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Metodologia Científica. Andréa Roloff Lopes. Avaliação da Disciplina. Nota. Exercício da ABNT. 2,0. Projeto de pesquisa. 8,0. Bibliografia Recomendada. BARRAL, Welber. Metodologia da pesquisa jurídica . Florianópolis: Fundação Boiteux, 2003.
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Metodologia Científica Andréa Roloff Lopes
Avaliação da Disciplina Nota Exercício da ABNT 2,0 Projeto de pesquisa 8,0
Bibliografia Recomendada BARRAL, Welber. Metodologia da pesquisa jurídica. Florianópolis: Fundação Boiteux, 2003. GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1996. MEZZAROBA, Orides; MONTEIRO, Claúdia Servilha. Manual de metodologia da pesquisa no Direito. 2. ed. rev. São Paulo: Saraiva, 2004. SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia científica: teoria da ciência e prática da pesquisa. 19. ed. São Paulo: Atlas, 2000. UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ. Sistema de Bibliotecas. Normas para a apresentação de trabalhos. Curitiba: UFPR, 2000. 10 v.
Leitura: o bom leitor Lê com objetivo determinado; Lê unidades de pensamento; Avalia o que lê; Possui bom vocabulário; Sabe quando ler um livro até o fim ou quando interromper a leitura definitiva ou periodicamente; Discute freqüentemente o que lê com os colegas; Adquire livro com freqüência e cuida de sua biblioteca particular; Lê vários assuntos. (SALOMON, 1999, p. 52-53.)
Ambiente ideal para estudo Silêncio Interior (RUIZ, 1996, p. 52-53.) Ambiente de Estudo Ambiente Arejado Amplo Iluminado Mat. Apoio Bloco de notas Lápis e borracha Dicionário
Para um estudo produtivo do texto: • Faça uma leitura exploratória do texto; • Não sublinhe na primeira leitura; • Durante a leitura reflexiva sublinhar o que é realmente importante para o texto. (RUIZ, 1996. p. 39-44.)
Para esquematizar: • O esquema é a distribuição gráfica do assunto, mediante divisões e subdivisões hierárquicas; • Pode ser feito por chaves de separação, listagem ou classificação numérica; • O esquema deve ser fiel ao texto original; • A estrutura do esquema deve ser lógica e compreensível. (RUIZ, 1996, p. 39-44.)
Fases da Leitura • Análise Textual • Análise Temática • Análise Interpretativa • Problematização • Síntese Pessoal
Análise Textual Preparação do texto: • estabelecer unidade de leitura; • ler rapidamente o texto completo (marcando palavras desconhecidas e pontos que necessitam ser esclarecidos); • esclarecer as suas dúvidas; (vocabulário, doutrinas, fatos e autores). A partir da visão de conjunto do texto é possível fazer o ESQUEMA. (SEVERINO, 2000, p. 51-53.)
Análise Temática Compreensão da mensagem do autor: • Tema; • Problema; • Tese; • Raciocínio; • Idéias secundárias. (SEVERINO, 2000, p. 53-56.)
Análise Interpretativa Interpretação da mensagem do autor: • Situação filosófica e influências; • Pressupostos; • Associação de idéias; • Crítica: • coerência interna da argumentação; • validade dos argumentos empregados; • originalidade do tratamento dado ao problema; • profundidade de análise ao tema; • alcance de suas conclusões e conseqüências; • apreciação e juízo pessoal das idéias defendidas. É importante discutir o resultado obtido no estudo. (SEVERINO, 2000, p. 56-58.)
Problematização Levantamento e discussão de problemas relacionados com a mensagem do autor. (SEVERINO, 2000, p. 58.)
Síntese Pessoal Reelaboração da mensagem com base na reflexão pessoal. (SEVERINO, 2000, p. 58.)
SinopseResumoResenha Crítica As Formas Básicas de Texto Científico
Sinopse • É um pequeno texto (25 a 50 linhas) geralmente redigido pelo autor ou editor de uma obra. É uma apresentação concisa dos traços gerais da obra. Geralmente vem inserido no início de textos e é essencial para o levantamento bibliográfico.
Resumo • É mais longo, (10 a 25% do texto original), levanta idéias essenciais do texto base, é feito por um terceiro mas deve manter o espírito do autor; o resumo deve se observar absoluta fidelidade ao texto original, sem juízo de valor.
Para um bom resumo: • Levante o esquema e as anotações de leitura; • Redija o resumo em frases curtas, diretas, objetivas; • Não esqueça as referências bibliográficas; • Acrescente, se desejar, suas opiniões pessoais. (RUIZ, 1996, p. 39-44.)
Resenha Crítica • Exame e apresentação de obras prontas, acompanhado de avaliação crítica. É um exercício de autonomia intelectual, de compreensão e crítica. Constitui um passo importante para a produção científica. • Pode ser resenha bibliográfica ou revisão de literatura, quando procura demonstrar o estágio de desenvolvimento de um tema.
Itens de uma Resenha • Identificação da obra (notas bibliográficas) • Credenciais do autor (formação, publicações, atividades) • Conteúdo (idéias principais, pormenores, pressupostos para o entendimento do assunto) • Conclusões (localização e explicação das conclusões do autor) • Crítica (determinação histórica e metodológica, contribuições, estilo, forma, méritos, considerações éticas)
Nota Traz novidades mas não permite que o leitor verifique tal informação. Informam o momento que o pesquisador esta no trabalho, são curtas.
Artigo Científico Visa publicar os resultados de um estudo. O artigo tem formato reduzido mas deve ser sempre um trabalho completo e integral (notas, revisões, citações). São publicados em revistas especializadas para divulgar conhecimentos, comunicar resultados e novidades, contestar, refutar ou apresentar soluções para uma situação controvertida.
Itens de um Artigo • Título (subtítulo) • Autor(es) • Crédito dos autores (formação, atividades relacionadas com o assunto) • Sinopse ou resumo • Introdução • Corpo de relatório (com subtítulos, não com capítulos) • Conclusão • Referências bibliográficas (normas de ABNT)
Itens de Artigo-relatório • Título (subtítulo) • Autor(es) • Crédito dos autores • Sinopse ou resumo • Introdução • Corpo do relatório (referencial teórico, metodologia e materiais, apresentação dos resultados, análise e interpretação dos resultados, recomendações e sugestões) • Conclusões • Referências bibliográficas
Paper ou Comunicação Científica Destina-se a comunicação oral em cursos, simpósios, etc. Contém de 2 a 10 páginas, estruturadas no modelo do artigo científico ou artigo-relatório, para posterior publicação em atas e anais dos eventos. Podem ser publicados na íntegra ou nos resumos e sinopses. Não apresenta subdivisões, é um texto unitário
Itens de um Paper • Título (subtítulo) • Autor (es) • Sinopse • Texto (sem subdivisões, embora tenha como conteúdo uma introdução, um corpo e uma conclusão) • Referências bibliográficas
Ensaio • É um texto científico que desenvolve uma proposta pessoal do autor a respeito de um assunto. É a expressão da visão do autor, que pode ser independente com relação ao pensamento científico comum a respeito do assunto. • Por ser um conjunto de impressões de um especialista, seu valor depende do respeito que a comunidade científica tem por seu autor.
Monografia • Relatório escrito de uma questão bem determinada e limitada, realizado com profundidade. É um trabalho sistemático e completo sobre um assunto particular, pormenorizado no tratamento e extenso no alcance. Exposição exaustiva de um problema ou assunto específico.
Itens de uma Monografia • Introdução (relevância, menção de outros trabalhos, exposição dos objetivos); • Corpo (capítulos, planejados e ordenados no projeto); • Conclusão (síntese das idéias desenvolvidas nos capítulos, parágrafo conclusivo).
Tipos de Monografia • Monografia de Compilação • Monografia de Pesquisa de Campo
Monografia de Compilação • Exposição do pensamento de vários autores sobre o assunto. É necessário examinar um número significativo de obras, organizar opiniões, apresentar um panorama de várias posições de maneira clara e didática. • O autor deve opinar sobre os pontos relevantes e apresentar uma conclusão pessoal
Monografia de Pesquisa de Campo • Pesquisa empírica, investigação não restrita apenas aos aspectos teóricos. A ênfase dar-se-á na análise de dados concretos, extraídos de observações de fatos ou indagações das pessoas envolvidas. Não é possível ir ao campo buscando premissas aleatórias, mas elas podem ser mudadas com a realização da pesquisa concreta. • Entrevista, questionário e formulário
Dissertação • É necessária para obtenção do grau de mestre. Apresenta-se na forma de relatório científico ou de monografia. Sua principal característica é o aprofundamento. O texto deve identificar, situar, tratar e fechar uma questão científica de maneira competente e profunda. • Pode ser expositiva ou argumentativa.
Características da Dissertação • Deve estar veiculada a um programa de pós-graduação stricto senso; • situar-se numa área específica do conhecimento; • Desenvolver-se com a orientação de um doutor; • Revelar domínio e capacidade de síntese de conhecimentos específicos e aprofundados (dentro de sua área); • Ser apresentada e defendida publicamente (três doutores).
Tese • Condição para o doutoramento, título de catedrático ou livre-docência. A tese assume o formato de uma monografia ou de um relatório; • Uma boa tese identifica, situa, trata e fecha uma questão científica de maneira competente, profunda e inédita. • O inédito pode ser algo totalmente novo ou aspectos novos de algo já conhecido.
Características da Tese • Ser elaborada por pós-graduandos de doutorado; • Restringir-se a uma área específica de concentração, definida pela instituição; • Ser produzida sob a tutela de um doutor; • Revelar o domínio e síntese de conhecimentos específicos e originais dentro da área de conhecimento/atuação em que é desenvolvida; • Ter texto apresentado e defendido publicamente, avaliado por uma banca de doutores (seis).
Caracterização das Pesquisas • Segundo os seus objetivos: • Exploratórias; • Descritivas; • Explicativas.
Segundo os procedimentos de coleta • Experimento; • Levantamento; • Estudo de caso; • Pesquisa bibliográfica; • Pesquisa documental;
Projeto • Escolha do Tema (gosto, preparo, tempo, utilidade, fontes); • Revisão de literatura (duplicidade); • problematização; • Seleção/delimitação; • geração das hipóteses.
Definição de Problema • Questão não solvida e que é objeto de discussão, em qualquer domínio do conhecimento. • É necessário inicialmente verificar se o problema levantado se enquadra na categoria de científico.
Problemas de “engenharia” (Kerlinger): • “Como fazer para melhorar os transportes urbanos?”, “O que pode ser feito para melhorar a distribuição de renda?” • Não tem interesse em indagar a respeito de causas e conseqüências, mas sobre como fazer algo de forma eficiente.
Problemas de valor • São aqueles que indagam se se uma coisa é boa, má, indesejável, desejável, certa ou errada, melhor ou pior do que outra. • Ex: “A mulher deve realizar estudos universitários?”
Problemas científicos • O problema é científico quando envolve variáveis que possam ser testadas. • Ex:”A desnutrição determina o rebaixamento intelectual?”
Por que formular um problema? • Os problemas podem ser de ordem prática ou intelectual. • Razões de ordem prática podem determinar a criação de um problema cuja a resposta seja necessária para subsidiar uma ação. • Ex: pesquisas eleitorais, propaganda, etc.
Também são inúmeras as razões de ordem intelectual que conduzem a formulação de problemas. • Ex: interesse num objeto pouco conhecido;exploração ou nova perspectiva sobre o já conhecido, descrição de um fenômeno, etc. • A escolha do problema sempre implica em algum tipo de comprometimento, de subjetividade.
Ex: pesquisa sobre o fenômeno da toxicomania: • “Qual a relação entre o vício em entorpecentes e a estrutura da personalidade dos viciados?” • “Em que medida o vício em entorpecentes é influenciado pelo nível de frustração dos anseios sociais do indivíduo?
Importantes fatores que determinam a escolha do problema de pesquisa são os valores pessoais do pesquisador e os incentivos sociais que ele recebe.