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Sobre a Possibilidade de Prevenção da Violência contra a Criança

Lúcia Cavalcanti de Albuquerque Williams. Sobre a Possibilidade de Prevenção da Violência contra a Criança. Laboratório de Análise e Prevenção da Violência - LAPREV. Departamento de Psicologia. www.ufscar.br/laprev. Desde 1998.

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Sobre a Possibilidade de Prevenção da Violência contra a Criança

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Presentation Transcript


  1. Lúcia Cavalcanti de Albuquerque Williams Sobre a Possibilidade de Prevenção da Violência contra a Criança

  2. Laboratório de Análise e Prevenção da Violência - LAPREV Departamento de Psicologia www.ufscar.br/laprev Desde 1998

  3. LAPREV: Violência intrafamiliar e violência na escola • Pesquisa • Ensino • Extensão: • 1. Delegacia da Mulher/USE • 2. Conselho Tutelar • 3. Casa Abrigo Gravelina Terezinha Lemes Integração

  4. Trabalho de estágio • Já atendeu até o final do ano 800 pessoas (mulheres, homens, crianças e adolescentes) • Foi considerado uma Prática Exemplar com Perspectiva de Gênero/Etnia em Saúde pela OPAS em 2009, resultando em livro

  5. Pressupostos • Integração da Pesquisa, Ensino e Extensão • Violência contra a criança deve ser enfrentada juntamente ao fenômeno da violência contra a mulher • O atendimento para ser eficaz precisa envolver toda a família • O trabalho com o agressor é tão importante quanto a intervenção com a vítima • Capacitação de profissionais (Saúde, Educação, Justiça, Rede de Proteção) é fundamental

  6. Violência contra a mulher e o impacto na criança • 60% dos femicídios brasileiros causado pelo ex-parceiro (Machado, 1998) • Impacto disso para a sociedade é enorme

  7. Exposição à violência pela criança • Não é um fenômeno homogêneo e unidimensional (Jouriles e cols., 1998). • Mãe sofrer violência é risco para criança ser vitimizada: co-ocorrência taxas de 45 a 70% • Um estudo de McDonald e cols., 2000 analisando crianças encaminhadas a serviços de saúde mental por problemas de comportamento 48% tinham mães que sofriam 1 a 2 episódios de violência por ano

  8. Impacto no desenvolvimento (Holt e cols., 2008) • Ciclo da adversidade e violência (Cunningham & Baker, 2004) • Bebês – irritabilidade, comportamento regressivo, distúrbio do sono, medo de ficar só (apêgo) • Pré-escolares: mais problemas de comportamento, TEPT, problemas sociais (empatia), baixa auto-estima, ansiedade, problemas psicossomáticos.

  9. Ciclo do desenvolvimento • Escolares: (Lundy & Grossman, 2005, amostra de 4 636 crianças expostas) – 1/3 agressivas, 1/5 dificuldades em seguir regras na escola, depressão, bullying • Adolescência: transmissão intergeracional: violência por parte dos meninos e vitimização pelas meninas. • De modo geral: múltiplos estressores (abuso de substâncias, problemas de Saúde Mental, desemprego, pobreza, criminalidade, etc).

  10. É importante ir além da descrição dos efeitos negativos e trabalhar coma resiliência

  11. Intervenção com famílias: Prevenção • Para enfrentar a violência é preciso alterar a parentalidade • Tripple P – Sanders e cols., 2000 – Capacitação Universal de Pais é um problema de Saúde Pública • Laprev avaliações de intervenção com Famílias: Universal e Seletiva (pais com denúncia de maus tratos, mães de adolescentes em conflito com a lei, gravidez na adolescência, etc.)

  12. Nossa inspiração: Programa Triple P - Positive Parenting Program • desenvolvido na Austrália por Sanders e cols. (Sanders, Markie-Dadds, Tully & Bor, 2000, Bor, Sanders & Markie-Dadds, 2002). • objetivo - prevenção de problemas emocionais e comportamentais graves em crianças • o programa é composto por níveis diferentes, mas apoiados, como os já citados, utilizando modelo cognitivo comportamental

  13. Um exemplo de intervenção “0 a 6” • INTERVENÇÃO FOCADA NA FAMÍLIA: UM ESTUDO DE CASO COM MÃE ADOLESCENTE E CRIANÇA DE RISCO • Cia, Williams & Aiello, 2005 – Revista Brasileira de Educação Especial.

  14. Participantes • Criança : sexo feminino, 20 meses (início), atraso em todas as áreas do desenvolvimento • Mãe : 15 anos (início) - família monoparental de baixo nível socioeconômico, dona de casa, 1º grau incompleto • Risco - viver em um ambiente com poucos recursos financeiros, filha de mãe adolescente e por viver com a privação da figura paterna • O pai da criança tinha 17 anos e nunca teve contato com a filha • A avó materna também morava com a mãe e a criança, sendo responsável pelo provimento do lar

  15. Intervenção direcionada à mãe 3 sessões de 90 minutos cada, dois objetivos: 1) orientação sobre estudos, trabalho, a voltar a ter contatos sociais, enfrentamento da depressão 2) discriminar a importância de seu papel de mãe, oferecendo orientação por escrito e verbal sobre aspectos do desenvolvimento infantil e alimentação da criança

  16. Intervenção Mãe • Orientações sobre as prioridades da mãe quanto voltar a estudar e trabalhar • Levantamento de escolas nas quais a mãe poderia estudar e dias de matrícula para o próximo ano • Acompanhamento da mãe a duas escolas para que conhecesse e avaliasse qual delas seria adequada para retomar seus estudos • Juntamente com a mãe, listagem de várias possibilidades de atividades sociais que ela poderia realizar, salientando que poderia conciliar o papel de mãe com a realização de atividades pessoais

  17. Intervenção comMãe • Cartilha do Bebê – Fabiana Cia: • importância do papel da mãe para o desenvolvimento infantil • fases do desenvolvimento infantil • alimentação adequada para cada idade • atividades que a mãe poderia realizar com a criança para maximizar o desenvolvimento da filha

  18. Intervenção com a criança • 9 sessões de 90’ cada, mãe presente • Confeccionar brinquedos • Estimular 5 áreas do desenvolvimento (Portage) • Brinquedos (materiais disponíveis em casa): chocalho com garrafas PETs e pedrinhas, massa de modelar caseira e brinquedos de encaixes com potes plásticos (como de Danone, Yakult, potes de sorvetes, xampu, etc.) também utilizados para brincadeiras de faz de conta • Material não disponível em casa: revistas, panos de diferentes texturas, papel e giz de cera.

  19. Intervenção com a criança • Modelo para a mãe de como confeccionar brinquedos e como trabalhar com a criança • Era também explicado para a mãe a importância de estar atenta aos sinais e interesses da criança, propor atividades estimuladoras para a criança, bem como os possíveis impactos de tais atividades no desenvolvimento infantil

  20. Exemplo de Projeto de Pesquisa • Projeto Parceria: desenvolver e avaliar um programa de intervenção a mães vítimas de violência pelo parceiro, de forma a prevenir problemas de comportamento (como por exemplo agressividade ou passividade) em seus filhos

  21. Observação CAD-USE

  22. Observação

  23. Projeto de Extensão: Capacitação Rachel Brino Dissertação de Mestrado e Doutorado Maria da Graça Padilha Doutorado

  24. Eventos: I Encontro Internacional de Violência: Abuso Sexual Infantil

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