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Pierre Tourneux, et.al – Clinique de Médicine Néonatale, Hôpital Jeanne de Flandre, CHRU de Lille, France tourneux.pierr

Noradrenalina para o manuseio do choque séptico refratário a fluido e dopamina nos recém-nascidos a termo Noradrelanine for management of septic shock refractory to fluid loading and dopamine in full-term newborn infants.

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Pierre Tourneux, et.al – Clinique de Médicine Néonatale, Hôpital Jeanne de Flandre, CHRU de Lille, France tourneux.pierr

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Presentation Transcript


  1. Noradrenalina para o manuseio do choque séptico refratário a fluido e dopamina nos recém-nascidos atermoNoradrelanine for management of septic shock refractory to fluid loading and dopamine in full-term newborn infants Pierre Tourneux, et.al – Clinique de Médicine Néonatale, Hôpital Jeanne de Flandre, CHRU de Lille, France tourneux.pierre@chu-amiens.fr Acta Paediatrica 2008; 97:177-180 Apresentação: Antonio Carlos Tessari, Pedro FragosoRicardo Mariano de Deus Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS)/SES/DF Coordenação: Paulo R. Margotto 19/8/2008 www.paulomargotto.com.br

  2. Introdução • Choque representa uma importante causa de morbidade e mortalidade em recém-nascidos (RN) críticos • Abordagem: • Ressuscitação volêmica precoce • Se não responder a volume, inicio de drogas inotrópicas e vasoativas visando manutenção da pressão arterial e adequada oferta de oxigênio aos tecidos • Drogas: • Dopamina • Amina simpaticomimetica mais usada em RN • Ação vasoativa comprovada em trabalhos • Se usada em altas doses e por tempo prolongado diminui-se o efeito • Necessita comumente da associação de outras drogas em pacientes muito graves • Noradrenalina: • Tem sido sugerida como primeira escolha em RN assim como em adultos por mostrar-se mais efetiva que a dopamina ( fato já comprovado pela literatura) • Falta de publicações avaliando os efeitos clinicos do uso de noradrenalina em RN

  3. Material e Métodos • Estudo prospectivo observacional • Realizado na Unidade de Cuidados Intensivos de Neonatologia do Hospital Universitário de Lille, França • Critérios de inclusão: • RN > 35 semanas • < 1 mês de vida • Admitido na unidade no período de 1 de janeiro de 2002 a 31 de dezembro de 2004 • Com critérios de choque ( síndrome clinica associada a infecção, SIRS, Hipertermia, Leucocitose, PCR > 50mg/L, leucopenia, trombocitopenia) • Choque persistente não responsivo a adequada terapia de ressuscitação volêmica e ao uso de altas doses de dopamina/dobutamina ou dose de substituição de hidrocortisona • Sob ventilação mecânica e sedação

  4. O choque foi definido por hipotensão (pressão arterial média abaixo do percentil 10 dos valores normais para o peso ao nascer e idade pós-concepção), com três critérios dos seguintes: • Taquicardia > 160 bpm • Pulsos periféricos diminuídos • Modificação de coloração das extremidades • Perfusão > 3 seg • Debito urinário < 1ml/Kg/h • Critérios ecocardiograficos para confirmação de adequada : diâmetro da veia cava inferior e dimensão diastólica ventricular

  5. Critérios de exclusão: • Malformação cardíaca exceto ducto arterial patente • Parada Cardíaca ou doença terminal (PSaO2-satutação de O2- < 60%, pH < 6,8, bradicardia, pressão arterial imensurável) • Iniciou noradrenalina antes de ser incluído no estudo

  6. Resultados • Idade gestacional: 39,1 ± 1,7 semanas • Peso ao nascer: 3110 ± 780g • Tempo para início do choque: 15 ± 37 h • Expansão vascular volumétrica com soro fisiológico ou albumina 10% (31 ± 15 ml/kg) • Dopamina (8 de 22 RN) 14 ± 5 μg/kg/min • Dobutamina (12 de 22 RN) 12 ± 6 μg/kg/min

  7. Resultados

  8. Média e desvio padrão do aumento da PAM antes e 3 horas após a noradrenalina

  9. DISCUSSÃO • A noradrenalina (NA) foi efetiva em aumentar a pressão sangüínea quando usada numa taxa média de infusão de 0,5 ± 0,4 μg/Kg/min. • Não foi observado comprometimento da função do trato respiratório após a infusão da droga.

  10. DISCUSSÃO • Em contraste, houve um aumento do débito urinário e queda da necessidade de O2 e da concentração de lactato no sangue. • Estes fatos sugerem que a NA pode melhorar a função cardíaca e a perfusão tecidual.

  11. DISCUSSÃO • Embora o mundo todo prefira a dopamina para o manejo inicial da hipotensão na sepse, vários relatórios revelaram um fracasso para sustentar a adequada pressão de perfusão tecidual com dopamina, mesmo em doses elevadas. • Outros estudos puseram em evidência o potencial efeito colateral da dopamina para aumentar a resistência vascular pulmonar e a pressão da artéria pulmonar em recém-nascidos.

  12. DISCUSSÃO • Cada vez mais provas sugerem que a noradrenalina pode representar uma ótima droga vasopressora para o manejo do choque séptico. • Estudos experimentais e clínicos mostraram que a noradrenalina causa aumento da pressão arterial sistêmica, do débito cardíaco, da oferta de O2 e do fluxo sanguíneo regional, incluindo os fluxos de sangue mesentérico e renal, e melhora da sobrevida.

  13. DISCUSSÃO • A NA poderia causar um efeito vasodilatador pulmonar, especialmente durante o tônus vascular pulmonar basal elevado. • O estudo mostrou que tais efeitos da NA podem ser obtidos nos recém-nascidos a termo com risco de vida em choque séptico insensível à reanimação com fluidos e altas doses de dopamina ou dobutamina.

  14. DISCUSSÃO • A NA não só aumenta a pressão de perfusão, mas pode também ajudar a melhorar o fluxo sangüíneo e as funções de órgãos em recém-nascidos com choque séptico refratário. • Apoiaram esta hipótese a diminuição da concentração de lactato sangüíneo e a elevação do débito urinário pouco tempo depois de iniciada a infusão de NA. Apesar de a concentração de lactato requer cuidadosa interpretação, um elevado nível de lactato é geralmente considerado como um marcador de hipóxia e um indicador confiável de baixo débito. Assim, uma queda da concentração do lactato sugere fortemente que a NA pode diminuir a hipóxia tecidual em neonatos sépticos.

  15. DISCUSSÃO Mecanismos que explicam o efeito benéfico da NA: • Na maior parte das crianças incluídas no presente estudo, a Hipertensão Pulmonar Persistente do Recém-Nascido (HPPRN) foi associada ao choque séptico. A HPPRN é usualmente associada com baixa pressão sistêmica e baixo débito cardíaco devido a um aumento da pós-carga do ventrículo direito e disfunção miocárdica. Outros dados sugerem que a NA que pode melhorar o desempenho cardíaco na hipertensão pulmonar. No atual estudo, a necessidade de O2 diminuiu durante a infusão de NA, sugerindo que o aumento da pressão aórtica NA-induzida pode ser associado à melhora da disfunção cardíaca induzida pela HPPRN.

  16. DISCUSSÃO Mecanismos que explicam o efeito benéfico da NA: 2. No choque, uma diminuição na pressão arterial pode resultar numa queda regional do fluxo sanguíneo, o que, por sua vez, pode contribuir para a hipóxia tecidual e falência orgânica . O efeito benéfico da NA nos estados de choque pode ser explicado, pelo menos, em parte, pela sua notável eficácia em aumentar a pressão arterial. No atual estudo, a NA aumentou a pressão sangüínea sistêmica em cada criança tratada.

  17. DISCUSSÃO Limitações do estudo: • População altamente selecionada. • A despeito do choque, o volume de sangue circulante era normal. • Antes do uso da NA, uma apropriada terapia com reposição de fluidos foi realizada. • No atual estudo, a NA foi testada em situações de choque hiperdinâmico, ficando ainda desconhecido se a terapia com esta droga pode ser ou não benéfica em outras situações.

  18. DISCUSSÃO Conclusão: • Choque séptico no recém-nascido pode não responder a fluidos de reanimação e à infusão de dopamina ou dobutamina. • O estudo apurou que a NA pode ser benéfica para o aumento da pressão de perfusão. • Em contrapartida, a NA pode ter melhorado a oxigenação tecidual, como indicado por um aumento do débito urinário e por uma diminuição da concentração de lactato sangüíneo. • A NA pode ser utilizada em recém-nascidos a termo em choque séptico com risco de vida, após correção da hipovolemia.

  19. Da E-D:Ddo Ricardo, Ddo Antônio, Dr. Paulo R. Margotto, Ddo. Pedro e Dr. Bruno Vaz

  20. Consultem também:

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