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TRABALHO EM EQUIPE

TRABALHO EM EQUIPE. Heloisa Novaes de Miranda Amaral Março de 2012. Trabalho em Equipe. No Campo da Sáude Pública, o Trabalho em Equipe é discutido e anunciado de forma intensa, porém não existe uniformidade na forma de conceituá-lo e principalmente na forma de operacionalizá-lo.

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TRABALHO EM EQUIPE

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  1. TRABALHO EM EQUIPE Heloisa Novaes de Miranda Amaral Março de 2012

  2. Trabalho em Equipe • No Campo da Sáude Pública, o Trabalho em Equipe é discutido e anunciado de forma intensa, porém não existe uniformidade na forma de conceituá-lo e principalmente na forma de operacionalizá-lo. • Também encontramos diferentes maneiras de nomear aqueles que se ocupam do cuidado em saúde, por exemplo: especialistas, profissionias, técnicos, agentes, atores, cuidadores... Assim como aqueles que recebem o cuidado podem ser nomeados a partir do constructo teórico-clínico adotado: paciente, usuário, sujeito, ...

  3. Trabalho em Equipe na Área da Saúde Segundo Marina Peduzzi em seu texto “Equipe multiprofissional de saúde: conceito e tipologia”, o trabalho em equipe tem sido veiculado como estratégia para enfrentar o intenso processo de especialização na área da saúde. • São relativamente raras as definições de equipe encontradas na literatura; • Há predominância da abordagem estritamente técnica, em que o trabalho de cada área profissional é apreendido como conjunto de atribuições, tarefas ou atividades; • Noção de equipe tomada simplesmente como a existência de profissionais de diferentes áreas atuando conjuntamente e a articulação do trabalho especializado não é problematizada. Fonte: Rev Saúde pública 2001; 35(1): 103-9

  4. Agrupamento X Integração Peduzzi propõe uma tipologia referente a duas modalidades de Trabalho em Equipe: • Equipe Agrupamento -Justaposição das ações • Agrupamento dos agentes • Equipe Integração • Articulação das ações • Interação dos agentes

  5. Recomposição e Integração X Somatório Técnico • A autora parte do conceito do “agir- comunicativo”, cunhado por Habermas, segundo o qual as interações entre os envolvidos favorecem o acordo para coordenar os planos de ação. • A recomposição requer a articulação das ações, a interação comunicativa dos agentes e a superação do isolamento dos saberes.

  6. Conclusão • Para Peduzzi o agir-comunicativo favorece a integração pois pressupõe não somente compartilhar premissas técnicas mas, sobretudo, um horizonte ético.

  7. Modelos de organização dos processos de trabalho em saúde • Gastão Wagner de Sousa Campos, em seu texto “Subjetividade e administração de pessoal: considerações sobre modos de gerenciar o trabalho em equipes de saúde” desenvolve o paradoxo entre a atribuição institucional de responsabilidade e a autonomia profissional. Cunha o conceito de autonomia-responsável, incluindo-se aí a improvisação, criatividade e iniciativa. Fonte: Revista Saúde Digital (22), 2003. www.pbh.gov.br/smsa/biblioteca/saudedigital/outubro2003.php

  8. Modelos de organização dos processos de trabalho em saúde Há fundamentalmente dois modos de organização dos processos de trabalho em saúde: • Organogramas verticais, que criam departamentos, de enfermagem, serviço social, médico e etc. Observado em organizações mais hierarquizadas e tradicionais. Cada categoria profissional elabora seus próprios regulamentos, objetivos e normas gerando um profundo desentrosamento entre as linhas de trabalho. Tende a ser burocratizado. • Horizontalização dos organogramas, com distribuição mais homogênea de poder, mas com o risco de igualar de modo artificial todas as disciplinas, eliminado as diferenças e características singulares de cada profissão.

  9. Núcleo e Campo Desafio: combinar polivalência e especialização. Trabalha-se em saúde pública com os conceitos de núcleo e campo. • Núcleo: conjunto de saberes e de responsabilidades específicos a cada profissão ou especialidade. • Campo: saberes e responsabilidades comuns a várias profissões ou especialidades, também noções genéricas sobre política, organização de modelos e do processo de trabalho.

  10. Modelos de organização dos processos de trabalho em saúde Campos propõe: • Gestão colegiada; • Horizontalização de organogramas; • Equipes multidisciplinares; • Planejamento local; • Pactuação de indicadores de desempenho e de metas; • Ampliação da autonomia das equipes de trabalhadores. • Valorização do vínculo e transferência (usuários e trabalhadores). Profissional de referência.

  11. Como não fatiar um usuário Emerson Merhy, em seu texto “Como fatiar um usuário: ATOmédico + ATOenfermagem + ATOx + ... + ATOy” escreve: “Constituir caminhos para novos paradigmas é superar a noção de objeto da ação dos trabalhadores de saúde, que não pode mais ser visto, a priori, como o corpo biológico e a doença instalada nele. Nós, os usuários, enquanto portadores e fabricantes das necessidades de saúde somos mais complexos, somos modos qualitativos de viver a vida, somos coletivos expostos a riscos, somos necessitados de relações, de encontros vinculantes e acolhedores , somos tensões entre autonomia e heteronomia para andar a vida, somos desejantes, somos também corpos biológicos.” Fonte: www.uff.br/saudecoletiva/professores/merhy

  12. Como não fatiar um usuário “Os profissionais de saúde que não perceberem que é isto que está em jogo, hoje, correm o risco de quererem construir como seus núcleos de competência o poder sobre o campo da saúde, como se o conjunto do mundo das necessidades fosse do seu domínio exclusivo, em vez de entenderem que só acordos interprofissões , que se ordenam por uma ética do cuidado em saúdecentrada no mundo complexo das necessidades dos usuários, é que podem dar conta do que há de desafio para superar a crise no campo da saúde, sem dúvida não resolvível por acordos de reservas de mercado.”

  13. Fatiar X Integralizar O autor propõe um modelo “usuário-centrado”, pautado em: “... Outra lógica paradigmática, construída a partir de uma ética do cuidado radicalmente em defesa da vida, individual e coletiva, cujo objeto é o complexo mundo das necessidades, que exige ações multidisciplinares de um trabalhador coletivo de saúde (multiprofissional), que deverá encontrar os sentidos das suas intervenções como determinados por aquela lógica fundante, aceito e pactuado entre as profissões... O usuário se impõe como ordenador do encontro entre profissionais e saberes.”

  14. Construção do Caso Clínico O Psicanalista italiano Carlo Viganò propõe em seu texto “A construção do caso clínico em Saúde Mental”, que o grupo de trabalho se constitua a partir da construção do caso clínico. O autor escreve: “ ... Esse trabalho de construção opera um corte transversal em todas as figuras profissionais. Ele interroga o lugar que elas ocupam em relação ao paciente, alarga as fronteiras profissionais e os lugares de saber fundam-se com o trabalho, onde o trabalho constrói um saber possível em torno daquele sujeito, naquele momento.” Fonte: Curinga, Nº 13 . BH . Set 99 . EBP - MG

  15. O desejo de se arriscar X Hierarquia das profissões Viganò continua: “ Esse corte vai ativar o desejo, o de ocupar aquele lugar, para aquele sujeito, que não é garantido pelos papéis, mas que pode ser ocupado somente com o próprio risco, com o desejo de se arriscar. Trata-se de um novo percurso profissional que, a partir do coletivo, tem a função de motor, para lançar novamente o desejo de cada membro da equipe, evitando, a segregação das profissões ...”

  16. Autoridade clínica “A decisão não é tomada pela maioria, mas se impõe a partir do saber que é extraído do paciente. Naturalmente isso requer um grande e longo exercício, mas requer, sobretudo, uma transferência de trabalho entre os membros da equipe. Ou seja, a idéia de que seja um bem, igual para todos, produzir a verdade do paciente.” Em saúde mental dizemos que a hierarquia se dá pela transferência, ou seja, a autoridade clínica é aquele para quem o usuário endereça sua demanda.

  17. Considerações Finais • O Trabalho em Equipe é possível? • O Modelo de gestão e de organização deve propiciar o Trabalho em Equipe favorecendo o encontro para que a construção do caso (PTI) aconteça (reuniões de equipe, supervisões regulares, passagens de plantão, reuniões de referência, cursos ...). • É imperativo compartilhar o mesmo horizonte ético. Qual seja? A defesa da vida. • Também cabe a cada um a responsabilidade de sustentar o seu desejo e a sua causa. ( Porque escolhemos tal e qual profissão?). Bem como o desejo de partilhar. • Torna-se possível na medida da iniciativa de cada um e no respeito pelo estilo do outro, outro que é o colega ou o paciente, ele mesmo verdadeiro mestre de ensinamentos sobre seu sofrimento. (A participação do usuário em seu processo de cura).

  18. Como produzir o novo? • Os profissionais de saúde tendem habitualmente a atuar presos a uma certa rede de conceitos e de valores que limita sua capacidade de invenção. • Rômulo Ferreira da Silva, psicanalista, em seu texto “Reflexões sobre a reforma psiquiátrica a partir da vivência Cândido Ferreira”, escreve: “...o novo que encontramos nesse serviço não é da ordem da técnica. Ocorre um investimento individual que faz coro no coletivo da instituição propiciando um avanço na aplicação de técnicas já utilizadas anteriormente”. Fonte: A reforma psiquiátrica no cotidiano II, Editora Hucitec, 2007.

  19. Como produzir o novo? Silva, continua: “... no exercício de ter que escutar, aquele que está ao lado pode servir de outro por apresentar uma maneira particular de ver as coisas... Se isso ocorre, ou seja, se de fato há lugar para o diferente, o trabalho toma outro rumo – novo ...Cada movimento inovador e ousado, por mínimo que seja, pode não ser passível de reaplicação. Assim como na clínica cada caso é um caso, para cada situação nova, uma nova abordagem... O padrão, além de excluir a subjetividade dos envolvidos no projeto – usuários ou funcionários – instala uma espécie de imperativo: “Tem que fazer! Tem que dar certo!”. Resultado: fracasso... Cada uma das iniciativas inovadoras tem suas histórias e suas limitações.”

  20. Palavras-Chave(ou “palavras mágicas”) • Gestão colegiada, democrática e participativa, com pactuação de metas. • Comunicação/Integração/Interação/ Inovação. • Saber e poder horizontalizados (não-hierarquizados). • Modelo “ usuário-centrado” (PTI). • Valorização do vínculo e da transferência (profissional de referência). • Horizonte ético – defesa da vida.

  21. Referências Bibliográficas • Campos, Gastão W. (2003) – Subjetividade e Administração de Pessoal: Considerações Sobre Modos de Gerenciar O trabalho Em Equipes De Saúde. Recuperado em 28/10/2009: www.pbh.gov.br/smsa/biblioteca/saudedigital/outubro2003.php • Merhy, Emerson E. – Como fatiar um usuário: ATOmédico + ATOenfermagem + ATOx + ... ATOy. Recuperado em 16/10/2009: www.uff.br/saudecoletiva/professores/merhy • Peduzzi, Marina (2001) – Equipe multiprofissional de saúde: conceito e tipologia. Rev Saúde Pública; 35(1) :103-9. • Silva, Rômulo F. (2007) – Reflexões sobre a reforma psiquiátrica a partir da vivência Cândido Ferreira. In A Reforma Psiquiátrica no cotidiano II. São Paulo: Hucitec. • Viganò, Carlo (1999) – A Construção do Caso Clínico em Saúde Mental. Rev Curinga; (13) : 50-65.

  22. Contatos Heloísa Amaral E-mail: heloamaral@gmail.com Cel: (19) 78023489 (19) 97906324

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