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LÍNGUA PORTUGUESA

LÍNGUA PORTUGUESA. BEM-VINDO À DISCIPLINA TELETRANSMITIDA LÍNGUA PORTUGUESA. COESÃO E COERÊNCIA TEXTUAIS. Apresentaremos dois fenômenos fundamentais na constituição dos sentidos nos textos: a coesão e a coerência textuais. Mas, antes... ENTENDENDO A NOÇÃO DE TEXTO.

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LÍNGUA PORTUGUESA

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Presentation Transcript


  1. LÍNGUA PORTUGUESA BEM-VINDO À DISCIPLINA TELETRANSMITIDA LÍNGUA PORTUGUESA

  2. COESÃO E COERÊNCIA TEXTUAIS

  3. Apresentaremos dois fenômenos fundamentais na constituição dos sentidos nos textos: a coesão e a coerência textuais.

  4. Mas, antes... ENTENDENDO A NOÇÃO DE TEXTO • Já sabemos que não nos comunicamos apenas por palavras. Por isso, dizemos que o texto pode ser verbal (com palavras) e não-verbal (com imagens, expressões fisionômicas, sinais, símbolos, cores, traços). • Os sinais de trânsito se constituem em unidades de significação para aqueles que os compreendem. São, portanto, TEXTOS para os indivíduos capazes de interpretá-los. Imagine se as pessoas, principalmente os motoristas, não soubessem ler seus significados. Nossa vida (moderna) se tornaria o caos, não?

  5. Como já pudemos entender, o texto é uma forma de nos manifestarmos, quando queremos nos comunicar. É frequente o uso de linguagem verbal e não-verbal, por exemplo, em propagandas, sejam elas veiculadas na televisão ou em veículos impressos como jornais e revistas, nas quais, geralmente, precisamos associar o texto à imagem para depreender seu real sentido.

  6. Coesão: • ocorre NO texto; • opera no nível micrototextual, ou seja, atua na organização da sequência textual; • revela-se através de marcas linguísticas, organizando a sequência do texto.

  7. Coerência: • é construída A PARTIR do texto, em uma situação comunicativa específica, envolvendo um conjunto de conhecimentos; • opera no nível macrotextual, ou seja, ela é o resultado da organização dos componentes do texto somada a processos cognitivos que atuam entre o usuário e o produtor do texto; • não se encontra no texto, uma vez que é construída pelo leitor com base em seus conhecimentos.

  8. Koch e Elias (2007:187) destacam que “em um segundo momento, todavia, percebeu-se que a distinção entre coesão e coerência não podia ser estabelecida de maneira radical, considerando-se ambas fenômenos independentes.”

  9. Há texto coerente sem elos coesivos explicitados linguisticamente?

  10. Somente a coesão não é suficiente nem necessária para que haja um texto porque “(...) há muitas sequências linguísticas com pouco ou nenhum elemento coesivo, mas que constituem um texto porque são coerentes e por isso têm o que se chama de textualidade.” Koch e Travaglia (2001:43)

  11. Circuito Fechado (Ricardo Ramos) Chinelos, vaso, descarga. Pia, sabonete. Água. Escova, creme dental, água, espuma, creme de barbear, pincel, espuma, gilete, água, cortina, sabonete, água fria, água quente, toalha. Creme para cabelo, pente. Cueca, camisa, abotoaduras, calça, meia, sapatos, gravata, paletó. Carteira, níqueis, documentos, caneta, chaves, lenço, relógio, maço de cigarros, caixa de fósforo. Jornal. Mesa, cadeiras, xícara e pires, prato, bule, talheres, guardanapo. Quadros. Pasta, carro. Cigarro, fósforo. Mesa e poltrona, cadeira, cinzeiro, papeia, telefone, agenda, copo com lápis, canetas, bloco de notas, espátula, pastas, caixa de entrada, de saída, vaso com plantas, quadros, papéis, cigarro, fósforo. Bandeja, xícara pequena. Cigarro e fósforo. Papéis, telefone, relatórios, cartas, notas, vales, cheques [...] (In. Koch e Travaglia: 2001, 61)

  12. Apesar da ausência de elementos coesivos, conseguimos estabelecer a coerência desse texto.

  13. A presença de elementos coesivos não é suficiente para garantir a coerência de um texto porque há sequências linguísticas para as quais não é possível estabelecer um sentido global apesar de haver coesão entre as frases.

  14. Exemplo (2): O livro que eu comprei foi traduzido do francês, no entanto, os empregados estão em férias. Ainda que tenhamos viajado em nosso carro novo, ele ainda não foi fabricado.

  15. CONCLUSÃO A coesão não é suficiente para que enunciados se constituam em textos. Apesar disso, textos escritos necessitam de elementos coesivos que facilitem sua compreensão.

  16. Alguns tipos de coesão: • Coesão lexical ou referencial. 2) Coesão sequencial.

  17. COESÃO REFERENCIAL Ocupa-se em entender como referentes, que foram introduzidos no texto, podem ser retomados mais adiante.

  18. Exemplo (3): Nova espécie de ave é descoberta na Grande SP O IBAMA anunciou ontem a descoberta de uma nova ave, o bicudinho-do-brejo-paulista. O Stymphalornissp.nov (a terminação indica que o animal não recebeu a denominação definitiva da espécie) foi encontrados pelo professor Luís Fábio Silveira, do Departamento de Zoologia da USP, em áreas de brejo nos municípios de Paraitinga e Biritiba-Mirim, na Grande São Paulo, em fevereiro. O pássaro tem pouco mais de 10 centímetros de comprimento, capacidade pequena de voo e penugem escura. Fonte: O Estado de São Paulo, 6 de maio 2005, p. A18.

  19. Substituição Ex. (4) Maria comeu um sanduíche no almoço e João também. Ex. (5) Minha amiga comprou um cachorro. Eu também quero um.

  20. Reiteração a) Repetição do mesmo item lexical. Ex. (6) O menino come, come, come. b) Sinônimos. Ex. (7) Comprei um carro novo. Agora, com o meu possante, ninguém me segura!

  21. c) Hiperônimos e hipônimos. Ex. (8) Alguns felinos estão ameaçados. Esses animais precisam ser preservados. d) Expressões nominais definidas. Ex. (9) Dilma Rousseff, ministra da Casa Civil, será candidata nas próximas eleições. A petista está confiante.

  22. e)Nomes genéricos. Ex. (10) Maria voltou toda feliz e comprou bolsas, sapatos, novas roupas, colares. Todas aquelas coisas servirão como um estímulo à sua nova vida. AULA 12

  23. COESÃO SEQUENCIAL • por meio das concordâncias nominais e verbais; b) por meio da sequenciação temporal ou coesão temporal; c) por conexão.

  24. a) por meio das concordâncias nominais e verbais: Exemplo (11): Foi a rainha Dona Maria I, de Portugal, quem declarou que os advogados faziam jus o título de doutor. Antes deles, apenas os médicos e os professores tinham direito a tal tratamento, numa época em que a palavra “doutor” estava mais de acordo com sua origem etimológica. Com efeito, procede do verbo latino docere, ensinar, de onde, aliás, o português tirou docente. Médicos e professores ensinavam sempre. (Extraído de Advogados, cicerones e brocardos. In. A língua nossa de cada dia. Osasco, SP; Novo Século Editora, 2007.)

  25. b) por meio da sequenciação temporal ou coesão temporal:Exemplo (12) Vou-me embora pra Pasárgada (Manuel Bandeira) Vou-me embora pra Pasárgada Lá sou amigo do rei Lá tenho a mulher que quero Na cama que escolherei Vou-me embora pra Pasárgada. Vou-me embora pra Pasárgada Aqui eu não sou feliz Lá a existência é uma aventura De tal modo inconsequente Que Joana a Louca de Espanha Rainha e falsa demente Vem a ser contraparente Da nora que eu nunca tive. Texto extraído do livro Bandeira a Vida Inteira, Editora Alumbramento – Rio de Janeiro, 1986, pág. 90

  26. O poeta compara a imaginária Pasárgada, lá, onde tudo será muito melhor a aqui, o lugar onde está o poeta. Os advérbios lá e aqui situam o processo verbal no espaço, tendo como ponto de referência o emissor. O advérbio não, junto ao verbo ser (não sou feliz) expressa a negação do estado de felicidade, outra característica negativa do aqui. O advérbio nunca indica o tempo de realização do processo verbal expresso por ter (nunca terei). OBS.: Há uma revisão a respeito de advérbios no material do aluno.

  27. Outros exemplos de coesão temporal Ordenação linear dos elementos. Exemplos: (13) Levantou, tomou banho e saiu. (14) Saiu, tomou banho e levantou. Expressões que estabelecem a ordenação temporal. Exemplos: (15) Ele chegou primeiro e eu cheguei depois. (16) Mal a novela começou, a televisão parou de funcionar. (17) Depois que a Maria morreu, o João foi para o interior. Partículas temporais. Exemplo (18): Ele deve vir amanhã.

  28. c) Sequenciação por conexão: Em um texto, os enunciados estão interligados através da presença de operadores lógicos, argumentativos ou através de pausas.

  29. Exemplo (19) O presidente Lula não domina a norma culta da língua portuguesa, mas fala bem. Fala bem por quê? Porque tem o que dizer e, por intuição, sabe como fazê-lo. [...] não vai ao teatro, não compra livros, não frequenta bibliotecas, não vai ao cinema. Não é que nunca vai. Nunca foi! Quando não podia, porque não podia. Quando pôde, não foi porque não quis. Agora pode e não vai porque não quer. Entre os que o cercam, há gente culta e bem pensante, mas há também um bando de ignorantes cuja rudeza e truculência são assustadoras. (Adaptado de Silva, Deonísio da. Falar e conversar. In. A língua nossa de cada dia. Osasco, SP; Novo Século Editora, 2007.

  30. No exemplo (20), podemos observar: • o uso do operador ‘mas’ em dois momentos em que o autor quis expor, em uma oração, ideias contrárias às da oração anterior; • O uso do operador ‘porque’, com valor explicativo, em três momentos diferentes; • Dois usos do operador ‘quando’, ambos com valor temporal

  31. A COERÊNCIA TEXTUAL A coerência está diretamente ligada à possibilidade de se estabelecer um sentido para o texto.

  32. A coerência depende de alguns fatores: • conhecimento do mundo e o grau em que esse conhecimento deve ser ou é compartilhado pelos interlocutores; • domínio das regras que norteiam a língua: isto vai possibilitar as várias combinações dos elementos linguísticos; • os próprios interlocutores, considerando a situação em que se encontram, as suas intenções de comunicação, suas crenças, a função comunicativa do texto.

  33. No processo de calcular o sentido e estabelecer a coerência de um texto, os conhecimentos do interlocutor são muito importantes.

  34. Fonte: Custódio www.ratodesebo.com

  35. A análise das respostas do rato e do burro, personagens da tirinha, nos leva a perceber que ambos apresentam conhecimentos diferenciados. Enquanto que o rato cita uma série de pensadores, o burro torna o texto coerente, tendo como base o seu conhecimento de mundo.

  36. Tipos de Coerência • 1. Coerência Semântica. Diz respeito à combinação dos significados da sequência linguística. Quando os sentidos não combinam a sequência torna-se contraditória. • Exemplo (20): • Ele comprou um carro novo. Esse veículo de comunicação é muito veloz. • O sintagma ‘carro novo’ pode ser retomado pela palavra ‘veículo’, mas não pelo sintagma ‘veículo de comunicação’.

  37. 2. Coerência Sintática. Refere-se aos meios sintáticos usados para expressar a coerência semântica: conectivos, pronomes etc. • Exemplo (21): • Ele comprou um carro novo, mas continua sem carro novo.

  38. 3. Coerência Estilística. Um texto deve manter um estilo uniforme, ou seja, deve-se evitar a mistura de registros. Ainda que ela não prejudique a interpretabilidade de um texto, ela deve ser evitada, a menos que seja usada propositalmente, como um recurso estilístico. Esse uso proposital ocorre, muitas vezes, quando dizemos “Não sou contra, nem a favor, muito pelo contrário”.

  39. 4. Coerência Pragmática. Quando pertencemos a um determinado grupo social, somos capazes de perceber uma série de ‘deixas’ em termos de usos da língua. Imagine a seguinte situação. Estamos em uma sala com o ar condicionado ligado e dizemos a uma pessoa sentada próxima ao aparelho “Nossa, como a sala está gelada”. Ainda que não tenhamos feito um pedido de forma direta, provavelmente, esse indivíduo irá nos perguntar algo como “Quer que eu altere a temperatura?”

  40. Explicitude e implicitude de informações

  41. Exemplo (6) Palavras sem conteúdo A reportagem de dezembro é fantástica. Finalmente uma revista abordou um assunto tão importante para a Formação do Professor Brasileiro. Sou estudante de Letras e simplesmente não aguento esta chatice: Professores e alunos se apropriarem de frases como as citadas para explicar toda e qualquer situação. Como se elas não precisassem de um contexto ou uma ocasião para serem proferidas! MDC Seropédica , RJ, por e-mail.

  42. Trata-se de um texto enviado, por email, por MDC, de Seropédica (Informações explícitas, ao final do exemplo.) MDC se refere a uma reportagem. (Informação explícita na primeira frase do texto). Esta reportagem foi publicada em dezembro (Informação explícita na primeira frase do texto). MDC é estudante de Letras e se revolta pelo uso inadequado de expressões na área.

  43. O que está implícito na mensagem de MDC? Pode-se dizer que MDC: esperava uma atitude pública desta natureza: a publicação de um material que fizesse crítica à mesmice no uso de palavras da área – utiliza o advérbio “finalmente”, para se referir à publicação da matéria”; adorou a reportagem – faz uso do adjetivo “fantástica” para qualificar a matéria; é muito crítica – o advérbio “simplesmente” acentua seu incômodo acerca do assunto.

  44. As informações implícitas estão fundamentadas nas informações explícitas.

  45. Um texto nos passa informações nas entrelinhas, informações essas que estão fundamentadas nas informações explícitas. (1) “José parou de fumar.” (2) “Até você comprou um carro!” (3) “Ele chegou em último lugar.”

  46. Exemplo (7) APESAR DE O CADERNO SER PARA TURISTAS NÃO VAMOS AUMENTAR O PREÇO. Novo Viagem do JB. Agora aos domingos.

  47. Pressuposto: artigos para turistas têm seu preço acrescido. A propaganda versa sobre um caderno do Jornal do Brasil cujo objetivo é fornecer matéria e dicas para quem gosta de viajar. O uso de “apesar de” pressupõe a informação.

  48. Exemplo (8) DO GALEÃO AO CENTRO, UMA VIA-CRÚCIS PARA OS TURISTAS Mau cheiro, miséria, risco de bala perdida são as boas-vindas do Rio (Jornal do Brasil, 06/08/2009, p. A11)

  49. a palavra “via-crúcis” pressupõe uma ideia negativa do que seja chegar ao Rio de Janeiro. • o sintagma ‘do Rio’ para complementar o substantivo boas-vindas. ‘boas-vindas ao Rio’ ≠ ‘boas-vindas do Rio’ (preposição ‘de’ indicativa de posse.)

  50. Exemplo (9) Sobrevivem a incêndio 70% da obra de Hélio Oiticica, que será restaurada (Jornal O Globo, 31/10/2009, p. 15)

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