1 / 9

Humanismo (1418 – 1527)

Humanismo (1418 – 1527) O século XV português corresponde ao nascimento do mundo moderno, na medida em que inaugura um padrão de cultura voltado para o ser humano. Contribui para isso a euforia provocada pelas descobertas e pelas conquistas marítimas.

tara-kelley
Télécharger la présentation

Humanismo (1418 – 1527)

An Image/Link below is provided (as is) to download presentation Download Policy: Content on the Website is provided to you AS IS for your information and personal use and may not be sold / licensed / shared on other websites without getting consent from its author. Content is provided to you AS IS for your information and personal use only. Download presentation by click this link. While downloading, if for some reason you are not able to download a presentation, the publisher may have deleted the file from their server. During download, if you can't get a presentation, the file might be deleted by the publisher.

E N D

Presentation Transcript


  1. Humanismo (1418 – 1527) O século XV português corresponde ao nascimento do mundo moderno, na medida em que inaugura um padrão de cultura voltado para o ser humano. Contribui para isso a euforia provocada pelas descobertas e pelas conquistas marítimas. Nas crônicas de Fernão Lopes, o povo ganha destaque pela primeira vez. Uma onda de realismo, de terrenalismo, de apego à natureza física, eleva-se para se contrapor ao transcendentalismo anterior. O homem visto como tal e não à imagem e semelhança de Deus.

  2. Fernão Lopes é nomeado em 1418 o guarda das escrituras da Torre do Tombo. Em 1434, é incumbido de por em crônica a vida dos reis de Portugal. Várias crônicas se perderam só restando Crônica d’El-Rei D. Pedro, Crônica d’El-Rei D. Fernando e Crônica d’El-Rei D. João. Com Fernão Lopes, a Literatura Portuguesa produzida até então ganha maior relevância, graças ao sentido duplo com que é praticada: o literário e o histórico propriamente dito. Fernão Lopes é considerado o “pai da História” em Portugal e é posto ao par de grandes cronistas medievais. Como historiador tem o valor de procurar ser moderno, desprezando o relato oral em favor dos acontecimentos documentados. “nosso desejo foi em esta obra escrever verdade, sem outra mistura, deixando nos bons aquecimentos todo fingido louvor, e nuamente mostrar ao povo, quaisquer contrárias cousas, da guisa que avieram”. Crônica d’El-Rei D. João.

  3. Qualidade literárias das crônicas de Fernão Lopes: Estilo coloquial, saborosamente vivo, não escondia o gosto acentuado pelo primitivo, talvez em decorrência da sua origem plebeia e do seu amor ao povo. Com seu estilo, transcende o plano descritivo e narrativo da historiografia anterior. Utiliza de técnicas novelescas: consegue fazer com que o leitor tenha uma viva percepção do que se passa.

  4. A prosa doutrinária Escrita sobretudo por monarcas, essa prosa pedagógica servia à educação da realeza e da fidalguia, com a intenção de orientá-la no convívio social e no adestramento físico para a guerra. Um dos temas principais era o culto do esporte, sobretudo, a caça. As virtudes morais também são enaltecidas, mas sempre visando a alcançar o perfeito equilíbrio entre a saúde do corpo e a do espírito. Textos famosos: Livro de montaria, de D. João I. Leal Conselheiro e Livro da ensinança de Bem Cavalgar Toda Sela, de D. Duarte.

  5. A poesia: O cancioneiro geral Garcia de Resende faz um balanço da atividade literária do período. A poesia se caracteriza pela separação entre música e “letra”. A poesia passa a ser composta para a leitura solitária ou a declamação coletiva. O ritmo agora é alcançado com os próprios recursos da palavra disposta em versos, estrofes, etc., e não com a pauta musical. Novas técnicas e estruturas poéticas: A esparsa, composta de um única estrofe de 8 a 16 versos; originária da Provença, destinava-se especialmente a comunicar sentimentos de tristeza e melancolia; A trova, composta de duas ou mais estrofes; O vilancete, formado de um mote (motivo) composto de 2 ou 3 versos, seguido de voltas ou glosas, isto é, estrofes em que o poeta retomava e desenvolvia as ideias contidas no mote; A cantiga, formada dum mote de 4 ou 5 versos e de uma estrofe de 8 ou 10 versos.

  6. Temas da poesia Poesia lírica: o amor-sofrimento, súplica mortal, espiritualidade e platonismo. Novidade: a mulher deixa de ser ideal, desce à terra, adquire qualidades físicas e sensoriais, antes proibidas ao olhar do trovador. A natureza assume o papel de consolo, confidente e refúgio para os males do amor. (antecipa uma característica do Romantismo)

  7. Teatro Gil Vicente Temas: tradicional e de atualidades. O primeiro compreende às peças de caráter religioso, Auto da Fé (1510), Auto da Alma (1518); as de assunto bucólico, como o Auto Pastoril Castelhano (1523); e as de assunto inspirado na novela de cavalaria, como D. Duardos (1522). O segundo se caracteriza por conter o retrato satírico da sociedade do tempo, a fidalguia, a burguesia, o clero e a plebe. Farsa de Inês Pereira (1523) Teatro baseado na espontaneidade e com o objetivo de divertir a corte.

  8. Classicismo (1527 – 1580) Extraordinária prosperidade econômica: Lisboa transforma-se em centro comercial de primeira grandeza; na Corte, impera um luxo desmedido; a maioria da população acredita cegamente haver chegado Portugal a uma inalterável grandeza material. A atividade literária em Portugal reflete esse ambiente de exaltação épica e desafogo financeiro que cruza os decênios iniciais do século XVI. O Classicismo se difundiu amplamente, por corresponder, no plano literário, ao geral e efêmero complexo de supremacia histórica. O humano prevalece ao divino.

  9. Concepção de arte baseada na imitação dos clássicos gregos, considerados modelos de perfeição estética. Criar obras de arte segundo as fórmulas, as medidas, empregadas pelos antigos. A arte clássica privilegia a razão Deveria expressar verdades eternas e superiores, procurando aproximar-se dos modelos greco-latinos: a Beleza, o Bem, a Verdade. Objetivo ético: o do aperfeiçoamento do homem na contemplação das paixões humanas postas em arte. (intelecto) Os clássicos são formalistas: aceitam os modelos preestabelecidos e valorizam a perfeição formal em prosa e em poesia.

More Related