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Perfeição Moral

O Livro dos Espíritos. Livro Terceiro - As Leis Morais. Capítulo XII. Perfeição Moral. Virtudes. A virtude, no seu grau mais elevado, abrange o conjunto de todas as qualidades que constituem o homem de bem. Ser bom, caridoso, trabalhador, sóbrio, modesto, são qualidades do homem de bem.

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Perfeição Moral

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Presentation Transcript


  1. O Livro dos Espíritos Livro Terceiro - As Leis Morais Capítulo XII Perfeição Moral

  2. Virtudes • A virtude, no seu grau mais elevado, abrange o conjunto de todas as qualidades que constituem o homem de bem. • Ser bom, caridoso, trabalhador, sóbrio, modesto, são qualidades do homem de bem. • Infelizmente, são quase sempre acompanhadas de pequenas falhas morais que as deslustram e enfraquecem. • Aquele faz alarde se suas virtudes não é virtuoso, pois lhe falta a principal qualidade: a modéstia, e sobra-lhe o vício mais oposto: o orgulho. • O homem que se exalta a si mesmo, aniquila todos os méritos que podia ter. • Mais vale menos virtudes na modéstia do que muitas com orgulho. • François – Nicolas – Madelaine (Paris, 1863) • A essência da perfeição é a caridade na sua mais completa acepção, porque ela implica a prática de todas as outras virtudes. • ESE – Cap. XVII – Sede Perfeitos

  3. Exemplos Vicente de Paulo, 1581 - 1660 João Maria Baptista Vianney, 1786 – 1859 O Cura d’Ars

  4. As Virtudes e os Vícios • Todas as virtudes têm o seu mérito, porque todas são indícios de progresso no caminho do bem. • A mais meritória é aquela que se baseia na caridade mais desinteressada. • Sempre há virtude na resistência ao arrastamento das tendências. • Os que não têm de lutar é porque já lutaram e venceram anteriormente, por isso os bons sentimentos não lhes causam nenhum esforço: o bem tornou-se um hábito para eles. • Como ainda estamos longe da perfeição estes exemplos causam admiração pela raridade. • Nos mundos mais avançados o que entre nós é exceção se torna regra: o sentimento do bem está por toda parte e de maneira espontânea. LE, 893 e 894

  5. Defeitos e os Vícios • O indício mais característico da imperfeição é o interesse pessoal. LE, 895 • Não é um mal pensar que pela prática do bem podemos esperar uma situação melhor, mas aquele que faz o bem sem segunda intenção já se encontra num grau de adiantamento que lhe permitirá chegar mais rapidamente à felicidade. LE, 897-a • Aquele que calcula o que lhe pode render cada uma de suas boas ações, nesta ou na outra vida, procede de maneira egoísta. Mas, não há nenhum egoísmo em se melhorar para se aproximar de Deus, pois esse é o objetivo de todos. LE, 897-b

  6. Impermanência • O apego às coisas materiais é um indício notório de inferioridade, pois quanto mais o homem se apega aos bens deste mundo, menos compreende o seu destino. LE, 895 • À medida que os homens se esclarecem sobre as coisas espirituais, dão menos valor às coisas materiais. LE, 914 • A contemplação de nossa própria impermanência nos faz lembrar a natureza fugaz e tênue da vida; proporciona, assim, lições essenciais sobre viver o momento presente. • A vida humana é uma grande benção. Se aceitarmos e assimilarmos o fato de nossa própria mortalidade física, então, teremos de lidar com as questões essenciais de como vivemos e de como passamos o tempo que nos foi reservado.

  7. Riqueza • O rico que deve sua fortuna ao seu próprio trabalho é mais culpável diante de Deus, do que o rico que jamais conheceu a necessidade se os dois a empregam apenas para satisfação pessoal. Porque o que conheceu o sofrimento, sabe o que é sofrer, conheceu a dor que não alivia. LE, 899 • O sentimento de cobiçar a riqueza para praticar o bem é louvável quando é puro. Entretanto a primeira pessoa a quem se deseja fazer o bem não será a nossa? LE, 902 • A fortuna não é dada para ser lançada ao vento, como não o é para ser enterrada num cofre. É um depósito de que terão de prestar contas, porque terão de responder por todo o bem que poderiam ter feito e não o fizeram. LE, 896 • Tanto a prova da pobreza quanto a da riqueza são perigosas ao homem. Porque a miséria provoca a murmuração contra a Providência e a riqueza leva a todos os excessos. LE, 815

  8. Defeitos Alheios • Se é com o objetivo de criticar e divulgar, temos muita culpa em estudar os defeitos alheios, porque isso é faltar com a caridade. • A indulgência para com os defeitos alheios é uma das virtudes da caridade. • Antes de censurar as imperfeições dos outros, vejamos se não estão fazendo o mesmo à nosso respeito. • Tratar de possuir qualidades contrárias aos defeitos que criticamos nos outros é um meio de se tornar superior. • Se censuramos os outros por serem avarentos, sejamos generosos; por serem duros, sejamos dóceis; por serem mesquinhos, sejamos grandes em nossas ações. LE, 903 • “Por que olhas o cisco no olho de teu irmão, e não descobres a trave que há no teu olho?” Lc 6, 41 e Mt 7, 3

  9. Das Paixões • Paixão: [do lat. Passione] - Sentimento ou emoção levados a um alto grau de intensidade, sobrepondo-se à lucidez e à razão.Dic. Aurélio • Todas as paixões têm seu princípio num sentimento. • As paixões são como um cavalo que é útil quando governado e perigoso quando governa. • São alavancas que decuplicam as forças do homem e o ajudam a cumprir os desígnios da Providência. • Mas, em vez de as dirigir, o homem se deixa dirigir por elas, cai no excesso e a própria força que poderia fazer o bem, recai sobre ele e o esmaga.LE, 907 e 908 • Toda paixão que aproxima o homem da natureza animal, distancia-o da natureza espiritual.

  10. Vontade • O homem pode sempre vencer suas más tendências pelos seus próprios esforços, o que falta é a vontade e, poucos são os que se esforçam. LE, 909 • Não existem paixões irresistíveis que a força de vontade não possa superar. Há pessoas que dizem querer, mas estão satisfeitas com o que são porque seus Espíritos se comprazem nestas paixões. A vontade está somente nos lábios. LE, 911 • Temos nos Espíritos uma ajuda eficaz para superar as más paixões, se orarmos a Deus e ao nosso guardião com sinceridade, os bons Espíritos virão em nosso auxílio. LE, 910 • O meio mais eficaz de combater a predominância da nossa natureza corpórea é a prática da abnegação. • Abnegação: Desinteresse, renúncia, desprendimento. Dic. Aurélio • Desejo X Vontade

  11. Do Egoísmo • Dentre todos os vícios o mais radical é o egoísmo, pois dele se deriva todo mal. No fundo de todos os vícios existe o egoísmo. • Quem nesta vida quiser se aproximar da perfeição moral deve extirpar todo sentimento de egoísmo, porque é incompatível com a justiça, o amor e a caridade: ele neutraliza todas as outras qualidades. LE, 913 • O egoísmo é inerente à espécie humana, mas se liga à inferioridade dos Espíritos encarnados na Terra e não à Humanidade. Os Espíritos se purificam nas encarnações sucessivas perdendo o egoísmo assim como as outras impurezas. LE, 915 • O egoísmo, ao invés de diminuir, cresce com a civilização, mas é necessário que o egoísmo produza muito mal para fazer o homem compreender a necessidade de sua extirpação. É preciso que haja excesso do mal para fazer-lhe compreender a necessidade do bem e das reformas. LE, 916 e 784 • A perversidade do homem é intensa e parece que aumenta em lugar de recuar, mas se observarmos bem o conjunto veremos que o homem vai compreendendo melhor o que é o mal e dia-a-dia corrige seus abusos. LE, 784

  12. Egoísmo • O contato que o homem sente do egoísmo dos outros, o torna egoísta porque sente a necessidade de se por na defensiva. Vendo que os outros pensam em si mesmo e não nele, é levado a ocupar-se de si mesmo mais que dos outros. • É necessária uma verdadeira virtude para abdicar da própria personalidade em proveito dos outros, porque em geral, os outros não reconhecem. LE, 917 • À medida que o homem compreender melhor que além do gozo dos bens terrenos existe uma felicidade infinitamente maior e mais durável, vai se modificando. LE, 785

  13. Egoísmo • De todas as imperfeições humanas, a mais difícil de desenraizar é o egoísmo, porque se liga à influência da matéria, da qual o homem ainda muito próximo da sua origem, não pode libertar-se. • Tudo concorre para entreter essa influência: suas leis, organização social, educação. • O egoísmo se enfraquecerá com a predominância da vida moral sobre a vida material, e sobretudo com a compreensão que o Espiritismo vos dá quanto ao vosso estado futuro real. • O egoísmo se funda na importância da personalidade. O Espiritismo faz ver as coisas de tão alto que o sentimento da personalidade desaparece perante a imensidade. • Ao destruir essa importância, ou ao menos ver a personalidade naquilo que de fato ela é, combatemos o egoísmo. LE, 917 (Fénelon) François de Salignac de la Mothe, Duque de Fénelon (1651 – 1715)

  14. Egoísmo x Caridade • O homem quer ser feliz, por isso ele trabalha para modificar sua situação e procura as causas de seus males para se melhorar. Quando compreender que o egoísmo é o que engendra o orgulho, a ambição, a cupidez, a inveja, o ódio, o ciúme, dos quais ele é vítima, que perturba as relações sociais, provoca dissensões, destrói a confiança, obrigando-o a manter-se em atitude de defesa contra seu próximo, ele compreenderá que o vício do egoísmo é incompatível com a felicidade. Assim, quanto mais sofrer, mais sentirá a necessidade de combater o egoísmo, como se combate a peste. • O egoísmo é a fonte de todos os vícios, como a caridade é a fonte de todas as virtudes. Destruir um e desenvolver a outra deve ser o alvo de todos os nossos esforços, se desejamos assegurar a felicidade neste mundo, tanto quanto no futuro. LE, 917

  15. Caridade • Caridade como entendia Jesus: Benevolência para com todos, indulgência para com as imperfeições alheias, perdão das ofensas.LE, 886 • → Benevolência: Boa vontade para com alguém; complacência; afeto. • → Indulgência: Pronto a perdoar; tolerante. Dic. Aurélio • A caridade, segundo Jesus, não se restringe à esmola, mas abrange todas as relações com nossos semelhantes. • Ela nos manda ser indulgentes, porque temos necessidade de indulgência e nos proíbe humilhar o infortúnio. • Amar o próximo como a si mesmo e fazer pelos outros o que quereríamos que os outros fizessem por nós, é a expressão mais completa da caridade.ESE, Cap. XI, 4 • Fora da caridade não há salvação. ESE, Cap. XV • BIP

  16. Caracteres do Homem de Bem • O Espírito prova sua elevação quando todos os atos de sua vida física constituem a prática da Lei de Deus e quando compreende por antecipação a vida espiritual. • O verdadeiro homem de bem é aquele que pratica a lei de justiça, amor e caridade na sua mais completa pureza. Ao interrogar sua consciência perguntará se não violou essa lei, se fez todo bem que podia, se ninguém teve de se queixar dele, se fez aos outros tudo o que queria que lhe fizessem. • O homem com sentimento de caridade faz o bem pelo bem, sem esperança de recompensa e sacrifica seu interesse pela justiça. • É benevolente, indulgente e perdoa as ofensas porque sabe que lhe será perdoado assim como tiver perdoado. • Respeita nos seus semelhantes todos os direitos decorrentes da Lei Natural, como desejaria que respeitassem os seus. LE, 916

  17. Conhecimento de Si Mesmo 919. Qual o meio mais eficaz para se melhorar nesta vida e resistir ao arrastamento do mal? — Um sábio da antigüidade vos disse: “Conhece-te a ti mesmo”. • A frase está inscrita no Templo de Apolo em Delfos. • Sócrates não deixou nada escrito. O que se sabe sobre ele adveio, principalmente de Platão e Aristóteles. • Conhece-te a ti mesmo, para Sócrates significava: torna-te consciente da tua ignorância, como sendo o ápice da sabedoria. Sócrates, 470 – 399 a.C.

  18. Sócrates • Querofonte, amigo de infância de Sócrates viajou para Delfos (140 Km) para consultar o Oráculo do templo de Apolo com a pergunta: Se havia alguém mais sábio que Sócrates em Atenas? A resposta foi não! • Sócrates não se julgava nem mais nem menos sábio que qualquer outro homem. Mas, assumia que o deus jamais mentiria. • Colocou sua vida a andar por Atenas fazendo perguntas (filosofar), todas de cunho moral: o que é a coragem? A virtude? A devoção? • Mesmo os mais sábios não lhe davam respostas que ele não pudesse refutar. • Concluiu que o deus de Delfos o havia escolhido apenas para que toda cidade percebesse que o saber humano não vale o que seus usuários imaginam. • Durante seu julgamento contou que desde criança escutava vozes que ele assumia como sinais da divindade. Seu daimonion (anjo), a voz interior divina. • Foi condenado à morte em 399 a.C. por introduzir novos deuses e corromper a juventude. Templo de Apolo - Delfos

  19. Santo Agostinho 919a. A dificuldade está em conhecer-se a si próprio. Qual o meio de se chegar a isso? — Fazei o que eu fazia quando vivi na Terra: ao fim de cada dia interrogava minha consciência e me perguntava se não tinha faltado ao cumprimento de algum dever, se ninguém teria motivos para se queixar de mim. Foi assim que cheguei a me conhecer e ver o que em mim necessitava de reforma. Aquele que todas as noites lembrasse suas ações do dia e, se perguntasse o que fez de bem ou de mal, pedindo a Deus e ao seu anjo guardião que o esclarecesse, adquiriria grande força para se aperfeiçoar, porque acredita-me, Deus o assistirá. Perguntai com que intenção agistes em determinada circunstância, se fizestes alguma coisa que cesuras nos outros ou alguma ação que não ousa confessar. Perguntai ainda isto: se Deus chamar-me nesse momento, ao entrar no mundo dos Espíritos, onde nada é oculto, teria eu de temer o olhar de alguém? Santo Agostinho, (354 – 430)

  20. Julgar a si mesmo • O conhecimento de si mesmo é a chave do melhoramento individual. • Mas como julgar a si mesmo? O amor-próprio não atenua as faltas e as torna desculpáveis? O avarento se julga simplesmente econômico e previdente, o orgulhoso se considera somente cheio de dignidade. • Tendes um meio que não vos pode enganar: Quando estiver indeciso quando ao valor de vossas ações, perguntai como qualificaríamos se tivesse sido praticada por outra pessoa. • Se censuramos no outro, não poderia ser legítimo para nós, porque Deus não usa duas medidas para a justiça. • Não negligencieis a opinião dos vossos inimigos, porque eles não têm nenhum interesse em disfarçar a verdade e, Deus os colocou ao vosso lado para vos advertir com mais franqueza do que o faria um amigo. • Faça o balanço da sua jornada moral como o negociante faz com lucros e perdas. Se puder dizer que jornada foi boa, pode dormir em paz e esperar sem temor o despertar na outra vida. LE, 919a

  21. Perguntas claras • Formulai perguntas claras e precisas e não temais multiplicá-las: pode-se muito bem dedicar alguns minutos à conquista da felicidade eterna. • Não trabalhais todos os dias para ter repouso na velhice? Esse repouso não é o objetivo dos vossos desejos, o alvo que vos permite sofrer fadigas e privações passageiras? • Pois bem: o que é o repouso de alguns dias comparado ao que nos aguarda na vida espiritual? Isso não vale algum esforço? • Dizem que o futuro é incerto, mas fomos encarregados de destruir esse pensamento de vossas mentes, pois desejamos fazer-vos compreender esse futuro de maneira que não reste nenhuma dúvida em vossa alma. • Foi com esse propósito que ditamos O Livro dos Espíritos. LE, 919a Santo Agostinho, (354 – 430)

  22. Obrigado

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