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MICOTOXINAS

MICOTOXINAS. Prof. Dr. Sergio Paulo Severo de Souza Diniz Biólogo, Mestre em Bioquímica, Doutor em Ciências Biológicas Pos-Doctor em Bioquímica Fitopatologica Professor Associado - Departamento de Bioquímica Universidade Estadual de Maringá, PR Email – dnz1210@hotmail.com.

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MICOTOXINAS

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  1. MICOTOXINAS Prof. Dr. Sergio Paulo Severo de Souza Diniz Biólogo, Mestre em Bioquímica, Doutor em Ciências Biológicas Pos-Doctor em Bioquímica Fitopatologica Professor Associado - Departamento de Bioquímica Universidade Estadual de Maringá, PR Email – dnz1210@hotmail.com

  2. Os Fungos, também denominados mofos ou bolores, são microrganismos multicelulares e filamentosos, cuja estrutura é mais bem observada ao microscópio, sendo por isso designado de microfungos, ao contrário dos cogumelos, que são os macrofungos. E esses fungos que ao infestarem os grãos e alimentos produzem substâncias tóxicas ou não. Micotoxina é o termo usado para descrever substâncias tóxicas formadas durante o crescimento de fungos, o que está associado a mudanças na natureza física do alimento no sabor, odor e aparência. Fungos principalmente do gênero Aspergillus, Penicillium e Fusarium estão largamente distribuídos na natureza e, portanto, muitas vezes, contaminam alimentos frescos e também alimentos processados. INTRODUÇÃO Prof. Dr. Sergio Paulo Severo de Souza Diniz

  3. O termo micotoxinas abrange uma diversificada série de compostos, originários de diferentes precursores e vias metabólicas, reunidos segundo o grau e tipos de toxicidade ao homem a aos animais superiores. Micotoxicose, é o envenenamento produzido por micotoxinas. Os produtos que podem veicular micotoxinas para o homem ou animais são os seguintes: 1) produtos agrícolas: cereais, sementes, oleaginosas, frutos, vegetais; 2) rações industrializadas; 3) produtos de origem animal: leite e derivados, carnes, embutidos; 4) queijos curados por fungos; 5) alimentos orientais fermentados: 6) produtos obtidos por fermentação: cerveja, aditivos alimentares e vitaminas.

  4. Formação das Micotoxinas • Os fungos que produzem micotoxinas dividem-se em dois grupos: - Os que atacam antes da colheita (fungos de campo, Ex. Fusariumgraminearium, Aspergillus flavus) - Os que ocorrem após a colheita (fungos de armazenamento, Ex. Penicillium verucossum, Aspergillus flavus)

  5. Condições favoráveis para a produção de micotoxinas • 1º. Umidade - a ausência de água disponível no alimento evita o crescimento de fungos; por isso, deve-se evitar situações em que alimentos sejam armazenados em condições de elevada umidade. • 2º. PH -os fungos crescem numa faixa de pH que varia de 2 a 8. As aflatoxinas possuem crescimento ótimo na faixa de pH de 5 a 7. • 3º. Composição química do alimento - em geral, alimentos com alto teor de carboidratos são mais favoráveis a altas produções de aflatoxina do que oleaginosas, com exceção do amendoim ou alimentos com alto teor de proteína.

  6. 4º. Potencial redox - Os fungos são energicamente aeróbicos. Condições de atmosfera reduzida de oxigênio retardam o crescimento de fungos e podem chegar a inibir completamente o seu desenvolvimento. • 5º. Temperatura - A temperatura ótima para o crescimento do fungo é a mesma para a produção máxima de sua toxina. Em geral, a temperatura ótima é de 20 a 30ºC, podendo-se considerar a temperatura mínima de 3 a 7ºC. Se durante o armazenamento de produtos agrícolas, a temperatura for baixa, os fungos psicrófilos (que se desenvolvem à baixas temperaturas) poderão crescer, e com isso elevar a temperatura em determinados pontos, oferecendo condições propícias para uma contaminação secundária. • 6º. Interação microbiana - fungos toxigênicos raramente ocorrem sós em alimentos naturais; eles coexistem com outros fungos e algumas leveduras e bactérias.

  7. Tipos de micotoxinas • Aflatoxinas: São as micotoxinas mais estudadas, devido a sua ação hepatocarcinogenica e altamente toxigenica. • Primeiro Isolamento: Foi a partir do Aspergillus flavus em 1961 por Sargeant et. al. • Fungos Produtores de Aflatoxinas Inicialmente, o Aspergillus flavus foi o único fungo responsabilizado pela produção de aflatoxina. Posteriormente, com o avanço das pesquisas voltadas para compostos que contaminam os alimentos, descobriu-se que outros microorganismos também produzem tais compostos, dentre os quais: temos Aspergillus parasiticus, Aspergillus niger, Aspergillus oryzae, Aspergillus citrinum, Aspergillus effusus, Aspergillus ruber, Aspergillus ochraceus, Aspergillus wentii, Aspergillusostianum, Aspergillus fumigatus e Aspergillus frenesii. Do gênero Penicillium, temos o Penicillium puberulum, Penicilliumcitrinum, Penicillium variable e Penicillium frequentans. E ainda Rhizopus sp. O Aspergillus parasiticus, que predomina nos países tropicais, é considerado um dos mais ativos produtores, produzindo principalmente as aflatoxinas B1, B2, G1 e G2, enquanto o Aspergillus flavus produz B1 e G1.

  8. Alimentos susceptíveis • As aflatoxinas são as que possuem efeitos mais abrangentes afetando, amendoim, milho armazenado, canjica gritz, quireras e resíduos, semente de algodão, centeio, sorgo, trigo, cevada, nozes, ervilha, semente de girassol, sementes oleaginosas, aveia, arroz, painço, castanha do Pará, pistache, avelãs, soja, leite e produtos lácteos, ovos, produtos cárneos curados, algumas frutas secas e chás. Em quantidades diminutas foram encontradas no fígado de ovinos, suínos e de aves de corte. Animais susceptíveis • A susceptibilidade dos animais à aflatoxina pode ser classificada em três níveis, a saber: a) Muito susceptíveis: (DL menor que 1mg/kg peso vivo) trutas, marrequinhos, cobaias, coelhos, cães, gatos e peruzinhos. b) Susceptíveis: (DL até 10 mg/kg) porcos, bezerros, pintinhos, frangos, codornas, faisões, vacas, marta, ratos e macacos. c) Pouco susceptíveis: carneiros e camundongos

  9. Sintomas • O efeito da Aflatoxina é acumulativo e depende da dose e frequencia da ingestão da mesma. • Efeitos no homem: Imunossupressão, síndrome de Reye (torna mais susceptível à hepatite B), câncer primário no fígado, hemorragias e morte. • Efeitos específicos em espécies animais: -Perus e marrecos: Fígado aumentado com zonas de necrose periportal, hemorragia e persistência da gordura, proliferação dos dutos biliares, hepatomas, hemorragia, anorexia, fraqueza das pernas, das asas. Morte -Frangos e poedeiras: Redução do crescimento e da eficiência dos antibióticos. Fígado e rins descoloridos, pigmentados, e um pouco aumentados, fibrose, acumulação de gordura. Hemorragia, anorexia, fraqueza das pernas, das asas. Diminuição da produção de ovos, gema pálida, ovos menores, casca frágil, pontos pretos etc. Desenvolvimento menor dos embriões. Redução do ganho de peso -Suínos: Necrose centrilobular, fibrose. Proliferação dos dutos biliares. Problemas nos rins. Hemorragias. Ataxia. Menor peso das crias e menor taxa de sobrevivência. Perda de peso. Morte -Bovinos: Necrose centrilobular. Fibrose. Infecção no miocárdio. Síndrome nervosa. Infertilidade. Diminuição da gordura do leite. Redução do consumo de ração. Ataxia. -Eqüinos: Dano ao fígado. Anorexia. Hemorragia. Convulsões. Morte. -Coelhos: Dano ao fígado e rins. Hemorragia. Morte. -Peixes: Dano ao fígado e rins. Pouco desenvolvimento. Morte.

  10. Características químicas • Aflatoxina B1 Fórmula Química: C17H12O6; Peso Molecular: 312,2782 g/mol; Nome: 2,3,6a,9a-tetrahidro-4-met-oxiciclopental [c]furo [3’,2’:4,5]furo [2,3h][1] benzopirano1,11-dion; Propriedade Física: Estado cristalino; Ponto de Fusão: 168 – 269ºC; Fluorescência: azul; Índice de refração: []D – 558º na presença de clorofórmio; DL50: 0,364 mg/Kg - Dose oral por dia em pato adulto (peso vivo); Primeira Identificação: Carnaghan et. al. em 1963.

  11. Aflatoxina B2 Fórmula Química: C17H14O6; Peso Molecular: 314,294 g/mol; Nome: 2,3,6a,8,9,9a-Hexahidro-4metoxiciclopental[c]furo[3’,2’:4,5]furo[2,3-h] [1]benzopirano1,11-dion; Propriedade Física: Estado cristalino; Ponto de Fusão: 286 – 289ºC; Fluorescência: azul; Índice de refração: []D – 492º na presença de clorofórmio; DL50: 1,696 mg/Kg - Dose oral por dia em pato adulto (peso vivo); Primeira Identificação: Hartley et. al. em 1963.

  12. Aflatoxina G1 Fórmula Química: C17H12O7; Peso Molecular: 328,2776 g/mol; Nome: 3,4,7a,10a-Tetrahidro-5-metoxi-1H, 12H -furo[3’,2’:4,5]furo[2,3-h] pirano [3,4–c] [1]benzopirano1,12-dion; Propriedade Física: Estado cristalino; Ponto de Fusão: 244 – 246ºC; Fluorescência: verde; Índice de refração: []D – 556º na presença de clorofórmio; DL50: 0,784 mg/Kg - Dose oral por dia em pato adulto (peso vivo); Primeira Identificação: Weinreb Buchi em 1971.

  13. Aflatoxina G2 Fórmula Química: C17H14O7; Peso Molecular: 330,2934 g/mol; Nome: 3,4,7a,9,10,10a-Hexahidro-5-metoxi-1H, 12H -furo[3’,2’:4,5]furo[2,3-h] pirano [3,4–c] [1]benzopirano1,12-dion; Propriedade Física: Estado cristalino; Ponto de Fusão: 237 – 240ºC; Fluorescência: verde-azul; Índice de refração: []D – 473º na presença de clorofórmio; DL50: 3,45 mg/Kg - Dose oral por dia em pato adulto (peso vivo); Primeira Identificação: Weinreb Buchi em 1971.

  14. Aflatoxina M1 Fórmula Química: C17H12O7; Peso Molecular: 328,2776 g/mol; Nome: 2,3,6a,9a-Tetrahidro-9a-hidroxi-4-metoxiciclopental[c]furo[3’,2’:4,5]furo[2,3-h] [1]benzopirano-1,11-dion. 4-hidroxiaflatoxina B1; Propriedade Física: Estado cristalino, na presença de metanol; Ponto de Fusão: 299ºC; Fluorescência: azul-violeta; Índice de refração: []D – 280º na presença de dimetilformamida; DL50: 0,302 mg/Kg - Dose oral por dia em patinho (peso vivo); Primeira Identificação: Carnaghan et. al. em 1963.

  15. Aflatoxina M2 Fórmula Química: C17H14O7; Peso Molecular: 330,2934 g/mol; Nome: 2,3,6a,8,9,9a-Hexahidro-9a-hidroxi-4-metoxiciclopental c]furo 3’,2’:4,5] furo[2,3-h] [1]benzopirano-1,11-dion. 4-hidroxiaflatoxina B2; Propriedade Física: Estado cristalino na presença de metanol-clorofórmio; Ponto de Fusão: 293ºC; Fluorescência: violeta; Índice de refração: []D – 280º na presença de dimetilformamida; DL50: 1,228 mg/Kg - Dose oral por dia em patinho (peso vivo); Primeira Identificação: Carnaghan et. al. em 1963.

  16. O amendoim e a Aflatoxina • A ocorrência das aflatoxinas é maior no amendoim porque é o produto preferido pelo fungo e, também, porque muitas vezes há demora e chuvas no período de secagem após o arranquio. Entretanto, sua maior incidência se dá quando o amendoim é batido, ensacado e armazenado com umidade elevada e quando reumedece depois de estar seco.

  17. Ácido Fusárico • O ácido fusárico é considerado o metabólito secundário tóxico mais importante produzido pelo fungo Fusarium oxysporum (Marasas et. al., 1984). O baixo peso molecular apresentado por esta micotoxina, favorece o deslocamento da mesma, através da corrente de transpiração da planta, chegando às folhas do hospedeiro, onde atuam rompendo a permeabilidade das membranas celulares e a capacidade destas em controlar a perda de água pela transpiração (Davis, 1969; Ouchi et al. 1989; Marley e Hillocks, 1993). • Primeiro isolamento:Este ácido foi primeiramente isolado por Yabuta e colaboradores em 1934 no Japão, como sendo um produto metabólico do Fusarium heterosporum Ness que infectava plantas, e que foi posteriormente identificado como Fusarium moniliforme Sheld. • Fungos produtores: Os fungos produtores de ácidofusárico foram divididos em 3 classes, em função dos níveis de síntese desta toxina: baixos produtores 1 a 100 g/g; produtores moderados de 100 a 500 g/g; e altos produtores, acima de 500 g/g de peso seco do grão de onde foram isolados.

  18. Ácido fusárico • Fungos produtores:Os fungos produtores de ácidofusárico foramdivididos em 3 classes, em função dos níveis de síntese desta toxina: baixos produtores 1 a 100 g/g; produtores moderados de 100 a 500 g/g; e altos produtores, acima de 500 g/g de peso seco do grão de onde foram isolados. • registrou-se a produção de ácido fusárico por 78 estirpes de Fusarium moniliforme, F. crookwellense, F. subglutinans, F. sambucinum,Fusarium nygamai. Fusarium semifectum, Cephalosporium spp, Fusarium nygamai. Alimentos susceptíveis Este fungo ocorre como saprófita ou parasita não específico em gramíneas, incluindo milho, arroz, trigo, sorgo e cevada.

  19. Ácido Fusárico Fórmula Química: C10H13N02; Peso Molecular: 179,22 g/mol; Nome: Ácido 5-butil-2-pindinecarboxilico ou Ácido 5-butilpicolinico; Propriedade Física: Estado cristalino; Ponto de Fusão: 96 - 98ºC; Emite fluorescência azul-violeta; Índice de refração: []D – 280º (solvente dimetilformamida); DL50: 230 mg/Kg - Dose oral por dia em rato (peso vivo). Características químicas

  20. Ácido Penicílico • O ácido penicílico foi isolado a partir de milho infectado com Penicillium puberulum em 1913. Atualmente, sabe-se que o mesmo também É produzido por outros membros do genero Penicillium e Aspergillus sendo uma toxina tremorgênica tendo como principais sintomas envenamento, os tremores e as convulsões. • Primeiro isolamento: Foi isolado de milho infectado com Penicillium puberulum por Alsberg e Black em 1913 pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos da América. • Fungos produtores: Aspergillus melleus, Aspergillus ochraceus, Penicillium puberulum, Penicillium cyclopium, Penicillium thomii, Penicillium suaviolens, Penicillium boarnense, Penicillium olivino-viriall, Penicillium mortersii, Penicillium fenelliae, Penicillium pulitans, entre outros

  21. Ácido Penicílico • Alimentos susceptíveis: Trigo, farinha, pão,farinha de milho, milho, milho pipoca, feijão, soja, sorgo, cevada, tortas de carne, pó de cacau, queijo, salame, lingüiça, maturados, presunto, curados, carne mofada, doces refrigerados e congelados, alimentos mofados de supermercados e alimentos estocados em casa refrigerados ou não. • Animais sensiveis: Animais em geral, principalmente os que se alimentam de ração de milho e afins, e os homens. • Sintomas: Carcinogênico, citotóxico, hepatotóxico, dilata coronárias e artérias pulmonares acarretando tremores, convulsões, Síndrome de Slobber, salivação excessiva. Porém é considerado um potente agente antimicrobiano.

  22. Ácido penicílico Fórmula Química: C8H1004; Peso Molecular: 170,16 g/mol; Nome: Ácido 3-metoxi-5-metil-4-oxi-2,5-hexadienoico; Propriedade Física: Cristal rômbico, triclínico ou monoclínico, em água (monohidratado); Ponto de Fusão: 83-84ºC; Emite fluorescência: transparente; Índice de refração: uv máxima 200 nm; Solubilidade: Reação ácida torna vermelho congo em azul, moderadamente solúvel em água fria, solúvel em água quente, álcool, éter, benzeno, clorofórmio. DL50: 100 mg/ Kg para ratos Caracteristicas químicas

  23. Alcalóides de Ergot • A primeira menção sobre alcalóides de ergot é datada de 600 a.C., referindo-se a uma perigosa excrescência encontrada em espigas. Em 400 a.C. alguns registros referem-se a uma grama mortífera que causava aborto. Foi observado que a epidemia de ergotismo ocorria após períodos de fome, onde as pessoas, presumivelmente, consumiam colheitas recentes de grãos contaminados contendo escleródios tóxicos de ergot produzidos em primaveras úmidas e verões quentes com chuvas. O ergotismo, causado por alcalóides altamente tóxicos do “ergot” produzidos pelo gênero Claviceps spp, foi o causador de grandes epidemias durante a Idade Média na Europa e Ocidente, associada ao uso de centeio na produção de pão.

  24. Alcalóides de Ergot • Primeiro isolamento: Em 1943, A. Stoll e A. Hoffmann (Jornal da Sociedade Química) isolaram os alcalóides de ergot, a partir de sclerotia seca do fungo Claviceps purpura (Fries) Tul., isolado de plantas de centeio. • Fungos produtores: Claviceps spp, Claviceps purpura, Claviceps paspali. • Alimentos susceptíveis: Pastagens e gramíneas em geral, centeio, trigo, azevem, milho, aveias, e outros cereais, pão de centeio e derivados afins. • Animais sensiveis: Bovinos, e animais de pastagem e os homens. • Sintomas: Afeta o sistema nervoso central (vomito, diarréia, ataxia, tremores e convulsões, gangrena e morte) provocando também constrição das arteríolas ou esclerotia e a lesões do endotélio capilar, levando à necrose gangrenosa das extremidades. Nos bovinos os sintomas que provoca consistem em sintomatologia nervosa, sendo a hipersensibilidade aos ruídos e aos movimentos a característica dominante.

  25. Ergotamina Fórmula Química: C33H35N5O5; Peso Molecular: 581,65 g/mol; Nome: 12’Hidroxi-2’-metil-5’-(fenilmetil) ergotaman-3’, 6’,18-trione; Ponto de Fusão: 203ºC; Índice de refração: []25D – 125º a 155º em clorofórmio; DL50: 62,80 mg/ Kg de peso vivo de rato. Caracteristicas químicas

  26. Ergocristina Fórmula Química: C35H39N5O5; Peso Molecular: 609,74 g/mol; Nome: 12’Hidroxi-2’-(1-metiletil)-5’-(fenilmetil) ergotaman-3’, 6’,18-trione; Ponto de Fusão: 155 a 157ºC; Índice de refração: []25D – 183º em clorofórmio DL50: 62,80 mg/ Kg de peso vivo de rato.

  27. Ergonovina Fórmula Química: C19H23N3O2 Peso Molecular: 325,39 g/mol. Nome: 9,10-Dihidro-N-(2-hidroxi-1-metiletil)-6-metilergolina-8-carboxamida. Ponto de Fusão: 162ºC Índice de refração: []25D + 90º – 16º em piridina. DL50: 8,26 mg/ Kg de peso vivo de rato. É o principal alcalóide de ergot.

  28. Ergosina Forma molecular: C30H37N5O5 Peso Molecular: 547,64 g/mol. Nome: 12’Hidroxi-2’-metil-5’-(metilpropil) ergotaman-3’, 6’,18-trione Ponto de Fusão: 228ºC Índice de refração: []25D – 161º em clorofórmio. DL50: 8,26 mg/ Kg de peso vivo de rato.

  29. Ergocornina Forma molecular: C31H39N5O5 Peso Molecular: 561,66 g/mol. Nome: 12’Hidroxi-2’-5’-di(1-metiletil) ergotaman-3’, 6’,18-trione Ponto de Fusão: 181ºC Índice de refração: []20D– 110º em piridina e – 175º em clorofórmio. DL50: 1,17mg/Kg de peso vivo de rato.

  30. CITRININA • Esta toxina afeta o sistema renal no homem, promovendo alterações ao nível da membrana mitocondrial. Paralelamente, a citrinina apresenta propriedades antifúngicas, inibindo também o crescimento de leveduras, tais como Saccharomyces cerevisae. • Foi demonstrado que a Ocratoxina A e Ctrinina, interferem no metabolismo do ferro (Fe) no organismo. Na natureza estas duas toxinas poderiam afetar a absorção deste elemento de outros microorganismos competidores. A possibilidade de estas toxinas interferirem na absorção do ferro poderia causar nefropatia. A concentração de fosfato e o pH são fatores determinantes na produção de citrinina. Primeiro Isolamento: Isolado por Hethrington em Londres em 1931.

  31. Citrinina • Fungos produtores:Aspergillusniveus, Penicillium citrinum, Penicillium canascens, Penicillium citreaviride, Penicillium fallatanum, Penicillium implicatum, Penicillium jenseni, Penicillium velutinem, Penicillium viridicatum, Penicillium steckii e Monascus ruber. • Alimentos susceptíveis: Tem sido encontrada como contaminante natural em trigo, centeio, milho, cevada e aveia. Foi parte do problema do arroz amarelo no Japão de pós-guerra. • Animais sensíveis: Mamíferos, tais como homens, suínos e cães, e nas aves.

  32. Citrinina • Sintomas: Os principais sintomas provocados pela ingestão desta toxina são em mamíferos, nefrotoxicose com polidipsia e poliúria, e um ligeiro dano hepático, em forma de infiltração gordurosa A ação tóxica sobre os rins consiste em glomerulonefrete, deformação e aumento dos túbulos renais. Em aves, hipertrofia renal, aumento no consumo de água, fezes aquosas.

  33. Citrinina Fórmula Química: C13H14O5. Peso Molecular: 250,24 g/mol. Nome: Ácido 4,6-dihidro-8-hidroxi-3, 4,5-trimetil-6-oxi-3H-2-benzopirano-7-carboxílico. Ponto de Fusão: 175º C Emite fluorescência: amarelo-limão em álcool DL50: 33 a 67 mg/Kg para ratos adultos Caracteristicas químicas

  34. ESTERIGMATOCISTINA • É uma micotoxina caracterizada pelo sistema de anel dehidrofenobenzofurano acoplado a uma xantona. Sendo um composto intermediário, juntamente os seus derivados o-metil da síntese das aflatoxina. • Fungos Produtores: Os fungos produtores de esterigmatocistina são dentre outros, Aspergillus rugulosus,Aspergillus versicolor, Aspergillus nidulans, Chaetomium thielariodeum, Chaetomium udagawae, Aspergillus chevaler, Aspergillus ruber e Aspergillus amstelodami. • Alimentos susceptíveis: Desenvolve-se bem em milho e arroz de quatro a sete dias à temperatura de 26ºC com uma umidade de 14%. Em pães e bolos cresce à temperatura de 20ºC após 10 dias de incubação. E ainda café, nozes, amendoim, pecã, queijo, feijão, soja, sorgo, trigo, cevada e outros cereais, farinha, pão, farinha de milho, milho pipoca, salame, lingüiça, maturados, presuntos curados, carne mofada, doces refrigerados e congelados.

  35. Esterigmatocistina • Animais sensíveis: As espécies animais mais suscetíveis são os ratos, patinhos e camundongos, e os mamíferos em geral. • Sintomas: É uma toxina com efeitos assemelhados ao da aflatoxina B-1, afetando a proliferação dos ductos biliares, pleomorfismo nuclear, necrose renal, hemorragia e necrose hepática. É considerada hepatocarcinogênica. Os principias sintomas provocados pela ingestão desta toxina são em mamíferos, efeitos carcinogênicos, alterações degenerativas do fígado, rins e coração, necrose tubular. Em aves, necrose renal, má formação, mortalidade e diminuição do embrião, necrose hepática. Inibe a incorporação de timidina, indicando uma inibição da síntese do DNA.

  36. Esterigmatocistina Fórmula Química: C18H12O5 Peso Molecular: 308,29 g/mol Nome: 8-hidroxi-6metil-3a, 12c – dihidro-furo [3’,2’,4,5] furo[2,3c]xante-7ona Propriedade Física: cristal DL50: 166 mg/Kg em ratos Características químicas

  37. FUMONISINAS • A ocorrência das fumonisinas em alimentos principalmente em milho tem sido relacionada às doenças muitas delas fatais em animais. A toxidez mais dramática ocorre em cavalos e outros eqüinos, causando a LEM (leuco-encefalomalácia), que se caracteriza pela formação de cavitações na substância branca do cérebro acompanhada de amolecimento da mesma, resultando em morte. Além de edema pulmonar em suínos e câncer hepático em ratos. Em humanos, as fumonisinas têm causado câncer de esôfago e fígado. Esta toxina é produzida pelas cepas de Fusarium moliniforme, organismo constantemente associado aos grãos de milho. É consenso que as fumonisinas mais tóxicas são as denominadas B1, B2 e B3, produzidas por Fusarium moniliforme Sheldon, Fusarium proliferatum (Matsushima) Nuremberg e Fusarium subglutinans. As outras fumonisinas diferem entre si pela ausência de um dos grupos de hidroxila livres na posição C-5 ou C-10. Suspeita-se que FA1 e FA2 não sejam toxinas naturais, mas que surjam no processo de extração e purificação. A estrutura das fumonisinas é muito similar a da fitotoxina AAL, patotoxina produzida por Alternaria alternata f. sp. Lycopersici, que incita o cancro da haste em tomateiros suscetíveis.

  38. Fumonisinas • Fungos Produtores: Fusarium moniliforme, Fusarium proliferatum,Fusarium nygamai,Fusarium proliferatum, Fusarium anthophilium,Fusarium nygamai,Fusarium dlamini, Fusarium naviforme. Porém os produtores das fumonisinas mais tóxicas são: Fusarium moniliforme Sheldon, Fusarium proliferatum (Matsushima) Nuremberg e Fusarium subglutinans. • Alimentos susceptíveis:Milho e seus derivados, milheto e sorgo dentre outros. • Animais sensíveis: Cavalos, bois, coelhos, e animais em geral que se alimentam com milho ou ração feita do milho, e suínos, além dos homens. • Sintomas: Nos cavalos, bois e coelhos provoca leuco-encefalomalácia: amolecimento e cavitações (buracos) na substância branca do cérebro, resultando em morte. Em suínos, provoca inchaço nos pulmões: "edema pulmonar dos suínos".

  39. Fumonisina B1 Fórmula Química: C34H59NO15 Peso Molecular: 721,84 g/mol Nome: 2-amino-12,16-dimetil–3,510-tri-hidroxi-14,15 propano-1,2,3 tricarboxiicosano DL50: 1,25 mg/ Kg Características químicas

  40. Ocratoxina Estes fungos se desenvolvem no trigo armazenado com umidade superior a 16% e também em pescado fermentado. Esta toxina é um metabólito do Aspergillus ochraceus, Penicillium viridicatum, P. verrucosum. As ocratoxinas são classificadas em 3 categorias: A, B e C. A ocratoxina A é a mais tóxica. Sendo uma importante neurotoxina. Esta toxina em sua ção contaminadora passa para o sangue tanto em animais e humanos, acumulando-se em diversos órgãos (rim, cérebro, e cerebelo). A ocratoxina A, produz uma inibição também na síntese de proteína e DNA. Esta toxina tem sido usada no controle do crescimento bacteriano de E. coli, Streptococcus agalactiae, staphylococcus aureus, Yersinia enterocolitica, Salmonella infantis, Lactobacillus plantarum e L. casei.

  41. Ocratoxina • Primeiro Isolamento: Isolado em 1965 na África do Sul a partir de cepas de Aspergillus ochraceus. • Fungos produtores: Aspergillus ochraceus, Aspergillus alutaceus, Aspergillus alliaceuse e Penicillium viridicatum. • Alimentos susceptíveis: Cereais e outros alimentos, como feijão, soja, sorgo, trigo, café, cevada, cacau, frutas secas e derivados de origem animal como ovos, leite, derivados de trigo: farinha, pão, derivados de milho e milho, amendoim, pecã, tortas de carne, pó de cacau, queijo, salame, lingüiça, maturada, presunto, curados, carne mofada, pimenta do reino, pimenta vermelha, doce refrigerados e congelados alimentos estocados em casa refrigerados ou não.

  42. Ocratoxina • Animais sensíveis: mamíferos e aves em geral. • Sintomas: o principal orgão atacado é o rim (nefropatia), podendo ainda atacar o fígado e o intestino delgado. Dentre outros efeitos tóxicos temos, os teratogenicos, imunotóxicos, genotóxicos, mutagenicos, carcinogenicos, produzindo ainda hemorragias e enterites.

  43. Ocratoxina A Fórmula Química: C20H18ClNO6 Peso Molecular: 403,818 g/mol Nome: N((5-cloro-3,4-dihidro-8-hidrox-3-metil-1-oxi-1H-2-benzopirano-7-yl) carbonil) fenilalanina. Propriedade Física: Cristal em xileno Ponto de Fusão: 169º Emite fluorescência: verde Índice de refração: []D – 118º (Clorofórmio) DL50: 20 a 22 mg/Kg em ratos Ocratoxina

  44. Ocratoxina B Fórmula Química: C20H19NO6 - não possui o cloro Peso Molecular: 369,3732 g/mol Nome: N(3,4-dihidro-8-hidrox-3-metil-1-oxi-1H-2-benzopirano-7-yl) (carbonil) fenilalanina. Propriedade Física: Cristal em metanol Ponto de Fusão: 221º Emite fluorescência: azul Índice de refração: []D – 35º em metanol DL50: não é tóxico Ocratoxina B

  45. Ocratoxina C Fórmula Química: C22H22 ClNO6 Peso Molecular: 431,8716 g/mol Nome: etil éster de ocratoxina A Propriedade Física: Cristal em etanol Ponto de Fusão: 169º Emite fluorescência: verde-azulada Índice de refração: []D – 118º (Clorofórmio) DL50: quase não apresenta toxicidade Ocratoxina C

  46. Patulina • É uma micotoxina com atividade carcinogênica, devido insaturação , , junto com a dupla ligação conjugada externa, ligada na posição 4 do anel da lactona. • Clavicina, claviformina ou expansina são outras denominações que recebe a patulina. Esta toxina é produzida principalmente pelos fungos Penicillium expansum, Aspergillus clavatus e Byssochlamys nívea. O Penicillium expansum, fungo parasita facultativo que ataca frutas previamente danificadas. Em suco de maçã foi detectado até 150000 g/ Kg em matéria deteriorada. • A patulina é encontrada com freqüência em frutas como maçã, pêra, cidra e em seus sucos. Registra-se também a ocorrência da toxina em pão embolorado e silagem. • A patulina é um agente mutagênico e possuindo efeitos tóxicos sobre o trato gastrointestinal e sistemas nervoso central e imunológico, em ratos. Assim como, inibe a proliferação de células fetais de pulmão em humanos.

  47. Patulina • Primeiro Isolamento: Foi isolado de Penicillium expansum por Birkinshaw et. al. em 1943. • Fungos Produtores: Aspergillus clavatus, Aspergillus claviforme, Aspergillus giganteus, Aspergillus terreus, Penicillium patulum, Penicillium roqueforti, Penicillium expansum, Penicillium variable, Penicillium claviforme, Penicillium lapidosum, Penicillium melinii, Penicillium rugolosum e Penicillium equinum, e Gymmoascus spp. • Alimentos susceptíveis: A patulina é comum em sucos de frutas, principalmente de maçãs, trigo, farinha, pão, farinha de milho, milho pipoca, amendoim, pecã, tortas de carne, pó de cacau, queijo, salame, lingüiça, maturados, presunto, curado, carne mofada, feijão, sorgo, soja, milho, cevada, doces refrigerados ou congelados, e plantas forrageiras e para silagem.

  48. Patulina Animais sensíveis: Os animais suscetíveis a esta toxina são bovinos, suínos, coelhos e ratos, e os homens. • Sintomas: Foi detectado carcinogenicidade por injeção subcutânea em ratos. Além disso, administração oral da patulina produz irritação estomacal, náuseas e vômitos Porém não há dado toxicológico ou epidemiológico publicado indicando se ingestões de patulina são nocivas ou não ao ser humano. • Os principais sintomas são ação carcinogênica causando edema, focos hemorrágicos, hipersensibilidade e paralisia dos membros posteriores. • Rações contendo patulina provocaram distúrbios no sistema nervoso bovinos.

  49. Características Químicas Fórmula Química: C7H6O4 Peso Molecular: 154,12 g/mol Nome: 4-hidroxi-4H-furo[3,2-c]pirano-2(6H)-on. Propriedade Física: prisma compacto em éter ou clorofórmio; Ponto de Fusão: 111ºC; Solubilidade: Solúvel em água e solventes orgânicos comuns, excepcionalmente em éter, muito solúvel em etil e acetato de amila; DL50: 5 mg/ Kg. Patulina

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