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PENSAMENTO E LINGUAGEM. A linguagem depende do pensamento (representações mentais). 2. A linguagem influencia o pensamento. 3. As palavras são particularmente úteis ao pensamento quando se trata de: - pessoas ou objectos ausentes ;
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A linguagem depende do pensamento (representações mentais). 2. A linguagem influencia o pensamento. 3. As palavras são particularmente úteis ao pensamento quando se trata de: - pessoas ou objectos ausentes; - situações que ocorreram no passado ou que vão ocorrer no futuro e - ideias abstractas. 4. Mas segundo Whorf as palavras também podem limitar o pensamento.
5. O pensamento pode existir sem linguagem (e.g. os bebés não falam, mas quando têm calor a afastam a roupa com os pés) 6. O pensamento implica actividades mentais: - o raciocínio; - a solução de problemas e - a formação de conceitos. 7. Podemos distinguir pensamento dirigido do pensamento não dirigido.
8. Ambos os tipos de pensamento (dirigido e não dirigido) dependem dos mesmos processos básicos: - memória, - imaginação - formação de associações. 9. O pensamento só pode ser observado indirectamente, através de elementos que o compõe: ● imagens: imagens mentais, isto é, traços que ficam retidos na memória (visuais, auditivas, gustativas, etc). ● linguagem: quando pensamos parece que falamos com nós próprios.
Desenvolvimento da capacidade para PENSAMENTO DIRIGIDO 1. A mente humana funciona como se fosse uma espécie de “armazém” (repositório de experiências) 2. Jean Piaget observou que as crianças cometiam consistentemente certos tipos de erros e deduziu que as crianças pensavam diferentemente dos adultos e não apenas “menos” que estes últimos. 3. Assim, Piaget concluiu que “Mais do que um mero repositório de imagens, o pensamento traduz o que as pessoas retiram das suas experiências, e o que lhes acrescentam, nomeadamente usando imaginação”.
4. Piaget assume assim uma perspectiva construcionista defendendo que: à medida que a criança cresce vai desenvolvendo as suas capacidades de interpretação e construção da realidade, passando por vários estágios, até atingir as capacidades mentais correspondentes às dos adultos. • 5. Piaget defende a existência de 4 estádios para se desenvolver a capacidade de pensamento dirigido: • Estádio sensorimotor (até aos 2 anos de idade) • . Quadros mentais simples • Estádio pré-operacional (dos 2 até aos 7 anos de idade) • . Percepção da realidade • Estádio de operações concretas ( dos 7 aos 11 anos de idade) • . Uso da lógica • Estádio de operações formais(dos 11 aos 15 anos de idade) • . Compreensão lógico-abstracta
Críticas a Piaget 1. Piaget pressupõe que existe um crescimento no desenvolvimento da criança mas nem sempre é assim: por vezes ocorrem recuos no desenvolvimento. Na 1ª infância, por exemplo, as capacidades motoras podem aparecer, desaparecer e reaparecer. 2. Nem todas as crianças atingem o estádio final (operações formais) com a mesma idade como sugeria Piaget. 3. Piaget deu muita importância à hereditariedade, subestimando a importância da estimulação ambiental no moldar das capacidades cognitivas. 4. Na análise do comportamento das crianças quando estas resolvem problemas Piaget não diferenciou linguagem, de memória ou ainda de percepção. Todos estes factores podem ter um papel importante no desenvolvimento da capacidade para resolver problemas.
5. Piaget sugeriu que todas as crianças de determinada idade apresentavam dadas operações mentais quando na realidade tal varia muito de criança para criança (e.g. nem todas as crianças de 4 anos têm comportamento egocêntrico). 6. As operações mentais não são estanques, isto é, uma criança de 12 anos pode usar a lógica para resolver alguns problemas e as impressões sensoriais para outros.