html5-img
1 / 97

Modelagem de Mudanças de Uso e Cobertura da Terra

Modelagem de Mudanças de Uso e Cobertura da Terra. SER 403 – Mudanças Globais Ana Paula Dutra de Aguiar. Objetivo da apresentação.

buzz
Télécharger la présentation

Modelagem de Mudanças de Uso e Cobertura da Terra

An Image/Link below is provided (as is) to download presentation Download Policy: Content on the Website is provided to you AS IS for your information and personal use and may not be sold / licensed / shared on other websites without getting consent from its author. Content is provided to you AS IS for your information and personal use only. Download presentation by click this link. While downloading, if for some reason you are not able to download a presentation, the publisher may have deleted the file from their server. During download, if you can't get a presentation, the file might be deleted by the publisher.

E N D

Presentation Transcript


  1. Modelagem de Mudanças de Uso e Cobertura da Terra SER 403 – Mudanças Globais Ana Paula Dutra de Aguiar

  2. Objetivo da apresentação • Apresentar visão geral sobre objetivos e tipos de Modelos de Mudanças de Uso e Cobertura da Terra (Land Use and Cover Change - LUCC), de modo a prover subsídios para discussão sobre modelagem LUCC na OBT.

  3. Roteiro • Introdução • Parte I – Visão geral de modelagem LUCC • Parte II – Exemplos de modelos LUCC • Conclusão

  4. Introdução Conceitos básicos Motivação para o estudo de mudanças LUCC Entendimento sobre causas de mudanças

  5. Roteiro da Introdução • Conceitos básicos • Motivação • Causas de mudanças

  6. Cobertura: Estado físico, químico e biológico da superfície da Terra; Exemplos: floresta, gramínea, área construída. Interesse das ciências naturais. Uso: Emprego da terra pelo homem (propósitos humanos); Exemplos: reserva indígena, pecuária, área residencial. Interesse das ciências sociais. Cobertura e Uso da Terra Uma mesma cobertura pode corresponder a diferentes usos (floresta usada para extração de madeira e recreação). No geral, um sistema de uso corresponde a uma cobertura, mas pode combinar a manutenção de mais do que um (sistema agrícola combinando culturas e pastagens melhoradas). Analysis of Land Use Change: Theoretical and Modeling Approaches - Helen Briassoulis, Ph.D. http://www.rri.wvu.edu/WebBook/Briassoulis/chapter1(introduction).htm#1.3

  7. Conversão: Exemplos de conversão de cobertura: Desflorestamento, Desertificação; Exemplos de conversão de uso: reserva florestal para agricultura para pecuária; cultura permanente para cultura anual. Modificação: Em termos de cobertura, mudanças estruturais ou funcionais, causadas por fenômenos naturais e também por ações humanas. Por exemplo: Alterações na biomassa e na produtividade da vegetação; Em termos de uso, intensificação ou mudanças nos seus atributos. Por exemplo, em sistemas agrícolas: Intensificação, Extensificação, Marginalização e Abandono; Em áreas urbanas: mudanças na área residencial de alta renda para baixa renda. Tipos de mudanças

  8. Áreas de florestas convertidas Remanescentes florestais Exemplo de mudança de cobertura: perda de florestas

  9. Interações entre mudanças de cobertura e uso • Mudanças de uso podem influenciar a cobertura de três maneiras: • Convertendo a cobertura; • Modificando a sua função, estrutura ou características, sem ocasionar uma mudança de tipo (e.g., intensificação); • Ou mantendo a cobertura, contra agentes naturais de mudança. • Mudanças de cobertura ocasionadas por mudanças de uso não necessariamente implicam em degradação da terra. • Para entender mudanças, somente classificação da cobertura não é suficiente; é necessário entender sua função (uso) e agentes envolvidos.

  10. Roteiro da Introdução • Conceitos básicos • Motivação • Causas de mudanças

  11. Inicialmente: Globais, impulsionada pelos impactos do desflorestamento no ciclo de C e perda de biodiversidade. Em áreas urbanas, como apoio ao planajemanto. Atualmente: Vulnerabilidade de pessoas e lugares a mudanças de uso e, num nível mais amplo, às mudanças climáticas; Suporte para políticas públicas de mitigação e adaptação, assim como ordenamento territorial. Preocupação com mudanças Preocupação nos níveis global, regional e local

  12. Feedback entre sistemas • Mudanças de Uso e Cobertura podem influenciar: • Ciclo de carbono -> Mudanças Climáticas (global) • Ciclo hidrológico -> Mudanças Climáticas (regional) • Biodiversidade • Susceptibilidade ao Fogo • Populações • Perda de solo • Por outro lado, processo de Mudanças Climáticas poderá influenciar sistemas Naturais e Humanos (incluindo dinâmica de Uso da Terra) de diversas formas.

  13. Questões globais: ciclo de carbono e mudanças de cobertura 1.8 + 6.5 = 8.3 > 3 3 + 2 = 5

  14. Mudanças de uso e cobertura no contexto de mudanças globais Mudanças Climáticas: Aumento de temperatura Mudanças nos níveis de precipitação Aumento do nível do mar Variabilidade e eventos extremos Sistemas Humanos e Naturais Recursos terrestres e aquáticos Ecossistemas e biodiversidade Áreas povoadas e infra-estrutura Sistemas agrícolas Saúde humana Vulnerabilidade Adaptação Emissões e Concentrações Gases do efeito estufa e aerosóis provenientes Queima de combustíveis fósseis e mudanças de cobertura Caminhos de Desenvolvimento Sócio-econômico Mudanças demográficas Crescimento Econômico Tecnologia Políticas Públicas e Instituições

  15. Questões regionais e locais:Exemplos na Amazônia brasileira

  16. Exemplo: impactos do desflorestamento no ciclo hidrológico regional • O vapor de água primário, proveniente do Atlântico, entra na região pela costa do Atlântico, provocando precipitação. Grande parte das águas da chuva volta à atmosfera na forma de vapor d´água gerado pela ação da floresta (evapotranspiração). Este vapor d'água, somado ao vapor primário residual, provoca chuva mais no interior do continente, onde o mesmo processo se repete diversas vezes. • Isto é, a floresta não é uma simples consequência das condições climáticas e da composição e estrutura do solo, pois é através desta relação de interdependência com a cobertura vegetal que se define o clima da região. Assim, o desmatamento, além de induzir a mudanças microclimáticas, deverá levar a alterações no clima regional. As previsões atuais são de um aumento na temperatura e uma diminuição das precipitações. Salati, 2001.

  17. Outro exemplo de impacto: exploração seletiva de madeira e susceptibildade ao fogo Fonte: http://www.ipam.org.br/avanca/ciclo2.htm.

  18. Outro exemplo: possíveis impactos negativos da expansão da soja • Expulsões de populações tradicionais e pequenos produtores; • Degradação do solo; • Contaminação dos rios por agrotóxicos; • Novos desflorestamentos; • Urbanização sem infra-estrutura. Becker, 200. completar

  19. Roteiro da Introdução • Conceitos básicos • Motivação • Causas de mudanças

  20. Não restrito a um fator (“driver”), como crescimento populacional ou infra-estrutura: entende-se atualmente que as respostas individuais e sociais seguem mudanças nas condições econômicas e políticas, mediadas por fatores institucionais locais, criando diferentes caminhos de mudanças. Exemplo: causas do desflorestamento Explicações baseadas em um só fator responsabilizam principalmente o aumento populacional natural e pobreza pelo desflorestamento tropical, através de agricultura itinerante. Simplificações e generalizações geram políticas públicas equivocadas; não consideram feedbacks, pois infra-estrutura e crescimento populacional são ambos causas e efeitos do desflorestamento; ignoram forças econômicas e políticas que propiciam as mudanças; não separam causas imediatas de causas subjacentes; Entendimento atual: desflorestamento é gerado por uma combinação de causas imediatas e subjacentes, em contextos geográficos e históricos distintos, que levam a diferentes caminhos; Não existe política pública universal a ser aplicada para conter o desflorestamento, sendo necessário o entendimento detalhado das causas imediatas e subjacentes para a adoção de políticas adequadas. Entendimento atual sobre “causas” • Lambin e Geist, 2002 • The causes of land-use and land-cover change: moving beyond the miths. Lambin et alii, Global Env. Change 11 (2001) : 261-269. • Proximate causes and Underlying Forces of Tropical Deforestation. Geist e Lambin. BioScience, vol. 52, no.2, Feb. 2002.

  21. Causas imediatas e subjacentes Mudança de uso/cobertura Alocação de capital (e.g., o que, quanto e onde) Consumo Decisões gerenciais Agentes: variáveis de escolha Objetivos e preferências Atributos culturais Acessabilidade, tecnologia disponível Preço dos insumos e dos produtos Características ambientais Custo e disponibilidade de mão de obra Características dos diferentes Agentes e parâmetros de decisão Causas imediatas Instituições Infra-estrutura Mercados Tecnologia Preço/ demanda mercado internacional Políticas governamentais (e.g., programas de crédito), Macro-economia,, Demografia Variáveis macro e instrumentos de políticas públicas Causas subjacentes Fonte: adaptado de Kaimowitz e Angelsen, 1998.

  22. Drivers, heterogeneidade espacial e escala de análise Exemplo: Amazônia Brasileira • Berta Becker (2000): três sub-regiões distintas (espaço-tempo): • Amazônia Oriental e Meridional • Amazônia Central • Amazônia Ocidental • Dentro de cada sub-região, realidades e atores distintos: • 9 Estados - instituições; • áreas de colonização, áreas de agricultura mecanizada, Unidades de conservação • Áreas de ocupação recente e consolidada. Contextos históricos e geográficos: Várias interações entre o homem e o ambiente reformulam os impactos de drivers diferentemente, levando a diferentes caminhos no processo de mudança do uso. • BECKER, B. Cenários de Curto Prazo para o Desenvolvimento da Amazônia. Cadernos IPPUR, rio de Janeiro, Ano XIV, no 1, p. 53-85, Jan/Jul 2000. • BECKER, B. Revisão das Políticas de Ocupação da Amazônia: é possível identificar modelos para projetar cenários?, Número 12, Setembro 2001, p.135-159.

  23. Drivers, heterogeneidade espacial e escala de análise • Processo não pode ser facilmente generalizado, sendo necessários: • Rede de estudos de caso que representem a heterogeneidade espacial de uma região; • Abordagem multi-escala, que permita a ligação entre a dinâmica regional e local; • Abordagem multi-temporal, pois escala de tempo analisada também influencia relação entre fatores e mudanças (e.g., impacto do aumento populacional em um século versus 5 anos); • Drivers não são generalizáveis ou aplicáveis de uma escala para outra: • Relações não lineares observadas em uma escala não podem ser linearmente traduzidas para outra (erros de agregação); • Diferenças na estrutura hierárquica de fatores entre diferentes níveis da organização. • Exemplo: na escala local (propriedade), acessabilidade e variáveis sociais; na escala da paisagem, potencial agro-climático e topografia; regional ou nacional, fatores macro-econômicos, demográficos e climáticos.

  24. Fonte: Lambin e Geist, 2002. Global land-use and land-cover change: what we have learned so far? http://www.geo.ucl.ac.be/LUCC/pdf/Pages%20from%20NL%2046.pdf

  25. Parte I - Visão Geral sobre Modelagem LUCC Objetivos e dificuldades Histórico Situação atual e tendências

  26. Tipos de atividades em LUCC • Monitoramento (Sensoriamento Remoto) • Elaboração de Teorias • Modelagem (Conceitual e Operacional)

  27. Teorias: Afirmações concatenadas utilizadas no processo de explanação. Teorias LUCC provenientes de tradições econômicas, sociológicas e natureza-sociedade. Exemplos de teorias: Von Thunen, Alonso, Equilíbrio Espacial, Teorias baseadas em Agentes, Boserup ( Intensificação da agricultura/pressão Populacional), Teorias da pequena produção familiar (Chayanov, Neoclássica), etc. Teorias existentes atualmente limitadas em termos de complexidade espaço-temporal. Modelos: Representação estruturada e idealizada do mundo real; ou representação formal de teoria para um sistema de interesse. Modelos operacionais: aplicado a dados reais. Alguns modelos LUCC não são explicitamente baseados em teorias. Síntese de teorias parece ser o mais adequada para que nenhuma dimensão do problema seja perdida. Modelos versus Teorias de Mudança de Uso e Cobertura http://www.rri.wvu.edu/WebBook/Briassoulis

  28. Objetivos de atividades de modelagem LUCC • Entender melhor as causas e mecanismos que governam as mudanças de uso/cobertura (o porquê) - testar hipóteses e análisar as importâncias relativas de diferentes fatorees; • “Prever” ou “projetar” quanto,quando e onde as mudanças deverão ocorrer no futuro (na verdade suposições lógicas sobre o que pode acontecer dadas certas premissas, incluindo os casos extremos); • Auxiliar a elaboração de políticas públicas para prevenção, adaptação e mitigação de mudanças, através de simulações em diferentes cenários, através da análise da sensibilidade das mudanças de uso e cobertura a fatores ambientais, econômicos, sociais e institucionais; e • Analisar impactos das mudanças de uso nos sistemas naturais e sócio-econômicos, através do acoplamento de modelos com feedbacks nos dois sentidos. • Prescever cenários otimizados.

  29. Modelos podem ser categorizados quanto à: • Caracterização básica: • Objeto de estudo: áreas urbanas, desflorestamento, intensificação de uso, desertificação, vulnerabilidade a mudanças climáticas, expansão da soja, dinâmica da paisagem, etc. • Escala - local (nível de propriedade/agente), regional, global, ou multi-escala; • Qual pergunta se propõe a responder: Porque? Quando? Onde? Cenários? Impactos? • Com base nesta definição: • Quantitativo ou qualitativo; • Formulação matemática - determinísticos (processo conhecido) ou estocásticos; • Embasamento teórico - com base teórica (única ou síntese) ou ausência dela; • Tratamento da dimensão espacial - espacializados ou não (incluindo a incorporação de aspectos espaciais, como vizinhança e proximidade); • Tratamento da dimensão temporal - desde completamente estáticos (condições iniciais são mantidas) até dinâmicos; • Nível de Integração (constituídos de vários subsistemas, representando o aspectos ambientais, socias, econômicos, normalmente em várias escalas) ou não. • Tecnologia empregada - autômatos, multi-agentes, regressão múltipla, multi-critério, otimização, etc.

  30. Variáveis de modelos LUCC • Variáveis selecionadas dependem de entendimento mínimo do porquê das mudanças (mesmo em modelos estocásticos). • Decisão sobre quais variáveis são exógenas e quais são endógenas depende da escala de estudo e do nível de integração com outros subsistemas (no caso de modelos integrados). • Em modelos multi-escala, variáveis não podem ser generalizadas de uma escala para outra; diferentes fatores atuam em diferentes escalas.

  31. Dificuldades na modelagem LUCC • Alta complexidade dos sistemas: estrutural e funcional; • Modelagem do comportamento humano; • Entendimento sobre relações entre drivers; • Diversidade de aspectos a serem considerados (multi-disciplinaridade); • Heterogeneidade espacial; • Disponibilidade de dados sócio-econômicos; • Difíicil previsibilidade: eventos extremos e próprios resultados dos modelos podem mudar rumos; • Inexistência de uma teoria de LUCC que norteie a concepção dos modelos; necessidade de síntese de teorias.

  32. Histórico da modelagem LUCC • Inicialmente, modelos de campos de conhecimento específicos: • A partir das décadas de 50 e 60, “revolução quantitativa” em geografia, economia, sociologia e planejamento; área econômica tem grande quantidade de trabalhos; muitos modelos para aplicações urbanas; • Boom de modelos de desflorestamento nos anos 80, impulsionado pela questão de mudanças climáticas; • Ciências naturais (e.g., ecologia da paisagem) - ênfase nos aspectos bio-físicoos. • Tendência a interdisciplinariedade. • Integração aspectos ambientais - sociais - econômicos. • Anos 90 - Projeto LUCC (IGBP - International Geosphere-Biosphere Programme e IHDP - International Human Dimensions Programme on Global Environmental Change ).

  33. Projeto LUCC (IGBP-IHDP) • Motivação: • Earth Science: necessidade de dados quantitativos e espacializados sobre mudanças de uso e cobertura (especialmente) no período de 300 anos atrás até os próximos 50 anos. • Dimensões humanas: questões de sustentabilidade e vulnerabilidade. • Combinação de três perspectivas de entendimento: • Narrativa: entendimento profundo através de detalhes históricos; • Baseada em agentes: entendimento das decisões individuais; • Sistêmica/estrutural: entendimento das organizações e instituições que estabelecem restrições e oportunidades, que influenciam das decisões individuais; • As duas últimas abordagens operam interativamente em diferentes escalas de tempo e espaço e dependem do desenvolvimento de modelos e testes empíricos. www.geo.ucl.ac.be/LUCC/lucc.html

  34. Projeto LUCC: modelos propostos Foco 2: Mudanças de Cobertura • Observações diretas (sistemas de monitoramento e alarme), paea identificação de taxas e padões; • Modelos de diagnóstico, relacionando fatores cultuurais e físicos espaço-temporais (proximate causes); • Uso de modelos para testar hipóteses sobre fatores, que depois devem ser refinadas nos Focos 1 e 3, identificar áreas sujeitas a mudanças e prever impactos destas mudanças. • Ligação com comportamento humano (Foco 1). Modelos propostos: • Modelos de probabiliade de transição (Cadeias de Markov); • Modelos estatísticos espacializados (e.g., regressão linear). • Modelos dinâmicos de processo (causais). Foco 3: Modelos Regionais e Globais • Viabilizar o entendimento das mudanças LUCC no contexto de mudanças globais. • Capturar fatores de modo mais abrangente: • Heterogeneidade espacial e escalas. • Ligação economia-ambienta; • Mudanças Tecnológicas; • Políticas e instituições;Dinâmica Urbano-rural; • Integração água-terra; • Resposta dos sistemas ã demanda por alimentos (intensificação e conversào) • Desenvolvimento de cenários de mudanças globaiis. Modelos propostos: • Modelos espacialmente explícitos, multi-escala dinâmicos e integrados. Foco 1: Dinâmica de uso • Entender o comportamento dos agentes - casos de estudo; • Entender o relacionamento dos drivers entre escalas; • Questões de vulnerabilidade e sustentabildiade Modelos propostos: • Modelos multi-agente inteligentes; Modelos regionais baseados em comportamento agregado dos agentes - relacionamento com organizações e instiruições; • Modelos de simulação de cenários de sustentabilidade; • Modelos simulação locais e regionais que identifiquem interações associadas com degradação e vulnerabilidade

  35. Tendências e linhas de pesquisa • Modelos multi-agentes: simulação de decisões e competição entre múltiplos agentes; • Entendimento do relacionamento entre escalas e drivers; • Modelos multi-escala que representem a complexidade estrutural; • Questão da heterogeneidade espacial e da escala temporal de análise; • Além da análise de processos de conversão (quantiitativa e locacional), análise de processos de modificação (e.g., intensificação); análises de vulnerabilidade e sustentabilidade; • Modelos de sistemas dinâmicos que representem complexidade funcional; • Links dinâmicos entre processos/modelos de uso e processos/modelos biofísicos, permitindo gerar previsões no futuro ou no passado; • Arcabouço sólido para validação de modelos; Veldekamp e Lambin, Editorial: Predicting land use change Agr., Eco. And env. 85(2001): 1-6

  36. Roteiro • Introdução • Parte I – Visão geral de modelagem LUCC • Parte II – Exemplos de modelos LUCC • Conclusão

  37. Parte II - Exemplos de Modelos

  38. Critérios para seleção de modelos • Apresentar visão geral sobre tipos de modelos existentes, seus objetivos e tecnologia empregada, assim como a que região foram aplicados; • Ordem da seção visa facilitar o entendimento dos objetivos e técnicas; não implica em classificação: modelos exemplificados não pertencem, necessariamente, a uma só categoria; • Existem tipos de modelos não exemplificados, por exemplo, modelos de otimização e Interação Espacial; • Maior ênfase a modelos de áreas rurais (locais e regionais) e já aplicados à Amazônia.

  39. Roteiro da Parte II • Modelos Markovianos • Modelos Logísticos • Modelos Estatísticos e Econométricos • Modelos GIS • Modelos baseados em Autômatos Celulares • Modelos Nível Micro e Multi-agentes • Modelos Integrados Regionais • Considerações gerais sobre modelos

  40. Roteiro da Parte II • Modelos Markovianos • Modelos Logísticos • Modelos Estatísticos e econométricos • Modelos GIS • Modelos baseados em Autômatos Celulares • Modelos Nível Micro e Multi-agentes • Modelos Integrados Regionais • Considerações gerais sobre modelos

  41. Modelos Markovianos • Processo Estocástico. • Aplicácel a processos que se move m numa sequência de passos através de conjunto de estados; bastante utilizados em ecologia e geografia. • Simplicidade Operacional: probabilidades de transição podem ser facilmente estimadas com base em dados históricos. Não demanda grande quantidade de dados, que podem ser derivados de Sensoriamento Remoto. • Aplicações: principalmente, para prever em determinada data, quanto de cada conversão ocorrerá. S t+1 = P x St p11 p12 ……p1n P = p21 p22 ……p2n ………………… pn1 pn2 …… pnn S = s1 s2 ….sn onde si é a quantidade de terra destinada a determinado uso.

  42. Modelos Markovianos • Normalmente, processo é considerado estacionário e de primeira ordem (somente último estado é considerado); • Não incorpora nenhum fator (“driver”) de mudança. Assume que as forças que atuaram para produzir os padrões observados vão continuar a atuar; não leva em conta vizinhança. • Melhorias possíveis: • Remover hipótese de estacionariedade, permitindo alterações nos valores de probabilidade no tempo (o que exige domínio matemático e estatístico, e pode ser difícil a falta de dados para calibrar modelo); • Relacionar probabilidades de transição a variáveis exógenas independentes; • Restrições em relação a transições impossíveis; • Analisar a disponibilidade de terra para mudança.

  43. Roteiro da Parte II • Modelos Markovianos • Modelos Logísticos • Modelos Estatísticos e econométricos • Modelos GIS • Modelos de Simulação baseados em Autômatos Celulares • Modelos de Simulação Nível Micro e Multi-agentes • Modelos Integrados Regionais • Considerações gerais sobre modelos

  44. densidade populacional Por vezes, tempo substituído por variável exógena de densidade (como densidade de população ou densidade de atividades sócio-econômicas). Desflorestamente é tido como dependente da densidade de uma causa aproximada em vez de um processo contínuo no tempo. Modelos baseados em funções logísticas • Modelo matemático simples que descreve processos que crescem lentamente no começo, depois rapidamente, depois lentamente novamente, até um ponto de saturação. • Bastante utilizado em biologia, geografia e aplicado para desflorestamento. • Base teórica: • Desflorestamento como um fenômeno de crescimento com restrição (até a biomassa ficar escassa, sem rebrota); • Desflorestamento como um processo de difusão (ondas de migração). • Aplicações: • Várias aplicações para estimar taxas de desflorestamento; • Exemplo: Reis e Margulis (1991). desflorestamento tempo

  45. Modelos baseados em funções logísticas • Descritivo, não explanatório. • Pode explicitamente incluir um pequeno número de variáveis causais; • Pode ser utilizado para prever desflorestamento sem grande entendimento das causas; • Possui duplo embasamento teórico; • Pode ser incorporado em arcobouço espacial, multi-escala (Esser, 1989): • parametrização regionalizada; • interação entre escalas, de modo que desflorestamento aumente de acordo com as funções logísticas de vários níveis da hierarquia; • seleção de células para desflorestamento (sequencia) definida de acordo com uma probabilidade definida por uso da terra dos vizinhos, produtividade natural, fertilidade do solo e taxa de mudança naquela célula anteriormente (Osnabruck Biosphere Model)

  46. Roteiro da Parte II • Modelos Markovianos • Modelos Logísticos • Modelos Estatísticos e econométricos • Modelos GIS • Modelos baseados em Autômatos Celulares • Modelos Nível Micro e Multi-agentes • Modelos Integrados Regionais • Considerações gerais sobre modelos

  47. Modelos baseados em regressão múltipla e outras técnicas multivariadas (e.g., análise canônica). Podem ser contínuos ou discretos; com finalidade “explanatória” ou preditiva: Contínuos (e.g., regressão linear múltipla) : LUT i = a + b1X1 + b2X2 + ..... + bnXn + ei, onde, LUTi é a área ocupada pelo uso i (em cada zona/célula), e X1, X2, ..Xn as variáveis de previsão utilizadas Incorporação de aspectos quantitativos (taxas, etc); Exemplo: módulo de regressão linear do CLUE (Apresentado na seção de Modelos Integrados) Modelos Estatatísticos Discretos: • Modelam a probabilidade de haver mudança do uso i para uso j; • “discrete choice models”, baseados em logit e probit models; • Exemplos: modelos econômicos espaciais de BockStael e modelo de Dinâmica da paisagem (apresentado na seção de modelos de simulação espacial);

  48. Econométricos • Aplicação de técnicas de regressão múltipla à análise de problemas que envolvam demanda e oferta. • Sistemas de equação que expressam as relações entre a demanda e/ou produção e seus fatores determinantes, assim como entre demanda e produção entre si. • Vários métodos foram desenvolvidos especialmente para resolver este tipo de sistema. • Exemplos: • Estáquio Reis (IPEA): • Andersen et al. (1997) • Projeto Nemesis • Marcellus Caldas (PhD Esalq/MSU) – Amazônia/micro

  49. Exemplo 1: Andersen e Reis (1997) - IPEA Modelo de 6 equações: • Demanda por terra desflorestada (Equação principal) • demanda por terra desflorestada na região i, no tempo t, com base nas características passadas da região i e dos seus vizinhos mais próximos. • Interações entre populações urbanas e rurais • Produção rural e urbana • Preço da terra Objetivo: análise dos fatores determinantes do desflorestamento na Amazônia. Dados utilizados: • Dados para 316 regiões (municípios) da Amazônia (1970, 1975, 1980, e 1985) sobre: • Economia • Agricultura • Demográficos • Ecológicos • Dados sobre vizinhança: • Distância entre centros de municipalidades; DCLRi,t’ = f (distance to federal capitali, road lengthi,t-1, river lengthi, level ofclearing in neighboring regionsi,t-1 rural population densityi,t-1, level of clearingi,t-1, share of land clearedi,t-1, change of urban outputi,t, distance to state capitali, urban residents per rural residenti,t-1, growth pole dummyi, Sudam crediti,t-1, land pricesi,t-1, rural income per rural capitai,t-1, municipality areai). Andersen e Reis (1997) – Texto para Discussão Nº 513 DEFORESTATION, DEVELOPMENT, AND GOVERNMENT POLICY IN THE BRAZILIAN AMAZON: AN ECONOMETRIC ANALYSIS- IPEA

  50. Exemplo 1: Andersen e Reis (1997) - IPEA

More Related