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Epidemiologia

Epidemiologia. Epidemiologia é uma ciência que utiliza métodos quantitativos para o estudo dos problemas de saúde. História da epidemiologia.

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Presentation Transcript


  1. Epidemiologia Epidemiologia é uma ciência que utiliza métodos quantitativos para o estudo dos problemas de saúde.

  2. História da epidemiologia • A epidemiologia originou-se das bservações de Hipócrates feitas há mais de 2000 anos de que fatores ambientais influenciam a ocorrência de doenças. Entretanto, foi somente no século XIX que a distribuição das doenças em grupos humanos específicos passou a ser medida em larga escala.

  3. História da Epidemiologia • A abordagem epidemiológica que compara os coeficientes (ou taxas) de doenças em subgrupos populacionais tornou-se uma prática comum no final do século XIX e início do século XX. A sua aplicação foi inicialmente feita visando o controle de doenças transmissíveis (ver Capítulo 7) e, posteriormente, no estudo das relações entre condições ou agentes ambientais e doenças específicas

  4. Na segunda metade do século XX, esses métodos foram aplicados para doenças crônicas não transmissíveis tais como doença cardíaca e câncer, sobretudo nos países industrializados.

  5. Primeiras observações epidemiológicas • John Snow identificou o local de moradia de cada pessoa que morreu por cólera em Londres entre 1848-49 e 1853-54 e notou uma evidente associação entre a origem da água utilizada para beber e as mortes ocorridas. A partir disso, Snow comparou o número de óbitos por cólera em áreas abastecidas por diferentes companhias e verificou que a taxa de mortes foi mais alta entre as pessoas que consumiam água fornecida pela companhia Southwark.

  6. A epidemiologia • A epidemiologia é uma ciência fundamental para a saúde pública. • A epidemiologia tem dado grande contribuição à melhoria da saúde das populações. • A epidemiologia é essencial no processo de identificação e mapeamento de doenças emergentes.

  7. Baseado nessa sua investigação, Snow construiu a teoria sobre a transmissão das doenças infecciosas em geral e sugeriu que a cólera era disseminada através da água contaminada. • Dessa forma, foi capaz de propor melhorias no suprimento de água, mesmo antes da descoberta do micro-organismo causador da cólera; além disso, sua pesquisa teve impacto direto sobre as políticas públicas de saúde.

  8. O trabalho de Snow relembra que medidas de saúde pública, tais como melhorias no abastecimento de água e saneamento, têm trazido enormes contribuições para a saúde das populações. Ficou ainda demonstrado que, desde 1850, estudos epidemiológicos têm identificado medidas apropriadas a serem adotadas em saúde pública

  9. Problema Epidemiológico • Em epidemiologia, o problema tem origem quando doenças acometem grupos humanos • É a necessidade de remover fatores ambientais contrários à saúde ou de criar condições que a promovam, que determina a problemática própria da epidemiologia.

  10. Alvo do estudo epidemiológico • O alvo de um estudo epidemiológico é sempre uma população humana, que pode ser definida em termos geográficos ou outro qualquer. • Por exemplo, um grupo específico de pacientes hospitalizados ou trabalhadores de uma indústria pode constituir uma unidade de estudo. • Em geral, a população utilizada em um estudo epidemiológico é aquela localizada em uma determinada área ou país em um certo momento do tempo.

  11. Epidemiologia clínica • A epidemiologia está, também, preocupada com a evolução e o desfecho (história natural) das doenças nos indivíduos e nos grupos populacionais. • A aplicação dos princípios e métodos epidemiológicos no manejo de problemas encontrados na prática médica com pacientes, levou ao desenvolvimento da epidemiologia clínica.

  12. Epidemiologia Tradicionalmente dividida: • Descritiva: estuda a freqüência e a distribuição dos parâmetros de saúde ou de fatores de risco das doenças nas populações. • Analítica: testa hipóteses de relações causais

  13. Estado de saúde das populações • A epidemiologia é frequentemente utilizada para descrever o estado de saúde de grupos populacionais. • O conhecimento da carga de doenças que subsiste na população é essencial para as autoridades em saúde.

  14. Conhecimento da carga das doenças • Esse conhecimento permite melhor utilização de recursos através da identificação de programas curativos e preventivos prioritários à população. Em algumas áreas especializadas, tais como na epidemiologia ocupacional e ambiental, a ênfase está no estudo de populações com exposições muito particulares.

  15. Estado de saúde da população

  16. Medir saúde e doença • Medir saúde e doença é fundamental para a prática da epidemiologia. • Diversas medidas são utilizadas para caracterizar a saúde das populações. • O estado de saúde da população não é totalmente medido em muitas partes do mundo, e essa falta de informações constitui um grande desafio para os epidemiologistas.

  17. Medidas de saúde • Existe dificuldade de medir saúde • Para avaliar o nível de saúde de uma população buscam-se os dados negativos (não-saúde): MORTE, DOENÇA E AGRAVOS

  18. Medindo a falta de saúde • “Saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a mera ausência de doença”. • O termo “doença” compreende todas as mudanças desfavoráveis em saúde, incluindo acidentes e doenças mentais. • Várias medidas da ocorrência de doenças são baseadas nos conceitos fundamentais de incidência e prevalência.

  19. Medindo a falta de saúde • Um importante fator a considerar no cálculo das medidas de ocorrência de doenças é o total de pessoas expostas, ou seja, indivíduos que podem vir a ter a doença. Idealmente, esse número deveria incluir somente pessoas que são potencialmente suscetíveis de adquirir a doença em estudo. • Por exemplo, os homens não deveriam ser incluídos no cálculo da ocorrência de câncer de colo uterino.

  20. População de risco no estudo de carcinoma de colo uterino

  21. População de risco • As pessoas susceptíveis a determinadas doenças são chamadas de população em risco e podem ser estudadas conforme fatores demográficos, geográficos e ambientais. • Por exemplo, acidentes de trabalho só ocorrem entre pessoas que estão trabalhando. Assim, a população em risco é constituída somente por trabalhadores.

  22. Risco e Fator de Risco • Devido ao seu caráter eminentemente observacional, a lógica de base da moderna epidemiologia estrutura-se em torno de um conceito fundamental – RISCO - e de um conceito correlato – FATOR DE RISCO. • De modo simplificado podemos dizer que o objeto da epidemiologia é “o risco e seus determinantes”. .

  23. Risco • É o conceito epidemiológico do conceito matemático de probabilidade. • É a probabilidade de ocorrência de uma doença, agravo, óbito ou condição relacionada à saúde (incluindo cura, recuperação ou melhora), em uma população ou grupo, durante um período determinado.

  24. Risco • É estimado sob a forma de uma proporção (razão entre duas grandezas, na qual o numerador se encontra necessariamente contido no denominador). • A definição epidemiológica de risco compõe-se obrigatoriamente de três elementos: • ocorrência de casos de óbito-doença-saúde (numerador) • base de referência populacional (denominador) • base de referência temporal (período)

  25. Fator de risco • Pode ser definido como o atributo de um grupo da população que apresenta maior incidência de uma doença ou agravo à saúde em comparação com outros grupos definidos pela ausência ou menor exposição a tal característica.

  26. Fator e marcador de risco • Fator de risco – cujo efeito pode ser prevenido (sedentarismo, obesidade, fumo, colesterol sérico, contraceptivos orais para a doença coronariana) • Marcadores de risco – atributos inevitáveis, já dados, cujo efeito encontra-se, portanto, fora da possibilidade de controle (sexo e grupo étnico para d.coronariana).

  27. Fontes de informação • Sistemáticas: censos demográficos sistemas de informação em saúde registros de doenças, policiais, etc. • Assistemáticas: Levantamentos especiais (população total ou amostra) • dados primários e dados secundários

  28. Medidas de Freqüência de Doenças • Incidência • freqüência de casos novos de uma doença ou problema de saúde • São obtidas nos estudos que envolvem seguimento. • Medem a freqüência com que as pessoas adoecem independentemente do tempo que ficam doentes - oriundos de uma população sob risco de adoecimento, • ao longo de um determinado período de tempo • necessário que cada indivíduo seja observado em no mínimo duas ocasiões • t0 (“sadio”)-------------------------------------------------------------------------------------------------------- t (caso novo)

  29. Medidas de Freqüência de Doenças Incidência -medida dinâmica mudanças no estado de saúde velocidade de agregação de casos novos - Risco Número absoluto de casos incidentes (I) Medidas de Incidência expressas como freqüências relativas Taxa de Incidência (TI) ou Densidade de Incidência

  30. Taxa de ataque ou incidência • O termo “taxa de ataque” é freqüentemente utilizado, ao invés de incidência, durante uma epidemia de doença em uma população bem definida em um curto período de tempo. • A taxa de ataque pode ser calculada como o número de pessoas afetadas dividido pelo número de pessoas expostas.

  31. Exemplo de taxa de ataque • Por exemplo, no caso de uma epidemia por intoxicação alimentar, a taxa de ataque é calculada para cada tipo de alimento ingerido e, então, essas taxas são comparadas para se identificar a fonte de infecção.

  32. Conceito de taxa • Uma taxa é calculada dividindo-se o número de casos pelo número de pessoas em risco e é expressa como casos por 10n pessoas.

  33. Cálculo de Freqüência de Doenças  Cálculo depende do tipo de população: • População fechada • População aberta População fechada: nenhum membro novo é incorporado após iniciado o período de seguimento e integrantes saem somente devido ao evento (ex. morte)tamanho (N) diminui sistematicamente ao longo do tempo; População aberta: novos membros são adicionados no tempo (ex. imigração) e há perdas de seguimento (ex. emigração) 

  34. Prevalência • É uma medida de frequência das doenças (ou outras características em um momento determinado) casos “antigos” + casos novos • Descreve a força com que subsistem as doenças nas coletividades • Descreve a proporção da população afetada por uma doença em um momento determinado nº de indivíduos doentes (novos+antigos) em t P = --------------------------------------------------------------- nº total de indivíduos da população em t  Pontual ou Instantânea  De período  De toda a vida

  35. Prevalência • É uma proporção e como tal não tem dimensões • valores entre 0 e 1 ou 0 e 100 (percentagem) • é uma medida valiosa para o administrador sanitário na sua ação de planejar em função do número de doentes/óbitos na comunidade

  36. Doentes que imigram Doentes novos Prevalência Número de casos Óbitos Doentes que emigram Curas

  37. Medidas de Freqüência de Doenças • Prevalência • Fatores que podem aumentar a prevalência • Maior duração da doença; • Aumento da incidência (I); • Aumento da sobrevida, sem cura; • Imigração de casos ou emigração de pessoas sadias; • Melhoria dos recursos diagnósticos; • Melhoria do sistema de informação.

  38. Medidas de Freqüência de Doenças • Prevalência • Fatores que podem diminuir a prevalência • Menor duração da doença; • Diminuição da incidência (I); • Maior letalidade; • Imigração de pessoas sadias ou emigração de casos; • Aumento da taxa de cura.

  39. Prevalência e Incidência • A medida da prevalência e da incidência envolve, basicamente, a contagem de casos em uma população em risco • A simples quantificação do número de casos de uma doença, sem fazer referência à população em risco, pode ser utilizada para dar uma idéia da magnitude do problema de saúde ou da sua tendência, em curto prazo, em uma população como, por exemplo, durante uma epidemia

  40. Letalidade • A letalidade mede a severidade de uma doença e é definida como a proporção de mortes dentre aqueles doentes por uma causa específica em um certo período de tempo.

  41. Papel da epidemiologia • A epidemiologia se desenvolveu a partir do estudo dos surtos de doenças transmissíveis e da interação entre agentes, vetores e reservatórios. • A descrição das circunstâncias associadas ao aparecimento de epidemias nas populações humanas – guerra, migração, fome e desastres naturais –, tem aumentado a capacidade de controlar a dispersão das doenças transmissíveis através da vigilância, prevenção, quarentena e tratamento.

  42. Carga global das doenças transmissíveis • As doenças transmissíveis são responsáveis por 14,2 milhões de óbitos a cada ano (Figura 7.1). Outros 3,3 milhões de óbitos são atribuídos às condições maternas e perinatais e deficiências nutricionais. Ao todo, elas são responsáveis por 30% dos óbitos em todo o mundo e por 39% da carga global de incapacidade.

  43. Carga global de doenças transmissíveis • Seis causas são responsáveis por cerca de metade das mortes prematuras, principalmente entre crianças e adultos jovens, e correspondem a cerca de 80% dos óbitos por doenças infecciosas: • • Infecção respiratória aguda (3,76 milhões) • • HIV/AIDS (2,8 milhões) • • Doenças diarreicas (1,7 milhão) • • Tuberculose (1,6 milhão) • • Malária (1 milhão) • • Sarampo (0,8 milhão)

  44. A maioria dessas mortes ocorre em países em desenvolvimento. • Projeções da OMS sugerem que – devido à melhor prevenção – o total de mortes decorrente dessas causas cairá cerca de 3% nos próximos 10 anos

  45. Epidemia • Epidemia é definida como a ocorrência em uma região ou comunidade de um número de casos em excesso, em relação ao que normalmente seria esperado. • Ao descrever uma epidemia, deve ser especificado o período, a região geográfica e outras particularidades da população em que os casos ocorreram.

  46. Epidemia • Um pequeno número de bactérias, vírus e parasitas causa a maioria das epidemias, e um conhecimento mais aprofundado da sua biologia tem melhorado as medidas preventivas específicas.

  47. Endemias • As doenças transmissíveis são chamadas de endêmicas quando em uma área geográfica ou grupo populacional apresenta um padrão de ocorrência relativamente estável com elevada incidência ou prevalência. • Doenças endêmicas como a malária estão entre os principais problemas de saúde em países tropicais de baixa renda. Se ocorrerem mudanças nas condições do hospedeiro, do agente ou do ambiente, uma doença endêmica poderá se tornar epidêmica. • Por exemplo, na Europa, durante a Primeira Guerra Mundial ocorreu retrocesso no controle da varíola

  48. Epidemia que se tornou endemia • A epidemia do HIV é um exemplo de doença infecciosa que se tornou endêmica em muitas áreas, enquanto em outras ainda ocorrem epidemias em populações que não tinham sido previamente expostas.

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