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DISTÚRBIOS GASTRINTESTINAIS: DIARRÉIA E DESIDRATAÇÃO

DISTÚRBIOS GASTRINTESTINAIS: DIARRÉIA E DESIDRATAÇÃO. Profa. Dra. Maria Vera Lúcia Moreira Leitão Cardoso. OBJETIVOS DA AULA. Conceituar diarréias e tipos; Contextualizar fatores de risco e etiologia; Descrever abordagem à criança com quadro diarréico e tratamento;

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DISTÚRBIOS GASTRINTESTINAIS: DIARRÉIA E DESIDRATAÇÃO

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  1. DISTÚRBIOS GASTRINTESTINAIS:DIARRÉIA E DESIDRATAÇÃO Profa. Dra. Maria Vera Lúcia Moreira Leitão Cardoso

  2. OBJETIVOS DA AULA • Conceituar diarréias e tipos; • Contextualizar fatores de risco e etiologia; • Descrever abordagem à criança com quadro diarréico e tratamento; • Conceituar desidratação e tipos; • Discutir plano de ação em situação de desidratação; • Apontar cuidados de enfermagem à criança e à família com diarréia e desidratação

  3. O que pode ser feito para prevenir essa doença? Alguém sabe definir a diarréia? • Que cuidados o enfermeiro pode desenvolver junto à criança e à família para evitar a recidiva da diarréia?

  4. Diarréia: palavra derivada do grego dia = diretoroia = fluir (PLEURIS & HAIES,1996)

  5. Diarréia • Grupo de condições clínicas, cuja manifestação comum é a presença de fezes de consistência diminuída associada a um aumento do númerode dejeções, traduzindo em desequilíbrio entre os processos de absorção e secreção do intestino.

  6. DEFINIÇÕES • Diarréia Aguda: predominantemente infecciosa (viral, bacteriana ou parasitária) de evolução pontencialmente auto-limitada e duração < 14 dias

  7. DEFINIÇÕES • Diarréia persistente - É a diarréia originária da aguda que se perpetua por alterações secundárias, funcionais e/ou morfológicas do trato gastrintestinal, com duração superior a 14 dias. • Diarréia crônica - É a diarréia cujo curso não é potencialmente auto-limitado e apresenta duração superior a 30 dias.

  8. Organização Mundial de Saúde (WHO,1988) • Define: Diarréia Aguda: Hábito intestinal alterado, caracterizado por três ou mais evacuações líquidas (24h) ou uma semilíquida com muco ou sangue (12h) e com duração menor que 15 dias.

  9. Diarréia Aguda • MORTALIDADE entre < 5 anos de idade: 1979 = 4,5 milhões/ano 2002 = 1,6 milhões/ano 2004 = 1,5 milhões/ano • MORTALIDADE por diarréia: 8 em cada 10 óbitos = menores de 2 anos • FREQÜÊNCIA ANUAL entre < 3 anos: Média de 3 episódios de diarréia aguda/ano

  10. FATORES DE RISCO AMBIENTAIS • Água insuficiente ou de má qualidade; • Ausência de rede sanitária; • Má higiene pessoal e doméstica; • Preparação e armazenamento inadequados dos alimentos; • Desmame precoce.

  11. FATORES DE RISCO HOSPEDEIRO • Desnutrição; • Supressão ou deficiência imunológica; • Redução da acidez gástrica; • Diminuição da motilidade (ritmo) intestinal.

  12. ETIOLOGIA

  13. OUTRAS ETIOLOGIAS • Alterações dietéticas • Alergias alimentares • Fórmulas concentradas • Causas anatômicas • Alterações imunológicas • Cólon irritável • Pancreatopatias • Hepatopatias • Endocrinopatias • Neoplasias • Agentes tóxicos.

  14. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS • Diarréia Leve: evacuações de fezes amolecidas/dia sem outra evidência de doença • Diarréia Moderada: várias evacuações diárias de fezes amolecidas ou líquidas; temp. normal ou ; vômitos; agitação; irritabilidade; sinais de desidratação geralmente ausentes, embora a cça possa não ganhar peso.

  15. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 3) Diarréia Grave: evacuações numerosas ou contínuas; sinais de desidratação moderada a grave; expressão flácida e enrugada; choro não é vigoroso (queixoso e mais agudo que o habitual); irritável; busca conforto e atenção dos pais; apresenta movimentos involuntários e respostas inapropriadas a pessoas e objetos familiares; pode-se tornar letárgico, moribundo e comatoso.

  16. Proteção do LM: prevenção da Diarréia Aguda • Peru: avaliaram 153 RN 1 ano. • Lactentes que não LM exclusivomaior risco de diarréia comparados com lactentesLM exclusivo0 a 6 meses • Índia: estudaram 148 lactentes > 2 meses- 1 anoLM exclusivoredução da diarréia • Brasil: estudos mostraram lactentes que não LM exclusivo14,2% > risco de óbito por diarréia do que os que se alimentavam LM exclusivo

  17. Fatores que propiciarão o estabelecimento do processo diarréico • 1- número de patógenos ingeridos • 2- tipo de agente • 3- virulência • 4- defesas orgânicas

  18. Mecanismos de defesa do T.G.I. • 1- suco gástrico • 2- muco intestinal • 3- motilidade intestinal • 4- flora bacteriana • 5- sistema imunológico • 6- Leite Materno

  19. Incidência de enteropatógenos • 1- regiões desenvolvidasetiologia viral Ex: rotavírus • 2- países em desenvolvimentoetiologia Bacteriana Ex: shigella

  20. Processo diarréico produzido pelo Rotavírus • 1- Rotavírusação invasão lesão  diminui área de absorção atrofia de vilosidades e microvilosidades

  21. Orientação nutricional na Diarréia Aguda • 1- Realimentar precoce após corrigir  desidratação • 2- Manter  oferta dietética usual

  22. MEDIDAS PREVENTIVAS • Terapia de Reidratação Oral (TRO) • TRO previne 1 milhão de mortes de crianças/ ano • Promoção: LM Melhorias Sanitárias Vacinações Tratamento diarréia persistente

  23. METODOLOGIA DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

  24. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM • ABORDAGEM DO ENFERMEIRO/ HISTÓRICO • Diarréia Aguda: Pergunte • Há quanto tempo a criança está com diarréia? • Quantas dejeções líquidas apresenta por dia? • A criança apresenta vômitos? • Com que freqüência?Bebe líquidos? Demonstra estar sedenta? • Tem sangue nas fezes? Em uso de medicamentos? • Episódios anteriores? Quando?Qual o histórico alimentar?

  25. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM • Diarréia Aguda: Observe/ Exame Físico • Qual a condição geral da criança? • Está bem e alerta? Inquieta? Irritada?Letárgica? Inconsciente? • Existe desnutrição grave? • Olhos deprimidos? • Sinal da prega cutânea lento? • Tem febre? perdeu peso? Doença associada?

  26. DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM QUE DIAGNÓSTICOS NÓS PODERÍAMOS TRAÇAR PARA UM PACIENTE COM SUSPEITA DE DIARRÉIA?

  27. SEM SINAIS DE DESIDRATAÇÃO • Ausência de sinais suficientes para a caracterização de ALGUMA DESIDRATAÇÃO ou DESIDRATAÇÃO GRAVE PLANO A

  28. ALGUMA DESIDRATAÇÃO • Presença de 2 dos seguintes sinais: • Inquietação ou Irritabilidade • Bebe líquido com avidez, criança sedenta • Olhos encovados • SINAL DA PREGA CUTÂNEA: retorno lento: PLANO B

  29. Desidratação Grave • Presença de 2 dos seguintes sinais: • LETARGIA ou INCOSCIÊNCIA • INCAPACIDADE PARA INGESTÃO DE LÍQUIDOS ou INGESTÃO POBRE • OLHOS ENCOVADOS • SINAL DA PREGA CUTÂNEA: retorno muito lento ( > 2 segundos) PLANO C

  30. PLANO A: tratamento domiciliar • ORIENTAR: 4 REGRAS BÁSICAS: • Oferta de líquidos aumentada • Suplementação de Zinco por 10-14 dias • Manutenção da alimentação, aleitamento • Orientações sobre quando buscar reavaliação clínica

  31. Plano A: tratamento domiciliar • Oferta de LÍQUIDOS a cada dejeção líquida: • Até 1 ano: 50-100 ml; Crianças de 1 ano ou mais: 100-200 ml • Suplementação de ZINCO (dose única/dia por 14 dias): • Até 6 meses: 10 mg; • Crianças de 6 meses ou mais: 20 mg.

  32. PLANO B: tratamento na unidade de saúde • Duração = 4 horas • Quantidade de SRO a oferecer/peso: • Até 6 kg: 200-400 ml; • 6-9 kg: 400-700 ml; • 10-11 kg: 700-900 ml; • 12-19 kg: 900-1.400 ml. • Acrescentar 100-200 ml de água para < 6 m que não recebem leite materno. • Reavaliação clínica = reclassificação da desidratação: Que PLANO?

  33. PLANO B: tratamento na unidade de saúde • Concluída a reidratação: • Iniciar realimentação sob supervisão • ORIENTAR sobre 4 REGRAS BÁSICAS do PLANO A: • Oferta de líquidos aumentada; • Suplementação de Zinco; • Alimentação, LM; • Necessidade de reavaliação clínica

  34. TRO

  35. SRO -TRO • Mortalidade de 5 para 3 milhões • Colher de plástico (Dra. Hendrata, Indonésia, em 1975) • Uma medida de sal e 2 de açúcar em 200ml de água • Problema: falta distribuição • SSA: “Solução água e açúcar”

  36. TRO

  37. TRO Qual a composição (em mmol/L) recomendada pela OMS para a SRO? A partir de 1975: solução única padrão (OMS/UNICEF) • sódio 90, potássio 20, cloro 80, glicose 111 • Osmolaridade: 311 • A partir de 2002: • sódio 75, potássio 20, cloro 65, glicose 75 • Osmolaridade: 245

  38. TRO

  39. TRO Quais os 7 princípios da TRO para crianças com diarréia e desidratação? • Preferir o SRO; 2. Reidratação rápida (em 3-4 horas); 3. Realimentação habitual assim que a desidratação estiver corrigida; 4.Lactentes em aleitamento materno devem continuar recebendo LM sem interrupção;.

  40. TRO 5.Lactentes em uso de fórmula artificial: não diluir e não há necessidade de substituir por fórmulas especiais; 6. Continuar oferecendo SRO após cada dejeção líquida; 7. Não há necessidade de avaliação laboratorial ou medicações.

  41. Restrições • choque hemodinâmico • íleo paralítico • perda fecal >15-20ml/kg/hora • má absorção de carboidratos • vômitos: aguardar 10 minutos e recomeçar mais lentamente = fracionar a oferta (5 ml a cada 5’)

  42. PARENTERAL • Quando está indicada? • restituição imediata da volemia em pacientes gravemente desidratados; fase inicial do tratamento de choque; reidratação de paciente sem desidratação grave, mas com impedimento da VO; oferta de taxa hídrica de manutenção

  43. Parenteral • Reidratação (fase de expansão): • SF a 0,9% ou Ringerlactato 100 ml/kg • IDADE 30ml/kg 70ml/kg • < 1 ano 1 hora 5 horas • 1-12 anos 30 min 2 ½ horas • Reavaliação freqüente • Oferecer SRO assim que capaz de ingerir: 5ml/kg/hora/Reclassificação

  44. ATB • SHIGELOSE presumida = disenteria • Desnutrição grave • Menores de 5 anos com disenteria, consideradas outras possibilidades diagnósticas

  45. ATB • CÓLERA presumida em > 5 anos ou adultos com diarréia aquosa volumosa ou > 2 anos quando há conhecimento de casos de cólera na mesma região • Tratamento (duração = 3 dias): • SMZ + TMP: 50mg/kg/dia em 2 doses • Tetraciclina: 50mg/kg/dia em 4 doses

  46. ATB • Antimicrobianos ineficazes para o tratamento da Shigelose: • Amoxacilina, Metronidazol • Sulfonamidas, Nitrofurantoína • Estreptomicina, Tetraciclina • Cloranfenicol, Aminoglicosídeos • Cefalosporinas de 1ª. e 2ª. Geração.

  47. ATB • Tratamento da Shigelose (duração = 5 dias): • SMZ + TMP: 50mg/kg/dia em 2 doses • Ampicilina: 150mg/kg/dia em 4 doses • Ceftriaxone: 75-80mg/kg/dia em 1 dose

  48. ATB • Tratamento da Amebíase (duração = 10 dias): • •Metronidazol: 30mg/kg/dia em 2 ou 3 doses • Tratamento da Giardíase (duração = 5 dias):•Metronidazol: 15-20mg/kg/dia em 2 ou 3 doses • Salmonela não tifóide E. coli • Cryptosporidium

  49. DIARRÉIA PREVENÇÃO • Estimular aleitamento materno • Introduzir alimentação complementar aos 6 m (higiene e valor nutritivo) • Utilização de água limpa e proteção contra contaminação

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