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TRAUMATOLOGIA FORENSE. A Traumatologia Forense estuda os aspectos mdico-jurdicos das leses causadas pelos agentes lesivosTrauma o resultado da ao vulnerante que possui energia capaz de produzir a leso. AGENTES MECNICOS. So agentes que atuam pela energia mecnicaEssa energia modifica
E N D
1. TRAUMATOLOGIA FORENSE OFENSAS INTEGRIDADE FSICA OU SADE PRODUZIDAS POR AGENTES:
MECNICOS
FSICOS
QUMICOS
BIODINMICOS
Norma Bonaccorso, M.Sc.
2. TRAUMATOLOGIA FORENSE
A Traumatologia Forense estuda os aspectos mdico-jurdicos das leses causadas pelos agentes lesivos
Trauma o resultado da ao vulnerante que possui energia capaz de produzir a leso
3. AGENTES MECNICOS
So agentes que atuam pela energia mecnica
Essa energia modifica o estado inercial (repouso ou movimento) de um corpo em agente agressor e produzindo leses em todo ou em parte do outro corpo
4. AGENTES MECNICOS Ao/atuao: agem por contato e diretamente sobre a superfcie atingida, atuando por:
Somente Presso
Presso e Deslizamento
Choque, acompanhado ou no de deslizamento
Da os trs tipos de leso simples:
Punctria ?
Incisa
Contusa ?
5. FORMAS DE AO
6. OUTRAS FORMAS DE AO
Quando estes modos de ao se associam, a leso passa a ser chamada de mista:
Prfurocortante (faca, canivete, espada, punhal, estilete, peixeira)
Cortocontundente (machado, guilhotina, enxada, faco, foice, dentes)
Prfurocontundente (projtil de arma de fogo, ponta de grade de ferro, ponteira de guarda-chuva)
Lcerocondundente (acidentes com trem ou automvel)
7. AGENTES PERFURANTES(feridas punctrias)
Instrumentos ou agentes finos, alongados, pontiagudos (punctrios) de dimetro transversal (seco) extremamente reduzido em relao ao seu comprimento, produzindo leses punctrias ou punctiformes
Atuam por presso sobre um determinado ponto e penetram a superfcie, geralmente afastando as fibras dos tecidos atingidos
Exemplos: prego, espinho, agulha, estilete, garfo, espeto (de churrasco), seta, florete, furador de gelo e outros
8. AGENTES PERFURANTES - CARACTERSTICAS Orifcio de entrada:
diminuto, circular ou fusiforme
de pouco sangramento externo
recoberto por uma crostcula sero-hemtica
mas a leso pode ocasionar importantes leses internas
perfuraes de rgos, vsceras ou hemorragias
seguem a elasticidade e contratilidade da pele (Leis de Filhs e Langer)
9. LEIS DE FILHS E LANGER As feridas punctrias ou puntiformes sofrem ao das linhas de trao da pele, podendo tomar a forma de botoeira, em ponta de seta e pode ter forma bizarra de acordo com a confluncia de linhas de trao
10. AGENTES PERFURANTES - CARACTERSTICAS Trajetria:
retilnea
predomina a profundidade (comprimento) sobre o dimetro
termina em fundo cego (fundo de saco leso penetrante
pode ser transfixante com orifcio de sada semelhante ao de entrada
11. AGENTES PERFURANTES
12. AGENTES PERFURANTES
13. QUESTES SOBRE AGENTES PERFURANTES Os instrumentos perfurantes produzem ferimentos de dimetro:
R. Menor que o do prprio instrumento.
O instrumento mais competente para provocar ferimento punctrio :
R. Uma agulha de tric. Ferimento punctrio aquele provocado por instrumento vulnerante que age por presso sobre um ponto. Tem como exemplo aquele produzido por agulha ao se aplicar uma injeo.
Um instrumento perfurante:
Atua sempre por presso sobre um ponto.
Ao se aplicar uma injeo, a agulha provoca um ferimento:
Punctrio.
Uma agulha ou um estilete so instrumentos chamados perfurantes, os quais produzem leses:
R. Punctrias.
14. QUESTES SOBRE AGENTES PERFURANTES O instrumento vulnerante que age por presso sobre um ponto, e penetrante, recebe o nome de instrumento: (questo formulada tambm no DP 2/90).
Perfurante.
Instrumento vulnerante que age por presso sobre um ponto provoca ferimento:
Punctrio.
Um ferimento punctrio, produzido por um objeto cilndrico de ponta cnica, tem a forma elptica. Tal fenmeno, que uma reao vital, obedece s leis de:
Langer e Filhs.
As leis de Langer e Filhs:
So responsveis pela deformao dos ferimentos punctrios.
As leis de Langer e Filhos se aplicam a leses produzidas por:
R. Instrumentos mecnicos.
15. QUESTES SOBRE AGENTES PERFURANTES Utilizando-se as leis de Langer e Filhos, o mdico-legista:
R: Pode fazer um confronto entre a forma de um ferimento punctrio e a do instrumento que a produziu.
Utilizando-se de um machado, o agente no conseguir produzir ferimento:
R. Punctrio.
Utilizando a lmina de um faco voc no poder produzir um ferimento: (questo formulada tambm no DP 2 e 4/90).
R. Punctrio.
16. AGENTES CORTANTES Atuam por presso e deslizamento (presso e deslocamento), com gume afiado, atingindo a superfcie em ngulos variados, produzindo feridas incisas ou ferimentos incisos
Exemplos: navalha, gilete, cutelo, bisturi, lminas metlicas afiladas, papel, guilhotina, estilhaos de vidros, capim-navalha e outros
17. AGENTES CORTANTES - CARACTERSTICAS
Regularidade e nitidez de suas margens e bordas
Hemorragia quase sempre abundante
Predomnio do comprimento sobre a profundidade
Afastamento das bordas da ferida (mais acentuada nas leses post-mortem)
18. AGENTE CORTANTE FERIDA INCISA
19. AGENTES CORTANTES: FERIDAS ESPECIAIS Na parte anterior do pescoo: esgorjamento
Na parte posterior do pescoo: seco quase total do pescoo denomina-se: degolamento
Quando h a separao total da cabea do restante do corpo denomina-se: decapitao
Eviscerao (haraquiri)
Leses de defesa
20. ESGORJAMENTO
21. DECAPITAO
22. EVISCERAO
23. QUESTES SOBRE AGENTES CORTANTES O instrumento vulnerante, que age por presso e por deslizamento sobre uma linha, classificado como: (questo formulada tambm no DP 4/89)
R. Cortante.
Ao exame de um cadver com um ferimento inciso oblquo, profundo, feito de trs para a frente e de cima para baixo na regio lateral direita do pescoo, pode-se concluir que:
R. O instrumento vulnerante atuou por presso e deslizamento sobre uma linha.
Atua por presso e deslizamento sobre uma linha o instrumento: (questo formulada no DP1/94 que foi anulado).
R. Cortante.
24. QUESTES SOBRE AGENTES CORTANTES A faca um instrumento cortante:
R. Apenas quando seu gume atua por deslizamento e presso sobre uma linha.
Num ferimento produzido por um instrumento cortante, a cauda da sada , habitualmente, a mais:
R. Rasa.
O esgorjamento produzido, usualmente, por instrumento:
R. Cortante.
25. QUESTES SOBRE AGENTES CORTANTES O seccionamento da parte anterior do pescoo por instrumento cortante recebe a denominao de:
R. Esgorjamento.
Ferimento cortante encontrado na parte posterior do pescoo denominado:
R. Degola.
Ferimento com bordas lineares, superfcies interno liso e fundo regular recebe o nome de ferimento:
R. Inciso.
26. QUESTES SOBRE AGENTES CORTANTES Em ferimentos incisos, a cauda de sada , geralmente: (questo formulada no DP 4 /90 e 1/91).
R. Mais alongada e superficial.
Num ferimento inciso, resultante de agresso por arma branca, aponta-se como extremidade, onde termina a ao do instrumento, a cauda:
R. Mais longa e mais afilada.
Geralmente a extenso maior que a profundidade nos ferimentos: (questo formulada tambm no DP 1/90 e 2/92).
R. Incisos.
27. QUESTES SOBRE AGENTES CORTANTES
Um faco com lmina pesada e ponta classificado como instrumento vulnerante:
R. De acordo com sua ao, no caso.
Em percia mdico-legal, um instrumento vulnerante identificado e classificado de acordo com:
R. Sua ao.
28. AGENTES CONTUNDENTES O choque de superfcies pode se dar de forma
ativa (quando o instrumento projetado contra a vtima) ou
passiva (quando a vtima vai ao encontro do objeto, p.ex., em uma queda) ou
Mista (ambos em movimentao)
Devido elasticidade da pele, esta se conserva ntegra e a leso se produz em nvel profundo. So vrias:
Escoriao: quando o atrito do deslizamento lesa a superfcie da pele
Equimose: quando h rompimento de vasos e derrame sangneo infiltrando os tecidos
Bossas e hematomas: quando o derrame sangneo no encontra condies de se difundir e forma colees localizadas
29. FERIDAS CONTUSAS - ESCORIAES O atrito (deslizamento) provoca o arrancamento da epiderme e desnudamento da derme
comum nas quedas (leses nos joelhos, cotovelos etc)
Ocorre formao de crosta que pode ser serosa (predomnio de linfa) ou hemtica (predomnio sangneo)
A recuperao se d em prazo curto
Interesse Jurdico: arrastamento, atropelamento, leses de defesa (unhadas) etc
30. ESCORIAES
31. QUESTES SOBRE FERIDAS CONTUSAS - ESCORIAES No se pode classificar entre os processos hemorrgicos:
R. A escoriao.
Em Medicina Legal, so consideradas escoriaes:
R. reas de peles desprovidas de camada superficial.
Ao exame da cabea, observa-se na regio frontal direita uma rea irregular desprovida da epiderme e coberta por uma fina crosta de sangue ressecado. Tal leso corresponde a: (questo parecida foi formulada no DP 7/93).
R. Uma escoriao.
32. FERIDAS CONTUSAS - EQUIMOSES Contuso mais freqente e mais importante na prtica
O tecido externo apresenta-se ntegro
Ocorre derrame sangneo interno e, com isto, ocorre produo de mancha de variado tamanho, conforme a extenso da rea que sofreu o choque
O material extravasado vai ser reabsorvido e isto provoca uma variao cromtica que vai do incio ao pleno reparo da leso
o chamado espectro equimtico que serve para
avaliar a data da leso ou
se ocorreram vrias leses em dias diferentes
33. ESPECTRO EQUIMTICO
34. EQUIMOSE
35. BOSSAS As bossas podem ser sangneas quando o lquido, no podendo se espalhar, forma uma coleo (especialmente sob o couro cabeludo galo ) ou linftica, quando seu contedo for linfa
O instrumento contundente age sobre a superfcie corporal em que h tecido sseo abaixo e com musculatura muito tnue
Rompendo-se o vaso, forma-se a bossa sangnea
36. BOSSA SANGNEA (com elevao da rea)
37. FERIDA CONTUSA - HEMATOMA
semelhante equimose, porm, trata-se de um rompimento de um vaso maior, portanto, o sangramento mais violento a ponto de descolar a pele, formando uma verdadeira bolsa de sangue
Ocorre em locais de tecido frouxo, mole
Com o passar do tempo o organismo absorve o sangue, havendo ali, as mesmas variaes de cores da equimose, s que processo ser mais demorado
38. HEMATOMA DE PLPEBRAS(sem elevao da rea)
39. OUTRAS LESES CONTUSAS
LUXAO: o afastamento repentino e duradouro de uma das extremidades
FRATURA: a soluo de continuidade, parcial ou total dos ossos submetidos ao de instrumentos contundentes (as fraturas cranianas so geralmente radiadas)
ROMPIMENTO DE RGOS: decorrente de fratura
40. QUESTES SOBRE INSTRUMENTOS CONTUNDENTES O instrumento contundente: (questo formulada tambm no DP 1 e 3/90).
R. Pode ser flexvel.
Hematoma um tipo de ferimento produzido, habitualmente, por instrumento:
R. Contundente.
Os instrumentos contundentes produzem os seguintes ferimentos:
R. Escoriaes e equimoses.
A ao que caracteriza o instrumento contundente :
R. A presso sobre uma superfcie do corpo da vtima.
Um instrumento contundente, obrigatoriamente:
R. Atua por presso sobre uma superfcie.
41. QUESTES SOBRE INSTRUMENTOS CONTUNDENTES Instrumento vulnerante, que atua por presso sobre uma superfcie, classificado como:
R. Contundente.
As fraturas indicam, geralmente, a ao de um instrumento: (questo formulada no DP 2 e 3 /91).
R. Contundente.
Normalmente so incapazes de provocar fraturas sseas os instrumentos:
R. Cortantes.
As fraturas cranianas produzidas por um instrumento contundente costumam ser:
R. Radiadas.
42. QUESTES SOBRE FERIDAS CONTUSAS HEMATOMAS, BOSSAS E EQUIMOSES
A equimose:
R. Resulta da ruptura dos vasos sanguneos.
Uma criana que apresenta equimoses mltiplas, com cores diferentes, de azul a amarelo, cujas radiografias mostram vrios sinais de fraturas de idades diferentes, e que tem escoriaes diversas, algumas recentes e outras em cicatrizao, provavelmente uma vtima de:
R. Maus tratos.
Uma equimose tpica desaparece em cerca de: (questo formulada no DP 7/93).
R. Vinte dias.
43. QUESTES SOBRE FERIDAS CONTUSAS HEMATOMAS, BOSSAS E EQUIMOSES
Do incio at o desaparecimento, a equimose passa pela seguinte seqncia cromtica:
R. Vermelho violceo, Azulado, Esverdeado, Amarelado. (ou VAVA Vermelho-Violceo, Azul, Verde, Amarelo).
Na seqncia de cores do espectro equimtico, em terceiro lugar aparece a:
R. Verde (ou VAVA Vermelho-Violceo, Azul, Verde, Amarelo).
Vermelho violceo, azul, verde e amarelo so cores que se sucedem durante a evoluo de uma:
R. Equimose.
44. QUESTES SOBRE FERIDAS CONTUSAS HEMATOMAS, BOSSAS E EQUIMOSES
Dentro do espectro equimtico observa-se a seguinte sucesso cromtica:
R. Violceo, azul, verde.
O espectro equimtico permite estimar o tempo decorrido entre o momento em que se produziu um ferimento contuso e o de seu exame pericial. A seqncia de cores do espectro em questo : (questo formulada tambm no DP 2/92 e 1/94).
R. Violceo, azulado, esverdeado e amarelado (VAVA).
Hematoma um elemento tpico de ferimento:
R. Contuso.
Na seqncia de cores do espectro equimtico, em terceiro lugar aparece a:
R. Verde. (VAVA).
45. QUESTES SOBRE FERIDAS CONTUSAS HEMATOMAS, BOSSAS E EQUIMOSES A equimose:
R. Pode localizar-se, tambm, nas vsceras.
Equimose, hipstases e cianose esto relacionadas, respectivamente com:
R. Hemorragias, gravidade terrestre e asfixia.
As equimoses e os hematomas:
R. Diferenciam-se pela gravidade das leses.
Escoriaes, equimose e hematoma constituem, respectivamente:
R. Perda de epiderme, hemorragia e hemorragia.
46. QUESTES SOBRE FERIDAS CONTUSAS HEMATOMAS E EQUIMOSES
Ao exame da cabea, observa-se entre a pele e o osso frontal uma grande coleo de sangue, parcialmente coagulado. Trata-se de:
R. Uma bossa sangunea.
O hematoma:
R. uma modalidade de hemorragia interna.
Observa-se que o hematoma : (questo formulada DP 3 e 4/91).
R. Um tipo de hemorragia.
47. QUESTES SOBRE FERIDAS CONTUSAS HEMATOMAS, BOSSAS E EQUIMOSES Confrontando-se equimose com hematoma, pode-se afirmar que:
R. Aquela constituda de sangue infiltrado entre as malhas do tecido, enquanto esta formada de sangue coletado em uma cavidade.
Em decorrncia de uma hemorragia, o sangue se infiltrou nas malhas do tecido da pele, originando:
R. Uma equimose.
48. LESES MISTAS
49. LESES PRFURO-INCISAS Provocadas por instrumentos de ponta e gume que atuam pela perfurao e cortam pelas suas bordas afiadas os planos atingidos
Agem por presso e seco
Tem gravidade varivel, de acordo com o agente e com os planos atingidos
Caractersticas:
Leso em botoeira (casa de boto)
Leses biconvexas (punhal)
Na forma do agente
50. FERIDAS: CASA DE BOTO/BICONVEXA
51. INSTRUMENTOS PRFUROCORTANTES
EXEMPLOS
de um s gume: faca, canivete, espada, baioneta, hastes da tesoura
de dois gumes: punhal, faca vazada
de trs ou mais gumes: triangulares, lima
52. LESES CORTOCONTUSAS So provocadas por instrumentos que, mesmo com gumes, tm a sua principal ao pela contuso, pela presso devido ao seu prprio peso
Sua gravidade depende do ngulo de incidncia, da superfcie atingida e pela fora de impacto
So leses sempre profundas, com bordas e formas irregulares, com destruio de tecidos, inclusive com fraturas
Exemplos: foice, faco, machado, enxada, rodas de trem etc
53. GUILHOTINA INSTRUMENTO CORTOCONTUNDENTE
54. LESES CORTOCONTUSAS
55. QUESTES SOBRE FERIDASPRFURO-INCISAS E CORTOCONTUSAS
Denominam-se leses de defesa as que se localizam: (questo formulada tambm no DP 4/89 e parecida no DP 2/93)
R. No antebrao.
Ensandecido pelo cime, Iago cravou o punhal no peito de Desdmona, transfixando-lhe o corao com um instrumento:
R. Prfuro-cortante.
Sabendo-se que a vtima sofreu ferimento prfuro-inciso no trax, conclui-se que:
R. O ferimento era prfuro-cortante.
Seco das estruturas da regio anterior do pescoo por instrumento cortante recebe a denominao de:
R. Guilhotinamento.
56. QUESTES SOBRE FERIDASPRFURO-INCISAS E CORTOCONTUSAS
Uma jovem atriz foi morta, provavelmente, a golpes de adaga, que lhe atingiram o corao. A infeliz Yasmin sofreu ao de instrumento:
R. Prfuro-cortante.
Os ferimentos prfuro-incisos so produzidos por instrumentos:
R. Prfuro-cortantes.
O ferimento prfuro-inciso:
R. No pode ter duas caudas.
O ferimento prfuro-inciso: (questo formulada tambm no DP 3/92).
R. Pode ter profundidade maior do que o comprimento da lmina que o produziu.
57. QUESTES SOBRE FERIDASPRFURO-INCISAS E CORTOCONTUSAS O ferimento prfuro-inciso: (questo formulada tambm no DP 4/93).
R. Pode ter nmero de caudas maior do que o de gumes do instrumento que o produziu.
Em um ferimento prfuro-inciso, o nmero de caudas:
R. Pode no ser igual ao nmero de gumes do instrumento que o produziu.
Cai a Bastilha e com ela a monarquia francesa, ocasio em que Maria Antonieta submetida guilhotina, um instrumento, basicamente:
R. Cortocontundente.
Um instrumento que, atravs de seu gume, atua exclusivamente por presso provocando soluo de continuidade dos tecidos :
R. Cortocontundente.
58. QUESTES SOBRE FERIDASPRFURO-INCISAS E CORTOCONTUSAS Um instrumento cortocontundente:
R. Atua, basicamente, por presso sobre uma linha.
As unhas e os dentes so considerados instrumentos: (questo formulada tambm no DP 5/93).
R. Cortocontundentes.
Uma ferida incisa ou cortocontusa situada na regio cervical (nuca) denominada de: (questo parecida foi formulada no DP 5/93).
R. Degola.
caracterstico da ferida incisa:
R. A apresentao de duas caudas.
59. QUESTES SOBRE FERIDASPRFURO-INCISAS E CORTOCONTUSAS
Uma criana teve os dedos da mo amputados pelas ps de um ventilador em funcionamento. Verificaram-se, ento, ferimentos:
R. Cortocontusos.
Escoriaes e equimoses nas bordas podem ser consideradas elementos que, embora no obrigatrios caracterizam ferimentos:
R. Cortocontusos.
Numa briga, um dos contendores mutilou a orelha de outro, tirando-lhe um pedao com uma violenta dentada, produzindo-se, ento ferimento: (questo formulada tambm no DP 2/90).
R. Cortocontuso.
Sinais de mordeduras so elementos importantes na tentativa de se identificar autor de crime sexual. Quando os dentes incisivos de uma pessoa chegam a cortar a pele, eles produzem ferimento:
R. Cortocontuso.
60. QUESTES SOBRE FERIDASPRFURO-INCISAS E CORTOCONTUSAS
Uma faca de aougueiro com ponta e um gume deve ser classificada:
R. De acordo com a maneira como utilizada.
Uma faca, como instrumento vulnerante, classificada:
R. De acordo com a maneira com que ela foi usada, num caso considerado.
O rufio, insatisfeito com o lucro obtido, desfere violento tapa no rosto da prostituta que, revidando agresso, aplica-lhe certeira navalhada no baixo-ventre. As duas personagens do bas-fond foram feridas, respectivamente, por instrumentos:
R. Contundente e cortante.
61. LESO PRFUROCONTUSA (por arma de fogo) O projtil o mais tpico agente prfurocontundente
composto de chumbo e revestido ou no por outros metais
Possuem formas variveis: cilndricas ou ogivais
As munies podem ter carga simples ou nica (revlver) ou mltiplas (cartucheiras)
62. CRITRIO DE ESTUDO DA LESO So consideradas:
pela distncia de disparo do alvo
pelas caractersticas de seus orifcios:
de entrada
de sada
pela sua trajetria (ou trajetos)
63. LESES PRFUROCONTUSAS
Leses que causam
perfurao e
ruptura dos tecidos
Caractersticas do ferimento
bordas irregulares
predomnio da profundidade
carter penetrante ou transfixante
64. LESES PRFUROCONTUSAS
Ao atingir o corpo, o projtil provoca
rompimento na pele, formando um orifcio em forma tubular no qual se enxuga de seus detritos (orla de enxugo)
arrancamento da epiderme (orla de contuso)
Ao se formar o tnel de entrada
pequenos vasos se rompem formando equimoses em torno do ferimento (orla equimtica)
65. ORIFCIO DE ENTRADA ORLAS(SEMPRE PRESENTES)
ORLA DE CONTUSO: a pele se invagina e se rompe devido diferena de elasticidade de derme e epiderme
ORLA EQUIMTICA: zona da hemorragia oriunda da ruptura de pequenos vasos
ORLA DE ENXUGO: zona de cor escura que se adaptou s faces do projtil, limpando-os dos resduos da plvora
66. ORIFCIO DE ENTRADA - ZONAS ZONA DE TATUAGEM: resultante da impregnao de partculas de plvora incombusta que alcanam o corpo
ZONA DE ESFUMAAMENTO: produzida pelo depsito de fuligem da plvora ao redor do orifcio de entrada
ZONA DE CHAMUSCAMENTO: tem como responsvel a ao superaquecida dos gases que atingem e queimam o alvo
67. ORLAS E ZONAS DE CONTORNO
69. ORIFCIOS DE ENTRADA
Podem ser
circulares (90)
ovais ou arredondados (ngulo diverso de 90) ou
tangencial, de acordo com o ngulo de incidncia
70. TIRO ENCOSTADO
71. ORIFCIOS DE ENTRADA TIRO ENCOSTADO
forma irregular (estrelado) pela dilacerao dos tecidos pelos gases explosivos (mina de Hoffmann)
sem zona de tatuagem ou de esfumaamento
dimetro do ferimento maior que o projtil (exploso dos gases)
halo fuliginoso nos ossos: (sinal de Benassi)
impresso (presso) do cano da arma (sinal de Werkgaertner)
quando transfixante: trajeto com orifcio de entrada e sada
76. ORIFCIO DE ENTRADA TIRO A CURTA DISTNCIA cone de disperso do tiro
forma arredondada ou circular
orla de escoriao ou contuso
orla equimtica
orla de enxugo
zona de tatuagem
zona de esfumaamento (removvel)
zona de queimadura (chamuscamento)
77. Zona de Esfumaamento
78. Chamuscamento e Esfumaamento
79. Zona de Tatuagem
80. ORIFCIO DE ENTRADA TIRO DISTNCIA
forma arredondada
dimetro menor que o do projtil
com orla de escoriao
com orla equimtica
81. ORIFCIO DE ENTRADA TIRO DISTNCIA
82. ORIFCIO DE SADA de forma irregular ou dilacerado
maior que orifcio de entrada
maior sangramento
ausncia de orlas, zonas e halos
bordos evertidos
83. Leses PrfurocontusasOrifcio de Entrada x Orifcio de Sada Excees podem ocorrer:
tiro encostado
ricochete, o projtil perde sua propulso (bala perdida)
dois ou mais projteis sucessivos atingem o mesmo ponto na pele
84. TRAJETO/TRAJETRIA Trajeto: o caminho percorrido pelo projtil dentro do corpo da vtima
pode ser
transfixante
no transfixante (projtil retido)
Trajetria: o caminho percorrido pelo projtil fora do corpo (da arma at a superfcie atingida)
por ser
trajeto simples: resultante de projtil nico
trajeto mltiplo: resultante de projteis mltiplos
85. FERIMENTOS POR PROJTEIS MLTIPLOS
86. QUESTES SOBRE FERIDAS PRFUROCONTUSAS Um projtil de arma de fogo provoca ferimento prfurocontuso: (questo parecida foi tambm formulada no DP 1/94).
R. Em qualquer rgo ou tecido em que ela penetrar.
Em seu laudo, o mdico-legista refere-se ao anel de Fish, por tratar-se, evidentemente, de:
R. Ferimento prfurocontuso (ORLAS DE CONTUSO E ENXUGO).
Observando-se na pele um ferimento com a forma de um orifcio mais ou menos circular, cercado por uma borda deprimida, escoriada e equimtica e por uma rea anular com vestgios de material estranho, algo acinzentado, permitido concluir-se que se trata de um ferimento:
R. prfurocontuso.
87. QUESTES SOBRE FERIDAS PRFUROCONTUSAS
Ferimentos punctrio, prfuro-inciso e prfurocontuso podem ser produzidos, respectivamente, pelos seguintes objetos:
R. Arame, canivete e bala calibre 22.
O ferimento prfurocontuso :
R. Diferente do punctrio.
No exame de um cadver, retirado de um automvel cado no fundo de uma ribanceira, o mdico-legista identificou ferimentos contusos, cortocontusos, prfurocontusos, incisos e punctrios. Destes, os nicos absolutamente incompatveis com o acidente automobilstico do tipo descrito so:
R. Os prfurocontusos.
88. QUESTES SOBRE FERIDAS PRFUROCONTUSAS
Em uma briga de bar, um indivduo, armado com uma garrafa, agrediu vrias pessoas. Com a mencionada arma, o agressor no poderia provocar ferimentos:
R. Prfurocontusos.
Observa-se, no hemisfrio esquerdo, um ferimento circular de bordas invertidas, escoriadas e equimticas, circundando por um grande nmero de grnulos escuros incrustados na pele, espalhados por uma rea de cerca de 20 cm de dimetro. O ferimento descrito corresponde ao de:
R. Entrada de projtil de arma de fogo, em tiro curta distncia.
Penetrando no abdmen da vtima, o projtil de um fuzil-metralhadora, ao atravessar o bao, provoca um ferimento:
R. prfuro-contuso.
Os projteis de arma de fogo produzem, habitualmente, orifcios de entrada:
R. Menores que o de sada.
89. QUESTES SOBRE FERIDAS PRFUROCONTUSAS
Comparando-se o orifcio de entrada de projtil de arma de fogo, em tiro distncia, com o instrumento que o produziu, verifica-se geralmente, que o dimetro daquela em relao ao deste :
R. Menor, devido elasticidade da pele da vtima.
O sinal de funil de Bonnet ocorre em ferimento produzido por instrumento:
R. Prfurocontundente.
Em ferimento de entrada de projtil de arma de fogo, em tiro curta distncia, observamos: (questo foi tambm formulada no DP 1/94).
R. Orlas e zonas.
Circundando o orifcio de entrada de bala observamos uma estreita faixa desprovida de camada epidrmica. Trata-se, evidentemente, de:
R. Orla de escoriao.
90. QUESTES SOBRE FERIDAS PRFUROCONTUSAS No ferimento de entrada de projtil de arma de fogo sempre se observa:
R. Orla de contuso.
No elemento indicativo de tiro distncia:
R. Zonas.
Orla de contuso e enxugo:
R. encontrado em redor do orifcio de entrada de bala, em tiro a qualquer distncia.
Ferimentos prfurocontusos tm, obrigatoriamente:
R. Orla de contuso.
Num ferimento por projtil de arma de fogo, produzida pelo prprio projtil a:
R. Orla de contuso.
91. QUESTES SOBRE FERIDAS PRFUROCONTUSAS
A orla de contuso e de enxugo observada em ferimento provocado por:
R. Tiro a qualquer distncia.
A presena de orla de contuso e de enxugo, ao redor de um orifcio mais ou menos circular na pele, permite afirmar que o ferimento certamente foi praticado por:
R. Instrumento prfurocontundente.
Um ferimento produzido por projtil de arma de fogo disparado distncia caracterizado por:
R. Orla de contuso, orla equimtica e orla de enxugo.
Orla de contuso e enxugo caracterstica de ferimento:
R. prfurocontuso.
92. QUESTES SOBRE FERIDAS PRFUROCONTUSAS
Em ferimento provocado pela entrada de projtil de arma de fogo, a orla de contuso e enxugo:
R. Caracteriza o ferimento prfurocontuso.
Em ferimentos produzidos por projteis de arma de fogo em tiros distncia ou queima-roupa observa-se:
R. Orla de contuso.
As zonas de contuso e enxugo produzidas por instrumento prfurocontundente so encontradas:
R. Em disparos a qualquer distncia.
Verifica-se a formao de zona de tatuagem ao redor do ferimento prfurocontuso, quando o tiro, em relao ao alvo, disparado: (questo formulada tambm no DP 2/90).
R. curta distncia.
Levando-se em conta a distncia do disparo por arma de fogo, podemos observar nas leses por tiro prximo:
R. Orifcio, orlas e zonas de tatuagem e esfumaamento.
93. QUESTES SOBRE FERIDAS PRFUROCONTUSAS No produzido (a) diretamente pelo projtil de arma de fogo:
R. Zona de tatuagem.
A zona de tatuagem ao redor de um orifcio de entrada de projtil de arma de fogo denuncia tiro:
R. curta distncia.
Falsa tatuagem, em ferimentos por projteis de arma de fogo, corresponde : (questo formulada tambm no DP 2 e 3/92).
R. Zona de esfumaamento.
Nos ferimentos por projteis de arma de fogo, pode-se eliminar, com gua e sabo:
R. Zona de esfumaamento.
Observou-se ao redor do orifcio de entrada do projtil uma rea aproximadamente circular, com cerca de dez centmetros de dimetro, recoberto por um induto cinzento enegrecido, que foi removido, com certa facilidade, com uma esponja embebecida em gua com sabo. Tratava-se evidentemente, da:
R. Zona de esfumaamento.
94. QUESTES SOBRE FERIDAS PRFUROCONTUSAS
No produzida diretamente pela ao do instrumento prfurocontundente a:
R. Zona de esfumaamento.
A falsa tatuagem, nos ferimentos por projtil de arma de fogo, produzida por: (questo parecida foi formulada no DP 1/94 que veio a ser anulado).
R. Fumaa resultante da queima da plvora.
A zona de esfumaamento costuma ser encontrada nos ferimentos produzidos por projtil de arma de fogo disparado:
R. curta distncia.
Em relao aos ferimentos por projteis de arma de fogo, pode-se dizer que a caracterstica mais evidente de tiro encostado :
R. A existncia de cmara de mina de Hoffmann.
95. QUESTES SOBRE FERIDAS PRFUROCONTUSAS
Externamente, a cmara de mina de Hoffmann costuma ter aspecto: (questo formulada tambm no DP 2/91).
R. Estrelado.
Em ferimento provocado por tiro curta distncia ou queima-roupa, como regra geral, no se observa:
R. Cmara de mina de Hoffmann (pois esta apresenta, externamente, aspecto estrelado. Quando constatada, caracterstica evidente de tiro encostado).
O que se encontra nos ferimentos produzidos por arma de fogo encostada:
R. Cmara de mina de Hoffmann.
Ferimento prfurocontuso de aspecto estrelado, produzido pela entrada de projtil de arma de fogo, indica que o disparo foi: (questo formulada nos DP 2, 3 /91 e 1/93).
R. Encostado.
96. QUESTES SOBRE FERIDAS PRFUROCONTUSAS conhecido como sinal de Werkgaertner:
R. O desenho da boca da arma e da ala de mira impresso na pele, nos tiros encostados.
No se pode estimar o ngulo de trajetria do projtil de arma de fogo, em relao ao corpo da vtima, pela:
R. Forma do orifcio de sada.
A rea de grnulos incrustadas, descrita na questo anterior, chama-se:
R. Zona de tatuagem.
No produzida pela ao de projtil de arma de fogo:
R. A zona de chamuscamento.
97. Agentes de Ordem Fsica e seus efeitos
98. CALOR Modalidade
contato direto
efeitos: queimaduras
irradiao solar
efeitos: insolao desidratao e choque
Queimaduras: so leses produzidas geralmente por agentes fsicos de temperatura elevada com aes:
da chama
do calor irradiante
dos gases superaquecidos
dos lquidos escaldantes
dos slidos quentes e
dos raios solares
99. Contato direto - Queimaduras 1 grau ERITEMA
apenas a epiderme afetada
vermelho vivo, devido a simples congesto da pele
a coagulao fixa o eritema aps a morte
2 grau FLICTENA
caracterizado pela formao de vesculas, que suspendem a epiderme
so constitudas do lquido amarelo-claro, transparente
no cadver em seus lugar se vem placas apergaminhadas
100. Contato direto - Queimaduras 3 grau ESCARAS:
formam manchas de cor castanha, ou cinza-amarelada, indicativas da morte da derme
deixam cicatrizes proeminentes
no cadver, apergaminham-se
4 grau CARBONIZAO:
se particularizam pela carbonizao do plano sseo
pode ser total ou parcial
ocorre reduo do volume do cadver
(a gravidade das queimaduras, em relao sobrevivncia da vtima, avaliada em funo de sua extenso e intensidade)
101. IRRADIAO SOLAR INSOLAO:
ao da temperatura do calor ambiental em locais abertos (raramente em espaos confinados)
INTERMAO:
decorre do excesso de calor ambiental
lugares mal-arejados, quase sempre confinados ou pouco abertos e sem a necessria ventilao, surgindo, geralmente, de forma acidental
Alguns fatores contribuintes:
Alcoolismo
falta de ambientao climtica
vestes inadequadas
102. FRIO Modalidade:
contato direto
efeitos: necroses perifricas imediatas ou tardias (infartos)
ambiental
efeitos: baixa da resistncia, choque circulatrio
Graus das geladuras
1 eritema
2 flictenas
3 necrose ou gangrena
103. Frio contato direto acidente com refrigerador domstico
104. PRESSO Os principais fenmenos resultantes das alteraes de presso so denominados BAROPATIAS:
Diminuio da presso mal das montanhas ou dos aviadores (rarefao do ar em grandes altitudes)
Aumento da presso
mal dos mergulhadores com embolia gasosa (pela rpida subida superfcie)
105. ELETRICIDADE A eletricidade natural:
agindo letalmente sobre o homem: FULMINAO
quando apenas provoca leses corporais: FULGURAO
leses com aspecto arboriforme: Sinal de Lichtemberg
A eletricidade artificial ou industrial:
Proposital: para execuo de um condenado - ELETROCUSSO
Acidental: ELETROPLESSO
a leso mais simples chamada marca eltrica de Jellineck
os efeitos deletrios da corrente eltrica se devem intensidade da corrente (amperagem)
Morte pela ELETRICIDADE (natural ou artificial)
Morte cardaca fibrilao produzida pela corrente tenso abaixo de 120 V
Morte pulmonar ou por asfixia (tetanizao dos msculos): tenso entre 120 e 1.200V
Morte cerebral hemorragia das meninges e demais estruturas cerebrais acima de 1.200V
106. Eletricidade artificial Eletroplessomarca eltrica de Jellineck
107. VENENO toda substncia que lesa a integridade corporal ou a sade do indivduo ou lhe produz a morte, mesmo em quantidades relativamente pequenas.
Uma substncia pode ser concomitantemente medicamento e veneno, dependendo da quantidade que administrada
O CONCEITO DE VENENO EST INTIMAMENTE VINCULADO DOSE
108. VENENO Os Venenos podem ser:
Medicamentos: depressores e estimulantes do SNC Sistema Nervoso Central;
Produtos Qumicos Diversos:
raticidas e formicidas a base de arsnico
cianetos e
fsforo
Plantas Txicas:
mandioca brava
espada de So Jorge e
mamona
Animais: serpentes, aranhas, vespas, abelhas
109. Ciclo toxicolgico seguido pelo veneno 1 - Absoro ou Via de Administrao - Depende da substncia, oral, pele, mucosa, hipodrmica, endovenosa Assim, o veneno de cobra, via oral, incuo
2 - Distribuio - O veneno circulado pelo sangue e passa aos tecidos
3 - Fixao - O veneno, especificamente, fixa-se no rgo onde vai agir (tropismo). Ex: Os metlicos no fgado, os estupefacientes no sistema nervoso etc
4 - Transformao - O organismo defende-se dos venenos transformando-os em derivados menos txicos e substncias mais solveis e,
5 - Eliminao - As substncias so eliminadas pela urina, fezes, saliva etc
110. Caractersticas Gerais dos Venenos Cada veneno tem a sua dose txica e mortal;
A pureza e a frescura da substncia influi na toxidez;
A via de penetrao importante, v,g., injeo ao invs de ingesto;
A tolerncia fundamental na dose mortal, pode ocorrer que uma grande dose seja incua;
Idiossincrasia: (inverso da tolerncia - sensibilidade anormal ao veneno
Para que se caracterize, com certeza uma morte por envenenamento, alm da identificao de uma substncia qumica txica no corpo da vtima, necessrio que se verifique a concentrao da referida substncia.
111. Caractersticas Gerais dos Venenos O cadver exala odor de amndoas amargas, quando houve ingesto de Cianureto de Potssio ou cido Ciandrico
O cadver daquele que ingeriu Cianureto de Potssio, alm dos sinais gerais da asfixia e do odor de amndoas, apresenta-se com livores violceos na pele e rigidez precoce e intensa
Saturnismo o nome que se d ao envenenamento por Chumbo (Riso sardnico: expresso facial tetnico)
Hidrargirismo ou Mercurialismo o nome da intoxicao provocada pelo Mercrio
fundamental para tipificao da morte por envenenamento que seja detecta no s a presena de uma substncia qumica potencialmente venenosa como tambm, os nveis de concentrao
112. Diagnstico de envenenamento
critrio clnico: sintomas caractersticos de cada substncia
critrio anatomopatolgico: exames laboratoriais
exame macroscpico: anlise do corpo observando leses na boca, odores caractersticos, colorao da pele etc.
exame necroscpico: coleta de vsceras para exames laboratoriais
113. Intoxicaes Alimentares So danos devidos ao uso de alimentos por si s inofensivos, mas que se tornam nocivos pelas toxinas ou micrbios
Podem ser provocadas:
pelas embalagens dos alimentos, em especial, latarias
pela existncia de substncias conservantes em grande dose
pela carne crua de animais doentes, em especial, o portador de carbnculo
por alimentos txicos, tais como peixes, crustceos e cogumelos, ou ainda,
por alimentos deteriorados, como, por exemplo palmito em conserva (botulismo).
114. QUESTES SOBRE AGENTES DE ORDEM FSICA Em um caso de queimadura, observa-se na regio afetada a presena de bolhas contendo lquido amarelado. Conclui-se que a queimadura atingiu o: (questo parecida foi formulada no DP 1/94 que veio a ser anulado).
R. 2 grau.
Em vtima de queimadura por azeite fervente observam-se leses bolhosas na face, rubor nas mos e escaras nas coxas. As leses mencionadas caracterizam, pela ordem, queimaduras de:
R. segundo, primeiro e terceiro graus.
Uma criana submetida a maus-tratos, apresenta na palma da mo direita uma escara (lcera) de cerca de 0,1 cm de dimetro, produzida pela ponta de um cigarro aceso. Esta leso caracteriza:
R. Uma queimadura de terceiro grau.
115. QUESTES SOBRE AGENTES DE ORDEM FSICA Leso produzida por gua quente, caracterizada pela morte de tecidos at a camada subcutnea, classificada no:
R. Terceiro grau.
Uma queimadura de 4 grau, caracterizada pela carbonizao de tecidos:
R. Pode ser menos grave que outra de 2 grau.
Queimaduras de primeiro e de terceiro graus so caracterizadas, respectivamente, por:
R. Eritema e escara.
Flictena :
R. Uma bolha com lquido.
116. QUESTES SOBRE AGENTES DE ORDEM FSICA
Flictena , em queimaduras:
R. Uma bolha com lquido amarelado.
Para caracterizar uma queimadura de segundo grau, deve-se observar, no local afetado, a presena de:
R. Flictena, que uma bolha com lquido.
Uma queimadura, tendo flictenas como elementos caractersticos, deve ser classificada como sendo de: (questo formulada tambm no DP 2/92).
R. Segundo grau.
A presena de escara caracteriza uma queimadura de:
R. 3 grau.
Em acidente de trabalho, um operador de forno de fundio de ferro teve a extremidade do p esquerdo carbonizada, sofrendo, assim, uma queimadura de:
R. Quarto grau.
117. QUESTES SOBRE AGENTES DE ORDEM FSICA A gravidade das queimaduras, em relao sobrevivncia da vtima, avaliada em funo da:
R. Extenso e da intensidade.
No caso de eletroplesso, os efeitos deletrios da corrente eltrica se devem, fundamentalmente, :
R. Intensidade da corrente (amperagem).
Ao tentar recuperar um papagaio, um rapaz subiu em uma torre de sustentao de cabos de eletricidade, recebendo uma descarga eltrica da ordem de 60.000 volts, falecendo em conseqncia do choque eltrico. A vtima sofreu:
R. Eletroplesso.
118. QUESTES SOBRE AGENTES DE ORDEM FSICA
Pra-quedista que, em dia chuvoso, pousa sobre fios de alta tenso, falecendo em conseqncia da ao de descarga eltrica decorrente do efeito-terra produzido pelo velame do equipamento de salto, sofre:
R. Eletroplesso.
Um eletricista morreu, instantaneamente, ao levar um choque de fios de alta tenso da ordem de 6.000 volts. Ele foi vtima de:
R. Eletroplesso.
Um indivduo morreu carbonizado ao receber uma descarga eltrica de alta voltagem, da ordem de 440.000 volts. Diz-se que ele foi vtima de:
R. Eletroplesso.
A marca de Jellineck observada nos casos de: (questo formulada tambm no DP 3/89 e 01/90).
R. Eletroplesso.
119. QUESTES SOBRE AGENTES DE ORDEM FSICA
Verifica-se, visualmente, que a vtima sofreu eletroplesso, pela marca de: (questo formulada tambm no DP 1/93).
R. Jellineck.
A fasca eltrica que salta do condutor para a pele, antes de se estabelecer o perfeito contato entre esta e aquele, produz uma leso cutnea tpica, conhecida como: (questo parecida foi formulada no DP1/94 que foi anulado).
R. Marca de Jellineck.
Comprova-se que a vtima sofreu eletroplesso pela marca de:
R. Jellineck.
A marca de Jellineck denuncia que a vtima foi: (questo formulada tambm no DP 1 e 3/90).
R. Afetada pela eletricidade industrial.
120. QUESTES SOBRE AGENTES DE ORDEM FSICA
A marca de Jellineck indica que a vtima sofreu:
R. Eletroplesso.
A marca de Jellineck produzida por: (questo parecida foi formulada no DP 6/93).
R. Eletricidade.
A marca eltrica de Jellineck pode ser encontrada:
R. Em vtimas de eletroplesso, qualquer que seja a voltagem da corrente que a atingiu.
A fulgurao ou fulminao produzida por:
R. Raio.
Fulgurao ou fulminao significa:
R. Efeito produzido no corpo humano pela eletricidade atmosfrica.
121. QUESTES SOBRE AGENTES DE ORDEM FSICA
A fulgurao ou fulminao provocada por: (questo formulada tambm no DP 4/89 e 6/93).
R. Eletricidade atmosfrica.
A morte ou leso em conseqncia do contato do indivduo com um raio decorre de eletricidade:
R. Natural (fulgurao ou fulminao).
Leses cutneas, com aspecto dendrtico ou arborescente em cadver, vtima de fulgurao ou fulminao, so denominadas:
R. Figuras de Lichtenberg.
Durante uma tempestade, a vtima foi atingida por um raio, sofrendo: (questo formulada no DP 1/93).
R. Fulgurao ou fulminao.
As figuras arborescentes de Lichtenberg so tpicas de:
R. Fulminao ou fulgurao.
122. QUESTES SOBRE AGENTES DE ORDEM FSICA As figuras caractersticas chamadas de arboriformes ou de Lichtenberg, de formatos dendrticos, so encontradas nas mortes por:
R. Fulminao ou fulgurao.
Um indivduo sofre fulminao ou fulgurao quando:
R. atingido por um raio.
Durante uma tempestade, Jos foi atingido por uma descarga eltrica atmosfrica, sofrendo:
R. Fulminao ou fulgurao.
A eletricidade natural, quando age sobre o homem de maneira letal, denominada:
R. Fulminao ou fulgurao.
123. QUESTES SOBRE AGENTES DE ORDEM FSICA O conceito do veneno est vinculado, principalmente, :
R. Dose.
Para se comprovar que a morte foi provocada por envenenamento, indispensvel que se demonstre:
R. A concentrao do veneno, no cadver.
O ciclo toxicolgico seguido por um veneno, na ausncia de morte, apresenta as seguintes fases:
R. Absoro, distribuio, fixao, transformao e eliminao.
O exemplo mais caracterstico de homicdio com emprego de meio insidioso aquele provocado por:
R. Envenenamento.
124. QUESTES SOBRE AGENTES DE ORDEM FSICA Para caracterizar, com certeza uma morte por envenenamento, alm da identificao de uma substncia qumica txica no corpo da vtima, necessrio: (questo parecida foi formulada no DP 2/93).
R. Que se verifique a concentrao da referida substncia.
Forte odor de amndoas amargas, em local de suicdio, sinal indicativo de envenenamento por:
R. cido ciandrico.
Livores violceos claros da pele, rigidez cadavrica precoce e intensa, odor de amndoas amargas e sinais de asfixia observados em um cadver que revelam que a morte foi produzida por intoxicao exgena aguda por:
R. Cianureto de potssio.
Saturnismo envenenamento por:
R. Chumbo.
125. LESES CORPORAIS LUZ DO ART. 129 CP Leso Corporal: Ofender a integridade corporal ou a sade de outrem.
Ofensa integridade corporal: ocorrncia de dano anatmico como:
escoriao equimose ferida incisa luxao fratura cicatriz mutilao amputao
b) Ofensa sade: ocorrncia de perturbaes funcionais:
- motricidade = articulaes
- funes vegetativas = digesto, respirao, circulao
- atividade sexual
- psiquismo
126. CLASSIFICAO Leses Leves (pena de at 1 ano)
Leses Graves (pena de at 5 anos)
Leses Gravssimas (pena de at 8 anos)
Leses Seguidas de Morte (pena de at 12 anos)
127. Do CPB, Ttulo 1 Dos Crimes Contra a PessoaCaptulo II Das Leses Corporais
128. LESO LEVE No implica em grandes conseqncias para a vtima
O conceito de leso corporal de natureza leve estabelecido por excluso, uma vez que as tipificaes de agravantes da leso esto contidas nos pargrafos 1, 2 e 3 do Art. 129 do CPP
Danos superficiais aos tecidos ex: ferimentos em tecidos moles, escoriaes, hematomas, equimoses, contuses, edemas, luxaes, fraturas dentrias de pequena extenso, entre outros
Leses de menor monta que no comprometam as funes de carter permanente e que no acarretem maiores riscos ou recuperao demorada
129. LESO GRAVE Incapacidade (fsica ou psquica) para ocupao habitual por mais de 30 dias
no exige incapacidade absoluta
em 30 dias dever ser reavaliada a necessidade de um perodo maior, para o retorno da vtima s suas ocupaes habituais
atividade profissional ou social (passeio, escola: no somente o trabalho - conceito funcional e no econmico )
Perigo de vida
Deve ser atestado mediante sintomas, como perda de conscincia, desaparecimento do reflexo
As leses com maior probabilidade de colocar em risco a vida da vtima so: feridas penetrantes do abdmen e do trax, hemorragias abundantes, estados de choque, queimaduras generalizadas, fraturas do crnio e da coluna vertebral, traumatismo crnioenceflico, infeces
130. LESO GRAVE Debilidade permanente (definitiva frente ao tratamento habitual) de membro, sentido ou funo
Membro: anquilose, paralisia muscular
Sentido: tato, viso, audio, paladar e olfato
(reduo ou diminuio da capacidade sensorial)
Funo: rins, corao, mastigao
- perda de dente = funo mastigatria
- perda de testculo = funo reprodutiva
Acelerao do Parto
Compreende traumas de toda ordem (fsica ou psquica) que pode antecipar o parto, no ocorrendo a morte do feto
131. LESO GRAVSSIMA
Incapacidade permanente para o trabalho
Dificilmente curada ou reparada. Ex.: um motorista de nibus perdeu a viso: (impossibilidade de trabalhar)
Enfermidade incurvel
Estado patolgico que tende a evoluir para a morte ou que permanea indefinidamente estacionrio sem possibilidade de cura: lepra, tuberculose, epilepsia
Perda ou inutilizao de membro, sentido ou funo
Ex.: perda da fala pela amputao da lngua, perda da audio, da viso, de uma mo, de um p
132. LESO GRAVSSIMA
Deformidade permanente
Dano esttico irreversvel, visvel e permanente (de vulto)
(Visibilidade, permanncia e extensibilidade da leso)
Aborto
Morte fetal ou sua expulso e morte conseqente como resultado do dano (agresso integridade fsica ou sade da me)
133. LESO CORPORAL MORTALLeso corporal seguida de morte O agente, sem a inteno de matar, produz uma leso corporal dolosa e, esta, determina a morte da vtima
a morte da vtima agrava a pena, pois se trata de uma ao dolosa com resultado culposo
134. Quesitos para Exame de Corpo de DelitoLeses Corporais Houve leso?
Qual instrumento ou meio a produziu?
H quanto tempo foi produzida?
Resultou debilidade de membro, sentido ou funo?
Resultou perda ou inutilizao de membro, sentido ou funo?
Foi produzida por meio de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel?
Resultou perigo de vida?
Impediu as atividades habituais por mais de trinta dias?
Resultou deformidade permanente, enfermidade incurvel, acelerao de parto ou aborto?
135. QUESTES SOBRE ART. 129 CP Consideram-se leses corporais graves, se ocorrer algum dos seguintes resultados:
R. Debilidade permanente de membro, sentido ou funo, acelerao de parto ou perigo de vida.
Uma mulher, grvida de oito meses, sofreu uma agresso, em conseqncia da qual ocorreu a expulso do feto, que morreu minutos aps esta. Do ponto de vista jurdico, verificou-se:
R. Leso corporal com acelerao de parto.
Contm somente caractersticas de leses graves:
R. Perigo de vida, acelerao de parto, debilidade permanente de rgo.
136. QUESTES SOBRE ART. 129 CP Em conseqncia de uma agresso, a vtima teve perda de viso do olho direito. De conformidade com o art. 129, pargrafos e incisos do CP, a vtima sofreu leso corporal de natureza:
R. Grave, por debilidade permanente de sentido.
Um indivduo agrediu uma gestante no oitavo ms de gravidez, provocando a expulso prematura do feto pesando 2.700 gramas, que, por falta de cuidados mdicos, faleceu cinco minutos aps a expulso. Diante disso, o agressor ser indiciado por:
R. Leso corporal com acelerao de parto.
As leses deformantes, caracterizadas como de natureza gravssima no Cdigo Penal, para que possam ser definidas pelo perito mdico-legista como tal, devero apresentar elementos essenciais como:
R. Extensibilidade, permanncia e visibilidade.
137. QUESTES SOBRE ART. 129 CP As leses deformantes, caracterizadas como de natureza gravssima no Cdigo Penal, para que possam ser definidas pelo perito mdico-legista como tal, devero apresentar elementos essenciais como:
R. Extensibilidade, permanncia e visibilidade.
Caracterizam uma leso corporal deformantes:
R. Visibilidade, permanncia e extensibilidade da leso.
Indivduo que perdeu completamente a viso do olho direito, em decorrncia de uma agresso, sofreu leso corporal da qual resultou:
R. Debilitao permanente de sentido.