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Envelhecimento e saúde dos idosos Ciro Augusto Floriani 26/09/2009

Envelhecimento e saúde dos idosos Ciro Augusto Floriani 26/09/2009. VIII Congresso Brasileiro de Bioética BIOÉTICA, DIREITOS E DEVERES NO MUNDO GLOBALIZADO. Idosos no mundo. 1950: 204 milhões de idosos no mundo. 1998: 579 milhões de pessoas (cerca de 8 milhões de idosos/ano).

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Envelhecimento e saúde dos idosos Ciro Augusto Floriani 26/09/2009

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Presentation Transcript


  1. Envelhecimento e saúde dos idosos Ciro Augusto Floriani 26/09/2009 VIII Congresso Brasileiro de Bioética BIOÉTICA, DIREITOS E DEVERES NO MUNDO GLOBALIZADO

  2. Idosos no mundo • 1950: 204 milhões de idosos no mundo. • 1998: 579 milhões de pessoas (cerca de 8 milhões de idosos/ano). • 2050: 1 900 milhão de idosos. IBGE. Perfil dos idosos responsáveis pelos domicílios no Brasil 2000, 2002.

  3. Idosos no Brasil • 1991: 10 722 705 idosos 2000: 14 536 029idosos • 2020: > 30 milhões • 1960 – 1980: acentuado declínio da fecundidade e aumento proporcional da população idosa • 1980- 2000: 0 - 14 anos: 14% > 60 anos: 107% IBGE. Perfil dos idosos responsáveis pelos domicílios no Brasil 2000, 2002. Veras. Cad Saúde Pública 2003;19(3): 705. Ministério da Saúde. Redes Estaduais de Atenção à Saúde do Idoso: guia operacional e portarias relacionadas, 2002.

  4. Alguns indicadores

  5. Camarano et al. Idosos brasileiros: indicadores de condições de vida e de acompanhamento de políticas. 2005: 9.

  6. Ministério da Saúde. Cadernos de Atenção Básica 2006; no19: 8.

  7. Segmento populacional que mais cresce: 12,8% entre os idosos e 1,1% na população geral. Ministério da Saúde. Cadernos de Atenção Básica 2006; no19: 9.

  8. Camarano et al. Idosos brasileiros: indicadores de condições de vida e de acompanhamento de políticas. 2005: 16.

  9. Camarano et al. Idosos brasileiros: indicadores de condições de vida e de acompanhamento de políticas. 2005: 20.

  10. 3,5 doenças/idoso (domicílio) e 6 doenças/idoso (hospital) Lessa. O Adulto Brasileiro e as Doenças da Modernidade: epidemiologia das doenças crônicas não-transmissíveis, 1998. Camarano et al. Idosos brasileiros: indicadores de condições de vida e de acompanhamento de políticas. 2005: 23.

  11. Óbitos na população idosa, Brasil, 2007 DATASUS, 2009

  12. Camarano et al. Idosos brasileiros: indicadores de condições de vida e de acompanhamento de políticas. 2005: 28.

  13. Idoso frágil Síndrome caracterizada por consumpção física e funcional, multifatorial na sua etiologia, com dependência significativa do paciente. a) Idade superior a 85 anos. b) Dependência em uma ou mais atividades da vida diária. c) Três ou mais comorbidades. d) Uma ou mais síndromes geriátricas (incontinência; imoblidade; insuficiência vascular; instabilidade postural; iatrogenia). Fried & Walston. Aproach to the frail elderly patient. In: Kelley's Textbook of Internal Medicine (H.D. Humes, ed.), 2000. p. 3069. Giglio et al. Rev Bras Clín Ter 2002; 28(3): 129.

  14. Camarano et al. Idosos brasileiros: indicadores de condições de vida e de acompanhamento de políticas, 2005: 29.

  15. Idosos com necessidades especiais • Finlândia: total de 461 pessoas (4,8% > 56 anos) • Holanda: total de 1128 pessoas (6,8% > 60 anos) • Inglaterra: total de 2 436 pessoas 10,4% tinham 60-69 anos 6,8% acima de 70 anos • EUA: 235 mães e pais idosos cuidadores (média:70.4 anos e 70,2 anos) Arvio & Sillanpää. J Intellect Dis Res 2003; 47: 108. K.-Y. Wang et al. J Intellect Dis Res 2007; 51: 173. F. Tyrer et al. J Intellect Dis Res 2007; 51: 520. Fullmer et al. The Gerontologist; 1997; 37(6): 795.

  16. Envelhecimento e longevidade da população idosa Como sustentar os custos crescentes? Como organizar espaços adequados? Como encaminhar questões do fim da vida? • Idosos acima de 85 anos • Idosos que sustentam a família • Idosos com comorbidades múltiplas • Idosos com dependência nas AVD • Idosos institucionalizados • Idosos com necessidades especiais • Idosos cuidadores

  17. Hogg. J Intellect Dis Res 1997; 41(2): 136.

  18. Internação domiciliar (Home care)

  19. Cuidados dos idosos no domicílio “É importante evitar o mito do passado idealizado, da família idealizada e do paciente idealizado. Alguns pacientes encontram no seu adoecimento uma oportunidade para expressões de amor, de gratidão e de crescimento espiritual. Outros tornam-se solicitantes, hostis e, fisicamente, ou emocionalmente, abusivos, mesmo para com seus cuidadores.” Levine. J Aging Health 1999; 11(3): 341.

  20. Internação domiciliar • "hospital sem paredes"Koren.J Am Geriatr Soc 1986; 37(11):1076. • quicker and sickerCollopy et al.Hastings Cent Rep 1990 (Suppl): 1. • “hipermedicalização do domicílio”Arras & Dubler. Hastings Cent Rep 1994; 24 (5): S19. Contenção de despesas pelo sistema hospitalar (alta tecnologia + hospitalizações prolongadas) Keenan & Fanale. J Am Geriatr Soc 1989; 37(11):1076. Wieland et al.Clin Geriatr Med 1991; 7 (4):645.

  21. Internação domiciliar “ (...) que tipo de casa e de família nós queremos que a sociedade adote, e a que preço?", (...) [pois corremos o risco de tornar alguns domicílios] "meros satélites das instituições médicas." Arras & Dubler. Hastings Cent Rep 1994; 24 (5): S20.

  22. Internação domiciliar “ (...) um complexo fenômeno social que melhora a vida para muitos pacientes graves, minando para outros as condições que tendem a promover importantes benefícios sociais e oportunidades.” Arras & Dubler. Hastings Cent Rep 1994; 24 (5): S20.

  23. Internação domiciliar: algumas tarefas centrais • Encaminhamento de questões referentes aos cuidados no fim da vida no domicílio. • Prática de cuidados à saúde em situações de abuso ou negligência. • Conflitos entre as necessidades do paciente e da família. • Manter ações resolutivas sem negar cuidados a quem teve importante perda financeira. Young et al. Health Progress 1988; December:59.

  24. Internação domiciliar: alguns desafios • Autonomia do paciente idoso fortemente sustentada. • Ausência de consenso sobre de determinados valores. • Isolamento do paciente. • Dependência dos cuidados centrada no cuidador familiar. Young et al. Health Progress 1988; December:59.

  25. Profissional de saúde - burnout sintomas funcionais, psíquicos e comportamentais: irritabilidade, fadiga intensa, exaustão, cefaléia, distúrbios do sono, depressão, irritabilidade, postura crítica e pressa em realizar as atividades. atitudes paternalistas abusos, agressões, desproteção, negligência Carvalho. Mundo Saúde 2003; 27(1): 138.

  26. Cuidados no fim da vida

  27. 5. Discussão “mentira piedosa” Pan Chacon et al. Rev Assoc Med Bras 1995; 41(4): 274. Revelando a verdade: descobrindo como ajudar o idoso verdade piedosa

  28. Paciente e cuidador: sobrecarga e necessidades

  29. AutonomiaPaternalismo Eutanásia / cuidados paliativos futilidade médica suicídio assistido ortotanásia distanásia

  30. Algumas reflexões

  31. Algumas reflexões Medicina e “vida saudável”: tecnologias a serviço da vida do idoso – uma imposição moral? “As falências do sucesso” Qualidade de vida: a que preço e qual? Gruenberg. Milbank Meml Q Health Soc 1977; winter: 3-24.

  32. Algumas reflexões Medicalização da vida... Medicalização da morte

  33. Medicalização Um modo médico característico de se pensar a saúde, a doença – comportamento desviante por excelência -, a morte e o morrer, e seus determinantes, e que produz um grande impacto na vida social e cultural de um povo. Parsons: The Social System, 1991. Clark & Seymour: Reflections on Palliative Care, 2002. Illich: A expropriação da saúde – nêmesis da medicina, 1975. Tal poder confere ao discurso e à prática médica uma força de sedução sobre a sociedade, disciplinando nossos pensamentos e nossos corpos e, portanto, nossas experiências sobre o que é saúde, doença, vida e morte. Lupton: Foucault and the medicalisation critique. In: Petersen &, Bunton (editors). Foucault, health and medicine, 1997. Clark & Seymour: Reflections on Palliative Care, 2002.

  34. Algumas reflexões • A velhice é a melhor fase da vida. • Os centros de convivência de idosos são locais de construção de cidadania, de socialização dos idosos. socialização das semelhanças exclusão das diferenças

  35. Algumas reflexões • Ênfase no envelhecimento ativo. Manter-se ativo (até no umbral da morte: os cuidados paliativos como promoção dasaúde). • A saúde como um imperativo: vivemos como os seguidores de Forrest Gump? • A ditadura dos exames: a “vida saudável” medida pela normalidade dos exames.

  36. Cultivamos um desejo ilusório de uma vida sem desconforto, um padrão inalcançável de felicidade, que tem sua última manifestação num ardente desejo de uma morte sem doença, sem restrições, sem sofrimento, sem dor. ... o “fim de um negócio”. Bruckner: A Euforia Perpétua: ensaio sobre o dever de felicidade, 2002. Walter. Revival of Death, 1994.

  37. Diana e Endimião (Jean Honoré Fragonard) http://marciliomedeiros.blogspot.com/2009/02/diana-e-endimiao.html

  38. “Uma parcela muito grande daquilo a que outrora se chamava destino depende hoje em dia de nós mesmos. Mas com isso a nossa responsabilidade aumentou. Aceitar passivamente o destino é algo estranho à época dinâmica em que vivemos. Isso influencia também a maneira como encaramos a velhice, que através de uma preparação sensata e das necessárias adaptações gostaríamos de converter num capítulo ainda moldável de nossa vida. É claro que sempre restarão fatos com que teremos de nos conformar, já que eles são inerentes ao envelhecimento.” Riemann: A arte de envelhecer, 1995.

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