LIBERALISMO E UTILITARISMO

1. LIBERALISMO E UTILITARISMO Slides utilizados nas Disciplinas Introdu��o a Ci�ncia Pol�tica e Teoria Pol�tica II � Curso de Ci�ncias Sociais/UFSC Prof. Juliana Grigoli

2. Em Filosofia, o utilitarismo � uma doutrina �tica que prescreve a a��o (ou ina��o) de forma a otimizar o bem-estar do conjunto dos seres sencientes. O utilitarismo � ent�o uma forma de consequencialismo, ou seja, ele avalia uma a��o (ou regra) unicamente em fun��o de suas consequ�ncias. �Agir sempre de forma a produzir a maior quantidade de bem-estar�. Utilitarismo e Liberalismo

3. Te�ricos que sistematizaram o Utilitarismo: Jeremy Bentham (1748-1832) John Stuart Mill (1806-1873) que sistematizaram o princ�pio da utilidade e conseguiram aplic�-lo a quest�es concretas � sistema pol�tico, legisla��o, justi�a, pol�tica econ�mica, liberdade sexual, emancipa��o feminina, etc. Em Economia, o utilitarismo pode ser entendido como um princ�pio �tico no qual o que determina se uma decis�o ou a��o � correta, � o benef�cio intr�nseco exercido � coletividade, i.�, quanto maior o benef�cio, tanto melhor a decis�o ou a��o. Utilitarismo e Liberalismo

4. Bentham achava que os sentimentos morais poderiam ser classificados de uma tal forma que seria poss�vel mensurar a sua intensidade e grada��o. E acreditava na possibilidade de transformar a �tica numa ci�ncia positiva da conduta humana, t�o exata como a ma. Como doutrina �tica, o utilitarismo afirma que a busca do m�ximo de satisfa��o � objetivo supra-individual ou intersubjetivo. Sup�e uma rela��o harm�nica entre utilidade privada e utilidade p�blica. Utilitarismo e Liberalismo

5. A seu ver, o cidad�o s� deve obedi�ncia ao Estado na medida em que este comportamento contribui mais para a felicidade geral que a desobedi�ncia. A felicidade geral � o resultado de um c�lculo hedon�stico. Somente a experi�ncia pode comprovar se as institui��es e as leis atendem aos objetivos a que se prop�em. Por isto, o direito � livre discuss�o e � cr�tica �s institui��es. Utilitarismo e Liberalismo

6. J. Stuart Mill defendeu que a vida pol�tica deveria ser marcada por uma maior liberdade individual, um governo mais respons�vel e uma administra��o governamental eficiente. Defensor da democracia liberal, do governo representativo. Com foco na liberdade para o desenvolvimento da individualidade, visto como um mecanismo vital para o desenvolvimento da moral. Obra de refer�ncia � �Da Liberdade� � discute sobre os limites do poder que a sociedade pode exercer sobre os indiv�duos de forma leg�tima. (ir a pag. 79) Em sua obra � Governo Representativo, Mill critica o Estado absolutista e o regime de governo totalit�rio e desp�tico. Utilitarismo e Liberalismo

7. Percebeu 2 fen�menos 1- Tirania da maioria. 2- Florescimento do poder governamental. Quais s�o as amea�as a liberdade dos indiv�duos? (pag. 82/83) Chega a conclus�o: Necess�rio a redu��o do poder coercitivo e da capacidade reguladora do Estado. Para instaurar o equil�brio din�mico e harmonioso. Utilitarismo e Liberalismo

8. Acredita na liberdade e na igualdade. Por isso, entra no debate sobre g�nero por supor que a desigualdade entre homens e mulheres traria uma deformidade ao sistema, impossibilitando o alcance da felicidade, da liberdade e da democracia. Define liberdade individual e liberdade social. Projeto pol�tico de MILL: Defensor da democracia e da liberdade . Utilitarismo e Liberalismo

9. LIBERALISMO O liberalismo cl�ssico � uma corrente do pensamento pol�tico que defende a maximiza��o da liberdade individual mediante o exerc�cio dos direitos e da lei. Prop�e uma sociedade caracterizada pela livre iniciativa integrada num contexto definido. Pautado: governo democr�tico, o primado da lei, a liberdade de express�o e a livre concorr�ncia econ�mica. Utilitarismo e Liberalismo

10. Surge a teoria do Estado Liberal pautada: Direitos individuais. Na a��o do Estado de acordo com o bem comum com o objetivo de controlar as paix�es dos homens � especialmente seu desejo insaci�vel de vantagens materiais. Assim o Estado assume o papel de: Regular essas paix�es . Garantidor do funcionamento de um mercado livre na sociedade civil. Utilitarismo e Liberalismo

11. Quais as mudan�as decorrentes disso ? A nova filosofia pol�tica centrou-se nos indiv�duos. Colocou todo o poder pol�tico econ�mico nas m�os dos homens racionais, e n�o em Deus. Legitimou novas bases de poder. Novas rela��es entre os seres humanos. Modificou a ess�ncia humana. Direitos de Nascimento X Direitos Humanos. Tendo como base o bem comum. Utilitarismo e Liberalismo

12. Teoria cl�ssica liberal Hobbes Leviathan � publicado em 1651. Foi uma das primeiras tentativas de sistematizar o comportamento pol�tico dos seres humanos. L�gica dedutiva. Leis do movimento. Conceitos do s�culo XVII. Utilitarismo e Liberalismo

13. Aplicou uma metodologia cient�fica ao comportamento do indiv�duo como fundamento de sua teoria pol�tica. A �nica forma de satisfazer parte das paix�es humanas sem levar a guerra era admitir um poder soberano perp�tuo. Introduz a no��o l�gica de estado de natureza � n�o h� poder comum para controlar os indiv�duos, nem lei, nem coa��o da lei. Entretanto possu�a os direitos naturais que queria preservar, principalmente a liberdade. Surge o contrato social � para evitar a guerra e a viol�ncia e preservar a liberdade........... Sendo o Estado o ente soberano capaz de assegurar essa condi��o. Utilitarismo e Liberalismo

14. John Locke (1632-1704) Sua primeira obra surge 40 anos depois de Hobbes, em meio a guerras civis inglesas, emerg�ncia da burguesia como uma poderosa for�a em oposi��o as estruturas e as pr�ticas pol�ticas feudais. Estado de natureza � estado de perfeita liberdade, no qual o homem det�m todos os direitos e privil�gios da lei da igualdade de natureza em rela��o aos outros. Entretanto esse estado pode degenerar em um estado de guerra. Para se defenderem desse estado de guerra, se juntam em sociedade pol�tica. E definem leis com o objetivo de regular o poder entre eles. Utilitarismo e Liberalismo

15. Nessa sociedade pol�tica, os homens entregam os direitos de auto-preserva��o da propriedade ao Estado. Ou seja: Os indiv�duos entregam seu poder pol�tico natural a um poder legislativo......respons�vel por manter a propriedade de cada indiv�duo e a sua seguran�a pessoal. Em sua obra �Dois Tratados de Governo�, estabeleceu duas id�ias liberais fundamentais: liberdade econ�mica, ou seja o direito de possuir e usufruir da propriedade, e a liberdade intelectual, incluindo a liberdade de consci�ncia, a qual � exposta em da toler�ncia. Utilitarismo e Liberalismo

16. Diferentemente de Hobbes, Locke defende a concep��o que n�o h� uma compatibilidade entre o a monarquia absoluta e o governo civil. Para Locke, o Estado � o poder dado pelos propriet�rios individuais....se o Estado n�o cumprir suas fun��es essenciais, a sociedade civil tem o direito e o poder de dissolv�-lo. O legislativo e o executivo possuem tem o poder pol�tico enquanto refletem a vontade dos membros individuais da sociedade civil, na qual reside o verdadeiro poder pol�tico. Utilitarismo e Liberalismo

17. Rousseau Conceito de sociedade civil � novo meio dos homens regularem-se. Homem em natureza � como sem moralidade e sem maldade. � corrompido n�o pela natureza, mas pela posse da propriedade e pela forma��o da sociedade civil. �Para ele a sociedade civil � corrupta e n�o a natureza.� Utilitarismo e Liberalismo

18. Para Locke, a propriedade � a base da sociedade civil e da equidade. Para Rousseau � a origem do mal e da desigualdade. Que serviu a alguns, aos ricos , tornando-se necess�rio para preservar a ordem, legitimar a explora��o do pobre, controlar as tentativas de usurpa��o. Para ele, foi o rico que concebeu a sociedade civil ...com o intuito de proteger os seus interesses, para assegurar sua posi��o dominante. Estado para assegurar a desigualdade . Utilitarismo e Liberalismo

19. Qual o fundamento do Contrato Social para Rousseau? Estado reside no povo. Por isso tem como objetivo tratar a todos como iguais. Poder do Estado est� na cidadania. Para isso a sociedade deveria assentar em pequenas propriedades como uma forma de prevenir a desigualdade. Solu��es para conter o aumento da desigualdade social: Educa��o pautada numa racionalidade fundamental. Boa vontade para manter o equil�brio. Prevalecer a vontade geral e n�o a individual. Utilitarismo e Liberalismo

20. Montesquieu No continente Europeu, a doutrina do primado da lei, mesmo sobre os monarcas foi sustentada por Montesquieu em �O Esp�rito das Leis�. A outra escola � derivada do "iluminismo escoc�s", influenciando pensadores como David Hume, Adam Smith e por fim Immanuel Kant Utilitarismo e Liberalismo

21. Benjamin Franklin Defendeu, em 1750, a liberdade para a ind�stria norte-americana. Adam Smith (1723-1790) exp�s a teoria de que os indiv�duos poderiam estruturar a sua vida econ�mica e moral sem se restringirem �s inten��es do Estado. Acreditava que as na��es seriam tanto mais fortes e pr�speras quanto mais permitissem que os indiv�duos pudessem viver de acordo com a sua pr�pria iniciativa. Utilitarismo e Liberalismo

22. Utilitarismo e Liberalismo O Liberalismo Social, tal como outras formas de Liberalismo, v� a liberdade individual como um objetivo central. Defende que a falta de oportunidades econ�micas, educa��o, sa�de, etc., podem ser t�o prejudiciais para a liberdade como um Estado opressor. Os liberais sociais est�o entre os mais fortes defensores dos direitos humanos e das liberdades civis, combinando esta vertente com o apoio a uma economia em que o Estado desempenha essencialmente um papel de regulador e de garantidor dos direitos sociais fundamentais.