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Capítulo 3 A Circulação Geral da Atmosfera

Capítulo 3 A Circulação Geral da Atmosfera. III. Circulação Geral da Atmosfera. 1. Circulação de Hadley Tropical 2. Circulação Extratropical 3. Instabilidade Baroclínica 4. Energética do Vento Térmico. 1. Circulação de Hadley Tropical.

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Capítulo 3 A Circulação Geral da Atmosfera

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  1. Capítulo 3A Circulação Geral da Atmosfera

  2. III. Circulação Geral da Atmosfera 1.Circulação de Hadley Tropical 2.Circulação Extratropical 3.Instabilidade Baroclínica 4. Energética do Vento Térmico

  3. 1. Circulação de Hadley Tropical • Atmosfera apresenta gradientes horizontais de temperatura; • Existe um aquecimento líquido nos trópicos e um esfriamento líquido nos pólos; • Sem rotação, a circulação gerada por esta diferença de temperatura seria direta : • ar subindo nas baixas latitudes • ar descendo nas altas latitudes

  4. Distribuição de Ventos Fig 1 Circulação proposta por Hadley, formada por uma célula meridional gi-gante esticada do Equador ao pólo.

  5. Fig 5.16 Seção de corte meridional dos ventos zonais (m/s), sob condições anu-ais (topo), dezem-bro, janeiro e feve-reiro (DJF, no meio) e junho, julho e a-gosto (JJA, embai-xo).

  6. Fig 5.17 Seção de corte meridional dos ventos zonais em direção ao norte (m/s), sob condições anuais (topo), de-zembro, janeiro e fevereiro (DJF, no meio) e junho, julho e agosto (JJA, em-baixo).

  7. Fig 5.18 Função de corrente de over-tuning meridional na média anual sob condições anuais (topo), DJF, (no me-io) e JJA (embaixo). Unidades de 1010 kg/s. Escoamento cir-cula ao redor de centros positivos (ne-gativos) no sentido horário (anti-horário). Na média anual, o ar ascende ao norte do Equador e desce em torno de 30o N ou S.

  8. Circulação Observada

  9. 1. Circulação de Hadley Tropical • Existe uma circulação meridional, mas o movimento de descida ocorre nos subtrópicos. • Uma célula gigante eixo-simétrica meridional do Equador aos pólos não é possível, considerando o momento angular.

  10. 1. Circulação de Hadley Tropical • Considere um anel de ar circulando o globo; • Sob a influência de uma força de gradiente de pressão em direção ao pólo, ele se move em direção ao pólo.

  11. 1. Circulação de Hadley Tropical • Sua distância r do eixo de rotação vai diminuir, • Conservando momento angular, sua componen-te da velocidade do vento em direção a leste u, em relação a Terra, vai aumentar.

  12. Momento Angular

  13. 1. Circulação de Hadley Tropical • Momento angular do anel, por unidade de massa, é: • O primeiro termo é a contribuição da rotação planetária e o segundo termo é a contribuição da velocidade do vento u relativa a Terra; • r é a distância ao centro de rotação.

  14. 1. Circulação de Hadley Tropical • Suponha que a circulação é eixo-simétrica, então o momento angular é conservado pelo anel a medida que ele se move. • Se no Equador, u=0, então: Ao=a2

  15. 1. Circulação de Hadley Tropical • A medida que o anel se move em direção ao pólo, ele mantém o momento angular Ao e adquire uma velocidade em direção a leste:

  16. 1. Circulação de Hadley Tropical • Valores nas latitudes médias são irreais, mesmo considerando o atrito com a superfície. • Portanto, esta circulação eixo-simétrica não pode ir até o pólo, como proposto por Hadley.

  17. 1. Circulação de Hadley Tropical • Próximo ao Equador efeito de Coriolis é fraco  restrições do momento angular não são severas e atmosfera equatorial age como se a Terra não estivesse rotando. • Considere o ramo superior da circulação: • a medida que se move para o pólo, o parâmetro de Coriolis se torna maior e, no hemisfério norte, resulta em uma componente de oeste do escoamento. • na extensão em direção ao pólo da célula de Hadley espera-se um forte escoamento de oeste, que é observado.

  18. 1. Circulação de Hadley Tropical • O escoamento subsidie, aquecendo a borda subtro-pical da circulação, produ-zindo a zona desértica e inversão de alísios (“trade inversion”); • O escoamento retorna ao Equador pelos níveis baixos.

  19. 1. Circulação de Hadley Tropical • Nesses níveis baixos, a aceleração de Coriolis, girando o escoamento para a direita da trajetória no hemisfério norte, produz ventos de leste, os vento alísios: • de nordeste no hemisfério norte e • de sudeste no hemisfério sul. • Ventos são mais fracos do que aqueles na troposfera superior, devido ao atrito na superfície.

  20. 1. Circulação de Hadley Tropical • Na realidade, deve ter ventos de oeste em baixos níveis em algum lugar; • No equilíbrio, o torque (arrasto friccional líquido) da atmosfera toda deve ser zero, senão o momento angular total da atmosfera não seria estável. • Então, os ventos de superfície devem ser de oeste na borda em direção ao pólo da célula de circulação e de leste próximo ao Equador.

  21. 1. Circulação de Hadley Tropical

  22. 1. Circulação de Hadley Tropical • Embora a figura seja simétrica, fortes assimetrias ocorrem sazonalmente, com o ramo ascendente da circulação de Hadley mais forte no hemisfério de verão.

  23. 1. Circulação de Hadley Tropical • Experimento VIII. • Gradiente de tem-peratura horizontal em tanque rotando lenta-mente.

  24. 2. Circulação Extratropical • Modelo de célula de Hadley descreve circulação nas regiões tropicais bem, mas prevê pouca ação nas latitudes médias e altas; • Nestas regiões, restrições de rotação são dominantes e não existe circulação meridional. • Balanço do vento térmico mostra que, se T varia com a latitude (mas não com a longitude):

  25. 2. Circulação Extratropical • Não existe escoamento meridional geostrófico e, portanto, não existe circulação meridional geostrófica; • Existe um escoamento zonal, com balanço do vento térmico, o que significa que como T diminui em direção ao pólo, os ventos de leste aumentam com a altura (e diminuem com a pressão).

  26. 2. Circulação Extratropical • Estado de movimento meridional nulo é um estado de equilíbrio perfeitamente válido; • Embora o gradiente horizontal de temperatura implique em um gradiente horizontal de pressão (ou gradientes de altura na superfície de pressão), a força associada é inteiramente balanceada pela força de Coriolis que age no vento térmico. • A dedução de que existe apenas uma fraca circulação meridional fora dos trópicos está de acordo com as observações.

  27. 2. Circulação Extratropical • Existe dois problemas: • Nos trópicos, a circulação de Hadley pode transportar calor em direção ao pólo, como é necessário no balanço de energia, mas não além da região subtropical. Como o calor continua a ser transportado em direção aos pólos se não há circulação meridional? • Observações do dia a dia mostram que a imagem da atmosfera de latitudes médias como uma de ventos puramente zonais é muito errada. Caso contrário, a previsão do tempo seria muito simples.

  28. 3. Instabilidade Baroclínica • Escoamento puramente zonal é equilibrado, mas dispõe de muita energia potencial, devido aos gradi-entes horizontais de tempera-tura . • Este estado zonal é instável, por um processo conhecido como instabilidade baroclínica.

  29. 3. Instabilidade Baroclínica • =(p,T)  existem gradientes de densidade e temperatura (baroclínica) • Movimentos longitudinais são gerados e estas ondas freqüentemente forma turbilhões fechados. • Ar quente indo em direção ao pólo também está de movendo para cima, o que equilibra os gradientes de temperatura.

  30. 3. Instabilidade Baroclínica

  31. Circulação Geral

  32. 4. Energética do Vento Térmico • Atmosfera nas latitudes médias está cheia de turbilhões, que se manifestam com sistemas de tempestades que viajam. Sua energia vem da energia potencial armazenada pelo vento térmico. • Atmosfera é estável a processos secos  fluido mais leve repousa sobre fluido mais pesado, em geral. • Aquecimento diferencial aquece o Equador e esfria os pólos  distribuição de fluido leve e pesado é alterada.

  33. 4. Energética do Vento Térmico • Espera-se que a gravidade restaure a interface para a horizontal. • Esta tendência é balanceada pela inclinação das colunas de Taylor pelo vento térmico. • Vento térmico é a característica mais fundamental da circulação de grande escala na atmosfera e no oceano. • Vento térmico segura fluido pesado alto na coluna (Experimento VIII), permitindo o armazenamento de energia potencial.

  34. 4. Energética do Vento Térmico • A interface voltada para a horizontal é o estado de mínima energia potencial. • Neste caso, nem toda a energia do estado inicial foi extraída, porque o estado final tem uma quantidade finita de EP associada a ele.

  35. 4. Energética do Vento Térmico • Entretanto, a EP do estado final é menor que a do esta-do inicial, porque o centro de gravidade está mais baixo. • Uma quantidade de EP igual a EPinicial-EPfinal foi extraída. • Esta energia, denominada de EP disponível, está disponível para conversão em movimento.

  36. 4. Energética do Vento Térmico • Não basta considerar o movimento de uma parcela apenas, é necessário considerar a energia potencial de toda atmosfera, que é:

  37. 4. Energética do Vento Térmico • A energia potencial só pode ser liberada se algum rearranjo da atmosfera resulta em uma energia potencial mais baixa. • Uma das restrições a tais arranjos é que M é constante:

  38. 4. Energética do Vento Térmico • <z> é a altura do centro de massa da atmosfera. • Portanto, a EP só pode ser diminuída se o centro de massa for abaixado. • Pode-se obter este estado movendo simultaneamente fluido mais denso (ar frio) para baixo e fluido mais leve (ar quente), para cima.

  39. 4. Energética do Vento Térmico • Nem sempre é possível realizar este movimento. • Supondo que as duas parcelas (ao lado) trocam de lugar e tem deslocamento adiabático, com-servando suas temperaturas potenciais. • Movimentos convectivos ocor-rem se d/dz<0.

  40. final inicial 4. Energética do Vento Térmico • Inicialmente, a parcela 1 tem  =1e a parcela 2,  =2 • Depois da troca , suas posições são inversas. • Epfinal>Epinial , sempre que1>2 • Se 2>1, a parcela que está subindo é mais quente do que a parcela que desce.

  41. 4. Energética do Vento Térmico • Se  é função apenas da altura e se d/dz>0, então 1>2. • Portanto: “Para um fluido estratificado estável, sem gradientes horizontais de temperatura, a energia potencial não pode diminuir por qualquer reorganização adiabática do fluido.”

  42. 4. Energética do Vento Térmico • A atmosfera tem energia potencial disponível somente se ela tiver gradientes horizontais de temperatura não nulos. • A liberação da energia potencial disponível pode ser obtida pela redução do centro de massa, que pode ser obtido pela redução do gradiente de temperatura .

  43. Energia Potencial Disponível • A energia potencial disponível está associada com gradientes horizontais de densidade (temperatura) e • A liberação de energia potencial disponível (e, por conseqüência, a conversão em energia cinética) é obtida pela redução nos gradientes horizontais de densidade (temperatura).

  44. Circulação Geral

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