeza do dia em que a expulsei!... Que fez, porém, para ser hoje mais jovem e mais formosa? E perguntam se ela lembrava que teve uma bisavó chamada Ismênia... CONTINUA

  43. – Nunca soubeste, em família, que tua bisavó teve um irmão. A jovem não a deixou concluir, perguntando por sua vez: – ... que a expulsou de casa? Sim. – Minha mãe já se referiu a esse passado distante – acrescentou, melan-cólica. – Não o reconheces? – tomou, afável, a benfeitora. – Não te recordas? Nesse instante, o velhinho interferiu, excitando-lhe a memória: Capítulo 19 Reaproximação – Ismênia, Ismênia! eu sou Cláudio, teu desventurado irmão... A jovem não sabia como interpretar aquelas evocações, mas nossa diretora, cingindo-lhe (rodear, cercar) os lobos frontais com as mãos, a envolvê-la em abundantes irradiações magnéticas, insistia, meiga, provocando a emersão da memória em seus mais importantes centros perispiríticos: – Revê o pretérito, minha amiga, para bem servirmos à Obra Divina. CONTINUA

  44. Notei, assombrado, que algo de anormal sucedera na mente da jovem, porque seus olhos, dantes doces e tranquilos, se tornaram dilatados e inquietos. Tentou recuar ante a súplice expressão de meu avô, mas a energia de Cipriana(a Diretora) a conteve, evitando-lhe a expansão dos impulsos iniciais de medo e de revolta. – Agora, sim! Lembro-me... – gemeu, aterrada. Nossa instrutora, então, libertou-lhe a fronte e, indicando o enfermo, exclamou em tom comovedor: Capítulo 19 Reaproximação – E não tens piedade? E o diálogo e a reconciliação continua durante a noite... (...) Mais alguns minutos decorreram em salutares entendimentos e, quando o Sol engri-naldava o horizonte de tonalidades diamantinas, de novo estávamos no modesto aposento de Ismênia, ajudando-a a retomar o aparelho fisiológico e a olvidar a ocorrência que vive-ra, junto de nós, na esfera do Espírito. FIM

  45. Estudos Dirigidos Vamos dar uma pausa por aqui. Périclis Roberto pericliscb@outlook.com pericliscb@outlook.com

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