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Epidemiologia e Saúde na Empresa

Epidemiologia e Saúde na Empresa. Prof. Armando Pimenta, MD, Ph.D Faculdade de Medicina – Universidade Federal do Rio de Janeiro Conselheiro Técnico Científico da ABMT. Como usar a epidemiologia na gestão da saúde do trabalhador e o caso do NTEP. O que é Epidemiologia ?.

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Epidemiologia e Saúde na Empresa

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Presentation Transcript


  1. Epidemiologia e Saúde na Empresa Prof. Armando Pimenta, MD, Ph.D Faculdade de Medicina – Universidade Federal do Rio de Janeiro Conselheiro Técnico Científico da ABMT Como usar a epidemiologia na gestão da saúde do trabalhador e o caso do NTEP

  2. O que é Epidemiologia ? – “Estudo dos fatoresquedeterminam a frequência e a distribuição das doençasnascoletividadeshumanas”. AssociaçãoInternacional de Epidemiologia - Enquanto a clínicadedica-se aodadoença no indivíduo, caso a caso, a Epidemiologiadebruça-se sobre a saúdecoletiva.

  3. Clínica eDesenhos de Estudos Clínica Epidemiologia Série de Casos Corte Transversal (Seccional) Caso Controle Coorte Prospectiva Retrospectiva Ensaio Clínico Randomizado Não Randomizado • História • Exame Físico • Exames Complementares • Hipóteses • Tratamento • Prognóstico • Desfecho

  4. Vigilância Epidemiológica • Conjunto de atividades com o propósitofornecerorientaçãotécnicapermanenteparaosprofissionais de saúde; • Orientadecisõessobre a execução de ações de controle de doenças e agravos, bemcomo dos fatoresqueoscondicionam, numaáreageográficaoupopulaçãodefinida.

  5. Gripe H1N1 2009 SRAG

  6. Informações Epidemiológicas no Trabalho • Um dado significativo para avaliação é a presença ou ausência de efeitos locais, caracterizados por sintomas, sinais ou doenças nos colegas de trabalho que compartilham essencialmente do mesmo ambiente de trabalho que o paciente em causa. • Norwoodetal – Guia para diagnóstico de Doença Profissional - JAMA 196 (3): 297-298 18 de abril de 1966.

  7. Epidemiologia Descritiva • Dados de estatística descritiva mostram coeficientes de medidas de freqüência de doenças. • Procuram definir tanto os casos novos quanto os antigos na população. • Mais especificamente, podem vir estratificados por sexo, faixa etária ou ocupação.

  8. Avaliando a Carga da Doença • Incidência • Prevalência • D A L Y (Disability-AdjustedLifeYear)

  9. Incidência • Corresponde ao número de “casos iniciados” em um período definido, dividido pela população em geral ou sob algum risco em particular. • Tipos especiais são as taxas de mortalidade, morbidade, letalidade ou de ataque.

  10. H1N1 Taxa de Mortalidade

  11. Mortalidade por Ac. Trab. 2007

  12. Proporção de óbitos (%) - BrasilGrupo de Causas Período: 2006 Fonte: Ministério da Saúde/SVS Sistema de Informações sobre Mortalidade - SIM

  13. Dados de MorbidadeInfluenza A H1N1

  14. Taxa de IncidênciaDoenças Ocupacionais –2007

  15. Taxa de Incidência Acid. Trab. Típicos - 2007

  16. Prevalência • Contabiliza todos os casos existentes na população num determinado período, divididos pela número de indivíduos na população considerada. Exemplos: diabetes, hipertensão, hipercolesterolemia • Bases diagnósticas na clínica são mais consistentes quando aplicamos corretamente os conhecimentos sobre prevalência de eventos. Exemplo: Rastreamento por exames.

  17. Questão • Em uma população de 1000 indivídu-ossubmetidos a um exame de ras-treamentopara determinada doença, quantos apresentarão resultado positivo, sabendo-se que a doença tem prevalência de 0,1 % e que o exame tem sensibilidade de 100% e especificidade de 95% ?

  18. Resposta Positivo Negativo Com doença 1 0 Sem doença 50 949 Totais 51 949

  19. Coeficientes de incidência estimados para 2008* para os tipos de câncer mais freqüentes (exceto pele não-melanoma) em mulheres, Brasil e regiões geográficas. INCA * por 100.000 habitantes . Mama = 0,0507%

  20. Coeficientes de incidência estimados para 2008* para os tipos de câncer mais freqüentes (exceto pele não-melanoma) em homens, Brasil e regiões geográficas. *por 100.000 habitantes Próstata = 0,0524 %

  21. D A L Y (Disability-AdjustedLifeYear) • Um DALY significa um ano de vida saudável perdido, comparando com a expectativa de vida ao nascer. • Corresponde a soma dos anos perdidos por mortalidade precoce com aqueles devidos a alguma incapacidade. • http://www.who.int/healthinfo/global_burden_disease/estimates_country/en/index.html

  22. DALY Brasil (por 100000)

  23. Estudos Observacionais • Série de Casos • Seccional (Transversal) • Caso Controle • Coorte

  24. Séries - Ramazzini • Doenças dos trabalhadores em minas: • Asma • Hemoptise • Caquexia • Úlceras gengivais • Pés inchados • Dores Articulares - Acidentes por picadas de aranhas

  25. Séries - Ramazzini • Doenças dos trabalhadores com tabaco • Dores de cabeça • Náuseas e vertigens • Secreção nasal e tosse • Sangramento hemorroidário após sentar-se em rolos de tabaco

  26. Séries – RamazziniAnos 1700 - 1713 • Doenças dos que trabalham de pé (carpinteiros, aplanadores, escultores, ferreiros, serradores, pedreiros) • Pulsos radiais de menor amplitude • Varizes e úlceras de membros inferiores

  27. Séries - Ramazzini • Doenças dos trabalhadores sedentários (sapateiros, alfaiates, costureiras) • Cifose dorsal • Dormências nas pernas • Pele pálida e de “aspecto sarnento”,crostas

  28. Séries Ramazzini • Doenças dos Judeus • Presbiopia e miopia. • Em mulheres, dores de cabeça, dentes, faringe e ouvidos (ambientes confinados). • Em homens, tosse e dispnéia por limpeza de peças de lã. • “Judeus são diferentes de todas as outras pessoas. São simultaneamente indolentes e diligentes” (apenas opinião pessoal de Ramazzini – nexo presumido...)

  29. Séries Ramazzini • Doenças dos Homens Cultos • Indigestão, Considerável Flatulência; • Palidez • Encurvamento do Corpo • “Tornam-se melancólicos porque a parte espirituosa do sangue é consumida pelo trabalho intelectual”. • Outras razões estão ligadas à astronomia e filosofia. “O alto grau de dissipação de espíritos vitais leva ao escurecimento do sangue.”

  30. Estudos Transversais (Seccionais) • Observam uma população definida em um ponto único no tempo ou intervalo de tempo. • A exposição e o desfecho são determinados simultaneamente.

  31. Estudos Seccionais • O que está acontecendo? Indivíduos com desfecho Indivíduos Selecionados para o estudo Indivíduos sem desfecho Tempo do estudo

  32. Estudos Seccionais • Avaliam simultaneamente indivíduos de população bem definida em período específico, com amostra representativa da população se toda ela não pode ser estudada. • Baixo custo em tempo, dinheiro e pessoas, avaliam bem prevalências • Podem estudar vários efeitos clínicos

  33. Estudo Transversal

  34. Vigitel – MS 2007

  35. Estudos Seccionais • Desvantagens: • Não provam relação causal • Não demonstram taxas de incidência ou de risco • Não estabelecem sequência de eventos, resultados e exposição são concomitantes no momento do estudo. • Não permitem avaliar gradiente dose – resposta • Dificuldade de padronizar casos elegíveis. • Impossível comparar grupos.

  36. Seccionais • Tipos de dados: • demográficos • ambientais • sócio-econômicos • dados de morbidade • notificação de casos/surtos • dados de mortalidade

  37. Estudo Seccional • FARIA, Neice Müller Xavier; FACCHINI, Luiz Augusto; FASSA, AnaclaudiaGastal  e  TOMASI, Elaine. Agrotóxicos e sintomas respiratórios entre agricultores. Rev. Saúde Pública [online]. 2005, vol.39, n.6, pp. 973-981. • http://www.scielo.br

  38. Agrotóxicos e Sintomas Respiratórios • 1.379 agricultores de dois municípios da Serra Gaúcha, Brasil, em 1996. • Foram medidas a frequência e as formas de exposição química aos agrotóxicos, além das intoxicações agudas para ambos os sexos. • Foram entrevistados todos os indivíduos com 15 anos de idade ou mais, com no mínimo 15 horas semanais de atividade.

  39. Agrotóxicos e Sint. Resp. • A prevalência de sintomas de asma foi de 12% e 22% foram considerados como portadores de doença respiratória crônica. • CONCLUSÕES: Apesar das limitações de causalidade, os resultados evidenciaram que o trabalho agrícola envolvendo agrotóxicos está associado com a elevação da prevalência de sintomas respiratórios, especialmente quando a exposição é superior a dois dias por mês.

  40. John Snow e Cólera • Mortes por cólera em BroadStreet, GoldenSquare e arredores, Londres, 19/8 a 30/9/1854. • Eliminação do conceito de transmissão aérea da doença. • Elegante demonstração de transmissão pela água.

  41. Mapa do Cólera Londres

  42. Epidemiologia Analítica • Para confirmar hipóteses de estudos descritivos, é preciso estabelecer comparação entre dois grupos selecionados. • Ao compor tais grupos deve-se evitar viéses e fatores de confusão. • Achados ao acaso devem ser reconhecidos através de testes estatísticos de significância.

  43. Análise de Risco Populacional • Devem ser delineados trabalhos utilizando métodos de: • Caso – Controle • Coorte

  44. Estudo Caso Controle • Envolve pacientes que tenham o desfecho de interesse (casos), pacientes sem o desfecho (controles) e investigação para ver se tiveram a exposição de interesse. • Parte-se do desfecho!

  45. Estudos de Caso – Controle • Baixo custo e pouco tempo de estudo. • Limita-se a apenas um efeito clínico. • Faz-se pareamento entre os dois grupos considerando idade, sexo, nível sócio-econômico entre outros.

  46. Estudos Caso-controle • Causas? Fatores de risco? E Casos NE E Controles NE

  47. Estudo Caso Controle Clássico • Doll & Hill 1950. • Análise de casos conhecidos de câncer de pulmão (casos), em 20 hospitais londrinos, com pacientes com outras patologias, avaliando exposição a tabagismo. • Calculou-se probabilidade de se vir a ter câncer de pulmão quando se é tabagista. • Richard Doll and A. Bradford HillSmoking and Carcinoma of the LungBr Med J Sep 1950; 2: 739 - 748;

  48. Doll & Hill - Pareamento

  49. Doll & Hill - Pareamento

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