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MODERNISMO

MODERNISMO. Prof. Juliano Munhoz. O MODERNISMO. Século XX: estado de insatisfação do homem em relação à civilização (=caminho traçado pelo homem, pela humanidade); Ruptura com o passado para levá-lo de volta às origens primitivas, a sua formação pura;

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MODERNISMO

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Presentation Transcript


  1. MODERNISMO Prof. Juliano Munhoz

  2. O MODERNISMO • Século XX:estado de insatisfação do homem em relação à civilização (=caminho traçado pelo homem, pela humanidade); • Ruptura com o passado para levá-lo de volta às origens primitivas, a sua formação pura; • Estado de insegurança em relação aos aconteci- mentos dos últimos anos do século XIX: expansão e/ou industrialização dos países europeus; • Primeira Guerra Mundial - início do século XX => transformações na maneira de pensar do homem moderno (idéia de nacionalismo / nazismo, fascismo e comunismo => intensas agitações; • 1939-1945: Segunda Guerra Mundial / (EUA x URSS).

  3. REVISTAS: • KLAXON ( SÃO PAULO)‏ • ESTÉTICA (RIO DE JANEIRO)‏ • FESTA ( RIO DE JANEIRO)‏ • TERRA ROXA E OUTRAS TERRAS ( SÃO PAULO)‏ • VERDE ( CATAGUAZES, MINAS GERAIS)‏ • REVISTA DE ANTROPOFAGIA ( SÃO PAULO)‏ • A REVISTA (BELO HORIZONTE)‏

  4. GRUPOS: • PAU-BRASIL ( SÃO PAULO)‏ • ANTROPÓFAGO (SÃO PAULO)‏ • VERDE-AMARELO ( SÃO PAULO)‏ • GRUPOS DE PORTO ALEGRE( RIO GRANDE DO SUL)‏ • GRUPO MODERNISTA-REGIONALISTA DE RECIFE (PERNAMBUCO)‏

  5. MANIFESTOS: • MANIFESTO DA POESIA PAU-BRASIL • MANIFESTO ANTROPÓFAGO • MANIFESTO REGIONALISTA DE 1926 • MANIFESTO NHENGUAÇU VERDE AMARELO.

  6. MANIFESTO PAU-BRASIL • Publicado no Correio da Manhã em 18 de março de 1924, foi escrito por Oswald de Andrade em Paris. • O título do manifesto prende-se à idéia de que o pau-brasil tinha sido o primeiro produto genuinamente brasileiro “de exportação”. O que Oswald pretendia era uma poesia autenticamente brasileira, e de exportação. • O manifesto propunha a valorização dos estados primitivos da cultura brasileira.

  7. Manifesto antropófago • Foi o manifesto mais radical de todos os manifestos da primeira fase modernista. • Propunha a devoção da cultura e das técnicas importadas, transformando o produto importado em exportável. • O nome do manifesto recuperava uma crença indígena:os índios antropófagos comiam o inimigo, supondo que assim estavam assimilando suas qualidades.

  8. Manifesto Nhenguaçu Verde Amarelo • Tecia severas críticas ao que considerava o “nacionalismo importado” de Oswald de Andrade.Contrapunha a ele um nacionalismo. O grupo elegeu a anta como símbolo nacional e mais tarde autodenominou-se Escola da Anta.

  9. Manifesto Regionalista • Foram pronunciamentos feitos em 1926, quando se realizou o 1º Congresso Regionalista do Nordeste. O grupo de Recife, pregava a reabilitação da cultura regional nordestina e seu aproveitamento como motivo artístico.

  10. MÚSICA ARTES LITERATURA • Ruptura com o passado. • Molda-se às transformações históricas => tendências que adotam a ingenuidade e o sentimento dos povos primitivos (=volta a sua origem). • Anseio de independência e renovação profunda, marcando o desgosto e a decepção do homem com o passado. PINTURA ESCULTURA

  11. Música:  Música erudita modernista;  Mistura da música romântica (descritiva) e moderna (música em sua essência e sem conceitos);  Mais tarde, mistura do erudito com o popular brasileiro; Villa-Lobos • Obras dos compositores franceses:  Claude Debussy ;  Eric Satie. • Nomes consagrados: Villa-Lobos;  Guiomar Novais;  Ernâni Braga;  Frutuoso Viana.

  12. Trenzinho CaipiraHeitor Villa LobosLá vai o trem com o meninoLá vai a vida a rodarLá vai ciranda e destinoCidade e noite a girarLá vai o trem sem destinoPro dia novo encontrarCorrendo vai pela terraVai pela serraVai pelo marCantando pela serra o luarCorrendo entre as estrelas a voarNo ar, no ar... Heitor Villa Lobos Bachianas Brasileiras No. 5 - Ária (Cantilena)Tarde uma nuvem rósea lenta e transparente. Sobre o espaço, sonhadora e bela! Surge no infinito a lua docemente, Enfeitando a tarde, qual meiga donzela Que se apresta e a linda sonhadoramente, Em anseios d'alma para ficar bela Grita ao céu e a terra toda a Natureza! Cala a passarada aos seus tristes queixumes E reflete o mar toda a Sua riqueza... Suave a luz da lua desperta agora A cruel saudade que ri e chora! Tarde uma nuvem rósea lenta e transparente Sobre o espaço, sonhadora e bela! Heitor Villa Lobos

  13. Pinturas • Grande variedade artística; • Paranóia ou Mistificação? De Monteiro Lobat; • Críticas de Lobato impulsionaram a organização dos artistas para criar a Semana de 22. • Pintores da época:  Anita Malfatti;  Antonio Gomide;  Di Cavalcanti;  Ferrignac;  John Louis Graz;  Lasar Segall; Vicente do Rego Monteiro;  Zina Aita. Capa deDi Cavalcanti para oCatálogo da Exposição

  14. Literatura  Revolução literária;  Maior liberdade na arte; Objetivo: situar a literatura brasileira na modernidade contemporânea; Liberdade formal; versos livres; ausência de rima; liberação do ritmo; liberdade de estrofação;  Autores importantes: Oswald de Andrade e Mário de Andrade. Cartaz colocado no Teatro Municipal de São Paulo,anunciando a Semana de Arte Moderna.

  15. Repercussão na sociedade: • Dois ângulos de visão da imprensa: • Positivo; • Negativo.

  16. ColombinaAquarela de Ferrignac Obras: A mulherVicente do Rego Monteiro

  17. O homem amarelo Anita Malfati, A boba Anita Malfati

  18. O farol Anita Malfati

  19. A gare Tarsila do Amaral Antropofagia (1929)‏ Tarsila do Amaral

  20. O vendedor Tarcila do Amaral

  21. Mamoeiro Tarcila do Amaral A negra Tarcila do Amaral

  22. Samba Di Cavalcanti Moças Di Cavalcanti

  23.     Operários      Tarsila do Amaral Paisagem Menotti del Picchia

  24. Os sapos Enfunando os papos,Saem da penumbra,Aos pulos, os sapos.A luz os deslumbra. Em ronco que aterra,Berra o sapo-boi:'- Meu pai foi à guerra- Não foi! - Foi! - Não foi!' O sapo-tanoeiroParnasiano aguadoDiz: - 'Meu cancioneiroÉ bem martelado*.' Vede como primoEm comer os hiatos!Que arte! E nunca rimoOs termos cognatos. Trecho do poema de Manuel Bandeira lido por Ronald de Carvalho

  25. VANGUARDA DOS TRÓPICOS Influências externas O século XX é (re)conhecido como o tempo da velocidade, das mudanças bruscas, revolucionárias e rápidas que geram reações diversas no homem ainda ligado às carruagens e lamparinas. LUZ ELÉTRICA, AUTOMÓVEL, RÁDIO, CINEMAtransformam o cenário lento e calmo. As vanguardas artísticas que surgiram na Europa, a partir da primeira década do século são reflexo do impacto das transformações provocadas pela tecnologia e pelo avanço da ciência. Aquilo que, a princípio, prenunciava mais conforto e longevidade para as pessoas choca-se com CRISE ECONÔMICAEM 1.929,GUERRAS MUNDIAIS, REVOLUÇÃO RUSSA.

  26. O Brasil, no início do século XX, não era mais a ilha paradisíaca dos colonizadores e dos artistas tradicionais. Para os centros urbanos, convergem idéias cosmopolitas que apagam pouco a pouco o provincianismo de um país agrícola e rural. O comércio e a indústria progridem rapidamente. A arte tradicional, de imitação, perde espaço para uma estética chocante, para muitos, já que o olhar dos artistas é inovador, pois nova era a realidade. Anita Malfatti, em 1.917, assusta os conservadores com imagens como estas: O homem amarelo, A boba, O farol, A estudante.

  27. Monteiro Lobato, enraivecido, explode no artigo Paranóia ou mistificação?. O que todos viam na exposição eram pinturas absolutamente diferentes das habituais. A sociedade brasileira estava acostumada a assimilar a arte conservadora. Compare o traço de Renoir, no quadro Leitura,com a obra de Anita Malfatti em Tropical. O que pode ter assustado o autor de O sítio do pica-pau amarelo? Justifique as palavras dele (página 09 – Coleção Pitágoras) a partir das imagens abaixo.

  28. MOVIMENTOS DA VANGUARDA EUROPÉIA FUTURISMO EXPRESSIONISMO CUBISMO DADAÍSMO SURREALISMO

  29. Prof. Juliano Munhoz LITERATURAVanguardas Européias

  30. As Vanguardas Européias • Principais Características do Período: • Belle Époque; • Euforia burguesa pelo advento da Era da Máquina; • Culto ao progresso, à velocidade e aos confortos proporcionados pela tecnologia; • Surgimento do cinematógrafo, do automóvel e das máquinas voadoras.

  31. As Vanguardas Européias • Situação Histórica: • I Grande Guerra Mundial (1914-1918); • Ruína econômica dos países europeus; • Declínio dos valores e falência dos ideais; • Desilusão, desencanto, perplexidade; • Descrédito das antigas “certezas” científicas e religiosas.

  32. As Vanguardas Européias • Contexto Intelectual: • Psicanálise (o inconsciente), de Sigmund Freud; • Intuicionismo (fonte do conhecimento), de Henry Bergson; • “A morte de Deus” e a filosofia de Friedrich Nietzsche ganham espaço; • A arte acompanha o colapso do mundo burguês e reflete a tensão do momento.

  33. As Vanguardas Européias • Em termos artísticos, as vanguardas são os movimentos que tentam expressar as contradições desencadeadas por tantas mudanças, tantos ganhos e simultaneamente tantas derrotas vividas na Era da Máquina.

  34. Negação do academicismo; Negação das formas fixas; Defesa da interdependência das linguagens artísticas. Características Gerais das Vanguardas • Fundação da modernidade: novas linguagens e temáticas; • Enfocam a euforia e o pessimismo; • Crítica às convenções burguesas; • Irracionalismo;

  35. O FUTURISMO • Itália – Fillipo Tommaso Marinetti (1909)‏ • Defende uma arte sintonizada com a “beleza da velocidade, as grande multidões agitadas pelo trabalho, pelo prazer ou pela revolta”. • Torna-se porta-voz oficial do fascismo (1919). Semelhanças: antifeministas, anti-burgueses, anti-socialistas e anti-democráticos; exaltavam a “bofetada e o soco” e glorificavam a guerra como “a única higiene do mundo” .

  36. O Futurismo • Automóvel Correndo, de Giacomo Balla.

  37. ODE TRIUNFAL Álvaro de Campos À dolorosa luz das grandes lâmpadas elétricas da fábrica Tenho febre e escrevo. Escrevo rangendo os dentes, fera para a beleza disto, Para a beleza disto totalmente desconhecida dos antigos. Ó rodas, ó engrenagens, r-r-r-r-r-r eterno! Forte espasmo retido dos maquinismos em fúria! Em fúria fora e dentro de mim, Por todos os meus nervos dissecados fora, Por todas as papilas fora de tudo com que eu sinto! Tenho os lábios secos, ó grandes ruídos modernos, De vos ouvir demasiadamente de perto, E arde-me a cabeça de vos querer cantar com um excesso De expressão de todas as minhas sensações, Com um excesso contemporâneo de vós, ó máquinas! (...)‏ Ah, poder exprimir-me todo como um motor se exprime! Ser completo como uma máquina! Poder ir na vida triunfante como um automóvel último-modelo! Poder ao menos penetrar-me fisicamente de tudo isto, Rasgar-me todo, abrir-me completamente, tornar-me passento A todos os perfumes de óleos, calores e carvões Desta flora estupenda, negra, artificial e insaciável! (...)‏

  38. O CUBISMO • França (entre 1907 e 1914)‏ • PINTURA: Pablo Picasso. • LITERATURA: Guilhaume Apollinaire. • Fracionamento da realidade. Esta passa a ser expressa através de planos superpostos e simultâneos. • Decomposição da realidade em figuras geométricas.

  39. O Cubismo • CUBISMO PICTÓRICO: No desejo de transmitir a estrutura total do objeto, os cubistas começaram a decompor as formas em diferentes planos geométricos e ângulos retos, que se interceptam e sucedem. Tentavam sugerir a representação do objeto sob todos os seus aspectos, de face e perfil, (...) como se tivesse sido contemplado por diferentes ângulos.

  40. O Cubismo • CUBISMO LITERÁRIO: Sistema poético de subjetivização e desintegração da realidade (...) uma poesia cujas características são o ilogismo, o humor, o antiintelectualismo, o instantaneísmo, a simultaneidade e uma linguagem predominantemente nominal e mais ou menos caótica.

  41. O Cubismo • Violino e Uvas, de Pablo Picasso.

  42. O CACTO Manuel Bandeira Aquele cacto lembrava os gestos desesperados da estatuária: Laocoonte constrangido pelas serpentes, Ugolino e os filhos esfaimados. Evocava também o seco nordeste, carnaubais, caatingas... Era enorme, mesmo para esta terra de feracidades excepcionais. Um dia um tufão furibundo abateu-o pela raiz, O cacto tombou atravessado na rua, Quebrou os beirais do casario fronteiro, Impediu o trânsito de bonde, automóveis carroças, Arrebentou os cabos elétricos e durante vinte e quatro horas privou a cidade de iluminação e energia: – Era belo, áspero, intratável.

  43. O DADAÍSMO • Suíça – Tristan Tzara e outros artistas do “Cabaré Voltaire” (1916). • O mais demolidor e radical movimento de vanguarda; • A guerra desvendou a barbárie por trás da civilização burguesa ocidental. Era necessário desmascarar os valores ditos civilizados.

  44. Substituição das palavras por ruídos e gritos inarticulados; “Ser dadá é ser antidadá”; “A arte não é séria”; “Nós escarramos na humanidade”. O DADAÍSMO • Ilogismo; • Nonsense; • Humor niilista e irracionalista; • Dinamitam-se a cultura e a linguagem;

  45. O Dadaísmo • A Fonte, de Marcel Duchamp.

  46. RECEITA PARA FAZER UM POEMA DADAÍSTA Tristan Tzara Pegue um jornal. Pegue uma tesoura. Escolha no jornal um artigo do tamanho que você deseja dar a seu poema Recorte o artigo. Recorte em seguida com atenção algumas palavras que formam esse artigo e meta-as num saco. Agite suavemente. Tire em seguida cada pedaço um após o outro. Copie conscienciosamente na ordem em que elas são tiradas do saco. O poema se parecerá com você. E ei-lo um escritor infinitamente original e de uma sensibilidade graciosa, ainda que incompreendido do público.

  47. O SURREALISMO • França – André Breton (1918). • O surreal subjaz à noção de “real” até então conhecida; • Acrescenta-se à razão a imaginação, o sonho e a fantasia criadora do inconsciente; • Diz Breton: “Creio na resolução futura desses dois estados, aparentemente tão contraditórios, tais sejam o sonho e a realidade, em uma espécie de realidade absoluta, de super-realidade, se assim se pode chamar”.

  48. O Surrealismo • Aparição de um rosto e de uma fruteira numa praia, de Salvador Dali.

  49. ESTUDO Nº 6 Murilo Mendes Tua cabeça é uma dália gigante que se desfolha nos meus braços. Nas tuas unhas se escondem algas vermelhas, E da árvore de tuas pestanas Nascem luzes atraídas pelas abelhas. Caminharei nesta manhã para teus seios: Virei ciumento do orvalho da madrugada, Do tecelão que tece o fio para teu vestido. Virei, tendo aplacado uma a uma as estrelas, E, depois de rolarmos pela escadaria de tapetes submarinos, Voltaremos, deixando madréporas e conchas, Obedecendo aos sinais precursores da morte, Para a grande pedra que as idades balançam à beira-nuvem.

  50. O EXPRESSIONISMO • Alemanha e França (fauvismo), fins do século XIX e início do século XX. • Diz Giulio Argan: “o Expressionismo se põe como antítese ao Impressionismo, mas o pressupõe: ambos são movimentos realistas, que exigem a dedicação total do artista à questão da realidade, mesmo que o primeiro a resolva no plano do conhecimento e o segundo no plano da ação”.

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