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Inteligência Competitiva e Prospecção Tecnológica

Inteligência Competitiva e Prospecção Tecnológica. Antonio Roberto Donadon 13/09/2011. AGENDA . Inovação (relembrando) Contexto Technology Foresight Inteligência Competitiva (IC) Gestão do Conhecimento (GC) Aplicação - caso CPFL. INOVAÇÃO - RELEMBRANDO.

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Inteligência Competitiva e Prospecção Tecnológica

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Presentation Transcript


  1. Inteligência Competitiva e Prospecção Tecnológica Antonio Roberto Donadon 13/09/2011

  2. AGENDA • Inovação (relembrando) • Contexto • Technology Foresight • Inteligência Competitiva (IC) • Gestão do Conhecimento (GC) • Aplicação - caso CPFL

  3. INOVAÇÃO - RELEMBRANDO Tidd (1997) define inovação como o processo de transformar oportunidades em novas idéias e colocá-las em prática. Ou seja, inovação envolve a identificação de oportunidades, a materialização de idéias que correspondam a estas necessidades e, finalmente, a comercialização destas idéias em forma de produtos ou de serviços. • A ferramenta de que dispõe os empreendedores através da qual é possível explorar as mudanças como oportunidades para um novo negócio ou serviço. Pode ser considerada como um disciplina, possível de ser aprendida e praticada (Drucker, 1985).

  4. Contexto... • As mudanças no ambiente empresarial, a necessidades de respostas mais rápidas dentro de um ambiente competitivo, a alta densidade de informação demandada, inserem-se em um cenário onde a Tecnologia da Informação irá fornecer um grande impulso a Gestão do Conhecimento, melhorando processos, ligando fontes e usuários, criando todo um cenário favorável ao seu crescimento, ou seja, tornando-se um forte aliado à efetividade. • Nesse contexto, o aparecimento da “organização em rede” é emblemático. A “sociedade do conhecimento, sociedade da informação ou economia do conhecimento” (Castells,1996) é caracterizada pela explosão nos fluxos de informação e pelo compartilhamento de competências em redes estruturadas com atores heterogêneos intra e inter organizações.

  5. Contexto... • É crescente a percepção das empresas sobre a importância da gestão da inovação para a competitividade, porém as decisões relativas às estratégias de inovação ainda se ressentem do uso de instrumentos mais adequados para lidar com questões que surgem da própria essência dos processos de inovação: incerteza, timing, capacidade de análise de rotas alternativas, mobilização de competências, valorização da criatividade, entre outras. • Há, portanto, pelo menos dois níveis para se executar gestão da inovação. Um interno às organizações, ligado aos processos de identificação e construção de competências essenciais (core competences, Prahalad e Hamel, 1998), codificação e circulação do conhecimento, identificação de oportunidades e execução de uma estratégia adequada. E de integração desses processos com a P&D e a produção. • E o nível externo à organização, ligado à capacidade de contratar e vender competências, captar recursos financeiros e interagir com organizações que possam contribuir para a produção interna de conhecimento na empresa, tais como universidades, institutos de pesquisa, fornecedores e mesmo empresas concorrentes.

  6. Prospecção... • O technology foresight é uma nova forma de executar e interpretar estudos do futuro, que utiliza muitas ferramentas usuais da prospecção tecnológica, mas as coloca a favor da criação de coordenação e compromisso de diferentes atores chaves, para viabilizar inovações. • A inteligência competitiva pressupõe o desenvolvimento da capacidade de identificar, sistematizar e interpretar sinais do ambiente externo das organizações, para alimentar processos de decisão. • A gestão do conhecimento enfatiza os mecanismos de compartilhamento, circulação e aperfeiçoamento dos conhecimentos produzidos numa organização. As três abordagens possuem importantes pontos de contato e, embora enfatizem certos aspectos diferentemente, são particularmente úteis à gestão da inovação. • (Canongiaet al, 2004)

  7. Inteligência competitiva (IC) • Fuld (1994) apresenta o conceito de inteligência como informação analisada, que auxilia a tomada de decisão estratégica e tática. A palavra “competitiva” relaciona-se à aquisição de informações públicas e acessíveis sobre os concorrentes. • Garcia  Torres  (1997)  interpreta  inteligência  competitiva como  um  sistema  de  monitoramento  (environmental  scanning), definindo-a como um conjunto de procedimentos para coleta e análise de informação sobre o macro ambiente, que possibilitariam à organização um processo de aprendizagem contínuo, voltado ao planejamento e a decisões estratégicas. • Dentre as atividades que alicerçam o processo de inteligência competitiva, as  atividades de prospecção e monitoramento informacional assumem papel relevante, uma vez que permitem  um  mapeamento  inicial  e  um  acompanhamento  contínuo  de  dados,  informação  e conhecimento relevantes ao ambiente corporativo, alimentando continuamente o processo de IC.

  8. Inteligência competitiva (IC) • A ferramenta de que dispõe os empreendedores através da qual é possível explorar as mudanças como oportunidades para um novo negócio ou serviço. Pode ser considerada como um disciplina, possível de ser aprendida e praticada (Drucker, 1985). • É uma ferramenta para suporte de decisões que procura mostrar a informação de valor agregado por meio do tratamento, da correlação e da interpretação de grandes quantidades de dados obtidos de diversas fontes (Canongiaet al, 2003). • Pode ser caracterizada como o conjunto de atividades que inclui o monitoramento e análise de dados no ambiente interno e externo com o objetivo de fornecer informações para os decisores e para o processo de planejamento estratégico (GESID, 1999 apudCanongiaet al, 2003).

  9. Inteligência competitiva (IC) • Informações Estruturadas: São  informações  produzidas  internamente  e externamente à organização, mas já se encontram consolidadas e sistematizadas de algum modo • Informações Não-Estruturadas: São  aquelas  produzidas  externamente à organização e, não se encontram consolidadas e sistematizadas,  portanto,  são extremamente difíceis de ser prospectadas e monitoradas

  10. IC x GC Fonte: Cipher Systems

  11. IC x GC Fonte: Power, T. W.

  12. Prospecção...

  13. Para pensar... • a preocupação com o futuro é algo tão antigo quanto a história da humanidade... • ... porém, apenas mais recentemente (últimos 60 anos), esta preocupação desenvolveu-se como uma atividade sistemática • pode ser aplicada nas mais diversas áreas, com distintos escopos, variadas perspectivas temporais, por meio de inúmeras ferramentas e métodos

  14. Para que serve? • Apoio à decisão • Planejamento • Identificação de oportunidades • Aprendizado... • A prospecção não significa decisão...

  15. CONCEITOS Do que está se falando? Ele está falando de um negócio chamado incerteza! E também de: • racionalidade • indeterminação • risco • irreversibilidade • ergodicidade

  16. CONCEITOS - INCERTEZA Incerteza é um conceito absoluto • Incerteza não é probabilística • racionalidade • indeterminação • risco • irreversibilidade • ergodicidade

  17. CONCEITOS - RISCOS • Risco é a situação na qual a tomada de decisão acerca de um determinado evento é realizada em um contexto em que a distribuição de probabilidade do evento é Conhecida • A distribuição de probabilidades só é possível quando as variáveis (e os parâmetros) são conhecidas • O risco, portanto, é calculável

  18. Uma definição útil… A prospecção é um conjunto de atividades e técnicas de busca, sistematização e tratamento de informações, incluindo a definição e a abrangência do estado-da-arte, tendências, possibilidades e oportunidades de desenvolvimento e de aplicações futuras * Fonte: Bin, Adriana – 2010 – Projeto Redes e Mercados.

  19. Uma definição para prospecção “A prospecção tecnológica pode ser definida como um meio sistemático de mapear desenvolvimentos científicos e tecnológicos futuros capazes de influenciar de forma significativa uma indústria, a economia ou a sociedade como um todo. Diferentemente das atividades de previsão clássica, que se dedicam a antecipar um futuro suposto como único, os exercícios de prospecção são construídos a partir da premissa de que são vários os futuros possíveis. Esses são tipicamente os casos em que as ações presentes alteram o futuro, como ocorre com a inovação tecnológica. Avanços tecnológicos futuros dependem de modo complexo e imprevisível de decisões alocativas tomadas no presente por um conjunto relativamente grande de agentes (KUPFER & TIGRE, 2004: 17)”.

  20. Traduzindo... Prospecção é um exercício feito por gente, com base em critérios mais ou menos arbitrários, que pode ser mais ou menos sofisticado, mas que sempre estará sujeito à subjetividade e, portanto, à verificação ex-post (Salles-Filho).

  21. Questões críticas)…

  22. Três premissas ... • dependente da ordem social presente • subjetivo segundo a visão de quem a faz • sujeita ao imponderável (incerteza) - sempre estará sujeita à verificação ex-post

  23. Duas constatações… • imprevisibilidade e subjetividade não são, portanto, limitantes, mas sim condições fundamentais da prática prospectiva • prospecção faz parte da construção social do futuro

  24. Principais abordagens Forecasting • abordagem predominante dos estudos de futuro entre as décadas de 1950 e 1970, caracterizada pelo uso de análises quantitativas • está focada na idéia de previsão do futuro a partir da observação e extrapolação das tendências do passado e presente • compreendida, até a década de 1970, como sinônimo de prospecção

  25. Principais abordagens Foresight • termo passa a ser utilizado na década de 1980 no contexto da condução de exercícios nacionais de priorização de tecnologias para fins do estabelecimento de políticas de pesquisa • referencial dinâmico, relacionado com objetivos mais amplos de sistematização de um debate e estabelecimento de visões mais ou menos consensuais em um grupo de atores sobre perspectivas futuras, de forma a subsidiar a tomada de decisões e influenciar trajetórias

  26. Do forcasting ao foresigth • • difusão de críticas à pretensa capacidade de previsão dos métodos de prospecção (limitação dos métodos preditivos em um contexto em que a estabilidade é uma exceção e a mudança é cada vez mais rápida) • acirramento da competição global, importância crescente de C,T&I e perspectiva de que a mudança técnica é indissociável das mudanças sociais, ambientais, econômicas e institucionais

  27. Do forcasting ao foresigth • disseminação de uma nova visão sobre os processos de desenvolvimento científico e tecnológico e de inovação (indeterminação, risco, aproximação entre ciência e tecnologia, multi- institucionalidade, abordagens abertas, colaboração, economias de escopo etc.)

  28. Limites são tênues... • não há repertórios metodológicos distintos para as abordagens de forecasting e foresight “Forecasting tools are instrinsic to foresight. But also, it should be stressedthat forecasting and foresightare not synonymous. Forecasting tools are intrinsic to foresight, but the purposes not primarily to achieve a set of forecasts (let alone one prediction). (...) Effectively any forecasting output can, of course, be used as information inputs to foresight processes.” (Miles et al., 2000)

  29. Métodos e instrumentos • •prospecção é mais do que um conjunto de ferramentas e métodos (é um processo) • escolha das ferramentas e métodos, seus usos e contribuições são determinados pelos objetivos, valores, estruturas e culturas das organizações envolvidas na condução de exercícios de prospecção • só a combinação de várias técnicas é capaz de adequar o exercício de prospecção às especificidades de cada caso

  30. Abordagens... • • Tendências • Prováveis • Possíveis • Desejáveis There is no discernible relationship between good forecasting and the use of techniques. Jantsch (1967)

  31. Tipos metodológicos

  32. Vantagens e desvantagens dos diferentes métodos e técnicas de prospecção... • • Importante reforçar a percepção de que cada técnica apresenta vantagens e desvantagens • Podem ser combinadas de infinitas formas quando se pretende desenhar um procedimento metodológico para realizar estudos prospecticos. • Métodos quantitativos defrontam-se com a necessidade de séries históricas confiáveis ou da existência de dados padronizados, por exemplo. • Métodos qualitativos muitas vezes têm problemas decorrentes do limite do conhecimento dos especialistas, de suas preferências pessoais e parcialidades.

  33. Vantagens e desvantagens dos diferentes métodos e técnicas de prospecção... • Desta forma, a qualidade dos resultados dos estudos está fortemente ligada à escolha da metodologia a ser utilizada na sua elaboração e, como apontado acima, uma tendência observada e recomendada pelos especialistas da área é o da utilização de mais de uma técnica.

  34. Basicamente... Canongiaetal, 2003

  35. Metodologia desenvolvida para foresight tecnológico Canongiaetal, 2003

  36. Quadro 1: Técnicas de prospecção e objetivos

  37. Quadro 2: Pontos fortes e pontos fracos

  38. Quadro 2: Pontos fortes e pontos fracos Fonte: Coelho, 2003, baseado em Porter et al, 1991 e 2004.

  39. Métodos e técnicas de prospecção... • Pode-se ainda agrupar as técnicas anteriormente citadas pela freqüência de utilização (Poper et al., 2007): • Amplamente utilizados: revisão de literatura, painéis de especialistas e construção de cenários • Comumente utilizados: workshops, brainstorming, exploração de tendências, entrevistas/ questionários/visitas técnicas, Delphi, SWOT • Menos utilizados: roadmap tecnológico (exceto na América do norte onde há grande repercussão), exploração do ambiente, modelagem e simulação, ensaios, backcasting • Raramente utilizados: Mapeamento dos stakeholders, painéis públicos, análise estrutural, análise de impacto cruzado, análise multicritério, técnicas bibliométricas, jogos, análise morfológica e árvore de relevância.

  40. Métodos e técnicas de prospecção... • Segundo estudos de Poper et al. (2007), a revisão de literatura aparece dentre os 3 primeiros métodos mais utilizados na Europa, América do Norte, América Latina, Ásia e África. • Também aparecem com grande relevância nessas regiões os métodos: Painéis de Especialistas, Mapeamento de Cenários, Workshops.

  41. Ponto de partida... • • O objeto define “o que” • O objetivo define “para que” • O cruzamento do objeto com o objetivo define o escopo e indica os métodos

  42. Principais abordagens

  43. DELPHI • • Consulta • Questionários • Mais de uma rodada • Buscar convergência • Especialistas da área • Exploração previsão • Conjunto de prioridades / indicações formulado por um conjunto escolhido de pessoas

  44. DELPHI • Japão - 1970 - Uso pioneiro do Delphi com um grande número de especialistas - cientistas e engenheiros de companhias e centros de pesquisa - para identificar as mais importantes tecnologias para o futuro japonês

  45. CENÁRIOS • Números e opiniões • Baseado em consulta estruturada • Dedutivo e indutivo • Exploratório • Múltiplas possibilidades • Alternativos • Tendenciais • Desejáveis • Não probabilístico • Traçar trajetórias, desenhar estratégias • Macro eventos

  46. PAINÉIS • Aprender com o conhecimento dos outros • Formar opiniões e conhecimento novo • Indutivo • Exploratório e preditivo • O que dá trabalho é preparar o material de apoio e saber lidar com o salto alto • Serve para eventos unidisciplinares(especialistas) • Assim como para eventos de múltiplas determinações (multidisciplinares, multisetoriais, multiperspectivas...)

  47. MONITORAMENTO • Data mining • Text mining e processamento da informação • Acompanhamento da fronteira • Indicações tendenciais • Dedutivo • Extrapolação • Se seu objeto foi mais bem definido, melhor, senão dá um volume absurdo e às vezes intratável de informação

  48. MONITORAMENTO - Exemplo

  49. * Fonte: Salles-Filho, 2010.

  50. LEMBRANDO ENTÃO... “ um processo pelo qual pode-se chegar a um entendimento mais completo das forças que moldam o futuro a longo-prazo e que devem ser levadas em consideração na formulação de políticas, planejamento e tomadas de decisão. Foresight inclui meios qualitativos e quantitativos para monitorar pistas e indicadores das tendências de desenvolvimento e seu desenrolar, e é melhor e mais útil quando diretamente ligado à análise de políticas e suas implicações.” (Coates, 1985)

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