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O solo da abelha. Arai Santos. Tiva Seixas. Dona abelha é muito chique. Seu solo predileto não é o chão. Ela gosta mesmo é de aterrissar nas flores, pois é de lá que ela tira seu sustento e a matéria prima para seu trabalho.
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O solo da abelha Arai Santos Tiva Seixas
Dona abelha é muito chique. Seu solo predileto não é o chão. Ela gosta mesmo é de aterrissar nas flores, pois é de lá que ela tira seu sustento e a matéria prima para seu trabalho.
A abelha fabrica mel, produto viscoso, pastoso, açucarado, além de cera, própolis, óleos, que são importantíssimos tanto para a alimentação como para a fabricação de remédios e cosméticos.
Devido a isso, ela é mais conhecida como a operária que trabalha na indústria de transformação.
Mas ela é também uma excelente agricultora, pois semeia o pólen que interage na reprodução de algumas plantas floríferas assexuadas.
Só que ela não tem consciência disso, pois tanto o néctar como o pólen são seus alimentos e quando chega para ingeri-los se lambuza toda e depois senta em outras flores disseminando esse processo.
É assim o seu trabalho árduo, num solo que mais parece um tapete colorido e perfumado no reino vegetal.
As plantas assexuadas se reproduzem através do pólen, sendo que essa tarefa não é só das abelhas, pois outros insetos e algumas aves e a ação dos ventos contribuem para que o pólen seja transportado de uma flor a outra interagindo como elemento de fecundação.
Dessa forma, dona abelha vai dando continuidade a esse cultivo agrícola tão importante tanto para ela, como para o meio ambiente e principalmente ao homem.
Entre tantas atividades ela é uma excelente escultora. Seu favo é um grande mosaico tridimensional com pequenos hexágonos todos simétricos que até parece que entende de matemática.
A mesma abelhinha que às vezes desprende um ferrão tão dolorido é capaz de fazer coisas tão dóceis e amáveis.
Ao transportar o pólen, ajuda na polinização, ao sugar o néctar produz enzimas que são regurgitados de uma para outra e mediante uma alteração química se transformam em mel.
Este produto também lembra carinho: poetas e escritores vão passando doçura em seus textos como: “A virgem dos lábios de mel”.
Oh abelhinha! Que bom que você existe em nosso ecossistema e que você não é egoísta que só pensa em si mesma, mas também semeia, produz e transforma.
Com isso, vamos tendo mel, mais flores e elogios adocicados para os amores.
Formatação : Tiva Seixas (tivaseixas@gmail.com) Texto : Arai Santos Música : Balão Mágico – Uni Duni Te Arai Santos