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O Passe Segundo Jabob Melo 2 Encontro
O passe espiritual: Por tudo o que vimos sobre centros vitais, podemos afirmar que o tema é vasto e merece reflexões mais serias e profundas. Mas a aplicação do chamado passe espiritual – aquele em que os fluidos são preponderadamente do mundo espiritual – parece não levar muito em conta a realidade desses centros.
Em nossa maneira de ver, ocorrem duas coisas: nos passes espirituais, os Espíritos atuam de maneira direta, agindo segundo conhecimentos e alcances muito mais avançados que os dos magnetizadores; outra coisa é a sutileza dos fluidos espirituais, que são extremamente mais rarefeitos que os magnéticos, possuindo, portanto, uma penetrabilidade muito mais acentuada.
Acredito que os Espíritos, em seus trabalhos de passes, usam os centros vitais dos pacientes como portas de acesso aos fluidos transmitidos, só que de uma maneira mais objetiva e direta que a feita por nós outros. Afinal, no passe magnético fazemos uso de nossos fluidos ainda excessivamente animalizados.
Como co-participantes teremos que nos esforçar para ter uma mente equilibrada, coração pleno de amor, vibração positiva, prece fervorosa, fé, boa vontade, desejo sincero de ajudar e servir, respeito a tudo e a todos e muita confiança. Junte-se a isso um ambiente – físico e espiritual – apropriado e equilibrado e a certeza da cooperação do mundo espiritual. E tudo estará pronto para que se faça uma excelente aplicação de passes espirituais.
Na prática, após considerar todos os ingredientes acima o passista deverá agir da seguinte forma: 1- Antes de iniciar a imposição de mãos, deverá orar com fé e esperança, por si e por seu paciente, enquanto procura captar o clima fluídico daquele que vai ser atendido.
2- Sentindo o “clima”, deverá impor as mãos sobre a cabeça do paciente – nem muito longe, nem muito perto, cerca de 30 a 50 cm – e aí, sempre em oração deixar os fluidos dos Bons Espíritos fluírem ( o fluir dos fluidos espirituais se caracteriza por um leve rocio a “correr” pelos braços e esvair-se pelas mãos, deixando no passista uma sensação agradável e suave).
3- Quando cessar esse fluir, fazer alguns dispersivos sobre a cabeça ou sobre o lugar onde foi feito a imposição, para evitar o efeito da concentração de eventuais transferências de fluidos magnéticos. (Mesmo nos passes espirituais é comum o passista deixar vazar, na maioria das vezes sem o perceber, fluidos magnéticos, o que gera congestão fluídica localizada). Com esta dispersão evitamos um sem número de mal estares comumente verificados após longas imposições, mormente sobre o coronário ou o frontal,
4- Ao final sinalizar ao paciente que o passe foi concluído.
Observações: a) Não se usa a movimentação de mãos nos passes espirituais. Todavia, como raramente se tem segurança plena sobre os fluidos que foram doados ao paciente, convém usar sempre os dispersivos.
b) Mesmo na situação do passe espiritual, é grande o número de pacientes que está precisando mais de um dispersivo, no sentido de rearmonizar suas estruturas vitais do que uma captação fluídica. Por isso, o passe dispersivo no inicio do passe espiritual são de grande valia, pois podem eliminar a necessidade de maiores doações fluídicas.
c) As imposições podem ser feitas com uma ou com duas mãos, dependendo da área ou região que se queira fluidificar
d) Passistas com muita prática nesses passes podem dispensar o uso das mãos, fazendo todo processo de fluidificação de forma mental. Um inconveniente comum a isso é que os atavismos e condicionamentos do paciente levam-no a crer que não recebeu o passe e o do passista que nem sempre consegue manter o domínio mental pleno durante todo o período.
e) No caso de passes coletivos espirituais, quando muitas pessoas são atendidas de uma só vez, não há necessidade do passista elevar as mãos para a distribuição fluídico. Neste caso é recomendado uma prece fervorosa, uma concentração mental no bem bastante consistente e uma vibração interior de doação.
f) O passe espiritual é de pouca duração, normalmente em torno de um minuto – raramente excede um minuto e meio.
g) O passe espiritual se qualifica pela natureza do fluido e não pelo envolvimento espiritual. Os passes de uma maneira geral dispensam a incorporação. No caso do espiritual ainda mais. Basta lembrar que o mecanismo de distribuição: os fluidos acessam o passista via coronário e são repassados aos pacientes via centros secundários de exteriorização (especialmente as mãos), daí ser totalmente dispensável a incorporação.
Cola Psíquica: Quando o passista é reconhecido como magnetizador humano é comum observarmos os níveis de cansaço físico e esgotamento fluídico que o atinge após um determinado número de aplicações de passes. Para chegar a esse ponto o numero de passes é relativamente baixo – algo como uns 10 a 15 passes.
Ao contrário disso, quando ele é passista espiritual, a quantidade de passes aumenta sensivelmente, seu cansaço quase não é registrado e a fadiga fluídica parece nunca acontecer. É comum registrarmos passistas espirituais fazendo aplicações que vão a mais de uma centena de passes numa única sessão.
Esses fatos nos levam a concluir que a questão aqui não é necessariamente de número ou quantidade, mas a qualidade dos fluidos empregados. O obvio nos afirma que o passista magnético por doar energias suas se desgasta mais, o que não acontece com o espiritual. Mas ocorre que o segundo também doa alguma coisa, pois, do contrario, os Espíritos não necessitariam dele para fazerem o passe. E que coisa seria esta?
Os fluidos não são uma massa homogênea sujeita a uma única lei de atração que fizesse todo o trabalho de seleção, categorização e distribuição pelo corpo humano. Os fluidos vitais são campos energéticos muito variados e é certo afirmar que, numa massa fluídica vital, encontramos substancias que permitem uma variedade enorme de combinações que tem, dentro muitas, algumas funções muito importantes:
Dar manutenção nos níveis de vida orgânica no ser humano; • Atrair, trabalhar e fixar determinadas cargas fluídicas que, sem esse campo, se dispersariam pelo cosmo orgânico, onde por não encontrar campos próprios e equivalentes para atender as leis de afinidade fluídica se perderiam.
A essa ultima função chamemos “imantação magnética”. Por ser função fluídica, é função anímica e não espiritual, apesar de ser sensivelmente sujeito às influencias desta. No caso dos passes espirituais, temos, no passista, essas imantações magnéticas “contaminando” os fluidos espirituais, que passam através deste canal no magnetizador e possibilita aos fluidos sutis encontrar no paciente campos similares para fixação.
A esse incremento aos fluidos espirituais chamamos “cola psíquica”
Muito embora não tratando diretamente sobre esta questão. Allan Kardec registrou em 1865, na Revista Espírita de setembro, a seguinte observação: “o fluido dos bons Espíritos passando através do encarnado, pode alterar-se como um pouco de água límpida passando por um vaso impuro...”. Parece estar fora de duvidas falando sobre essa “cola psíquica” como elemento de impureza. No caso em analise, essa impureza é requerida, posto que ela dá a condição de afinidade requerida pela lei dos fluidos.
Sentido, velocidade e distancia nas aplicações: Quando falamos sobre centros vitais explicamos porque a aplicação cor-reta dos passes solicita uma dire-ção. Porque tanta preocupação com isso? Exatamente pelos muitos incômo-dos e inconveniente oriundos da não observância dessas regras.
O passe aplicado no sentido contrário aos indicados acarreta uma serie de mal estares no paciente. Se o paciente for muito sensível à fluidificação ele acusará o mal estar tão logo o passe seja concluído, ou até antes. Sendo pouco sensível, registrará os desconfortos horas depois, quando já não teremos como avaliar os resultados da “caridade” feita.
Por força de aplicação no sentido contrário ao correto muitos pacientes “ganham” insônia, dores de cabeça, enjôos, sérios problemas digestivos, azia, ardor nos olhos, cansaço e moleza generalizada, dentre outros.
Tudo isso pode ser evitado fazendo-se a aplicação no sentido cabeça – pés ou horário, conforme o caso. Todavia, tendo ocorrido inadvertidamente a aplicação no sentido contrario a maneira correta de corrigir os malefícios é fazer bastante dispersivos gerais, ou seja, ao longo do corpo do paciente. Isso elimina as desarmonias decorrentes do equivoco.
A Velocidade da aplicação do passe define como o organismo do paciente recebe os fluidos e consequentemente, que reações lhe advirão. Quanto a velocidade, podemos classificar os passes em dois grupos: os lentos e os rápidos.
Tomando o corpo de uma pessoa de estatura mediana – em torno de 1,70m – como referencia, e passando a mão sobre todo o corpo, de uma só vez, em 3 segundos ou mais, o passe é lento. Se em menos de 3 segundos o passe é rápido. Os passes lentos tornam-se concentradores de fluidos e os rápidos dispersivos. (os circulares serão sempre concentradores)
Quanto mais tempo demoramos com as mãos sobre determinada região, mais tempo de captação e de concentração fluídica ocorrerá naquela região. O excesso pode originar o que chamamos “congestão fluídica”, daí a validade do uso do passe dispersivo para evitar as grandes concentrações fluídicas.
Quanto mais rápido passamos as mãos sobre o paciente mais fazemos os centros vitais buscarem um padrão harmônico de giro, o que termina por regular a distribuição interna de fluidos que acontecerá de forma menos concentrada.
Outra característica dos dispersivos é atuar como compactador, atuando sobre os concentrados fluídicos, para que sua liberação posterior seja gradual e continuada, possibilitando ao paciente “ruminar” os fluidos em vez de assimilá-los de pronto.
Os passes próximos – em torno de 25 cm ou menos de distancia entre as mãos do passista e o corpo do paciente – trabalham os campos fluídicos conhecidos como ativantes, enquanto os distantes – acima de 25 cm – trabalham os calmantes. Isso porque os centros vitais captam de maneira mais condensada os fluidos quando as mãos estão próximas e menos concentradas quando afastadas.
Com a relação fluídica estabelecida o passe será mais efetivo e as sensações, tanto no paciente quanto no passista serão mais amenas e agradáveis e os efeitos benéficos alcançarão os objetivos almejados.
O Tato-Magnético: O tato magnético é uma capacidade natural que a grande maioria dos seres humanos possui, podendo ser desenvolvida, ampliada e apurada pelo exercício. Esse método não se propõe a adivinhar diagnósticos, mas com ele e por ele podemos precisar locais em desarmonia, facilitando a aplicação e a fluidificação mais objetiva.
Alem de permitir ao passista condições de verificação do estado do paciente após o passe, evitando que ele saia da cabine ou do atendimento com deficiências, acúmulos, desarmonias ou descompensações que depois lhe provoquem mal estares.
O tato magnético natural se apresenta de diversas formas. A mais comum é o passista, entrando em relação fluídica com o paciente sentir em suas entranhas as sensações de dor, desconforto ou desarmonia que o paciente está sentindo ou é portador. Se bem que esse tipo de registro seja profundamente desconfortável, tem se apresentado como o mais seguro e eficiente método de diagnostico daquilo que o paciente precisa.
Todavia, o tato magnético pode ser de-senvolvido passando de natural para facultativo. Como também sua forma de percepção pode ser alterada para ser percebida na mão ou noutro centro vi-tal secundário. Vejamos como funcio-na: primeiro repetimos os exercícios do item anterior (como quando queremos entrar em relação fluídica), achando o ponto a que nos referimos, observemos a distancia em que ele se encontra do corpo do paciente.
A partir daí façamos o seguinte: • Passemos a mão lentamente sobre o corpo do paciente, sempre no sentido cabeça para os pés, conservando a mesma distancia, do começo ao fim do circuito; • Domine, durante o tato magnético, todo e qualquer impulso de doação fluídica;
Ative sua percepção no sentido de diagnosticar mudanças e alterações de sensações fluídicas. (As sensações mais comuns nas mãos são: calor seco, calor úmido, frio seco, frio úmido, choques, pontadas, sucções, ardor, etc); • Localizados os pontos que estejam em desarmonia com o todo, inicia-se o tratamento, sempre repetindo o tato magnético para perceber como está reagindo ao tratamento;
Havendo desarmonia generalizada ou de difícil percepção, sugerimos seja feita uma serie de dispersivos, e, logo após, repetir o tato magnético. Pode acontecer que depois dos dispersivos não seja percebida mais qualquer desarmonia. Isso é o indicativo de que o paciente estava apenas com seu corpo vital desarmonizado, sem causas mais consistentes, pelo qual os dispersivos já trataram;
O tato magnético não descarta a vidência, a intuição ou a audiência, o tato magnético é também um método de diagnostico.
Psi-sensibilidade do paciente: Determinado paciente está com um foco de desarmonia estabelecido a alguns dias. Essa desarmonia acarretará um desequilíbrio no centro vital que seja mais diretamente ligado ao problema. Ora, pela interdependência dos centro vitais, os demais centros carrearão seus esforços no sentido de compensarem o desequilíbrio localizado. Assim, depois de certo tempo, todos os centros vitais estarão desequilibrados, uns pelo foco, outros por consequência daqueles.
Quando um foco de desarmonia for localizado pelo tato magnético e tratado pelo magnetismo, não significara dizer que os outros centros vitais estarão automaticamente reequilibrados. Se o tratamento não levar em consideração a necessidade de reequilíbrio dos demais centros estes demorarão a retornarem aos seus pontos de alinhamento, podendo inclusive, por força disso diminuir a eficiência do tratamento fluídico localizado.
Um passista atento aos aspectos gerais da necessidade de uma harmonia global, lembrar-se-á ou será induzido, pelo próprio magnetismo ou pelo tato magnético a rearmonizar os demais centros vitais. Isso é feito com passes dispersivos gerais. Com estes dispersivos finais o passista estará deslocando a psi-sensibilidade do paciente para a nova linha de harmonia pos tratamento do foco. Desta forma o paciente estará bem e sentir-se-á bem.