1 / 94

Relato de caso Quadro ictal infantil

Relato de caso Quadro ictal infantil. Marco Antônio Rios Lima Pediatria- HRAS/DF Internato/ESCS/2006 Orientadora: Elisa de Carvalho www.paulomargotto.com.br. Caso clínico – Quadro ictal. História Clínica Admissão PS-HMIB (05/12/06) + História Clínica (13/12/06) Identificação:

china
Télécharger la présentation

Relato de caso Quadro ictal infantil

An Image/Link below is provided (as is) to download presentation Download Policy: Content on the Website is provided to you AS IS for your information and personal use and may not be sold / licensed / shared on other websites without getting consent from its author. Content is provided to you AS IS for your information and personal use only. Download presentation by click this link. While downloading, if for some reason you are not able to download a presentation, the publisher may have deleted the file from their server. During download, if you can't get a presentation, the file might be deleted by the publisher.

E N D

Presentation Transcript


  1. Relato de casoQuadro ictal infantil Marco Antônio Rios Lima Pediatria- HRAS/DF Internato/ESCS/2006 Orientadora: Elisa de Carvalho www.paulomargotto.com.br

  2. Caso clínico – Quadro ictal • História Clínica • Admissão PS-HMIB (05/12/06) + História Clínica (13/12/06) • Identificação: FGA, 7 anos e 9 meses DN: 11/02/99 cor: parda sexo: M Naturalidade: Gama - DF Procedência: Luziânia - GO Informante: a mãe

  3. Caso clínico – Quadro ictal • Q.P: “Cefaléia há 1 dia” • H.D.A: Mãe refere que criança previamente hígida, deu início a quadro de cefaléia holocraniana de forte intensidade há ± 24h, seguida por vários episódios de vômitos (mais de 8 vezes com restos alimentares, não caracterizando jatos) cerca de 10 minutos após o início da dor. A mãe o levou ao posto de saúde (Jardim Ingá), onde recebeu meia ampola de metoclopramida EV.

  4. Caso clínico – Quadro ictal • H.D.A: Foi então liberado para casa, onde teve mais 2 episódios de vômito e passou a ficar sonolento e com parestesias em dimídio direito (mão, braço, perna), além de iniciar claudicação intermitente. Aceitou o jantar e foi dormir. Hoje pela manhã, há cerca de 7 horas, a mãe o encontrou desmaiado no chão do quarto, hipotônico, não reagindo a estímulos verbais e tendo apresentado liberação esfincteriana (diurese).

  5. Caso clínico – Quadro ictal • H.D.A: Foi então levado sucessivamente ao posto do Jardim Ingá, Cidade Ocidental e HRG sem tomada de conduta. Chegou ao PS do HMIB às 15:30 h (6h após o ictus). Nesse ínterim, permaneceu inconsciente a maior parte do tempo, acordando apenas uma vez, quando pronunciou palavras incompreensíveis e abriu o olho esquerdo às 12:00h. A mãe não presenciou convulsão (sic). Nega febre, diarréia, uso de medicamentos, intoxicações e traumas.

  6. Caso clínico – Quadro ictal • Revisão de sistemas: – Geral: refere sudorese e extremidades frias. Nega febre e perda ponderal. – Sist cardiovascular e respiratório: NDN. – Sist. digestivo: refere vômitos (vide HDA), evacuações habituais diárias, sem alterações. Nega dor abdominal.

  7. Caso clínico – Quadro ictal • Revisão de sistemas: – Sist. urinário: nega alterações da frequência e aspecto urinário. Nega disúria – Sist. locomotor: refere fraqueza em dimídio direito. – SNC: nega rigidez de nuca e convulsão tônico-clônica.

  8. Caso clínico – Quadro ictal • Antedentes obstétricos e perinatais: • Mãe G8 P6 A2, 1 natimorto. – Relizou 1 consulta de pré-natal no 3° trimestre. Parto normal, à termo, hospitalar.criança chorou ao nascer, peso 3.120g, comp: 53 cm, PC: 34. – Nega intercorrências e uso de medicações durante a gravidez. Criança recebeu alta precoce não necessitando de internação.

  9. Caso clínico – Quadro ictal • Antecedentes Pessoais: • DNPM: andou com 1 ano, falou com 9 meses, controle esfincteriano com 18 meses. Nega retardo do crescimento e dificuldade de ganho ponderal. • Alimentação – Aleitamento materno exclusivo até 1 mês de vida quando foi introduzido NAM. – Desmame aos 6 meses com introdução de papa salgada e de frutas. • Cartão vacinal atualizado.

  10. Caso clínico – Quadro ictal • Antecedente Patológicos: • Nega passado de convulsões e cefaléia. Nega asma, pneumonia, diabetes e qualquer outra patologia de base. • Refere varicela com 1 ano e 6 meses sem complicações. • Nega internações, transfusões, alergia alimentar ou medicamentosa e cirurgias.

  11. Caso clínico – Quadro ictal • Antecedentes Familiares: – Mãe, 25 anos, do lar, hígida, sem vícios, nega consanguinidade. – Pai, 32 anos, hígido, etilista ocasional, não tabagista. – Irmãos: 4 irmãos de 1, 4, 8 e 10 anos todos hígidos. – Avô materno teve AVC . Tia materna tem displasia óssea. Nega história familiar de epilepsia e anemia falciforme

  12. Caso clínico – Quadro ictal • Antecedentes Sociais e Hábitos de vida: • Habitação: casa de alvenaria, com 08 cômodos, 07 pessoas, água encanada, rede de esgoto, luz elétrica • Animais em peridomicilio: galinha, cachorro, pato , coelho, • Alimentação: habitual da família, diversificada.

  13. Caso clínico – Quadro ictal • Exame físico: • Ectoscopia: paciente comatoso (ECG = 8), localizando estímulos táteis/dolorosos, emitindo sons incompreensíveis, hidratado, hipocorado +/4 ,acianótico, anictérico, afebril.

  14. Caso clínico – Quadro ictal • Exame físico: • A.C.V: RCR em 2T, BNF s/ sopros. • FC: 130 bpm P.A: 105 x 64 mmHg Sat O2: 97% com máscara + reservatório 5 l/min • A.R: MVF+, sem ruídos adventícios. Discreta taquipnéia FR: 42

  15. Caso clínico – Quadro ictal • Exame físico: – ABD: plano, flácido, aparentemente indolor, RHA+, fígado a 2 cm do RCD, baço não palpável. – EXT: sem edemas.

  16. Caso clínico – Quadro ictal • Exame físico: – PELE: Ausência de petéquias, sem exantemas,sem sinais de escoriações ou traumas, com enchimento capilar 2-3 ’’. – OROSCOPIA: Orofaringe sem sinais flogísticos. – OTOSCOPIA: MT íntegra, sem hiperemia, abaulamento ou exsudatos.

  17. Caso clínico – Quadro ictal • Exame físico: – SNC: pupilas isocóricas e fotorreagentes, com nistagmo horizontal (desvio para a direita).Força muscular e tônus diminuídos em dimídio direito, porém reage à dor. Arreflexia generalizada. Apresenta movimentos mastigatórios. Ausência de sinais de irritação meníngea.

  18. Caso clínico – Quadro ictal • Conduta : 1) Manitol 2ml/Kg IV, correr em 30’ 2) Fenitoína 20 mg/Kg/dia IV, correr em 30’ 3) Decúbito dorsal com cabeceira elevada (30°) 4) O2 sob máscara com reservatório a 5 l/min. 5) HV 100% Holliday , TIG de 5, Na 3% e K 2%. – Colhido hemocultura, hemograma, VHS, eletrólitos + gasometria.

  19. Caso clínico – Quadro ictal • Evolução • 05/12/06 – 19:00h Transferência para a UTI pediátrica do HRT. • Resumo UTI: 7 dias (05/12/06 a 11/12/06) – Admitido em com ECG = 7, sendo intubado, colocado em ventilação mecânica e iniciado medidas neuroproteroras. Cateterização central – Iniciado ATB empírico (Ceftriaxona)

  20. Caso clínico – Quadro ictal • Evolução • Resumo UTI: 7 dias (05/12/06 a 11/12/06) • TC - HRT: sugestivo de processo expansivo (laudo verbal). Tumor de tronco cerebral?  Glioma ? • RNM - HBDF: sem laudo oficial. Após RNM dia 08/12 suspensa sedação, ATB, corticóide e manitol.

  21. Caso clínico – Quadro ictal • Evolução • Resumo UTI: 7 dias (05/12/06 a 11/12/06) • 11/12/06 Alta com dieta por SOG (09/12), cateter nasal de O2 – Criança abre os olhos espontaneamente, mas contacta pouco com o meio, apresenta hemiplegia a direita.

  22. Caso clínico – Quadro ictal • Evolução • Retorno ao HMIB – (11/12/06) – Ex. físicoPaciente pouco contactante com o meio ambientepupilas isocóricas e fotorreagentes, abre os olhos espontaneamente. – CD: Mantidos Hidantal + Bromoprida (prescrição da UTI)  Observação

  23. Caso clínico – Quadro ictal • Evolução • Admissão Ala B – 12/12/06 Hemodinamicamente estável. Diurese + . Constipação – Ex. físico Rebaixamento do nível de consciência, letárgico, hemiparesia à D. Tônus preservado. Desvio do olhar conjugado para a direita. ECG: 4 + 1 + 4/5 = 9/10 – CD: Mantida

  24. Caso clínico – Quadro ictal • Evolução • Ala B – 13/12/06 - Neurologia infantil – Ao exame:ECG = 10 Não responde aos chamados e comandos verbais. Pupilas fotorreagentes. Postura no leito em semi-flexão, consegue fletir o MIE e MSE. – Reflexos tendinosos simétricos e preservados. Reflexos cutâneo-plantar em extensão bilateralmente. Clônus esgotável bilateralmente.

  25. Caso clínico – Quadro ictal • Evolução • Ala B – 13/12/06 - Neurologia infantil – Impressão: hemiparesia à D – CD: 1) Supervisionar curva térmica 2) Retirar cateter venoso central. 3) Manter esquema de dieta por SNE e hidratação venosa. 4)Manter fenitoína 5) Solicitar EEG.

  26. Caso clínico – Quadro ictal • Evolução • Ala B – 14/12/06 - 3°dia – Melhora de estado geral, mais acordado. Conseguiu evacuar no período. Boa diurese • Ao exame: Aperta com a mão E, mexe a perna E e fecha olho E quando solicitado. Ausência de resposta à direita. ECG = 11 – CD: 1)Retirado HV 2) Mantido Hidantal. 3) Iniciado fisioterapia motora.

  27. Caso clínico – Quadro ictal • Evolução • Ala B – 15/12/06 - 4° dia – Criança segue estável – Exame físico inalterado – CD:1) Solicitado exames laboratoriais + coagulograma + eletroforese de Hg. 2) Solicitado US de abdome, ecocardiograma.

  28. 05/12/06 - HRAS 06/12/06 11/12/2006 Hb 12,8 11,3 13,3 Ht 38,6 33,8 38,1 Plaquetas 285.000 226.000 254.000 Leuc 8300 7400 7900 Seg 67 72 58 Bast 0 0 2 Linf 24 23 32 Mono 05 - - Eos 04 - 3 VHS 13 - - Exames laboratoriais • Hemogramas:

  29. (HRAS) 05/12/06 06/12/06 09/12/06 11/12/2006 glicose 70 132 101 104 uréia 26 22 25 26 creatinina 0,3 0,5 0,4 0,3 TGO 32 20 19 21 TGP 20 15 16 40 LDH 641 396 - - Amilase - - 99 - Exames laboratoriais • Bioquímica:

  30. (HRAS) 05/12/06 09/12/06 11/12/2006 Sódio 136 134 135 Potássio 4,3 4,0 4,0 Cloreto 105 102 105 Cálcio 9,2 - - Fósforo 3,9 - - Magnésio 1,8 - - Exames laboratoriais • Bioquímica:

  31. Exames laboratoriais • Gasometria arterial - 05/12/06 (15:00h) • PH: 7,39 • PCO2: 27,5 • PO2: 72,2 • SatO2 : 93,9% • BE: -7,5 • HCO3- : 18,9 • K+: 3,2 • Na+: 148 • Ca2+: 1,89 • Cl-: 115

  32. Exames complementares • EAS - 13/12/06  normal células: 3 p/ campo bact: + leu: raros muco: + • Fundo de olho 05/12/06 – 17:40h ausência de alterações bilateralmente

  33. Exames complementares • Coagulograma – Tempo de sangramento  falta – Tempo de coagulação  6’ (2-7’) – TTPA  37” (24-35’’) ?? – TAP  15’’ (11-15’’) – INR  1,2

  34. Exames de imagem • Radiografia de tórax 13/12/06  normal • Ecodopplercardiografia – 15/12/06 • Conexões AV e ventrículo-arteriais normais • Função sistólica e padrão contrátil de VE normais • Aparelhos valvares sem alterações – Doppler: fluxo normal em câmaras e vasos. • US de abdome - 17/12/06  normal

  35. Lista de problemas – Cefaléia súbita + vômitos – Parestesias em dimídio direito + claudicação intermitente – Hipotonia + irresponsividade a estímulos verbais + liberação esfincteriana – Desvio do olhar conjugado para a direita. – Nistagmo horizontal (desvio para a direita). – Hemiplegia à direita. – Coma

  36. Diagnóstico • Diagnósticos sindrômicos: • Distúrbio motor de instalação aguda • Coma

  37. Diagnóstico Sindrômico • Distúrbios motores de instalação aguda Deficiências motoras agudas  diminuição da força muscular Ataxias agudas  prejuízo da coordenação do movimento e do equilíbrio

  38. Diagnóstico • Deficiências motoras agudas • Cérebro • Medula espinhal • Raízes e nervos periféricos • Junção neuromuscular Sítios de lesão do SNC

  39. Diagnóstico • Afecções Cerebrais • Hemiplegia aguda  Déficit motor unilateral – Comprometimento motor pode ser desigual no hemicorpo acometido (proporcionado, desproporcionado) – Sinal de Babinski comumente encontrado – Outros sinais focais: hemianopsia, afasia, convulsões – Agressão mais difusa COMA

  40. Diagnóstico • Afecções Medulares – Déficit motor caracterizado por fraqueza muscular geralmente simétrica dos membros, acompanhado de distúrbio da sensibilidade tátil, térmica e dolorosa, geralmente com nível definido. – Déficit motor inicialmente flácido com possível evolução em alguns dias para resposta em tríplice flexão, hiper-reflexia e sinal de Babinski. DESCARTADO

  41. Diagnóstico • Afecções Radiculares e Neurais Polirradiculoneurite (Guillain-Barré) Diminição simétrica da força muscular iniciando-se geralmente pelos MMII acompanhada de dor e parestesias progredindo cranialmente. DESCARTADO

  42. Diagnóstico • Afecções de origem na Junção Neuromuscular Botulismo – Causado pela toxina do bacilo Clostridium botulinum – Ingesta de produtos contaminados, contaminação de ferimentos, proliferação do agente no trato gastrintestinal ( crianças até 6 meses de idade. – Quadro clínico: comprometimento difuso do sistema motor. DESCARTADO

  43. Diagnóstico sindrômico • Coma • Definição alteração profunda do nível de consciência da qual o individuo não pode ser despertado por estímulos externos, apesar de reflexos motores e posturais poderem estar presentes.

  44. Conclusão Deficiência motora aguda Hemiplegia aguda  Coma

  45. Hemiplegias agudas • Etiologia • AVC isquêmico/hemorrágico • Convulsões focais prolongadas • Paralisia de Todd • Status epilepticus. • Migrânea hemiplégica • Processo expansivo (tumor cerebral) • Desordens neurodegenerativas, (adrenoleucodistrofia) • Doenças metabólicas

  46. Hemiplegias agudas • AVC isquêmico/hemorrágico – Incidência de hemiplegia secundária a AVC em crianças1-3/100.000 por ano – Causas pediátricas são distintas das dos adultos (maior influência do estilo de vida) – Tipos de AVC: trombose arterial e venosa, hemorragia intracraniana, embolia arterial e miscelânea. – Causa em crianças é estabelecida em 75 % dos casos.

  47. Hemiplegias agudas • AVC isquêmico/hemorrágico – Incidência de hemiplegia secundária a AVC em crianças1-3/100.000 por ano – Tipos de AVC: trombose arterial e venosa, hemorragia intracraniana, embolia arterial e miscelânea. – Causas pediátricas são distintas das dos adultos. Em crianças, a patologia venosa é mais importante. – Causa pediátrica  eclarecida em 75 % dos casos.

  48. Hemiplegias agudas • AVC isquêmico: • Trombose/Embolia arterial • Trombose Venosa

  49. AVC isquêmico • Trombose/Embolia Arterial • Trombose da carótida interna – Trauma fechado na faringe posterior/abscesso retrofaríngeo  lesão da íntima do vaso  aneurisma dissecante  trombo  aneurisma cerebral – Sintomas podem iniciar até 24 h depois do acidente com hemiplegia lenta e progressiva, letargia, afasia (acometimento do hemisfério dominante) Convulsões motoras focais são comuns DESCARTADO

More Related