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Doenças Articulares Patrícia Nero. FCM/UNL Medicina I (Profª Maria João Marques Gomes) Reumatologia (Prof. Jaime C. Branco). ARTRITE REUMATÓIDE.
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Doenças Articulares Patrícia Nero FCM/UNL Medicina I (Profª Maria João Marques Gomes) Reumatologia (Prof. Jaime C. Branco)
ARTRITE REUMATÓIDE Doença inflamatória sistémica, crónica, de etiologia desconhecida, caracterizada pelo padrão bilateral, simétrico e aditivo do envolvimento das articulações sinoviais Critérios de classificação (ACR, 1987) 1. Rigidez matinal 1 hora * 2. Artrite 3 articulações (obsv por médico) * 3. Artrite dos punhos, MCF ou IFP * 4. Artrite simétrica 5. Nódulos subcutâneos 6. Factores reumatóides positivos 7. Erosões ou desmineralização óssea justa-articular em banda _______________________________________ * 6 semanas; Diagnóstico: 4 critérios
AR: Dados Demográficos Prevalência 0,36% adultos 3 Incidência anual 3 em 10,000 adultos1 Sexo afecta 2 a 3 vezes mais as mulheres 1 Idade início 30-50 anos2 1. Spector TD. Rheum Dis Clin North Am 16:513-537, 1990. 2. Alarcón GS. Rheum Dis Clin North Am 21:589-604, 1995. 3-Distrito Setúbal.Programa CINDI (GEAR/SPR,2003)
AR: Sinais e Sintomas • História Clínica: • Dor pequenas articulações, simétrica e progressiva. • A rigidez persiste pelo menos uma hora após levantar • Por vezes dor nas articulações MTF quando na posição de pé ou em marcha • Exame fisico geral: • Sem sinais aparentes • Por vezes febre baixa ( 38°C) • Se mais avançado : Nódulos reumatóides
AR: Aspectos Clínicos • Exame articular • Tumefacção • Dor à palpação e ao movimento • Limitação do movimento • Deformação articular
Forma de apresentação MonoarticularPoliarticular Generalizado Bilateral e simétrico
Desvio cubital Lesões das mãos Sinal em dorso de camelo
Lesões das mãos Dedos em pescoço de cisne Dedos em botoeira
Lesões das mãos Desvios da mãos Tenossinovite dos extensores
Dedos em martelo Hallux valgus
Manifestações Sistémicas de Artrite Reumatoide • Sistema Ocular: • Xeroftalmia • Epiesclerite • Esclerite • Sistema Linfático: • Linfadenopatia Reactiva • Sistema Respiratório: • Derrama Pleural • Pleuresia • Nódulos pulmonares • Fibrose pulmonar • Sistema Cardíaco: • Pericardite • Derrame Pericardico • Nodulos Miocárdio • Sistema Nervoso Periférico: • Neuropatia periférica • Neuropatia compressiva • Baço: • Esplenomegalia • Rim: • Amiloidose Renal • Aparelho Gastrointestinal: • Amiloidose • Sistema Hematopioético: • Anemia • Trombocitose (cronicidade) • Sistema Cutâneo: • Espessamento • Ulceração • Nodulos cutâneos • Sistema Musculo-esquelético: • Atrofia muscular • Aparelho vascular: • Vasculite
Diagnóstico Reumatologia FCM / UNL | HEM,SA
AR: Prognóstico *Emery P. How to manage Rheumatoid Arthritis 2001
Importância de um Tratamento Precoce e Agressivo na Artrite Reumatóide 50% dosdoentes têm evidência de lesões radiográficas durante os prmeiros 2 anos de evolução da AR Precoce Estabelecida Estadio Terminal Disease onset Premature death Critical window of opportunity
AR: Vantagens do diagnóstico precoce • Instituição mais rápida de uma terapêutica eficaz muitas vezes antes que se desenvolvam lesões articulares irreversíveis ou que o doente esteja afectado na sua incapacidade funcional. • O objectivo desta abordagem consiste em obter-se um controlo optimizado da actividade inflamatória • Deste modo poderão obter-se taxas de remissão da doença superiores devido à instituição de um tratamento precoce
ARTRITE PSORIÁSICA • Doença inflamatória articular, crónica, insidiosa • 3ª e 4ª décadas de vida • Associação de artrite e psoríase • Curso clínico variável e heterogéneo doença ligeira vs. artropatia erosiva (20%) envolvimento periférico/axial/entesis • Prevalência homem = mulher • Distribuição mundial • Classificada como Espondilartropatia • 50% envolvimento axial • presença manifestações sistémicas e associação HLA B27 • Ocorre em cerca de 30% dos doentes com psoríase cutânea
Critérios de classificação • Moll and Wright 1973 • Bennett 1979 • Vasey and Espinoza 1982 • Gladmam et al 1987 • Oriente et al 1989 • Helliwell et al 1991 • Torre-Alonso et al 1991 • Jones et al 1994 • McGonagh 1999 • Modified ESSG • CASPAR Ann Rheum Dis 2005;64;3-8
Critérios de classificação Moll e Wright, 1975 1. Oligoartrite assimétrica (mãos e pés)– 70% 2. Poliartrite simétrica (semelhante à AR) – 15% 3. Artrite IFD – 5%, associada doença ungueal 4. Artrite mutilante – 5% (telescopagem) 5. Espondiloartropatia (semelhante à EA) – 5%
Ao longo da evolução podem surgir características dos mesmos grupos ou evolução de um grupo para outro Grandes articulações habitualmente poupadas, com excepção dos joelhos Entesopatia é frequente (tendinite Aquiliana) Dactilite é muito característica – dedo em salsicha Envolvimento ocular - uveíte
PsA – relevância clínica • Doença grave • 20% dos doentes têm lesão articular progressiva e incapacidade funcional • Aumento da mortalidade • Diminuição da função e da qualidade de vida
ARTROPATIA MICROCRISTALINA POR DEPOSIÇÃO DE CRISTAIS DE MONOURATO DE SÓDIO Doença causada pela deposição de cristais de monourato de sódio (MUS) nos tecidos devido à hiperuricemia, de que resulta uma ou mais das seguintes manifestações: • crise aguda de gota • gota tofácea crónica • nefrolitíase e/ou nefropatia 3 estadios: • Artrite gotosa aguda • Período intercrítico • Gota tofácea crónica
Artrite gotosa aguda Episódio agudo monoarticular (ocasionalmente poliarticular) Mais frequente sexo masculino, 40-60 anos Extremidades inferiores (50% podagra-1ª MTF) Bursite (prépatelar, olecraneana) Sintomas e sinais sistémicos (febre, leucocitose, VS elevada) Resolução completa Precedida por: excesso dietético ingestão alcoólica exercício físico violento intervenção cirúrgica
Período intercrítico Assintomático Novo episódio: 6 meses-2 anos Maior nº episódios, poliarticular, maior duração, remissão incompleta Nalguns casos: forma crónica, sem remissão Gota tofácea crónica Mais habitual quando: início precoce longa duração episódios frequentes hiperuricemia persistente Compromisso articular preferencial m. superior Tofos gotosos bolsas serosas bordo cubital antebraço t. Aquiles dedos
ARTROPATIA MICROCRISTALINA POR DEPOSIÇÃO DE CRISTAIS DE PIROFOSFATO DE CÁLCIO Doença causada pela deposição de cristais de pirofosfato de cálcio (PPC) Idades mais tardias vida, sexo masculino1,5 : 1 sexo feminino Existe D. PPC sem condrocalcinose meniscos ligamento triangular do carpo sínfise púbica
Formas clínicas 1. Pseudo-gota - 25% - predomina sexo masculino Artrite aguda, auto-limitada Assintomático entre crises 50% casos joleho 2. Pseudo-AR – 5% Poliartrite crónica 3. e 4. Pseudo-OA – 50% - predomina sexo feminino Alterações degenerativas das articulações com ou sem inflamação prévia 5. Assintomática
Reumatologia FCM / UNL | HEM,SA Diagnóstico Reumatologia FCM / UNL | HEM,SA
OSTEOARTROSE Doença mais prevalente da raça humana Um dos principais motivos de: consulta médica absentismo invalidez Factores de risco:idade, sexo, raça, genéticos, densidade mineral óssea, terapêutica hormonal de substituição, DMO, traumatismos, microtraumatismos, obesidade, deformação, atrofia e fraqueza musculares Instalação insidiosa Prevalência aumenta com a idade Dor mecânica Rigidez no início do movimento Sem sintomas sistémicos
Critérios de diagnóstico radiológico • diminuição da entrelinha articular e esclerose óssea subcondral • osteofitos (margem articular e/ou entesis) • quistos do osso subcondral • alterações da forma da extremidade óssea
Preferência articular da Osteoartrose Mão (1ªCMC, IFP, IFD) Pé (1ª MTF) Anca Joelho Acromio-clavicular Coluna cervical e lombar