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Gestão Ambiental ou Gestão da Imagem Empresarial?

Gestão Ambiental ou Gestão da Imagem Empresarial?. Antônio Almeida. Origens da Gestão Ambiental. Pensamento ambientalista tem diversas origens. Confrontos entre movimentos sociais e organizações que causam danos ambientais.

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Gestão Ambiental ou Gestão da Imagem Empresarial?

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Presentation Transcript


  1. Gestão Ambiental ou Gestão da Imagem Empresarial? Antônio Almeida

  2. Origens da Gestão Ambiental Pensamento ambientalista tem diversas origens Confrontos entre movimentos sociais e organizações que causam danos ambientais Depois da Segunda Guerra Mundial, os problemas ambientais começam a ganhar maior evidência com a expansão da petroquímica, da indústria automotiva e do industrialismo em geral Durante os anos 1960, os grupos ambientalistas constituem uma nova força no cenário político, cuja forma de organização é diferente do sindicalismo tradicional

  3. Origens da Gestão Ambiental Os Estados aprenderam a utilizar politicamente as questões ambientais para sua autopromoção Constituição de órgãos de vigilância e fiscalização Apesar dessas mudanças e dessa incorporação das questões ambientais no quadro de preocupações do Estado, as políticas de desenvolvimento econômico ainda prestam pouca atenção aos problemas ambientais. Fala-se sempre em crescimento econômico e em racionalidade econômica e o ambiente permanece uma preocupação secundária

  4. Origens da Gestão Ambiental Estes grupos ambientalistas conseguiram que os Estados aprovassem leis regulando vários usos do ambiente, configurando uma primeira forma de Gestão Ambiental do território O setor empresarial não estava preparado para este tipo de embate e demorou a se organizar e reagir A reação veio na forma de campanhas de publicidade para desacreditar o movimento ambientalista e melhorar a imagem das empresas Aos poucos os grupos empresariais começaram a pressionar pela revisão das leis

  5. Anecessidade da Gestão Ambiental surgiu do entrechoque de diversas tendências sociais. Ao longo do século XX, agravaram-se muito os problemas relacionados à degradação ambiental, gerando ressentimentos e movimentos sociais para conter e reverter estes problemas. No mesmo período, ocorreu também um aprofundamento do conhecimento a respeito dos problemas ambientais. Aos poucos e contra a vontade dos poluidores e dos responsáveis pela degradação ambiental, emerge um conhecimento que conecta as atividades industriais, comerciais, urbanas e agrícolas, aos problemas ambientais e de saúde da população.

  6. Preocupação difusa Como resultado das campanhas ambientais realizadas no passado, o cidadão comum tem uma preocupação difusa a respeito dos problemas ambientais No entanto, este sentimento favorável à conservação ambiental não assumiu ainda o caráter de uma consciência forte a respeito destes problemas e, por isto, pode ser facilmente manipulada De certo modo, sabemos mais sobre os problemas ambientais do que sobre como solucioná-los. Sabemos mais sobre o que não queremos do que sobre o que queremos. Isto abre espaço para propostas variadas de solução

  7. O Modelo de Propaganda de Edward Herman & Noam Chomsky • Edward Herman & Noam Chomsky propuseram um modelo de propaganda que prevê duas situações distintas em relação ao controle do processo de informação da população: • Filtragem das informações (propriedade e tamanho dos meios de comunicação; publicidade; fontes; reações negativas; neoliberalismo) • Excesso de informações sobre um determinado assunto sem maiores preocupações com a correção destas informações

  8. Modelo de Propaganda Aplicado à Questão Ambiental Alunos: Monitoramento das revistas Veja, Isto é, Carta Capital, Época e Caros Amigos A água na EPTV As questões ambientais no Jornal Nacional Revistas de turismo (Terra e Viagem & Turismo) A Gestão Ambiental na mídia Agrotóxicos na mídia

  9. O Modelo de Propaganda Aplicado às Questões Ambientais

  10. Mudanças Climáticas na Veja A postura editorial da Revista Veja era bastante dura em relação ao ambientalismo Predominava a racionalidade econômica e a despreocupação ambiental

  11. Mudanças Climáticas na Veja Ao mesmo tempo em que atacava o ambientalismo, a Veja utilizava a consciência ambiental da população para promover produtos, lugares, empresas, em uma palavra: negócios

  12. Algumas Afirmações de Veja em 2004 “O petróleo, um traço tão fundamental do mundo tal qual o conhecemos, agora é acusado de alimentar a deterioração do meio ambiente.” (Veja 09/06/2004) “Com o atual nível de consumo, as reservas conhecidas são suficientes para manter o abastecimento confortável por mais de meio século” (Veja 09/06/2004) “Por um capricho da natureza, as maiores reservas estão concentradas em áreas politicamente complicadas.” (Veja 09/06/2004)

  13. Algumas Afirmações de Veja em 2004 “O que aconteceria com o mundo se o regime saudita entrasse em processo de decomposição, produzindo um estado de alta instabilidade ou até, Alá nos livre, a queda da monarquia?” (Veja 09/06/2004) “O programa de reciclagem de lixo, por exemplo, é o mais caro do mundo. O governo torrou 23,7 bilhões de dólares na criação de uma estatal para gerir o sistema e divulgar à população como separar o lixo para coleta. A estatal virou cabide de emprego e é acusada de ineficiência.” (Veja 05/05/2004)

  14. Mudanças Climáticas na Veja Em 2006, as mensagens sobre as mudanças climáticas assumem uma relevância que as questões ambientais nunca tiveram para a Veja. O tom é dramático

  15. “Durante muito tempo, acreditou-se que a vastidão dos oceanos seria capaz de anular as agressões que a ação humana lhes impõe. [...] Agora, diante de uma série de fenômenos recentes e inesperados, os biólogos alertam para uma situação muitíssimo mais grave: os oceanos estão doentes e, em muitos casos, ultrapassou-se a capacidade de auto-regeneração.”

  16. “Há décadas os ambientalistas insistem que os materiais plásticos descartados no mar representam uma das maiores ameaças ao meio ambiente – para a maioria das pessoas, esse discurso parecia mais folclórico do que real. Pois bem, os ambientalistas sempre tiveram razão.”

  17. Alguns Fatos Importantes Para Entender a Ação Empresarial Em 1988, climatologistas e políticos criaram o Intergovernmental Panel on Climate Change para monitorar as questões climáticas e emitir relatórios periódicos sobre o assunto. No ano seguinte, um conjunto de 50 grandes empresas ligadas à produção de petróleo, carvão, automóveis, entre outras coisas, organizou a Global Change Coalition (GCC) com o objetivo declarado de lançar dúvidas sobre as afirmações dos cientistas e prevenir os esforços políticos para reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Para isto, a GCC contratou a Burson-Marsteller, um gigante do ramo das relações públicas. Estas atividades resultaram em uma campanha para confundir o público e desacreditar os defensores de medidas para conter as emissões de carbono (NOBLE, 2007)

  18. Alguns Fatos Importantes Para Entender a Ação Empresarial Em 1997, o Protocolo de Kyoto mostrou que medidas urgentes eram necessárias e inevitáveis para conter as mudanças climáticas. Empresas que participavam da GCC perceberam a necessidade de mudar de estratégia. Entre as que saíram da GCC destacam-se: Dupont, BP, Ford, Daimler-Chrysler e Texaco. No entanto, outras empresas como a Exxon, a Mobil e a GM permaneceram na GCC até o ano 2000, quando a GCC se desfez. A campanha lançada pela GCC sobreviveu ao fim desta entidade, sendo conduzida por outros agentes sociais (NOBLE, 2007).

  19. Alguns Fatos Importantes Para Entender a Ação Empresarial A partir do Protocolo de Kyoto, muitas das grandes empresas ligadas ao GCC estabeleceram uma outra estratégia para tratar das mudanças climáticas. Estas empresas constituíram algumas organizações para levar adiante uma nova campanha. Entre estas organizações podemos destacar: Pew Center, Business Environmental Leadership Council, Environmental Defense e Partnership for Climate Action. A nova estratégia não era mais negar as mudanças climáticas, mas reconhecendo a necessidade de mudanças, colocá-las sob o controle destas grandes corporações. Como sempre, os mecanismos de mercado foram eleitos como os mais efetivos para as transformações necessárias nas questões ambientais (NOBLE, 2007).

  20. Resultados da Primeira Campanha Atraso no debate e na informação do público Comprometimento de parte dos cientistas com posturas incoerentes Aprovação de legislação inadequada Confusão generalizada sobre os problemas ambientais

  21. Resultados da Segunda Campanha A segunda campanha está em curso e seus efeitos já aparecem na consciência coletiva sobre os problemas climáticos e ambientais Avalanche de informações, verdadeiras ou não Aumento da preocupação com as questões climáticas Disposição para abrir mão de liberdades em função dos problemas ambientais Proposição de medidas autoritárias e ineficientes Transformação dos poluidores em salvadores ambientais Uso dos movimentos ambientalistas para promover propostas políticas reacionárias Forte ataque ao Movimento por Justiça Global, esquecimento de sua agenda de protestos em função da prioridade ao aquecimento global

  22. Questão Ambiental e Imagem dos Veículos de Comunicação Atualmente, os veículos de comunicação estão conscientes de que sua própria imagem depende da cobertura que fizerem da questão ambiental. Isto abre possibilidades importantes para o movimento ambientalista e, ao mesmo tempo, cria riscos consideráveis para o futuro da comunicação sobre a questão ambiental

  23. Considerações Finais A Gestão Ambiental precisa ser tratada com seriedade e não apenas como uma questão de imagem empresarial Precisamos estar muito atentos às novas políticas públicas em relação à questão ambiental A necessidade de informação sobre as questões ambientais deve ser suprida com critério e por diversas fontes Há necessidade de pesquisas sérias para podermos distinguir as empresas que realmente estão mudando de comportamento daquelas que apenas se preocupam com suas imagens ambientais As pesquisas devem buscam uma racionalidade ambiental

  24. Referências bibliográficas ALMEIDA JR., A.R.; SAKAGUTI JR., M. S. Espaço midiático para o ambiente: breve estudo sobre algumas revistas brasileiras. In Comunicarte, n31, 2005. Campinas: PUC. GORE, A. Uma verdade inconveniente. São Paulo: Manole, 2006. HERMAN, E.S.; CHOMSKY, N. A manipulação do público. São Paulo, Ed. Futura, 2003. LOMBORG, B.; GLEDITSCH, N. P. O ambientalista cético. Rio de Janeiro, Ed. Campus, 2002. LOVELOCK, J. A vingança de Gaia. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2006. NOBLE, D. The Corporate Climate Coup. Disponível em www.zmag.org. Acessado em 30 de maio 2007.

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