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ÉTICA E VIOLÊNCIA

ÉTICA E VIOLÊNCIA. Profª Stela Maris da Silva. Pauta do trabalho. Considerações metodológicas; Ética/Violência; Dispositivos de ocultamento; Ética como liberdade O sentido poético e o sentido político da educação. Considerações metodológicas. História do presente.

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ÉTICA E VIOLÊNCIA

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Presentation Transcript


  1. ÉTICA E VIOLÊNCIA ProfªStela Maris da Silva

  2. Pauta do trabalho • Considerações metodológicas; • Ética/Violência; • Dispositivos de ocultamento; • Ética como liberdade • O sentido poético e o sentido político da educação

  3. Considerações metodológicas • História do presente. • Brasil- dimensão, diversidade, desigualdade social. • Discursos- qualificados e desqualificados, excluídos. • Práticas aprisionam, nos fazem cegos. • Mudanças para alterar a realidade-... eventual e minimamente.

  4. Objetivo: Apontar sinais para ajudar a compreensão do que é a violência real, e a compreensão do que é Ética como liberdade.

  5. Pressuposto: “ a arte não imita o visível; ela torna visível o não visível”.(Paul Klee)

  6. Educação: Arte= educação Portanto educação não imita e reproduz o visível; ela torna visível o não visível. Ética: parte da Filosofia se

  7. O que é Ética? • ta ethé” e “mores”(plural): costumes e modos de agir de uma sociedade; • “ethos” ( singular): caráter ou temperamento individual que deve ser educado para os valores sociais;

  8. Ética: • parte da Filosofia que se dedica à análise dos valores e das condutas humanas(qual a origem? fundamentos e finalidades?).Tenta definir quem é o agente ético, quais suas ações e o conjunto de valores que balizam o que se considera ético.

  9. Valores: Em primeiramente, como a “não diferença” de alguma coisa para um sujeito ou uma consciência motivada, Em segundo lugar, como uma relação, um produto entre o sujeito dotado de uma necessidade qualquer, e um objeto ou algo que possua uma qualidade ou possibilidade real de satisfazê-lo.

  10. O agente ético Pensado como sujeito ético: • Racional, consciente que sabe o que faz; • Livre que decide e escolhe; • Responsável que responde pelo que faz;

  11. A ação ética: É balizada pelas idéias e bem e mal, justo e injusto, virtude e vício: • Consciente ( se livre e responsável), • Virtuosa (se estiver em conformidade com o bom e o justo, se for livre, autônoma ( decisão do sujeito))

  12. RAFAEL.Stanza della Segnatura-tecto Stanza della Segnatura-tecto

  13. RAFAEL. Fortaleza

  14. RAFAEL. Justiça

  15. RAFAEL. Temperança

  16. Conflito: • Entre a autonomia da vontade do agente ético(interior do sujeito) e a heteronomia dos valores morais da sociedade(exterior ao sujeito);

  17. Resolução do conflito: • Quando o agente ético reconhece os valores de sua sociedade como se tivesse sido instituídos por ele (autor dos valores ou das normas morais) • Nesse caso ele será autônomo agindo como se tivesse dado a si mesmo sua própria lei de ação

  18. A ação só é ética: • Se realizar a natureza racional, livre e responsável do sujeito; • e se este respeitar a racionalidade, liberdade e responsabilidade dos outros agentes; • Ou seja, a subjetividade ética é uma intersubjetividade socialmente determinada.

  19. Nessa perspectiva: Ética e Violência são opostas:

  20. Violência • Tudo o que age usando a força para ir contra a natureza de algum ser é desnaturar

  21. Todo ato de força para ir contra a espontaneidade, a vontade e a liberdade de alguém é coagir,constranger, torturar, brutalizar.

  22. Todo ato de violação da natureza de alguém ou de alguma coisa valorizada positivamente por uma sociedade é violar

  23. Todo ato de transgressão contra o que alguém ou uma sociedade define como justo e como um direito.

  24. Consequentemente: • Violência é um ato de brutalidade, sevícia e abuso físico e/ou psíquico contra alguém. • Caracteriza relações intersubjetivas e sociais definidas pela opressão e intimidação, pelo medo e o terror.

  25. Violência se opõe à Ética • Porque trata seres racionais e sensíveis , dotados de linguagem e de liberdade como se fossem coisas, isto é, irracionais insensíveis, mudos e inertes ou passivos.

  26. No Brasil vivemos um paradoxo: • De um lado, grita-se contra a violência e pede-se um retorno à Ética... • E, de outro são produzidas imagens e explicações para a violência tais que a violência real jamais possa se tornar visível e compreensível

  27. Dispositivos de ocultamento: • Dispositivos: • Jurídico • Sociológico • De exclusão • De distinção entre o essencial e o acidental

  28. Dispositivo jurídico • Localiza a violência apenas como crime contra a propriedade e contra a vida; Ex: ...

  29. Dispositivo sociológico • Considera a violência um momento de anomia social, isto é, como um momento no qual grupos sociais “atrasados” ou “arcaicos” entram em contato com grupos sociais “modernos”, e, desadaptados, tornam-se violentos;

  30. Dispositivo de exclusão: • Manifesta-se na distinção entre “nós brasileiros não violentos” e um “eles violentos”, “eles” sendo todos aqueles que , “atrasados” e deserdados, empregam a força contra a propriedade e a vida de “nós brasileiros não violentos”

  31. Dispositivo de distinção entre o essencial e o acidental: • Por essência a sociedade brasileira não seria violenta e, portanto, a violência é apenas um acidente na superfície social sem tocar em um fundo essencial não- violento... • Ex: uso de expressões como “surto”, “onda”, “epidemia”, “crise”, termos que indicam algo passageiro e acidental.

  32. Deste modo: • As desigualdades econômicas, sociais e culturais; • As exclusões econômicas, políticas e sociais; • O autoritarismo que regula todas as relações sociais;

  33. A corrupção como forma de funcionamento das instituições; • O racismo, o sexismo, as intolerâncias religiosa, sexual e política... • O modo de vivermos ( privado e público) Ex: a “fofoca” do dia a dia...

  34. A sociedade brasileira não é percebida: • Como estruturalmente violenta... E por isso a violência aparece como um fato esporádico superável.

  35. Construída essa imagem da violência : • Espera-se vencê-la com o “retorno à ética”... • Como se a ética não fosse uma maneira de agir e sim uma coisa que estivesse sempre pronta e disponível em algum lugar e que perdemos ou achamos periodicamente.

  36. Que se entende por essa ética à qual se pretende “retornar”?

  37. Dispostivos de ocultamento Ética entendida como: • Reforma de costumes ; • Multiplicidade de Éticas; • Defesa humanitária dos direitos contra a violência;

  38. Ética como reforma de costumes: Ética aqui é tomada... • Como restauração de valores passados e não como análise das condições presentes de uma ética; • Sob uma perspectiva conservadora, incumbida de promover o retorno a um bom passado imaginário.

  39. Ética como multiplicidade de Éticas • Ética Política; • Ética familiar; • Ética escolar; • Ética do futebol; • Ética da empresa; • ...

  40. Portanto desprovida de qualquer caráter de universalidade e entendida como competência específica de especialistas. Ex: as comissões éticas

  41. Confunde-se ética e organização administrativa; • É tomada como um código de condutas que define hierarquias, cargos e funções, das quais dependem responsabilidades funcionais para o bom andamento de uma organização. • Exprime a forma contemporânea da alienação. ( sociedade fragmentada)

  42. Ética como defesa humanitária dos direitos contra a violência • Como comentário indignado contra a política, a ciência, a técnica, a mídia, a política, o atendimento médico-alimentar, a escola dos deserdados da terra. • Confunde-se com compaixão; • Permanece cega às condições materiais da sociedade contemporânea, na qual há uma contradição surda entre o desenvolvimento tecnológico e o trabalho vivo,tornando-o inútil.

  43. “Retorno à ética” • Tenta-se manter a idéia de que o trabalho é a condição da moralidade e da virtude, o Bem, um dever moral, e culpabiliza os desempregados e subempregados por sua situação, não cessa de considera-los portadores de violência. • Não supera a alienação social e a violência.

  44. Primeiro: porque o sujeito ético esta cindido em dois: • De um lado como vítima ( sofredor passivo • De outro como piedoso e compassivo (identifica o sofrimento e age para afastá-lo)

  45. Assim a vitimização faz com que o agir fique na mão dos não- sofredores, que deverão fazer a justiça. • As vítimas perdem a condição de sujeitos éticos para se tornar objetos de nossa compaixão • Consequentemente para que os não sofredores possam ser éticos

  46. Segundo: prevalece o consenso • Enquanto na ética é a idéia do bem, do justo e do feliz que determina a construção do sujeito ético... • Na ideologia ética (dispositivos)é a imagem do mal que determina a imagem do bem ( o bem se torna o não-mal), reduzindo esse à mera ausência de mal deixando de ser algo afirmativo, para ser puramente reativo.

  47. Conseqüência: A ética como ideologia • reúne as pessoas em torno de idéias de mal, e não nas práticas de liberdade e felicidade; • A imagem do presente: é de eterno, de destino; como se existisse por si e não como efeito de ações humanas;

  48. Portanto as conquistas da modernidade: • Racionalidade • Sentido de história • Abertura temporal do possível pela ação humana • Objetividade • Subjetividade Teriam sido responsáveis pela infelicidade do nosso presente.

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