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E N D
2. HISTRIA DE UMA NEUROSE INFANTIL
3. SUMRIO 01 - O QUE SERIA O INFANTIL PARA A PSICANLISE;
02 - DE QUE SE TRATA O CASO;
03 - QUEM ERA O HOMEM DOS LOBOS;
04 - AMBIENTE, SINTOMATOLOGIA E HISTRICO DO CASO;
05 - O DIAGNSTICO E A CASTRAO;
06 - NEUROSE INFANTIL E SEUS DOIS TEMPOS;
07 - SNTESE DA ORGANIZAO SEXUAL DE SERGUEI;
08 CONCLUSO;
09 BIBLIOGRAFIA;
4. 01 - O QUE SERIA O INFANTIL EM PSICANLISE EM LINHAS GERAIS, TALVEZ POSSAMOS DIZER QUE A PRINCIPAL CARACTERSTICA DA COMPREENSO
PSICANALTICA EM RELAO A INFNCIA CONSISTE NO INTERESSE DE RESGATAR NA FALA DOS
ANALISANDOS, NO EXATAMENTE UM FATO FIELMENTE REPRODUZIDO, MAS O MODO COMO ESTE FATO
FICOU GRAVADO EM SEU PSIQUISMO DETERMINANDO TANTO SUA PRPRIA CONSTITUIO COMO
TAMBM, SEU MODO DE RELEMBRAR O PASSADO.
5.
A FANTASIA, EM QUANTO VERDADE PSQUICA, CONFERE AO INFANTIL, NO ESTATUTO QUE SE ESTENDE
PARA ALM DAQUILO QUE FOI VISTO, OUVIDO NA INFNCIA. SENDO ASSIM, O INFANTIL TAMBM SE
REFERE S SENSAES QUE FICARAM GRAVADAS NO PSIQUISMO DOS PRIMRDIOS DA CONSTITUIO
PSQUICA. OS SONS, OS CHEIROS, AS SENSAES TTEIS COMPEM AS MARCAS MNMICAS
PRIMORDIAIS E ESTENDE-SE PARA ALM DELAS.
7. O INFANTIL, NA HISTRIA DE UMA NEUROSE INFANTIL SER NESTA HISTRIA, TAMBM CONHECIDA COMO
HOMEM DOS LOBOS, QUE FREUD SE DEBRUARA COM
AFINCO, SOBRE A DISCUSSO DE ASPECTOS FUNDAMENTAIS
DA RECONSTRUO DO INFANTIL EM ANLISE.
8. COMO ESTE CASO SE INSERE NA HISTRIA DA PSICANLISE? ESTE CASO INSERIDO, A SERVIO DE UMA DISCUSSO SOBRE O LUGAR DETERMINANTE
DAS EXPERINCIAS INFANTIS DA SUBJETIVIDADE DO ADULTO.
NESTA OBRA, O INFANTIL
ENTENDIDO, COMO SENDO O QUE SE CONSTRI EM ANLISE, DAS CENAS E DAS FANTASIAS
DA INFNCIA DO PACIENTE.
AO ANALISAR UMA NEUROSE INFANTIL, FREUD APONTA O CARTER ATEMPORAL INFANTIL.
9. DESSE MODO, SUBLINHA O INFANTIL QUE NO SE DESFAZO ADULTO, MAS QUE
PERMANECE DETERMINANDO QUE O MESMO RECONSTRI NO TRABALHO DE ANLISE.
NESTA DIREO, PODEMOS PENSAR QUE EM O CASO HOMEM DOS LOBOS, O INFANTIL
EQUIVALE AQUILO QUE TRAUMTICO E QUE PERMANECEU INCONSCIENTE GERANDO
SINTOMAS, SONHO ETC. FREUD ATRIBUIR, TAL IMPORTNCIA AO FATOR INFANTIL QUE
AFIRMAR ELE, POR SI S, SUFICIENTE PAR PRODUZIR A NEUROSE.
10. 02 DE QUE SE TRATA O CASO? TRATA-SE, DO MAIS ELABORADO CASO CLNICO DE FREUD SEGUNDO JAMES STRACHEY.
O SUJEITO UM JOVEM RUSSO, COMEA SUA ANLISE COM FREUD EM FEVEREIRO DE 1910, APS UMA GONORRIA. A 1 PARTE DO TRATAMENTO DUROU AT 1914, QUANDO FREUD CONSIDEROU-O COMO CONCLUDO.
A PUBLICAO OCORREU QUATRO ANOS MAIS TARDE.
QUANTO INTERPRETAO, FREUD SE REFERE VRIAS VEZES AO HOMEM DOS LOBOS EM TRABALHOS ANTERIORES E POSTERIORES PUBLICAO DO CASO.
11. POR UM LADO, EM 1910, AO MESMO TEMPO EM QUE COMEA O TRATAMENTO, FREUD FAZ UMA CONFERNCIA NO II CONGRESSO DE PSICANLISE INTITULADA O FUTURO DA TERAPIA PSICANALTICA NA QUAL ELE SE INTERROGA MAIS UMA VEZ SOBRE O MTODO DO TRATAMENTO DAS RESISTNCIAS, LEVANDO EM CONTA SEUS LIMITES NA HISTERIA E GUARDANDO CERTA PRECAUO QUANTO NEUROSE OBSESSIVA.
OS OBSTCULOS AOS EFEITOS DA INTERPRETAO BUSCADA NO TRATAMENTO J SO UMA PREOCUPAO EXPLCITA APRESENTADA COMUNIDADE ANALTICA.
POR OUTRO LADO, A QUESTO DA INTERPRETAO, NESTA POCA, EST ENVOLVIDA NA POLMICA COM JUNG E ADLER SOBRE O PAPEL DA SEXUALIDADE INFANTIL NA CAUSA DAS
NEUROSES, QUE ESTES COLOCAM EM DISCUSSO.
12. Qual a importncia deste caso para Freud? ESSE CASO TEM UMA IMPORTNCIA CAPITAL. J NA 1 ENTREVISTA COM O PACIENTE (19 ANOS), FREUD DETECTA A IMPORTNCIA DO FATOR SEXUAL INFANTIL E O LUGAR DA NEUROSE INFANTIL NA ORIGEM DA NEUROSE.
O CASO POSSUI UM VALOR E DEMONSTRAO, QUE FREUD DECIDE EM TRANSMITI-LO PARA A COMUNIDADE ANALTICA. VIVEU AT 1979 SUSTENTADO PELA COMUNIDADE ANALTICA.
EM 1912, FREUD SE DIRIGE AOS ANALISTAS PARA QUE ESTES DEM A IMPORTNCIA DEVIDA AOS SONHOS INFANTIS P. 72. PODEMOS PENSAR QUE A RAZO DESTE PEDIDO RESIDE NO SONHO DO HOMEM DOS LOBOS QUE CONSTITUI O ELEMENTO MAIS RELEVANTE DO CASO CLNICO.
13. Qual a lio tcnica que pode ser entendida? A LIO EM RELAO POSIO DE ONDE FREUD ESCUTAVA. ELE NO FICAVA ESPERA DE REVELAES E SURPRESAS, MAS, AO CONTRARIO, PARTIA DE CONSTRUES DE SABER QUE ESTAVAM LIGADAS A UM PONTO CRUCIAL A SER VERIFICADO.
FREUD INTERPRETA, A PARTIR DO COMPLEXO DE DIPO, CONJUGADO AGORA COM A HIPTESE DE QUE TUDO CONSERVADO NO INCONSCIENTE.
ELE QUER VERIFICAR SE O TRAUMA INFANTIL A CAUSA ORIGINRIA DE TODA A NEUROSE.
14. INTERPRETAO E/OU A CONSTRUO NO SO FACILMENTE DISTINGUVEIS NO USO QUE FREUD FAZ NESSE CASO E NOS SEUS EFEITOS.
A APRESENTAO DO CASO ILUSTRA A MANEIRA FREUDIANA DE INTERPRETAR GUIADA PELA REGRA DA BUSCA DE UMA LEMBRANA ORIGINARIA RECALCADA.
15. Diferena entre Interpretar e Construir INTERPRETAR, TRATA-SE DE PRODUZIR, A PARTIR DE UM ELEMENTO SIMPLES DO MATERIAL, UMA SUBSTITUIO, UMA DECIFRAO OU TRADUO.
EM OUTRAS PALAVRAS, INTERPRETAR DESCONSTRUIR UM DISCURSO. EX: O PACIENTE CHEGA COM UM DISCURSO ARRUMADINHOE COM PERGUNTAS, O QUE O ANALISTA FAZ DESCONSTRUIR.
DESCONSTRUINDO DISCURSO, FRAGMENTANDO, ELE VAI ABRIR PARA OUTRAS ASSOCIAES, MOSTRANDO QUE O DISCURSO ANTERIOR NO FAZIA SENTIDO.
16. J A CONSTRUO PROPE-SE AO SUJEITO, UM FRAGMENTO DE SUA HISTRIA A PARTIR DA ELABORAO DE VRIOS DE SEUS ELEMENTOS. EX: TRANSFERENCIALMENTE, UM ANALISANDO SE SENTE ENCIUMADO, MAS NO CONSEGUE DESCOBRIR A CAUSA DESSE CIME. ESTE MESMO ANALISANDO, TEM UM SONHO, QUE SE REPETE VRIAS VEZES E O IRMO DELE, EST MUITO PRESENTE TODAS AS INTERPRETAES DO SONHO RELETADO LEVA AO IRMO. NA SUA FALA SEMPRE H UM TEMA QUE ELE NO CONSEGUE ELABORAR DIREITO O QUE VAI ACONTECER DEPOIS DA MORTE.
*NO RELATO DESTES TRS TEMAS, REPETEM CONSTANTEMENTE NO DISCURSO DO ANALISANDO
17. PENSANDO A CONSTRUO NO EXEMPLO DADO, O ANALISTA
JUNTARIA ESTES TRS TEMAS, FAZENDO ASSIM UMA CONSTRUO EM
ANLISE.
A COLOCAO HIPOTETIZADA PODERIA SER: QUANDO SEU
IRMO NASCEU, VOC SENTIU MUITO CIME DELE E DESEJOU QUE ELE
MORRESSE.
O ANALISTA USA FRAGMENTOS DE LEMBRANAS, DE
ASSOCIAES, DE SONHOS, NO INTUITO QUE UMA CONSTRUO OCORRA.
18. QUAL O OBJETIVO CENTRAL DE FREUD EM RELAO A ESTE CASO? Convencer era o objetivo central de Freud.
19. 03 QUEM ERA O HOMEM DOS LOBOS? DIZ RESPEITO A UM JOVEM CUJA SADE SE ABALARA AOS DEZOITO ANOS, DEPOIS DE UMA GONORRIA INFECCIOSA, E QUE SE ENCONTRAVA INTEIRAMENTE INCAPACITADO E DEPENDENTE DE OUTRAS PESSOAS QUANDO INICIOU O SEU TRATAMENTO PSICANALTICO, VRIOS ANOS DEPOIS.
TIVERA UMA VIDA MAIS OU MENOS NORMAL DURANTE OS DEZ ANOS QUE PRECEDERAM A DATA DE SUA DOENA E CUMPRIU OS ESTUDOS DA ESCOLA SECUNDARIA SEM MUITOS PROBLEMAS. SEUS PRIMEIROS ANOS DE VIDA HAVIAM SIDO DOMINADOS POR UM GRANDE DISTRBIO NEURTICO;
20. QUE COMEOU IMEDIATAMENTE ANTES DE SEU QUARTO ANIVERSRIO, UMA HISTERIA DE ANGUSTIA (NA FORMA DE UMA FOLIA ANIMAL), QUE SE TRANSFORMOU NUMA NEUROSE OBSESSIVA DE CONTEDO RELIGIOSO E PERDUROU AT OS DEZ ANOS.
POR CAUSA DE SUA DOENA, O PACIENTE PASSOU UM LONGO PERODO EM SANATRIOS ALEMES, E FOI, NA POCA CLASSIFICADA PELOS MAIS AUTORIZADOS ESPECIALISTAS (ZIEHEN DE BERLIM E KRAEPILIN DE MUNIQUE), COMO UM CASO DE INSANIDADE MANACO DEPRESSIVO. (PMD)
21. De que se trata o caso? SEGUNDO FREUD A DESCRIO DO CASO, SE TRATAVA, DE UMA NEUROSE INFANTIL (?) QUE FOI ANALISADA NO ENQUANTO REALMENTE EXISTIA, MAS QUINZE ANOS DEPOIS DE HAVER TERMINADO.
22. O Tempo e o Tratamento As anlises que conduzem a uma concluso favorvel em pouco tempo, so de valor para a auto-estima do terapeuta e para substanciar a importncia mdica da psicanlise, mas permanecem em grande parte insignificantes no que diz respeito ao progresso do conhecimento cientifico.
A novidade s pode ser obtida de analise que apresentem especiais dificuldades, e para que isso acontea necessrio que elas se dedique bastante tempo.
No que diz respeito as dificuldades, este caso no deixa nada a desejar. P.22-23
23. O TEMPO E A TRANSFERNCIA O TEMPO UMA VARIVEL QUE PODE SER INTERPRETATIVA, SACODE, DESLOCA O SINTOMA FREUD CHEGOU NUM MOMENTO DA ANALISE DE SERGUEI CONSTANTINO VITH PRANKEJEFF, ONDE O CASO NO SE MOVIA NEM PARA FRENTE NEM PARA TRS.
FREUD ENTO MARCA UM TEMPO, UMA DATA X, PARA TERMINAR A ANALISE.
ESTA DECISO DE FREUD PROVOCA MOVIMENTO, O PACIENTE COMEA PRODUZIR E SUA ANALISE COMEA A ANDAR.
24. O TEMPO E A TRANSFERNCIA
O paciente a que me refiro permaneceu entrincheirado por trs de uma atitude de amvel apatia.
Escutava, compreendia e permanecia inabordvel. Sua indiscutvel inteligncia, estava separada das foras pulsionais que governavam seu comportamento mas poucas relaes vitais que lhe restavam...
Fui obrigado a esperar at que o seu afeioamento a mim tornar-se forte, o suficiente para contrabalanar essa retrao, e jogar um fator contra o outro. Determinei mas no antes que houvesse indcios dignos de confiana que me levassem a julgar que chegara o momento certo que o tratamento seria concludo numa determinada data fixa, no importando o quanto houvesse progredido.
25. O QUE ACONTECEU? O TEMPO FIXADO, LEVOU O PACIENTE A FICAR SOB PRESSO DO LIMITE POSTO.
COM ISSO, SUA RESISTNCIA E SUA FIXAO NA DOENA CEDERAM NUM PERODO CURTO, E A ANLISE PRODUZIU TODO O MATERIAL QUE TORNOU POSSVEL ESCLARECER SUAS INIBIES E ELIMINAR SEUS SINTOMAS.
TODA INFORMAO QUE ME POSSIBILITOU COMPREENDER A SUA NEUROSE INFANTIL, NASCEU DESSA LTIMA ETAPA DO TRABALHO. P.24
26. A MXIMA DO TRATAMENTO A extenso da estrada pela qual a anlise deve viajar com o paciente e a quantidade de material que deve ser dominado pelo caminho no tem importncia em comparao com a resistncia encontrada no trabalho.
27. 04 AMBIENTE, SINTOMATOLOGIA E HISTRICO DO CASO OS PAIS DE SERGUEI.
CASARAM-SE JOVENS, MANTIVERAM UMA VIDA COMUM FELIZ, SOBRE A QUAL A DOENA EM BREVE LANARA AS PRIMEIRAS SOMBRAS EM SUAS VIDAS.
ME COMEOU A SOFRER DE DISTRBIOS ABDOMINAIS
PAI TEVE SEUS PRIMEIROS ATAQUES DE DEPRESSO QUE O FIZERAM AUSENTAR-SE DE CASA.
O PACIENTE S PERCEBEU A ENFERMIDADE DO PAI MUITO TARDE, MAS TINHA CONSCINCIA DA FRACA SADE DA ME DESDE A TENRA INFNCIA. A ME TINHA POUCO A VER COM AS CRIANAS.
SEUS CUIDADOS FICAVAM A CARGO DE UMA BAB SEM INSTRUO, DE ORIGEM CAMPONESA, COM UMA INCOMPARVEL AFEIO POR ELE. (SUBSTITUTO DE SUE FILHO QUE MORRERA JOVEM).
28. A FAMLIA VIVIA NUMA GRANJA E COSTUMAVA A PASSAR O VERO EM OUTRA.
HOUVE UMA RUPTURA NA SUA INFNCIA, QUANDO SEUS PAIS VENDERAM AS GRANJAS E MUDARAM PARA A CIDADE.
NO ERA FILHO NICO, TINHA UMA IRM, 2 ANOS MAIS VELHA, VIVAZ DOTADA E PRECOCEMENTE MALICIOSA QUE DESEMPENHOU GRANDE PAPEL EM SUA VIDA.
NOS PRIMEIROS ANOS, PARECE TER SIDO UMA CRIANA MUITO BOA NDOLE, TRATVEL, TRANQILA, DE TAL MODO QUE COSTUMAVAM DIZER QUE ELE QUE DEVIA TER SIDO A MENINA E SUA IRM, O RAPAZ.
TORNARA-SE INQUIETO, IRRITVEL E VIOLENTO, MUDANDO SEU COMPORTAMENTO. TINHA MEDO E REPUGNNCIA DE INSETOS, COSTUMAVA ATORMENTAR OS BESOUROS E A CORTAR AS LAGARTAS EM PEDAOS.
29. APRESENTAVA ALGUMAS OBSERVAES:
ANTES DE DORMIR ERA OBRIGADO A REZAR MUITO TEMPO E FAZER UMA SRIE INTERMINVEL DE SINAL DA CRUZ.
FAZIA RONDA EM TODOS AS IMAGENS SAGRADAS, BEIJANDO-AS.
DESTOANTE OU COERENTE RECORDAVA CERTOS PENSAMENTOS, BLASFMIAS QUE LHE VINHAM CABEA COMO INSPIRAO DO DIABO. PENSAVA: DEUS SUNO OU DEUS MERDA.
OS ANOS MAIS MADUROS, FORAM MARCADOS POR UMA REVELAO INSATISFATRIA COM O PAI, NOS PRIMEIROS ANOS DA INFNCIA DO PACIENTE, ESSA RELAO HAVIA SIDO MUITO AFETIVA.
30. OS MEMBROS DA FAMLIA TINHAM VRIOS CASOS DE DOENAS CEREBRAIS.
TIO PEDRO SOFRIA DE PARANIA
TIO NICOLAU QUIS RAPTAR A NOIVA DE UM DE SEUS FILHOS
PRIMO FOI INTERNADO NUM MANICMIO COM DELRIOS DE PERSEGUIO.
EM 1905 SUA IRM SUICIDOU-SE DOIS ANOS DEPOIS SEU PAI TAMBM TIROU A PRPRIA VIDA. NESTA POCA SERGUEI FREQENTAVA O GINSIO.
CONHECEU UMA MULHER DO POVO, CHAMADA MATRONA, COM QUEM CONTRAIU GONORRIA, MERGULHOU ENTO EM ACESSOS DE DEPRESSO, QUE O LEVOU A TRANSFORMAR-SE NUM DOENTE IDEAL PARA O SABER PSIQUITRICO DO FIM DO SCULO.
OBS: A SINTOMATOLOGIA DE SERGUEI AMPLA: FOBIAS, OBSESSES, INIBIES, ANGUSTIA, AMBIVALNCIAS.
31. 05 O DIAGNSTICO E A CASTRAO UM CASO DE DIFCIL DIAGNOSTICO. TRATA-SE PELO QUE TUDO INDICA, DE UMA NEUROSE QUE EM ALGUNS MOMENTOS APRESENTA TRAOS DE UMA PSICOSE.
O MAL ESTAR DO PACIENTE APRESENTADO NEUROTICAMENTE, MAS AO MESMO TEMPO ASSENTAM-SE SOBRE TRAOS PSICTICOS.
QUANDO O PACIENTE ERA BEM PEQUENO, SUA IRM O SEDUZIU A PRATICAS SEXUAIS. A IRM SEGURAVA-LHE O PNIS E BRINCAVA COM ELE. AS FANTASIAS DO PACIENTE TINHA POR OBJETIVO, APAGAR A LEMBRANA DE UM EVENTO QUE MAIS TARDE LHE OFENDIA A AUTO-ESTIMA MASCULINA.
SEGUNDO ESTAS FANTASIAS, ELE NO DESEMPENHARA UM PAPEL PASSIVO EM RELAO A IRM, MAS SIM PORTARA-SE DE MODO AGRESSIVO, TENTAVA VER A IRM DESPIDA, FORA REJEITADO E CASTIGADO E POR ESTA RAZO SURGIRA O PERODO DA RAIVA DA QUAL A TRADIO FAMILIAR FALAVA.
32. A IDADE DO MENINO, NA POCA EM QUE SUA IRM COMEOU SUAS SEDUES, ERA DE 3 ANOS E 3 MESES. ELE SE MANTEVE DELA AFASTADO E SUAS SOLICITAES LOGO PARARAM.
O PACIENTE A INVEJAVA PELO RESPEITO QUE O PAI DEMONSTRAVA POR SUA CAPACIDADE MENTAL E RELAES INTELECTUAIS, ENQUANTO ELE INTELECTUALMENTE INIBIDO DESDE O ESTABELECIMENTO DE SUA NEUROSE, TINHA DE CONTENTAR-SE COM UMA ESTIMA MENOR.
33. SERGUEI TENTA CONQUISTAR NANYA COMEOU A BRINCAR COM O PNIS NA PRESENA DE NANYA, MAS ELA DESILUDIU-O E O AMEAOU DE CASTRAO.
SUA VIDA SEXUAL, QUE ESTAVA COMEANDO A SE COLOCAR SOB A INFLUNCIA DA ZONA GENITAL, RECUOU DIANTE DE UM OBSTCULO EXTERNO E VOLTOU A UMA FASE ANTERIOR DE ORGANIZAO PR-GENITAL.
COM A REPRESSO DA MASTURBAO, A VIDA SEXUAL DO MENINO ASSUMIU UMA CARACTERSTICA SDICO-ANAL.
34. HAVIA UMA AMBIVALNCIA CONSTANTE E INTENSA NO PACIENTE, DEMONSTRADO PELO DESENVOLVIMENTO DE AMBOS OS MEMBROS DOS PARES DE PULMES PARCIAIS CONTRRIOS.
DEPOIS DA REJEIO DE NANYA, SUA EXPECTATIVA LIBIDINAL DESLIGOU DELA E COMEOU A VISAR SEU PAI COMO OBJETO SEXUAL.
ASSUMINDO UM COMPORTAMENTO DESOBEDIENTE, ELE TENTAVA FORAR CASTIGOS E PANCADAS DE SEU PAI, E DESSA FORMA OBTER DELE A SATISFAO SEXUAL MASOQUISTA NO SENDO ACOMPANHADAS POR NENHUM SINTOMA DE ANGUSTIA AT OCORRER UM DETERMINADO EVENTO (O SONHO COM OS LOBOS).
35. MASTURBAO REPRESENTA TANTO NOS MENINOS QUANTO NAS MENINAS, UM POSITIVO ASPECTO DE UM SADIO DESENVOLVIMENTO PSICOSSEXUAL.
OS PRIMEIROS ATOS DE MASTURBAO INDICAM UMA SAUDVEL CURIOSIDADE COM A FINALIDADE DE CONHECER O PRPRIO CORPO, TAMBM UMA FORMA DE ESCOAR AS FANTASIAS, POSSIBILITANDO A ENTRADA EM CONTATO COM SENSAES QUE SERIAM PRIVILGIO EXCLUSIVO DOS ADULTOS.
AMBIVALNCIA DESIGNA UMA CONDIO DO PSIQUISMO PELA QUAL O SUJEITO TEM, CONCOMITANTEMENTE, SENTIMENTOS, IDIAS OU CONDUTAS OPOSTAS EM RELAO A UMA MESMA PESSOA OU SITUAO. EX: AMOR DIO, APROXIMAO AFASTAMENTO, AFIRMAO NEGAO.
36. RESULTADO DA SUPRESSO DA MASTURBAO A VIDA DO MENINO ASSUME UM CARTER ANAL-SDICO.
TORNOU-SE UM MENINO IRRITVEL, UM ATORMENTADOR, E GRATIFICAVA-SE DESSA FORMA S CUSTAS DE ANIMAIS E SERES HUMANOS.
O PRINCIPAL OBJETO ERA A SUA AMADA NANYA, E ELE SABIA COMO ATORMENT-LA AT QUE ELA ROMPESSE EM LGRIMAS. MOSTROU-SE CRUEL COM OS PEQUENOS ANIMAIS ARRANCANDO-LHES AS ASAS, ESMAGANDO BESOUROS COM OS PS;
EM SUA IMAGINAO, GOSTAVA TAMBM DE BATER EM ANIMAIS MAIORES (CAVALOS).
TODOS ESSES ERAM PROCEDIMENTOS ATIVOS E SDICOS.
37. FASE ANAL O SEGUNDO ESTGIO DE DESENVOLVIMENTO DENOMINADO DE ANAL, PORQUE A FONTE DOMINANTE DO PRAZER DA CRIANA PASSA, SEGUNDO FREUD, DA BOCA PARA A REGIO ANAL, OU SEJA, O NUS, AS NDEGAS, OS ESFNCTERES, A URETRA E TODOS O SISTEMA MUSCULAR ADJACENTE SE ENCONTRA EROTIZADO.
EMBORA O OBJETO DA ENERGIA LIBIDINAL, NESSA FASE, SEJA DE NATUREZA AUTOERTICA E NARCISISTA (VOLTADA PARA O PRPRIO EU), FREUD FAZ UMA DISTINO DA FASE EM ANAL-SDICA E ANAL-ERTICA.
38. FASE ANAL-SDICA O MODO DE SE OBTER PRAZER ELIMINATIVO E EXPRESSA-SE NAS ATIVIDADES DE DEFECAR, EXPULSAR OU DESTRUIR AS FEZES.
FASE ANAL-ERTICO ENQUANTO NA FASE ANAL-SDICO O MODO DE OBTER O PRAZER E ELIMINATIVO E EXPRESSA-SE NAS ATIVIDADES DE DEFECAR, EXPULSAR E DESTRUIR AS FEZES, NA FASE ANAL-ERTICA, O MODO PARA A OBTENO DO PRAZER REPETITIVO E EXPRESSA-SE POR ATIVIDADES COMO A RETENO E O CONTROLE DAS FEZES E DA URINA.
39.
FASE GENITAL
NESTA FASE, TODAS AS ZONAS ERGENAS EMERGENTES NAS FASES ANTERIORES FICAM, SEGUNDO FREUD, SUBORDINADAS PULSO SEXUAL VOLTADA PARA A REPRODUO. ESSA INTERPRETAO REFLETE A BASE BIOLGICA QUE ATRAVESSA TODO O PENSAMENTO FREUDIANO.
NOS TRS ENSAIOS SOBRE A SEXUALIDADE (1905), FREUD PROCURA ARTICULAR AS BASES BIOLGICAS E PSICOLGICAS DA SEXUALIDADE GENITAL.
40.
O COMPORTAMENTO SEXUAL DO ADOLESCENTE MOVIDO POR TRS FONTES: O MUNDO EXTERIOR, O INTERIOR DO ORGANISMO E A VIDA MENTAL. GRAAS COMBINAO DESSAS TRS FONTES, UM OBJETO SEXUAL PODE EMERGIR.
FREUD POR ISSO INTERPRETA COMO ALTRUSTICO O COMPORTAMENTO SEXUAL DO JOVEM, QUE NESTA FASE GENITAL, O CARTER AUTO-ERTICO DA SEXUALIDADE SUBSTITUDO PELO COMPARTILHAMENTO DO PRAZER COM O OUTRO INDIVDUO.
41. 06 NEUROSE INFANTIL E SEUS DOIS TEMPOS Freud isola dois tempos da neurose infantil:
1- Desenvolvimento de uma atitude perversa e cruel com animais, com trs anos e meio, que no correspondia ao comportamento anterior do sujeito.
2- Ecloso da angstia e da fobia quando o menino tinha quatro anos.
42. SEGUE-SE UMA INTENSA FORMAO DE SINTOMAS OBSESSIVOS, INCLUINDO RITUAIS RELIGIOSOS ANTES DE DORMIR.
FREUD PROPE QUE ESTES DOIS TEMPOS ESTEJAM SEPARADOS POR UM EVENTO TRAUMTICO.
CRIANA BONDOSA SBITA MUDANA (ATITUDE CRUEL) EVENTO TRAUMTICO ANGSTIA (FOBIA, SINTOMAS OBCESSIVOS) SONHO
43. UMA LEMBRANA DURANTE A ANLISE: O VENTO LEVANTANDO O CHAPU DE SUA GOVERNANTA. A PARTIR DESSA LEMBRANA, INICIA-SE UMA SRIE DE CONSTRUES EM ANLISE, E FREUD PROPS A SEGUINTE SEQNCIA CRONOLGICA:
INVESTIGAO INFANTIL AMOR PELA BAB (SUBSTITUTA DA ME);
SEDUO ATIVA DA IRM;
ENTRADA DA GOVERNANTA (AMEAA A RELAO COM A BAB);
MASTURBAO: (BATE-SE NUMA CRIAO/REPRESSO? AMEAA DA CASTRAO/SBITA MUDANA DE CARTER? REPREENDIDO PELO PAI?)
44.
DE ACORDO COM FREUD, SERIA AINDA PRECISO ENTENDER QUE SIGNIFICAO TEVE SUA FOBIA E SUAS PERVERSIDADES E COMO CHEGOU A SUA RELIGIOSIDADE OBSESSIVA E QUAL A RELAO QUE ENLAA TODOS ESSES FENMENOS.
OBSERVA-SE ENTO, UM GIRO SURPREENDENTE NO TEXTO DE FREUD: ONDE ELE SUPS A EXISTNCIA DE UM TRAUMA, SURGE LEMBRANA DE UM SONHO QUE OCORREU ALGUNS DIAS ANTES DE SERGUEI FAZER QUATRO ANOS.
45. O QUE H ENTRE O PRIMEIRO TEMPO E O SEGUNDO TEMPO DA NEUROSE INFANTIL O SONHO DOS SETE LOBOS BRANCOS NUMA RVORE, QUE OLHAVAM PARA ELE FIXAMENTE E QUE IRIAM COM-LO.
DESCRIO DO SONHO
O PACIENTE SONHOU QUE A JANELA DO QUARTO SE ABRIA E ELE VIA 6 OU 7 LOBOS BRANCOS NA NOGUEIRA EM FRENTE A JANELA. COM GRANDE TERROR DE SER DEVORADO, GRITOU E ACORDOU.
OBS: A INTERPRETAO DESTE SONHO FOI UMA TAREFA QUE DUROU VRIOS ANOS. A NICA AO NO SONHO ERA A ABERTURA DA JANELA. OS LOBOS PERMANECIAM IMVEIS SOBRE OS GALHOS DA RVORE.
46. SERQUEI SEMPRE ASSOCIAVA ESSE SONHO COM UMA GRAVURA DE UM LOBO NUM LIVRO DE CONTOS DE FADAS.
O QUE ENTROU EM ATIVIDADE NAQUELA NOITE, BROTANDO DO CAOS DO INCONSCIENTE NA MEMRIA DO SONHADOR, FOI A IMAGEM DA CPULA DE SEUS PAIS, CPULA EM CIRCUNSTNCIAS NO INTEIRAMENTE COMUNS A OBSERVAO.
COITUS A TERGO (COITO POR TRS), MORE FERARUM (AO MODO DOS ANIMAIS).
47. TAL OBSERVAO, IR SE LIGAR A OUTROS ELEMENTOS, QUE INDICARAM PARA ELE, A REALIDADE DA CASTRAO.
O COITUS A TERGO O QUE POSSIBILITA AO MENINO INOCENTE, ESSA OBSERVAO SENSORIAL.
OBSERVAO DA REALIDADE DA DIFERENA, QUE AFINAL, A ESSNCIA DA REALIDADE EM GERAL, POVOADA DE INFINITAS DIFERENAS.
48. A gravura
TORNOU-SE O PONTO DE PARTIDA PAR AS MANIFESTAES DE ANGSTIA.
CAUSA DA ANGSTIA: ERA UM REPDIO AO DESEJO DE SATISFAO SEXUAL A PARTIR DO PAI, CUJA EVOCAO COLOCARA O SONHO NO CABEA.
A FORMA ASSUMIDA PELA ANGSTIA, O MEDO DO LOBO DEVOR-LO, FOI APENAS UMA TRANSPOSIO DO DESEJO DE COPULAR COM O PAI, OU SEJA, DE TER SATISFAO SEXUAL DA MESMA FORMA QUE SUA ME.
49. SEU LTIMO OBJETIVO SEXUAL, A ATITUDE PASSIVA EM RELAO AO PAI, SUCUMBIU AO RECALCAMENTO, E EM SEU LUGAR SURGIU O MEDO DO PAI, NA FORMA DE FOBIA AO LOBO.
SUA ME OCUPOU O LUGAR DO LOBO CASTRADO, QUE DEIXAVA OS OUTROS SUBIREM NELE, SEU PAI TOMOU O PAPEL DO LOBO QUE SUBIA.
ELE IDENTIFICAVA-SE COM SUA ME CASTRADA (SEM PNIS), DURANTE O SONHO LUTAVA CONTRA O FATO. SUA MASCULINIDADE PROTESTOU CONTRA SER CASTRADO (COMO A ME) DE FORMA A SER SEXUALMENTE SATISFEITO PELO PAI.
NO FOI APENAS UMA CORRENTE SEXUAL QUE SE INICIOU NA CENA PRIMRIA, MAS TODO UM CONJUNTO DELAS.
50. CENA PRIMRIA OU CENA ORIGINRIA
CENA DA RELAO SEXUAL ENTRE OS PAIS, OBSERVADA OU SUPOSTA SEGUNDO DETERMINADOS NDICES, E FANTASIADAS PELA CRIANA, QUE GERALMENTE INTERPRETADA POR ELA COMO UM ATO DE VIOLNCIA POR PARTE DO PAI.
FREUD AFIRMAVA QUE, MESMO NOS CASOS EM QUE NO TENHA HAVIDO UMA OBSERVAO DIRETA, INDCIOS INDIRETOS, COMO RUDOS PROVIDOS DO QUARTO DOS PAIS, PODERIAM FUNCIONAR COMO UM FATOR DETERMINANTE DA CENA PRIMRIA.
51. IMPORTNCIA DESTA SITUAO: RESIDE NO TIPO DE FANTASIAS QUE ACOMPANHAM A IMAGINAO DA CRIANA, PORQUE ELAS TANTO PODEM SER DE QUE OS PAIS ESTEJAM SE AMANDO DE FORMA MUITO SAUDVEL (E QUE ELA ASSIM NASCEU POR UM ATO AMOROSO), COMO TAMBM PODE ACONTECER DAS FANTASIAS ADQUIRIREM UMA SIGNIFICAO DE TERROR, COMO SE O PAI PUDESSE ESTAR MALTRATANDO A ME, ETC.
INCORPORAO DESSAS FANTASIAS: PODE PROMOVER UMA FUTURA FORMA, MAIS SADIA OU MAIS PATOLGICA, DE ENCARAR, LOGO, A DE PRATICAR A VIDA GENITAL ADULTA.
52. 07 SNTESE DA ORGANIZAO SEXUAL DE SERGUEI TENTATIVA DE CONQUISTAR NANYA AO INVS DA IRM, MAS ELA O DESILUDIU E O AMEAOU DE CASTR-LO.
SUA VIDA SEXUAL ESTAVA COMEANDO A SE COLOCAR SOB A INFLUNCIA DA ZONA GENITAL, RECUOU-SE DIANTE DE UM OBSTCULO EXTERNO E VOLTOU A UMA FASE ANTERIOR DE ORGANIZAO PR-GENITAL.
COM A REPRESSO DA MASTURBAO, A VIDA SEXUAL DO MENINO ASSUMIU UMA CARACTERSTICA SDICO-ANAL.
AMBIVALNCIA DEMONSTRADA PELO DESENVOLVIMENTO DE AMBOS OS MEMBROS DOS PARES DE PULSES PARCIAIS CONTRRIAS.
53. AMBIVALNCIA DEMONSTRADA PELO DESENVOLVIMENTO DE AMBOS OS MEMBROS DOS PARES DE PULSES PARCIAIS CONTRRIAS.
SONHO: UMA NOVA FASE DA ORGANIZAO SEXUAL.
DESDE A SEDUO, SEU OBJETIVO SEXUAL HAVIA SIDO PASSIVO DE SER TOCADO NOS GENITAIS; MAS TRANSFORMOU-SE POR REGRESSO AO ESTGIO ANAL-SDICO.
NO PROPSITO MASOQUISTA DE SER ESPANCADO OU CASTIGADO. PARA ELE ERA INDIFERENTE A QUESTO DE ATINGIR ESSE OBJETIVO COM UM HOMEM OU UMA MULHER.
BAB PARA O PAI ( PROVOCAO CORO).
54. DESCOBRIU A VAGINA E O SIGNIFICADO BIOLGICO DE MASCULINO E FEMININO. COMPREENDIA QUE ATIVO ERA O MESMO QUE MASCULINO, E QUE PASSIVO ERA O MESMO QUE FEMININO.
SEU OBJETIVO PASSIVO TRANSFORMOU-SE EM FEMININO, EXPRESSANDO-SE COMO SER COPULADO PELO PAI EM VEZ DE SER POR ELE ESPANCADO NOS GENITAIS OU NO TRASEIRO.
ESSE OBJETIVO FEMININO SUJEITOU-SE A REPRESSO, SENDO SUBSTITUDO PELO MEDO DO LOBO.
55.
TANTO O PAI QUANTO A ME, TRANSFORMARAM-SE EM LOBOS.
SUA ME ASSUMIU O PAPEL LOBO CASTRADO, QUE DEIXAVA OS OUTROS SUBIREM SOBRE ELA;
O PAI ASSUMIU O PAPEL DE LOBO QUE SUBIA.
PARECE QUE ELE SE IDENTIFICOU COM A ME CASTRADA DURANTE O SONHO, E AGORA LUTAVA CONTRA ESSE FATO.
56. A TRANSFORMAO DOS SINTOMAS FBICOS EM SINTOMAS DE TEMTICA RELIGIOSA
A NEUROSE OBSESSIVA SE DESENVOLVEU TENDO COMO BASE UMA CONSTITUIO SDICO-ANAL.
AS FEZES TINHAM UM SIGNIFICADO DE DINHEIRO PARA O PACIENTE. DURANTE A LTIMA FASE DA DOENA ELE SOFRIA DE DISTRBIOS DA FUNO INTESTINAL.
ENCONTRAVA BASTANTE PRAZER EM EXIBIES E BRINCADEIRAS ANAIS.
CHEGA CONCLUSO DE QUE SUA ME ADOECERA DEVIDO AO QUE SEU PAI LHE FIZERA (RELAO SEXUAL); E O MEDO DE FICAR TO DOENTE QUANTO SUA ME ERA O REPDIO A SER IDENTIFICADO COM ELA NA CENA SEXUAL.
57. O TEMOR DENOTAVA QUE, NA SUA ELABORAO POSTERIOR A CENA PRIMRIA ELE SE COLOCARA NO LUGAR DA ME E INVEJAVA SUA RELAO COM O PAI.
O RGO PELO QUAL PODIA EXPRESSAR SUA ATITUDE HOMOSSEXUAL PASSIVA FRENTE AOS HOMENS E SUA IDENTIFICAO COM AS MULHERES ERA O NUS.
O PACIENTE REJEITAVA A CASTRAO, E APOIAVA-SE NA SUA TEORIA DE RELAES SEXUAIS PELO NUS.
58. DEPOIS DE DISCORRER SOBRE AS TENDNCIAS HOMOSSEXUAIS INCONSCIENTES DO PACIENTE, FREUD CONCLUIU QUE, AS TENDNCIAS HETEROSSEXUAIS SURGEM.
ELE MOSTRA QUE EM LTIMA ANLISE, A AMEAA DE CASTRAO PROVM DO PAI E AO MESMO TEMPO, FONTE DE HOSTILIDADE INCONSCIENTE EM RELAO A ELE, QUE CHEGA AO DESEJO DE QUE ELE MORRA E DE UM SENTIMENTO DE CULPA LIGADO AO CARINHO QUE SENTE POR SEU PAI.
ESSA VIA SEGUIDA POR SERGUEI, NO SENO, A DO COMPLEXO DE DIPO POSITIVO, SEGUNDO FREUD, A MESMA SEGUIDA POR TODO NEURTICO.
59. Uma cena de seduo pode ocultar outra:
AO VER GROUSCHA AGACHADA LAVANDO O CHO E COM AS NDEGAS MOSTRA, ELE URINOU, E DIANTE DISSO A BAB TERIA O AMEAADO DE CASTRAO.
PARA FREUD, ESTABELECEU-SE ENTO NO PACIENTE UMA LIGAO ENTRE A MOA AGACHADA E A POSIO DA MULHER NA CENA DO COITO, DE MODO QUE A BAB SE TORNOU UMA SUBSTITUTA DA ME, E O MENINO SE IDENTIFICOU COM O PAI.
A EXCITAO SEXUAL SE APODEROU DELE, QUE SE COMPORTOU EM RELAO A ELA COMO MACHO, COMO SEU PAI, CUJA AO ELE S PUDERA ENTENDER NA POCA COMO UMA MICO. P.90.
60. SEGUNDO FREUD, ESSA LEMBRANA E AS FANTASIAS ASSOCIADAS A ELA ESTARIAM NA ORIGEM DA ATRAO QUE O JOVEM SENTIA PELAS NDEGAS DE SUAS PARCEIRAS E PELO REBAIXAMENTO DE SEUS OBJETIVOS DE AMOR, QUE ELE ESCOLHIA NORMALMENTE ENTRE MULHERES DE CONDIO INFERIOR.
CONVICO EXPRESSADA PELO PACIENTE: CHEGARIA CURA SE CONSEGUISSE RETORNAR AO ACONCHEGO DA ME PARA RENASCER.
FREUD CONSIDERA QUE ESSE DESEJO EXPRESSA A VONTADE DE TER UM COITO COM O PAI, PARA OBTER DELE UM FILHO.
DESEJA-SE COLOCAR NA SITUAO EM QUE SE ENCONTRAVA NOS ORGASMOS GENITAIS DA ME, EM QUE O HOMEM SE IDENTIFICA COM SEU PNIS, SE FAZ SUBSTITUIR POR ELE P.99.
61. O QUE DENOTA ESTE DESEJO DE UM RETORNO AO VENTRE MATERNO? ESSE DESEJO SE PRODUZ NO REGISTRO DA BISSEXUALIDADE PSQUICA, EXPLICA FREUD, E SE DIRIGE TANTO AO PAI QUANTO A ME:
AS DUAS FANTASIAS SE REVELAM COMO SENDO SIMTRICAS, QUE EXPRESSAM, SEGUNDO A ATITUDE MASCULINA E FEMININA DE CADA UM, O DESEJO DE RELAES SEXUAIS COMO O PAI OU COM A ME.
FREUD CONSIDERA QUE O PACIENTE TINHA DESEJOS INCESTUOSOS, TANTO PELO PAI QUANTO PELA ME.
62.
APS A ANLISE DETALHADA DE DIVERSAS MODALIDADES QUE IMPLICAM ESSAS DUAS TENDNCIAS NO PACIENTE, FREUD MOSTRA QUE A TENDNCIA HETEROSSEXUAL PREDOMINAR, POIS A IDENTIFICAO DA CRIANA COM O PAI, CONDUZ A LIQUIDAO DO COMPLEXO DE DIPO, E O FIM DA REPRESSO DAS TENDNCIAS HOMOSSEXUAIS PERMITIR SUA SUBLIMAO, O QUE CONDUZ O PACIENTE A CURA.
63. 08 - CONCLUSO Freud evidenciou o conflito entre as tendncias passivas femininas do
menino, correspondente ao complexo de dipo invertido, e suas
tendncias masculinas correspondentes ao complexo de dipo
positivo. Essas tendncias masculinas, depois de terem sido
elaboradas, acabaram por se sobrepor s tendncias homossexuais
inconscientes, levando o paciente cura.
64. MAS NEM POR ISSO OS ASPECTOS
PSICTICOS DE SERGUEI FICARAM ESQUECIDOS. ELES REAPARECERAM ATRAVS DE
UMA DESCOMPENSAO HIPOCONDRACA DELIRANTE, MAS FOI POSSVEL
ELABORAR ESSAS TENDNCIAS EM UMA OUTRA ANLISE COM RUTH MACK
BRUNSWICK.
SEGUEI PERMANECEU IDENTIFICADO AT O FIM DE SUA VIDA COMO O FAMOSO
PACIENTE DE FREUD O HOMEM DOS LOBOS.
65. 09 - BIBLIOGRAFIA FREUD, Sigmund. Obras Psicolgicas Completas. Volume XVII.
ROUDINESCO, Elisabeth. Dicionrio de Psicanlise. Jorge Zahar
Editor, RJ 1997.
LAPLANCHE, Pontalis e. Vocbulo da Psicanlise, Martins Fontes; SP
2000.
Os Poderes da Palavra / Textos reunidos pela Associao Mundial de
Psicanlise. - Rio de Janeiro: Jorge Zahar. Ed. 1996 Campo
Freudiano do Brasil.
