480 likes | 585 Vues
FACULDADE DOM PEDRO II CURSO DE BACHARELADO SERVIÇO SOCIAL. Bárbara RochA Juliete Esdras Rejane Silva Talita Menezes. BEBEL JULY DIRETORIA RÊ TALY. Ditadura é Serviço Social.
E N D
FACULDADE DOM PEDRO IICURSO DE BACHARELADO SERVIÇO SOCIAL Bárbara RochAJuliete EsdrasRejane Silva Talita Menezes
BEBELJULYDIRETORIARÊ TALY
A autocracia burguesa e o serviço social • Tudo indica nesse contexto do regime ditatorial um componente que atendia a duas necessidades distintas: a de preservar os traços mais subalternos do exercício profissional, de forma a continuar contando com um firme extrato de executores de políticas sociais localizada bastante dócil e , ao mesmo e os objetivos que estavam alocados ás estruturas organizacional - institucionais em que inseriam tradicionalmente os assistentes sociais.
A autocracia burguesa e o serviço social (cont.) • Na prática profissionais, o processo da modernização conservadora, tomando globalmente, engendrou um mercado nacional de trabalho consolidado para os assistentes sociais. O desenvolvimento das forças produtivas, na moldura sociopolíticas peculiar da autocracia burguesa, saturou o espaço social brasileiro com todas as refrações da questão social hipertrofiadas e com a sua administração crescentemente centralizada pelas políticas sociais do Estado Ditatorial.
A autocracia burguesa e o serviço social (cont.) • A consolidação do mercado nacional de trabalho para os assistentes sociais como variável das modificações ocorridas durante o ciclo autocrático burguês, não derivou apenas da reorganização do estado que , ao tudo indica, permaneceu e matem-se ainda hoje o principal empregador desses profissionais.
A autocracia burguesa e o serviço social (cont.) • Este mercado colocou para o serviço social dada a sua contextualidade sociopolítica, um novo padrão de exigência para o seu desempenho profissional quer nas agencias estatais, quer nos espaços privados recém-abertos. Ainda que nos pareça correto mencionar a imersão de uma nova modalidade de inserção dos assistentes sociais nas estruturais organizacionais, o fato expressivo deste processo de configuração/consolidação do mercado nacional de trabalho, resultantes estão longe de se reduzir a uma oferta de empregos antes ignorada ou á sua extensão a todo território do país.
A autocracia burguesa e o serviço social (cont.) • Mesmo com as praticas profissionais não tenha sido deslocado da execução terminal de políticas sociais setoriais, o enquadramento de assistentes sociais em estruturas organizacionais mais complexas e com interconexões múltiplas e polifacetadas no marco da burocratização própria a elas, alterou em escala significativa o relacionamento dos profissionais com a instancias hierárquicas a que se prendiam, com a fontes dos seus recursos, com os outros profissionais com que concorriam com a clientela.
A autocracia burguesa e o serviço social (cont.) • No plano especifico do perfil da formação profissional, o impacto operado pelo progresso na universidade foi multifacetado e contraditório.De um lado, propiciou institucionalmente a interação das preocupações técnico-pofissionais com as disciplinas vinculadas ás ciências sociais;è então que a formação recebe de fato o influxo da sociologia,da psicologia social e da antropologia.È absolutamente inegável o aspecto positivo daí decorrente principalmente se leva em conta o fato reconhecido da ausência de fortes tradições intelectuais e de investigação na formação profissional.
A autocracia burguesa e o serviço social (cont.) • Ele imbrica a formação com as demandas do mercado nacional de trabalho constituído e consolidado no processo da autocracia burguesa: passa a oferecer aquele um profissional “moderno”, cuja legitimação advém menos de uma auto representação humanista abstrata que de uma fundamentação teórico-técnico do seu exercício como assistente social. A modernização conservadora revela-se inteiramente neste domínio: redefine-se a base da legitimidade profissional ao se referirem as exigências do mercado de trabalho e o quadro da formação para ele.
O Processo de renovação do Serviço Social • O Serviço Social com que se depara o observador contemporâneo configura-se com propostas teórica- metodológicas com marcas das fraturas ideológicas, projetos profissionais em confronto, concepções interventivas diversas praticas múltiplas proposições de formação alternativas sobre o patamar de uma categoria profissional com formas de organização antes desconhecidas e o pano de fundo de uma discussão teórica e ideológicas ponderável também inédita.
O Processo de renovação do Serviço Social (cont.) • Nesse contexto é correto afirmar que instaurando condições para uma renovação do serviço social de acordo com as suas necessidades e interesses, a autocracia burguesa criou um espaço onde se inscrevia a possibilidade de se gestarem alternativas ás práticas e ás concepções profissionais que ela demandava.
Traços do processo de renovação do Serviço Social. • Através da renovação com um conjunto de características novas , no marco da autocracia burguesa, o Serviço Social articulou, á base do rearranjo de suas tradições e do pensamento social contemporâneo , procurando investir-se como instituição de natureza profissional dotada de legitimação prática , através de respostas a demanda sociais e da sua sistematização, mediante a remissão as teorias e disciplinas sociais.
Traços do processo de renovação do Serviço Social. (cont.) • Tratando assim como , um processo global que envolve a profissão como um todo. • A renovação implica a construção de um pluralismo profissional , radicado nos procedimentos diferentes que embasam a legitimação pratica e a validação teórica, bem como as matrizes teóricas a que elas se prendem.
Traços do processo de renovação do Serviço Social. (cont.) • É próprio do processo de renovação a coexistência de legitimação pratica e de validação teórica quando a profissão busca definir-se como instituição. • A renovação do Serviço Social aparece, sob todos os aspectos , como um avanço.
Traços do processo de renovação do Serviço Social. (cont.) • Temos alguns aspectos que sinalizam bem esse processo de renovação: • A instauração do pluralismo teórico , ideológico e político no marco profissional, deslocando uma sólida tradição de monolitismo ideal. • A crescente diferenciação das concepções profissionais (natureza, objetos e praticas do Serviço Social), derivada do recurso diversificado a matrizes teórico – metodológicas alternativas, rompendo com o viés de que a profissionalidade implicaria uma homogeneidade (identidade) de visões e de praticas.
A erosão do Serviço Social “tradicional” no Brasil. • No final dos anos 50, colocava-se a demanda de intervenção sobre a “questão social”, onde mostrava claramente, as praticas profissionais que os assistentes sociais brasileiros aplicavam, basicamente concretizadas nos “processos” das abordagens individual e grupal.
A erosão do Serviço Social “tradicional” no Brasil. (cont.) • Possuem três elementos que podem detectar claramente a erosão do Serviço Social “tradicional”: • O reconhecimento de que a profissão atende as solicitações de uma sociedade em mudança e em crescimento.
A erosão do Serviço Social “tradicional” no Brasil. (cont.) • O aperfeiçoamento conceitual do Serviço Social de elevar o padrão técnico , cientifico e cultural dos profissionais desse campo de atividade. • A reivindicação de funções não apenas executivas na programação e implementação de projetos de desenvolvimento . • Esses 3 elementos deixa nítido a insuficiência da formação profissional e a subalternidade executiva.
A erosão do Serviço Social “tradicional” no Brasil. (cont.) • Não é constatada ate ai , uma crise do Serviço Social “tradicional”, ela é apenas sinalizada, já nos anos seguintes essa erosão ganha uma dinâmica mais intensa. Porem possui um rebatimento profissional. • Primeiro remete ao próprio amadurecimento dos setores da categoria profissional, nos núcleos administrativos e políticos do Estado.
A erosão do Serviço Social “tradicional” no Brasil. (cont.) • Segundo refere-se ao desagarramento de segmentos da igreja católica em fase do seu conservantismo tradicional. • Terceiro o ingresso dos movimentos estudantis nas escolas de Serviço Social. • Quarto é o referencial próprio de parte significativa das ciências sociais no período , imantada por dimensão criticas e nacional – populares.
A erosão do Serviço Social “tradicional” no Brasil. (cont.) • A resultante desses componentes rebate no âmbito profissional do Serviço Social, de uma parte, critica as praticas e representações “tradicionais”, de outra, introduz diferenciações, precisamente aquelas que se prendiam o desenvolvimento de comunidade.
A erosão do Serviço Social “tradicional” no Brasil. (cont.) • Ainda que sem espaço para fazer rebater, na pratica profissional, os ganhos deste lapso, os assistentes sociais vinculados a critica mais conseqüente do Serviço Social “tradicional” deles se beneficiariam , e no caso da ditadura,haveriam de capitalizá-los.
As direções da renovação do Serviço Social no Brasil • Entre os anos de 1965 e 1985 foi realizado um cuidadoso exame na elaboração da reflexão profissional, registram-se três momentos:
As direções da renovação do Serviço Social no Brasil (cont.) • Perspectiva modernizadora para as concepções profissionais─ uma tentativa de adaptar o Serviço Social, como instrumento de intervenção num contexto de técnicas sociais para executar estratégias de desenvolvimento capitalista. • Ocorre na segunda metade dos anos setenta.
As direções da renovação do Serviço Social no Brasil (cont.) • Seus grandes monumentos são os textos dos seminários de Araxá e Teresópolis. • Extração e vinculação católica privilegiam a tradição conservadora profissional.
As direções da renovação do Serviço Social no Brasil (cont.) • Perspectiva de reatualização do conservadorismo─ recupera os componentes mais estratificados da herança histórica e conservadora da profissão.
As direções da renovação do Serviço Social no Brasil (cont.) • Modernidade profissional gera confronto com o passado, resultando em um consciente esforço. • Nas agências dos debates operados no interior do Serviço Social no Brasil, nota-se a ausência da renovação profissional.
As direções da renovação do Serviço Social no Brasil (cont.) • Perspectiva que se propõe como intenção de ruptura com o Serviço Social “tradicional” ─ critica a sistemática ao desempenho “tradicional” e aos seus suportes teóricos, metodológicos e ideológicos.
As direções da renovação do Serviço Social no Brasil (cont.) • Toma forma pela elaboração de quadros docentes e profissionais as vésperas do golpe de abril. • Recorre progressivamente à tradição marxista. • Conserva os seus traços dominantes de oposição ao tradicionalismo do Serviço Social.
As direções da renovação do Serviço Social no Brasil (cont.) • No perfil avançado da categoria profissional há um encontro entre a intenção de romper com o passado conservador do Serviço Social e os indicadores prático-profissional. • A maioria dos profissionais e docentes assumem uma postura que nada tem haver com suas intenções profissionais nos primeiros momentos da renovação.
A formulação da perspectiva modernizadora • Nela encontramos a formulação afirmada nos resultados do primeiro e segundo Seminário de Teorização do Serviço Social, Araxá (MG) e Teresópolis (RJ) ambos promovidos pela CBCISS.
A formulação da perspectiva modernizadora (cont.) • O documento de Araxá e Teresópolis adota a tentativa de adequar as (auto) representações profissionais do Serviço Social às intenções sócio-políticas que a ditadura tornou dominante.
A formulação da perspectiva modernizadora (cont.) • É indubitável que neles se alcançou a mais expressiva síntese de um dado modo de conceber o Serviço Social no contexto brasileiro: um instrumento profissional de suporte a políticas de desenvolvimento ─ donde, a partir deste traço sintético, a justeza de considerá-los exemplares.
Seminário de Araxá • Documento de Araxá . • As mudanças conjunturais ocorridas no Brasil criaram novas problemáticas nos setores da sociedade, o que fez com que o Serviço Social repensasse sua prática, devido a pouca contribuição na realização dos objetivos desejados.
Seminário de Araxá (cont.) • O seminário aconteceu em Araxá/MG no período de 19 a 26 de março de 1967. • explorando as funções que se conferem a profissão o documento de Araxá reconhece que ela si efetiva em dois níveis o do macroatucao e o do microatuação.
Seminário de Teresópolis • Realiza-se, em Teresópolis (RJ),no ano de 1970 um seminário para estudar a "metodologia do serviço social".
Seminário de Teresópolis(cont.) • O seminário reuniu 35 assistentes sociais, que divididos em dois grupos, inseriram a metodologia empregada dentro de um esquema científico e introduziram algumas mudanças na terminologia tradicional.
Seminário de Teresópolis (cont.) • contrário do seminário de Araxá, o de Teresópolis não produziu um documento final e o Centro Brasileiro de Cooperação e Intercâmbio de Serviços Sociais, instituição responsável pelo evento, publicou os relatórios de cada grupo separadamente.
Sumaré e Alto da Boa Vista • A documentação do Sumaré e do Alto da Boa Vista está deslocamento da perspectiva modernizadora no tocante á dimensão ideopolitica, a expectativa também não se comprovou cabalmente: nos dois seminários, notadamente no do Alto da Boa Vista, é perceptível um movi mento de abertura a referencias distintas do caldo conservador.
Sumaré e Alto da Boa Vista (cont.) • Assim, e considerando o lapso temporal já decorrido entre os eventos e a divulgação dos seus resultados, os dois elementos que arrolamos não esclarecem suficientemente a reduzida ressonância que os envolveu.
Sumaré e Alto da Boa Vista (cont.) • O seminário do Sumaré deveria enfrentar três temas básicos: a relação do serviço Social com a cientificidade, a fenomenologia e a dialética. O primeiro é alvo de dois “documentos de base-” A cientificidade do Serviço Social” e Reflexões sobre o processo histórico - cientifico de construção do objeto do Serviço Social, preparados por dois grupos de profissionais um do Rio de Janeiro e outro de São Paulo.
Sumaré e Alto da Boa Vista (cont.) • O primeiro documento feito pelo grupo carioca, cuida inicialmente da problemática da cientificidade , para depois referi-la ao Serviço Social.O passo prévio que redunda na elaboração de um modelo topológico de pesquisa, tem por base uma concepção de ciência rigorosamente formalista.
Sumaré e Alto da Boa Vista (cont.) • O Segundo de São Paulo reivindicava as orientações contemporâneas.Constatando que o Serviço Social não alcançou ainda um estágio de ciência. Os redatores pensam que se deve discutir a construção do seu objeto mediante um enfoque dialético que incorpore uma dupla perspectiva: a da ciência e a dos modos de produção das formações e das conjunturas políticas
Para Refletir... • Somos professores? Muito mais! Somos educadores? Mais ainda! Somos vendedores de sonhos! Vendemos sonhos para o abatido de animar, Para o tímido ousar, para o ansioso ser tranqüilo, Para o poeta se inspirar e para o pensador criticar e criar. Sem sonhos, somos servos! Sem sonhos, obedecemos ordens! Que vocês, alunos sejam grandes sonhadores!
E se sonharem, não tenham medo de caminhar! E se caminharem, não tenham medo de tropeçar! E se tropeçarem, não tenham medo de chorar. Levantem-se, pois não há caminhos sem acidentes. Dêem sempre uma nova chance para si mesmos. Pois a liberdade só é real se após falharmos Existir o direito de recomeçar... Augusto Cury