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CAP 17 – CLASSES SOCIAIS, GRUPOS E TRIBOS

CAP 17 – CLASSES SOCIAIS, GRUPOS E TRIBOS. ACULTURAÇÃO E ASSiMILAÇÃO. Os primeiros cientistas sociais, que desenvolveram seus estudos no séc. XIX e no início do séc. XX, estavam imbuídos do espírito universalista que dominava as ciências desde o Iluminismo.

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CAP 17 – CLASSES SOCIAIS, GRUPOS E TRIBOS

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Presentation Transcript


  1. CAP 17 – CLASSES SOCIAIS, GRUPOS E TRIBOS

  2. ACULTURAÇÃO E ASSiMILAÇÃO • Os primeiros cientistas sociais, que desenvolveram seus estudos no séc. XIX e no início do séc. XX, estavam imbuídos do espírito universalista que dominava as ciências desde o Iluminismo. • Leis seriam capazes de dar conta da multiplicidade e da variedade de modelos da vida social. • Sua preocupação era buscar semelhanças e continuidades, e, por esse motivo, predominaram estudos comparativos e explicações evolucionistas – “se há diferença entre as formações sociais, essa diferença deve ser de grau”.

  3. A herança das ciências exatas e das biológicas colaborou para que os pensadores interpretassem dessa forma a realidade social. • Os cientistas sociais perceberam que as sociedades não estão isoladas e mantêm relações profundas, interferindo na vida social umas das outras. • Os cientistas, então se voltaram para o estudo dessas interferências, que eles chamaram de aculturação. • Os sociólogos norte-americanos, interessados em entender os mecanismos das trocas culturais entre a sociedade mais ampla e grupos sociais culturalmente distintos, estudou profundamente a aculturação.

  4. A existência de grupos afrodescendentes e indígenas nos Estados Unidos também tornava possível estudar mais de perto os processos de aculturação. • Difusão – é um fenômeno que explica como um padrão cultural ou uma invenção são transmitidos de uma sociedade a outra, mesmo não havendo contato direto entre elas. • Exemplos: adoção do fogo por diferentes sociedades, bem como a semelhança existente entre certas ferramentas utilizadas e desenvolvidas por grupos que não mantinham relações constantes entre eles.

  5. A difusão pode ocorrer sem ameaçar a cultura da sociedade receptora, enquanto a aculturação pode implicar a substituição de características culturais tradicionais por outras da sociedade dominante, ocorrendo a assimilação. • Assimilação – transformação cultural que ocorre quando um grupo social minoritário ou subordinado abandona seus traços culturais distintivos e adota os valores e as formas de comportamento do grupo social dominante.

  6. Hoje, com a globalização, embora a xenofobia ainda esteja presente nas sociedades multiculturais, as relações interculturais são vistas de forma menos preconceituosa.

  7. subculturas • Conjuntos de formas de pensar, valores, padrões de comportamento e sociabilidade de determinado grupo social composto por indivíduos que estejam unidos por alguma característica comum, como idade, gênero ou etnia. • Dois dos principais elementos de formação e coesão do grupo são a proximidade física e o convívio. • As subculturas geralmente são vistas pela sociedade como alternativas ou desviantes, pois mantêm uma atitude de oposição e resistência contra a cultura dominante.

  8. O conceito de subcultura foi utilizado pela Escola de Chicago nos anos 1920 tanto para estudar os grupos de imigrantes que se fixaram na cidade como para distinguir grupos de delinquentes. • Até mesmo a máfia – grupo de ação criminosa que se estabeleceu em Chicago entre os imigrantes italianos – foi considerada uma espécie de subcultura, pois envolvia família, trabalho, poder instituído e comportamento criminoso em expressiva oposição às instituições legais.

  9. contracultura • O reconhecimento da existência de subculturas no interior da sociedade complexa expressa a diversidade nela existente. • Enganadora é a ideia de pensar a subcultura como um ‘desvio’ da norma, como pretendiam os positivistas e, muitas vezes, os funcionalistas. • As subculturas podem representar formas de resistência grupal à cultura dominante, assim como a emergência de novos valores e padrões comportamentais na sociedade. • A subcultura pressupõe conflito cultural.

  10. Na segunda metade do século XX eclodiram no mundo diversos movimentos que tinham por objetivo o questionamento da cultura dominante no Ocidente, tida como tecnológica, bélica e imperialista. • Opondo-se radicalmente a determinados padrões de pensamento, valores e comportamento social, esses movimentos tinham por objetivo combater a cultura hegemônica. • Por optaram por uma forma de manifestação cultural que envolvia o protesto por meio da música, do vestuário e do estilo de vida, foram chamados de contra cultura.

  11. Exemplos de movimento contracultural são os beatniks, nos anos 1950, o movimento hippie, nos anos 1960, e punks, a partir de 1970. • Os movimentos de contracultura procuram se opor à sociedade de consumo, ao colonialismo, ao imperialismo e ao capitalismo. • Anthony Giddens, sociólogo inglês, considera que esses movimentos tiveram repercussão profunda na contemporaneidade, modificando as formas de participação política da atualidade.

  12. beatniks

  13. hippies

  14. punks

  15. Cultura de classe • Cultura de classe – entendida a partir da teoria marxista que explica o capitalismo como um modo de produção que opõe duas classes sociais – a dos proletários e a dos burgueses. • As classes sociais teriam não só uma existência teórica e uma efetiva posição nas relações de produção, mas também uma forma peculiar de existência material e simbólica que condicionaria seus valores, hábitos, costumes, crenças, formas de expressão artística e entretenimento.

  16. As diferenças entre cultura de classe das elites econômicas e políticas e das camadas subalternas do proletariado eram mais definidas nos séculos XVII e XVIII, quando a sociedade era, ainda, predominantemente agrária. • A indústria, a urbanização e os processos de mobilidade social acabaram por aproximar as diferentes classes sociais. • Os meios de comunicação e a cultura de massa dissolveram ainda mais as diferenças sociais e os estilos de vida. • Quanto às diferenças culturais entre as classes sociais, Pierre Bourdieu propôs o conceito de hábitus. Segundo ele, essas diferenças são resultantes dos diversos hábitus sociais (ex. capital simbólico), responsáveis pela identidade da classe enquanto tal.

  17. Os estabelecidos e os outsiders • Norbert Elias, na década de 1960, com John Scotson, estudou um bairro operário de uma cidade inglesa que apresentava altos índices de violência e criminalidade. • Elias e Scotson deram a essa comunidade o nome simbólico de Winston Paiva. • Identificaram dois grupos distintos: o dos estabelecidos e o dos outsiders. • O grupo dos estabelecidos era formado por famílias que estavam no bairro havia mais tempo, conheciam-se de gerações, tinham sólidos laços de amizade e até de inimizade.

  18. Visitavam-se com frequência e participavam de uma rede de relações conhecida e comum. • O grupo dos outsiders constituía-se de operários que começaram a se mudar para o bairro depois da Segunda Guerra Mundial, entre 1950 e 1960, e passaram a constituir uma ameaça para os estabelecidos. • Como desconheciam os hábitos da vizinhança, os outsiders não conseguiram se inserir no conjunto das relações locais e não tinham espaço na hierarquia social ali existente. • Por esse motivo, os outsiders foram recebidos com hostilidade.

  19. Os mecanismos presentes no conflito estudado em Winston Paiva eram, portanto, a exclusão e a estigmatização, por meio das quais os estabelecidos demonstravam sua “superioridade” em relação ao grupo dos outsiders. • A comunicação teve um papel importante nesse confronto. • Os estabelecidos recorriam à fofoca e às piadas pejorativas para reforçar sua hostilidade; já os outsiders, como não conheciam os estabelecidos e não se conheciam entre si, não conseguiam reagir. • Para se sentirem aceitos e conquistarem espaço, alguns outsiders alimentavam a visão depreciativa de seu próprio grupo, contando fatos e anedotas que confirmavam os estigmas e preconceitos sofridos por eles.

  20. Tribalismo contemporâneo • A industrialização, a urbanização e o desenvolvimento das comunicações modificaram rapidamente as sociedades e as tornaram mais próximas e parecidas umas com as outras, participando dos mesmos processos globais. • Trouxe uma mudança de enfoque das ciências humanas, com o abandono de posições eurocentradas e de teorias totalizantes em favor de um relativismo teórico mais pluralista. • O foco na dinâmica dos pequenos grupos e mesmo no indivíduo tornou-se, então, tema preponderante na sociologia.

  21. Os pequenos grupos não só se tornaram mais visíveis graças aos cientistas sociais, como também ficaram mais dinâmicos e atuantes na própria sociedade. • Os grupos sociais se multiplicaram, aglutinando desde defensores de causas sociais ou seguidores de determinadas crenças religiosas até apaixonados por esportes, moradores de determinados bairros e regiões ou portadores de alguma característica física comum. • Uma das razões para que as pessoas se agreguem continuamente em grupos é a perda da força do indivíduo, dominado por uma massificação crescente.

  22. Essa união é responsável pela nova tendência contemporânea de uma sociabilidade caracterizada pela efervescência grupal presente nos sites de relacionamento, nas redes de informação digital, nos encontros esportivos e musicais, nos rituais religiosos e nos eventos de massa. • O ir e vir em grupo garante um sentimento de proteção e identidade. • Esses microgrupos constituem o tribalismo. • Emerge desse cenário outra subcultura igualmente tênue, efêmera e de contorno indefinido, na qual os indivíduos buscam construir sua identidade e, por meio dela, interferir na realidade.

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