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Computabilidade e Linguagens Formais

Computabilidade e Linguagens Formais. Autómatos de pilha. Gabriel David / Cristina Ribeiro. Autómatos e autómatos de pilha. Os autómatos de pilha estão para as linguagens sem contexto como os autómatos estão para as linguagens regulares. 1. Linguagens regulares. 1*0(1+0)*. 0. Start. 0,1.

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Computabilidade e Linguagens Formais

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Presentation Transcript


  1. Computabilidade e Linguagens Formais Autómatos de pilha Gabriel David / Cristina Ribeiro

  2. Autómatos e autómatos de pilha • Os autómatos de pilha estão para as linguagens sem contexto como os autómatos estão para as linguagens regulares 1 Linguagens regulares 1*0(1+0)* 0 Start 0,1 1 2 Start A B Linguagens sem contexto E  I | E+E | E×E | (E) I  a | b | Ia | Ib | I0 | I1

  3. Ideia • Autómato de pilha é um -NFA com uma pilha de símbolos • Adiciona a possibilidade de memorizar uma quantidade infinita de informação • Só tem acesso ao topo da pilha (LIFO), em vez de poder consultar qualquer posição de memória, como os computadores genéricos • Funcionamento • A parte de controlo lê e consome os símbolos da entrada • Transição para novo estado baseada no estado corrente, símbolo de entrada e símbolo no topo da pilha • Transição espontânea com  • Topo da pilha substituído por cadeia Controlo de estados finito entrada Aceita/ rejeita pilha

  4. Exemplo do palindroma • Lwwr = {wwR | w em (0+1)*} palindromas de comprimento par • Linguagem sem contexto gerada pela gramática P   | 0P0 | 1P1 • Construir um autómato de pilha • Estado inicial q0 significa que ainda não se atingiu o meio de wwR; vai-se guardando na pilha os símbolos de w • A qualquer altura, adivinha-se que já se chegou ao meio (fim de w) e faz-se uma transição  para q1; a pilha contém w, a começar no fundo e a acabar no topo; o não determinismo é simulado pela manutenção dos dois estados • Em q1 comparam-se os símbolos de entrada com o topo da pilha; se não houver correspondência, a aposta foi errada e este ramo da computação morre; outro poderá ter sucesso • Se a pilha se esvaziar (e a entrada acabar) descobriu-se w e wR

  5. Definição • Autómato de pilha (PDA) P= (Q, , , , q0, Z0, F) • Q: conjunto finito de estados • : conjunto finito de símbolos de entrada • : alfabeto da pilha finito • : função de transição (q, a, X) = {(p1,1), …} finito • q é um estado, a um símbolo de entrada ou , X um símbolo da pilha • p1 é o novo estado, 1 é a cadeia de símbolos da pilha que substitui X no topo • 1=  pop do topo da pilha • 1= X pilha inalterada • 1= YZ X substituído por Z e push do Y a seguir • q0: estado inicial • Z0: símbolo inicial, conteúdo inicial da pilha • F: conjunto de estados de aceitação ou finais

  6. De novo o exemplo • PDA de Lwwr P = ({q0,q1,q2}, {0,1}, {0,1,Z0}, , q0, Z0, {q2}) • Z0 usado para marcar o fundo da pilha e permitir no fim da leitura de wwR passar para o estado de aceitação q2 • (q0,0,Z0)= {(q0,0Z0)} e (q0,1,Z0)= {(q0,1Z0)} topo da pilha à esquerda • (q0,0,0)= {(q0,00)}, (q0,0,1)= {(q0,01)}, (q0,1,0)= {(q0,10)}, (q0,1,1)= {(q0,11)} • (q0,,Z0)= {(q1,Z0)}, (q0, ,0)= {(q1,0)}, (q0, ,1)= {(q1,1)} • (q1,0,0)= {(q1, )} e (q1,1,1)= {(q1, )} • (q1,,Z0)= {(q2,Z0)}

  7. Diagrama de transição 0, Z0/0Z0 1, Z0/1Z0 0, 0/00 0, 1/01 1, 0/10 1, 1/11 • Nós são estados • Start indica o estado inicial • Arcos correspondem às transições • Etiqueta a,X/α de q para p significa que (q,a,X) contém (p,α) • O arco indica a entrada e o topo da pilha antes e depois 0, 0/ 1, 1/ Start q0 q1 q2 , Z0/Z0 , 0/0 , 1/1 , Z0/Z0

  8. Descrição instantânea • Computação de um PDA • Evolui de configuração em configuração, em resposta a símbolos de entrada (ou ) e alterando a pilha • Num DFA: toda a informação no estado; num PDA: estado + pilha • Descrição instantânea (q,w,) • q: estado • w: entrada remanescente (em vez de só um símbolo, conveniência) • : conteúdo da pilha (topo à esquerda) • Passo de um PDA (Q, , , , q0, Z0, F) • Se (q,a,X) contiver (p,α), para todas as cadeias w em * e  em * • (q, aw, X) ├P (p,w,α) • Usa-se ├* para zero ou mais passos (computação)

  9. Ainda o exemplo • Entrada w=1111 • Descrição instantânea (DI) inicial: (q0, 1111, Z0) (q1, 1111, Z0) (q0, 1111, Z0) (q2, 1111, Z0) (q0, 111, 1Z0) (q1, 111, 1Z0) (q2, 11, Z0) (q1, 11, Z0) (q0, 11, 11Z0) (q1, 11, 11Z0) (q1, 1, 1Z0) (q0, 1, 111Z0) (q1, 1, 111Z0) (q1, , 11Z0) (q1, , Z0) (q2, , Z0) (q0, , 1111Z0) (q1, , 1111Z0)

  10. Princípios relativos a DI • Se uma sequência de DIs (computação) é legal para um PDA P então a computação que resulta de adicionar uma qualquer cadeia w à entrada em cada DI também é legal • Se uma computação é legal para um PDA P então a computação que resulta de adicionar um qualquer conjunto de símbolos abaixo da pilha em cada DI também é legal • Teorema 1: Se (q,x,α) ├* (p,y,) então (q,xw,α) ├* (p,yw,) • Se uma computação é legal para um PDA P e uma cauda da entrada não é consumida, então a computação que resulta de remover essa cauda da entrada em cada DI também é legal • Teorema 2: Se (q,xw,α) ├* (p,yw,) então (q,x,α) ├* (p,y,)

  11. Comentários • Dados para os quais P nunca olha não podem afectar a sua computação • Conceito semelhante à própria noção de linguagem sem contexto: o que está ao lado não influencia a computação • Teorema 2 não é o inverso do 1 porque o que está na pilha pode influenciar a computação mesmo sem ser descartado • Pode por exemplo ir sendo retirado da pilha um símbolo de cada vez e no último passo repor tudo

  12. Linguagens de um PDA • Aceitação por estado final • Seja o PDA P = (Q, , , , q0, Z0, F) • Linguagem de P aceite por estado final • L(P) = {w | (q0,w,Z0) ├* (q,,α)} e q  F • Conteúdo final da pilha é irrelevante • Exemplo: • (q0,wwR,Z0) ├* (q0,wR,wRZ0) ├ (q1,wR,wRZ0) ├* (q1,,Z0) ├ (q2,,Z0) • Aceitação por pilha vazia • N(P) = {w | (q0,w,Z0) ├* (q,,)} • Linguagem aceite por pilha vazia, conjunto de entradas w que P consome esvaziando ao mesmo tempo a pilha (N(P) – pilha nula) • Mesmo exemplo: modificação para esvaziar a pilha e obter N(P)=L(P) • (q1,,Z0)= {(q2,Z0)} passa a ser (q1,,Z0)= {(q2,)} • (q0,wwR,Z0) ├* (q0,wR,wRZ0) ├ (q1,wR,wRZ0) ├* (q1,,Z0) ├ (q2,,)

  13. Da pilha vazia ao estado final • Teorema: Se L = N(PN) para um PDA PN = (Q, , , N, q0, Z0) então existe um PDA PF tal que L = L(PF) • Dois métodos de aceitação de uma entrada equivalentes • Embora para um PDA P possa ser L(P)  N(P) • Partindo de PN, usa-se um novo X0   como símbolo inicial de PF e como marcador do fundo da pilha: PF vê X0 quando pilha de PN vazia , X0/  , X0/  Start p0 q0 pf PN , X0/Z0X0 , X0/  PF = (Q{p0,pf}, , {X0}, F, p0, X0,{pf})

  14. Do estado final à pilha vazia , any/ , any/ Start p p0 q0 PF , X0/Z0X0 , any/

  15. Exemplo de conversão • Defina um PDA que processe sequências de “i” e “e”, significando if e else, construção presente em muitas linguagens de programação, detectando sequências inválidas (sequências que têm mais “e’s” que “i’s” num prefixo) • Símbolo inicial Z; pilha com Zn significa que nº i’s - nº e’s = n-1 • Aceitação por pilha vazia (balanço de mais um “e” que “i”) • Conversão para aceitação por estado final e, Z/  i, Z/ZZ e, Z/  i, Z/ZZ Start Start q r p q , X0/ZX0 , X0/ pilha vazia Estado final

  16. Equivalência entre PDAs e CFGs • Prova-se que as linguagens sem contexto, definidas por CFG, são as linguagens aceites por pilha vazia por um PDA e portanto também as aceites por estado final por um PDA • Ideia: dada uma CFG G construir um PDA que simula as derivações mais à esquerda de G • Qualquer forma frásica esquerda não terminal pode ser escrita como xAα, onde A é a variável mais à esquerda. Aα é a cauda. • CFG G = (V,T,Q,S) • PDA que aceita L(G) por pilha vazia: P = ({q}, T,VT,,q,S) • Para cada variável A: (q,,A)={(q,) | A   é produção em G} • Para cada terminal a: (q,a,a)={(q,)}

  17. De CFG para PDA • Dada a CFG • Obter um PDA de aceitação por pilha vazia que aceite a mesma linguagem. • PN = ({q}, {a,b,0,1,(,),+,×}, {a,b,0,1,(,),+,×,E,I}, , q, E) • (q,,I) = {(q,a), (q,b), (q,Ia), (q,Ib), (q,I0), (q,I1)} • (q,,E) = {(q,I), (q,E+E), (q,E×E), (q,(E))} • (q,a,a) = {(q,)}; (q,b,b)={(q,)}, (q,0,0) = {(q,)}; (q,1,1) = {(q,)}; (q,(,() = {(q,)}; (q,),)) = {(q,)}; (q,+,+) = {(q,)}; (q,×,×) = {(q,)} • Só um estado; processamento das variáveis espontâneo; só os terminais consomem entrada E  I | E+E | E×E | (E) I  a | b | Ia | Ib | I0 | I1

  18. Exercício • Usando a CFG e o PDA para a linguagem das expressões • a) obtenha uma derivação mais à esquerda de a(a+b00) • b) obtenha o traço da respectiva computação no PDA, isto é, a sequência de Descrições Instantâneas • a) • E  E×E  I×E  a×E  a×(E)  a×(E+E)  a×(I+E)  • a×(a+E)  a×(a+I)  a×(a+I0)  a×(a+I00)  a×(a+b00) • b) • (q, a(a+b00), E) ├ (q, a(a+b00), EE) ├ (q, a(a+b00), IE) ├ • (q, a(a+b00), aE) ├ (q, (a+b00), E) ├ (q, (a+b00), E) ├ • (q, (a+b00), (E)) ├ (q, a+b00), E)) ├ (q, a+b00), E+E)) ├ • (q, a+b00), I+E)) ├ (q, a+b00), a+E)) ├ (q, +b00), +E)) ├ • (q, b00), E)) ├ (q, b00), I)) ├ (q, b00), I0)) ├ (q, b00), I00)) ├ • (q, b00), b00)) ├ (q, 00), 00)) ├ (q, 0), 0)) ├ (q,),)) ├ (q, , )

  19. De PDA para CFG • Ideia: reconhecer que o evento fundamental num processamento num PDA é o pop final de um símbolo da pilha enquanto se consome entrada • Acrescentar variáveis na linguagem para • Cada eliminação definitiva de um símbolo X da pilha • Cada mudança de estado de p para q ao eliminar X, representada por um símbolo composto [pXq] • Regra: do PDA P= (Q, , , N, q0, Z0) construir CFG G= (V, , R, S) • Variáveis V: contém S e os símbolos [pXq]

  20. De PDA para CFG (cont) • Produções R: • Para todos os estados p, G contém S  [q0Z0p] • O símbolo [q0Z0p] gera todas as cadeias w que extraem Z0 da pilha enquanto vão do estado q0 para o estado p, (q0,w,Z0) ├* (p,,) • Então S gera todas as cadeias w que esvaziam a pilha • Se (q,a,X) contém o par (r,Y1Y2…Yk), k0, a   ou a= então para todas as listas de estados r1,r2,…,rk, G contém [qXrk]  a[rY1r1][r1Y2r2]…[rk-1Ykrk] • Uma forma de extrair X e ir de q a rk é ler a (pode ser ) e usar alguma entrada para extrair Y1 ao ir de r para r1, etc.

  21. Exemplo • Converter o PDA PN=({q},{i,e},{Z},N,q,Z) numa gramática • aceita as cadeias que violam pela 1ª vez a regra de que um “e” deve corresponder a um “i” precedente • Solução: • só um estado q e só um símbolo de pilha Z • Duas variáveis: S, símbolo inicial; [qZq], único símbolo a partir dos estados e símbolos de PN • Produções: • S  [qZq] (se houvesse mais estados p e r teríamos S[qZp] e S[qZr]) • De N(q,i,Z)={(q,ZZ)} obter [qZq]i[qZq] [qZq] (se houvesse mais estados p e r teríamos [qZp]i[qZr] [rZp]) • De N(q,e,Z)={(q,)} obter [qZq]e (Z é substituído por nada) • Chamando A a [qZq] fica SA e A  iAA | e

  22. Propriedades das CFL • Simplificação das CFGs  forma normal de Chomsky • Eliminação de símbolos inúteis • Símbolo útil: S * αX * w, w  T* • Símbolo gerador: X * w • Qualquer terminal é gerador, dele próprio! • Símbolo atingível: S * αX • Útil = gerador + atingível • Eliminar primeiro os não geradores e depois os não atingíveis • Exemplo • S  AB | a S  a [B não é gerador] S  a • A  b A  b [A não é atingível]

  23. Eliminação de símbolos inúteis • Algoritmo: descobrir os símbolos geradores • os terminais são geradores • A  α e α só tem geradores; então A é gerador • Algoritmo: descobrir os símbolos atingíveis • S é atingível • A é atingível, Aα; então todos os símbolos em α são atingíveis

  24. Eliminação de produções- • Variável anulável: A *  • Transformação: B  CAD passa a B  CD | CAD e impede-se que A produza  • Algoritmo: descobrir as variáveis anuláveis • A  C1 C2 … Ck, todos os Ci são anuláveis; então A é anulável • Se uma linguagem L tem uma CFG então L-{} tem uma CFG sem produções- • Determinar todos os símbolos anuláveis • Para cada A  X1 X2 … Xk se m Xi’s são anuláveis substituir por 2m produções com todas as combinações de presenças de Xi. • Excepção: se m=k, não se inclui o caso de todos os Xi ausentes • Produções A   são eliminadas

  25. Exemplo • Gramática • S  AB • A  aAA |  • B  bBB |  • A e B são anuláveis, logo S também • S  AB | A | B • A  aAA | aA | aA | a • B  bBB | bB | b

  26. Eliminação de produções unitárias • Produção unitária: A  B, em que A e B são variáveis • Podem ser úteis na eliminação de ambiguidade (ex: linguagem das expressões) • Não são imprescindíveis; introduzem passos extra nas derivações • Eliminam-se por expansão • I  a | b | Ia | Ib | I0 | I1 • F  I | (E) • T  F | T × F • E  T | E + T • De E  T passar a E  F | T × F a E  I | (E) | T × F e finalmente E  a | b | Ia | Ib | I0 | I1 | (E) | T × F • Problema no caso de ciclos

  27. Eliminação de produções unitárias • Algoritmo: descobrir todos os pares unitários, deriváveis apenas com produções unitárias • (A, A) é um par unitário • (A, B) é um par unitário e B  C, C variável; então (A, C) é unitário • Exemplo: (E, E), (T, T), (F, F), (E, T), (E, F), (E, I), (T, F), (T, I), (F, I) • Eliminação: substituir as produções existentes de forma a que para cada par unitário (A, B) se incluam todas as produções da forma A  α em que B  α é uma produção não unitária (incluir A=B)

  28. Gramática sem produções unitárias I  a | b | Ia | Ib | I0 | I1 F  I | (E) T  F | T × F E  T | E + T

  29. Sequência de simplificação • Se G é uma CFG que gera uma linguagem com pelo menos uma cadeia diferente de , existe uma CFG G1 que não tem produções-, produções unitárias ou símbolos inúteis e L(G1) O= L(G) – {} • Eliminar produções- • Eliminar produções unitárias • Eliminar símbolos inúteis

  30. Forma normal de Chomsky (CNF) • Todas as CFL sem  têm uma gramática na forma normal de Chomsky: sem símbolos inúteis e em que todas as produções são da forma • A  BC (A, B, C variáveis) ou • A  a (A variável e a terminal) • Transformação • Começar com uma gramática sem produções-, produções unitárias ou símbolos inúteis • Deixar as produções A  a • Passar todos os corpos de comprimento 2 ou mais para só variáveis • Variáveis novas D para os terminais d nesses corpos, substituir e D  d • Partir corpos de comprimento 3 ou mais em cascatas de produções só com 2 variáveis A  B1B2…Bk para AB1C1, C1B2C2, …

  31. Gramática das expressões • Variáveis para os terminais em corpos não isolados • A  a B  b Z  0 O  1 • P  + M  × L  ( R  ) • E  EPT | TMF | LER | a | b | IA | IB | IZ | IO • T  TMF | LER | a | b | IA | IB | IZ | IO • F  LER | a | b | IA | IB | IZ | IO • I  a | b | IA | IB | IZ | IO • Substituir corpos compridos • E  EC1 | TC2 | LC3 | a | b | IA | IB | IZ | IO • T  TC2 | LC3 | a | b | IA | IB | IZ | IO • F  LC3 | a | b | IA | IB | IZ | IO • C1  PT C2  MF C3  ER

  32. Lema da bombagem para CFL • Dimensão de uma árvore de análise • Considerar apenas o caso das CNF: árvores binárias em que as folhas são terminais sem irmãos (produções Aa) • Numa gramática com árvore de análise CNF e colheita w terminal, se o comprimento do maior caminho for n então |w|  2n-1 • Seja L uma CFL. Existe uma constante n tal que, para qualquer cadeia z em L com |z|n se pode escrever z=uvwxy • |vwx|  n a parte do meio não é demasiado comprida • vx   pelo menos uma é não vazia • Para todo i  0, uviwxiy  L bombagem dupla, a começar em 0

  33. Prova • Obter uma gramática CNF G para L • G contém m variáveis. Escolher n=2m. Cadeia z em L |z|  n. • Qualquer árvore de análise com caminho mais longo de comprimento até m tem colheita até 2m-1=n/2. • z seria demasiado longa; árvore para z tem caminho m+1 ou maior • Na figura, o caminho A0…Aka é de comprimento k+1, km • Há pelo menos m+1 variáveis no caminho; logo há pelo menos uma repetição de variáveis (de Ak-m a Ak). • Supõe-se Ai=Aj com k-m  i < j  k

  34. Continuação da prova A0 • Se cadeia z suficientemente longa, tem que haver repetições de símbolos • Divide-se a árvore: • w é a colheita da subárvore de Aj • v e x são tais que vwx é a colheita de Ai (como não há produções unitárias pelo menos um de v e x é não nulo) • u e y são as partes de z à esquerda e à direita de vwx Ai=Aj Aj Ak a u v w x y z

  35. Continuação da prova S • Como Ai=Aj, pode-se • substituir a subárvore de Ai pela de Aj, obtendo o caso i=0, uwy. • substituir a subárvore de Aj pela de Ai, obtendo o caso i=2, uv2wx2y e repetir para i=3, … (bombagem) • |vwx|n porque se pegou num Ai próximo do fundo da árvore, k-im, caminho mais longo de Ai até m+1, colheita até 2m=n A A u v w x y S S A A w A u v x y u y A v w x

  36. Lema da bombagem • no caso das LR: o lema da bombagem decorre de o número de estados de um DFA ser finito • para aceitar uma cadeia suficientemente comprida tem que haver repetições de estados • No caso das CFL: decorre de o número de símbolos numa CFG ser finito • para aceitar uma cadeia suficientemente comprida tem que haver repetições (“duplas”) de símbolos LR (DFA) CFL (CFG)

  37. Provar que uma linguagem não é CFL • Seja L = {0k1k2k | k  1}. Mostre que não é CFL. • Supondo que L é uma CFL, existe uma constante n indicada pelo lema da bombagem; tome-se z = 0n1n2n que faz parte de L • Fazendo z=uvwxy, sujeito a |vwx|  n e v, x não ambos nulos, temos que vwx não pode conter simultaneamente 0’s e 2’s • Caso vwx não contém 2’s; então vx tem só 0’s e 1’s e tem pelo menos um símbolo. Então, pelo lema da bombagem, uwy também deveria pertencer à linguagem. Mas tem n 2’s e menos do que n 0’s ou 1’s e portanto não pertence à linguagem. • Caso vwx não contém 0’s: argumento semelhante. • Obtém-se contradição em ambos os casos; portanto a hipótese é falsa e L não é uma CFL

  38. Problemas na prova • Seja L = {0k1k | k  1}. Mostre que não é CFL. • Supondo que L é uma CFL, existe uma constante n indicada pelo lema da bombagem; tome-se z = 0n1n que faz parte de L • Fazendo z=uvwxy, sujeito a |vwx|  n e v, x não ambos nulos, pode acontecer de escolher v= 0k e x=1k • Neste caso uviwxiy pertence sempre a L. • Não se obtém a contradição pretendida • Não se consegue provar que L não é CFL • De facto é uma CFL

  39. Substituição • Seja  um alfabeto; para cada um dos seus símbolos a define-se uma função (substituição) que associa uma linguagem La ao símbolo • Cadeias: se w= a1…an então s(w) é a linguagem de todas as cadeias x1…xn tais que xi está em s(ai) • Linguagens: s(L) é a união de todos as s(w) tais que w  L • Exemplo: • ={0,1}, s(0)={anbn | n1}, s(1)={aa,bb} • Se w=01, s(w) = s(0)s(1) = {anbnaa | n1}  {anbn+2 | n1} • Se L=L(0*), s(L) = (s(0))* = an1bn1…ankbnk, para n1, …, nk qq • Teorema: seja L uma CFL e s() uma substituição que associa a cada símbolo uma CFL; então s(L) é uma CFL.

  40. Aplicação do teorema da substituição • As CFL são fechadas para: • União • Concatenação • Fecho (*) e fecho positivo (+) • Homomorfismo • Reverso • Intersecção com uma LR • Intersecção com uma CFL não é garantida • Homomorfismo inverso

  41. CFL e intersecção • Seja L1 = {0n1n2i | n1, i1} e L2 = {0i1n2n | n1, i1} • L1 e L2 são CFL • S  AB S  AB • A  0A1 | 01 A  0A | 0 • B  2B | 2 B  1B2 | 12 • L1  L2 = {0n1n2n | n1} • Já está provado que não é CFL • Logo as CFL não são fechadas para a intersecção

  42. Complexidade das conversões • Conversões lineares no comprimento da representação • CFG para PDA • PDA de estado final para PDA de pilha vazia • PDA de pilha vazia para PDA de estado final • Conversão O(n3) • PDA para CFG (tamanho da CFG também O(n3)) • Conversão O(n2) • CFG para CNF (tamanho da CNF também O(n2))

  43. Propriedades de decisão das CFL • Teste de linguagem vazia • Verificar se S é gerador • Com estrutura de dados adequada, O(n) • Teste de pertença numa CFL • O(n3), usando programação dinâmica, preenchimento de tabela S  AB | BC A  BA | a B  CC | b C  AB | a w=baaba X12: X11X22; X24: X22X34X23X44

  44. Problemas não decidíveis • Não há algoritmo para responder a estas perguntas • Uma dada CFG é ambígua? • Uma dada CFL é inerentemente ambígua? • A intersecção de duas CFL é vazia? • Duas CFL dadas são a mesma linguagem? • Uma CFL é o “universo” *, em que  é o seu alfabeto?

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