Multilateralismo versus Regionalismo: Impactos da rea de Livre Com rcio das Am ricas sobre a Economia Brasileira

1. Multilateralismo versus Regionalismo: Impactos da �rea de Livre Com�rcio das Am�ricas sobre a Economia Brasileira Danielle Sandi Pinheiro

2. Defini��es Regionalismo (Integra��o Econ�mica): processo no qual as economias nacionais se fundem, eliminando gradualmente as barreiras econ�micas entre si, com o prop�sito de incrementar seus fluxos comerciais e elevar seus padr�es de bem-estar. Multilateralismo: sistem�tica de com�rcio internacional viabilizada por interm�dio das rodadas de negocia��es no �mbito do GATT e, posteriormente da OMC, que propiciou uma expressiva liberaliza��o comercial ap�s a 2� Guerra Mundial tendo nas redu��es tarif�rias multilaterais seu principal instrumento. - Diferentes denomina��es, mesmo significado: integra��o econ�mica, ARCs, APCs - A grande quest�o que surge se refere �, possibilidade do sistema de APCs superar os resultados conquistados pela OMC. - 2 ondas de acordos regionais. 1� d�cada de 60, 2� d�cada de 80 - S�o correntes rivais?- Diferentes denomina��es, mesmo significado: integra��o econ�mica, ARCs, APCs - A grande quest�o que surge se refere �, possibilidade do sistema de APCs superar os resultados conquistados pela OMC. - 2 ondas de acordos regionais. 1� d�cada de 60, 2� d�cada de 80 - S�o correntes rivais?

4. - A partir da 2� guerra - Crescimento exponencial - At� o final de 2005 estima-se que o n�mero de ARCs suba para aproximadamente 300 - A partir da 2� guerra - Crescimento exponencial - At� o final de 2005 estima-se que o n�mero de ARCs suba para aproximadamente 300

5. - Grande assimetria econ�mica entre os pa�ses membros - Negocia��es paradas - Maior quest�o pendente: acesso a mercados (listas de ofertas j� est�o prontas, mas n�o alcan�ou-se consenso) - Possibilidade de uma ALCA bem light - EUA, prote��o em setores sens�veis... - Grande assimetria econ�mica entre os pa�ses membros - Negocia��es paradas - Maior quest�o pendente: acesso a mercados (listas de ofertas j� est�o prontas, mas n�o alcan�ou-se consenso) - Possibilidade de uma ALCA bem light - EUA, prote��o em setores sens�veis...

6. Regionalismo versus MultilateralismoReferencial Te�rico Pr�-Multilateralismo: - Bhagwati (1992) �spaguetti bowl� - Panagariya (1996, 1998) - Wonnacott (1990, 1996) �hubs e spokes� Pr�-Regionalismo: - Krugman (1992) - Summers (1991) - Baldwin (1993) �domino theory� - Ethier (1998) Formas de an�lise econ�mica: Te�rica e Emp�rica Fundamenta��o Te�rica: Pr�s: - Krugman: lentid�o da OMC devido ao aumento de participantes, mecanismo de defesa comercial est�o mais sofisticados, fazendo com que os consensos na OMC sejam mais demorados e dif�ceis. - Summers: regionalismo propicia redu��o de partes negociadoras o que acelera o processo de lib com global pela redu��o de partes negociadoras - Baldiwm: a expans�o dos blocos com induz os pa�ses a buscarem parceria pela integra��o eco via efeito domin� - Ethier: regionalismo � conseq��ncia do passado de pol�ticas multilaterais e garantia da sua sobreviv�ncia Contras: - Bhagwati: prato de espaguete, blocos tendem a voltar-se para si mesmos, prote��o generalizada(EU) - Panagariya: redu��o do bem-estar nos pa�ses do bloco pelo impedimento da lib. Multilateral via sobreposi��o do efeito de desvio de com�rcio sobre a cria��o, penalizando os pa�ses de fora com maiores vant. Comparativas. - Wonnacott: hubs e spokes; stress pela busca de ser hub (spoke tem papel secund�rio) e conseguir o acesso mais privilegiado aos mercados internacionais e ter maior poder de barganha para estabelecer os termos e condi��es de parceria comercial. -Diferen�as te�ricas marcantes ilustram o grau de complexidade da discuss�oFormas de an�lise econ�mica: Te�rica e Emp�rica Fundamenta��o Te�rica: Pr�s: - Krugman: lentid�o da OMC devido ao aumento de participantes, mecanismo de defesa comercial est�o mais sofisticados, fazendo com que os consensos na OMC sejam mais demorados e dif�ceis. - Summers: regionalismo propicia redu��o de partes negociadoras o que acelera o processo de lib com global pela redu��o de partes negociadoras - Baldiwm: a expans�o dos blocos com induz os pa�ses a buscarem parceria pela integra��o eco via efeito domin� - Ethier: regionalismo � conseq��ncia do passado de pol�ticas multilaterais e garantia da sua sobreviv�ncia Contras: - Bhagwati: prato de espaguete, blocos tendem a voltar-se para si mesmos, prote��o generalizada(EU) - Panagariya: redu��o do bem-estar nos pa�ses do bloco pelo impedimento da lib. Multilateral via sobreposi��o do efeito de desvio de com�rcio sobre a cria��o, penalizando os pa�ses de fora com maiores vant. Comparativas. - Wonnacott: hubs e spokes; stress pela busca de ser hub (spoke tem papel secund�rio) e conseguir o acesso mais privilegiado aos mercados internacionais e ter maior poder de barganha para estabelecer os termos e condi��es de parceria comercial. -Diferen�as te�ricas marcantes ilustram o grau de complexidade da discuss�o

7. Regionalismo versus Multilateralismo Referencial Emp�rico (NAFTA) - Markusen, et al. (1991) - Brown (1992) - Cox e Harris (1992) - Sobarzo (1992) - Roland-Host, et al. (1992) - Kehoe (1992) Fundamenta��o Emp�rica: - Modelagens econom�tricas e de equil�brio geral - An�lises est�ticas e din�micas - An�lises ex-ante e ex-post Fundamenta��o Emp�rica: - Modelagens econom�tricas e de equil�brio geral - An�lises est�ticas e din�micas - An�lises ex-ante e ex-post

8. Regionalismo versus Multilateralismo Referencial Emp�rico (Mercosul) - Monteagudo e Watanuki (2001) - Bchir et al. (2001) - Diao et al. (2002) - Roland-Holst e Mensbrugghe (2001) - Campos Filho (1998) - Haddad et al. (2001) - Harrison et al. (2003) Conclus�es Gerais: - Diversidade de modelos, hip�teses e bases de dados - Resultados de magnitudes diferentes, por�m a maioria indica que os pa�ses em desenvolvimento ganham e os desenvolvidos pouco perdem - Advert�ncia Panagariya: modelos e bases podem ser manipulados, ainda n�o h� consenso nos resultados, falta de precis�o... - Campos Filho tem conclus�es parecidas com a minhas em termos de que a lib. unilateral proporciona melhor horizonte para a economia brasileira (em termos de fluxos comerciais)Conclus�es Gerais: - Diversidade de modelos, hip�teses e bases de dados - Resultados de magnitudes diferentes, por�m a maioria indica que os pa�ses em desenvolvimento ganham e os desenvolvidos pouco perdem - Advert�ncia Panagariya: modelos e bases podem ser manipulados, ainda n�o h� consenso nos resultados, falta de precis�o... - Campos Filho tem conclus�es parecidas com a minhas em termos de que a lib. unilateral proporciona melhor horizonte para a economia brasileira (em termos de fluxos comerciais)

9. Objetivos do Estudo - Mensurar, sob uma modelagem de equil�brio geral comput�vel, os impactos da forma��o da ALCA sobre a economia brasileira; - Sob a mesma modelagem anterior, tamb�m buscar-se-� avaliar os efeitos de um cen�rio de liberaliza��o unilateral da economia brasileira.

10. O Modelo Modelo de Equil�brio Geral Est�tico Hosoe (2004) Sistema de Equa��es Simult�neas Medida de Bem-Estar da Economia

11. A Matriz de Contabilidade Social Caracter�sticas: - Base emp�rica dos modelos de equil�brio geral; - Matriz de dados sistematicamente organizados por meio das rela��es econ�micas estipuladas no modelo te�rico de equil�brio geral.

13. Formata��o da Matriz de Contabilidade Social Brasileira - Dados oriundos da TRU, CEI, SECEX e BACEN para o ano corrente de 2002; - Cont�m 26 setores do SCN; - Resto do Mundo: Cen�rio 1: parceiros da ALCA (EUA, Canad�, M�xico, Argentina, Paraguai, Uruguai) Cen�rio 2: com�rcio global com todos os parceiros

14. Tratamento dos Dados Constru��o dos Dados de Com�rcio Internacional para os Setores do SCN - Extenso trabalho de inspe��o e auditoria de dados ( cria��o de dados ); - Uso (e corre��o) de tabelas tradutoras do IBGE: NCM X CNAE - CNAE X SCN; - Constru��o de um programa para a compila��o imediata dos dados sob NCM para CNAE/SCN.

15. Simula��es Cen�rio 1: Liberaliza��o Unilateral da Economia Brasileira Cen�rio 2: �rea de Livre Com�rcio das Am�ricas Cada cen�rio cont�m 4 pain�is: Painel 1: Redu��o das tarifas aduaneiras em 50%; Painel 2: Tarifas aduaneiras zeradas; Painel 3: Tarifas aduaneiras zeradas nos setores com VCR; Painel 4: Tarifas aduaneiras zeradas nos setores sem VCR.

16. Resultados das Simula��es Cen�rio 1 Liberaliza��o Unilateral da Economia Brasileira - Efeitos setoriais - Efeitos sobre o Bem-Estar Geral da Economia Cen�rio 1 painel 1: DI - ? em geral CP - ? na maioria dos setores VA - ? na maioria dos setores, mas h� perdas acentuadas em alguns UCT - ? na metade dos setores X - ? em 16 setores M - ? em 17 setores Cen�rio 1 painel 2: Obedece mesmo padr�o da simula��o anterior no que se refere ao comportamento dos resultados. As diferen�as s�o apenas na magnitude dos resultados setoriais que aumentam Cen�rio 1 painel 3: DI - ? em geral CP - ? em geral VA - ? em 16 setores UCT - ? em 16 setores X e M � resultados heterog�neos: observam-se varia��es amb�guas ou heterog�neas em X e M Cen�rio 1 painel 4: DI - ? em geral CP - ? na maioria dos setores VA - ? em 16 setores UCT - ? em 16 setores X - ? na maioria dos setores (mas ? em setores com VCR) M - ? na maioria dos setores Conclus�o Geral: padr�o geral sobre os fluxos de com�rcio: resultados heterog�neos e amb�guos em muitos setores; lib. faz DI ? geral, CP ? geral, UCT se comporta melhor quando lib. � mais ampla (pain�is 1 e 2) , VA tamb�m se comporta melhor nos pain�is 1 e 2.Cen�rio 1 painel 1: DI - ? em geral CP - ? na maioria dos setores VA - ? na maioria dos setores, mas h� perdas acentuadas em alguns UCT - ? na metade dos setores X - ? em 16 setores M - ? em 17 setores Cen�rio 1 painel 2: Obedece mesmo padr�o da simula��o anterior no que se refere ao comportamento dos resultados. As diferen�as s�o apenas na magnitude dos resultados setoriais que aumentam Cen�rio 1 painel 3: DI - ? em geral CP - ? em geral VA - ? em 16 setores UCT - ? em 16 setores X e M � resultados heterog�neos: observam-se varia��es amb�guas ou heterog�neas em X e M Cen�rio 1 painel 4: DI - ? em geral CP - ? na maioria dos setores VA - ? em 16 setores UCT - ? em 16 setores X - ? na maioria dos setores (mas ? em setores com VCR) M - ? na maioria dos setores Conclus�o Geral: padr�o geral sobre os fluxos de com�rcio: resultados heterog�neos e amb�guos em muitos setores; lib. faz DI ? geral, CP ? geral, UCT se comporta melhor quando lib. � mais ampla (pain�is 1 e 2) , VA tamb�m se comporta melhor nos pain�is 1 e 2.

17. Resultados das Simula��es Cen�rio 2 �rea de Livre Com�rcio das Am�ricas - Efeitos setoriais - Efeitos sobre o Bem-Estar Geral da Economia Cen�rio 2 painel 1: DI - ? em geral CP - ? na maioria dos setores VA - ? na maioria dos setores UCT - ? na maioria dos setores X - ? na maioria dos setores M - ? na maioria dos setores Cen�rio 2 painel 2: Obedece mesmo padr�o da simula��o anterior no que se refere ao comportamento dos resultados. As diferen�as s�o apenas na magnitude dos resultados setoriais que aumentam Cen�rio 2 painel 3: DI - ? na maioria dos setores CP - ? na maioria dos setores VA - ? na maioria dos setores UCT - ? na maioria dos setores X e M - ? na maioria dos setores Cen�rio 2 painel 4: DI - ? na maioria dos setores CP - ? na maioria dos setores VA - ? na maioria dos setores UCT - ? na maioria dos setores X - ? em 15 setores, mas ? em setores com VCR M - ? na maioria dos setores Conclus�o Geral: padr�o geral sobre os fluxos de com�rcio: resultados heterog�neos e amb�guos em muitos setores; DI ? geral mesmo com a lib. s� regional, CP ? geral, UCT ? geral, VA ? geral.Cen�rio 2 painel 1: DI - ? em geral CP - ? na maioria dos setores VA - ? na maioria dos setores UCT - ? na maioria dos setores X - ? na maioria dos setores M - ? na maioria dos setores Cen�rio 2 painel 2: Obedece mesmo padr�o da simula��o anterior no que se refere ao comportamento dos resultados. As diferen�as s�o apenas na magnitude dos resultados setoriais que aumentam Cen�rio 2 painel 3: DI - ? na maioria dos setores CP - ? na maioria dos setores VA - ? na maioria dos setores UCT - ? na maioria dos setores X e M - ? na maioria dos setores Cen�rio 2 painel 4: DI - ? na maioria dos setores CP - ? na maioria dos setores VA - ? na maioria dos setores UCT - ? na maioria dos setores X - ? em 15 setores, mas ? em setores com VCR M - ? na maioria dos setores Conclus�o Geral: padr�o geral sobre os fluxos de com�rcio: resultados heterog�neos e amb�guos em muitos setores; DI ? geral mesmo com a lib. s� regional, CP ? geral, UCT ? geral, VA ? geral.

18. S�ntese das Conclus�es - Pol�tica multilateralista gera efeitos superiores sobre o n�vel de bem-estar da economia relativamente ao regionalismo; - Efeitos setoriais amb�guos sugerem que os impactos de redu��es tarif�rias podem ser adversos, mesmo em setores com um elevado padr�o de VCR; - Liberaliza��es comerciais n�o necessariamente favorecem setores nos quais o pa�s j� possui VCR no com�rcio internacional; - Pol�tica multilateralista aliada � abertura comercial internacional prudente com rela��o aos setores onde n�o h� um padr�o de VCR; - Doc do Banco Mundial confirma que at� agora grande parte da liberaliza��o comercial nos pa�ses em desenvolvimento ocorreu por meio de redu��es tarif�rias unilaterais - Conforme Panagariya e Bhagwati colocam em termos te�ricos, ARCs reduzem bem-estar por impedir a liberaliza��o multilateral via sobreposi��o do efeito de desvio de com�rcio sobre a cria��o.- Doc do Banco Mundial confirma que at� agora grande parte da liberaliza��o comercial nos pa�ses em desenvolvimento ocorreu por meio de redu��es tarif�rias unilaterais - Conforme Panagariya e Bhagwati colocam em termos te�ricos, ARCs reduzem bem-estar por impedir a liberaliza��o multilateral via sobreposi��o do efeito de desvio de com�rcio sobre a cria��o.

19. - �Equacionar� nas negocia��es comerciais a necessidade de acesso a mercados com o �jogo� da prote��o nos setores com menor competitividade internacional; - Variados modelos de simula��o n�o chegam a um consenso sobre os efeitos da integra��o, embora alguns modelos internacionais sugiram que o Brasil, em geral, n�o perde com a integra��o econ�mica; - Estudo criterioso dos efeitos da liberaliza��o (regional ou multilateral) por interm�dio da observ�ncia de indicadores tradicionais de desempenho da atividade econ�mica juntamente com modelos de simula��o ou previs�o. S�ntese das Conclus�es - Sensibilidade dos modelos �s hip�teses, estrutura da concorr�ncia e bases de dados - Sensibilidade dos modelos �s hip�teses, estrutura da concorr�ncia e bases de dados

20. Sugest�es de Pol�tica Econ�mica - Prefer�ncia por pol�ticas de com�rcio internacional voltadas para o multilateralismo comercial sob a forma de liberaliza��es unilaterais da economia brasileira; - Possibilidade de uma pol�tica de regionalismo aberto na qual o pa�s conjugue pr�ticas de integra��o econ�mica com liberaliza��es comerciais multilaterais/unilaterais, embora os resultados das simula��es indiquem fortemente que h� maiores perdas na ALCA; - Possibilidade de uma maior abertura da economia aliada � pr�tica de acordos bilaterais como forma de agilizar o acesso a mercados internacionais; - Pol�ticas setoriais devem levar em considera��o os efeitos da liberaliza��o comercial, tanto nos setores com VCR quanto nos setores sem VCR; - Amplia��o do efeito �spaguetti bowl� de Bhagwati ou uma forma de inser��o no esquema do tipo Hub and Spoke de Wonnacott ? - choque est�tico; - efeito do aprendizado; - evolu��o temporal do �ndice de VRC mostra que o desempenho dos setores pode �mudar� ao longo do tempo - ganhos da liberaliza��o comercial devem ser avaliados sob diversas �ticas. - choque est�tico; - efeito do aprendizado; - evolu��o temporal do �ndice de VRC mostra que o desempenho dos setores pode �mudar� ao longo do tempo - ganhos da liberaliza��o comercial devem ser avaliados sob diversas �ticas.

21. Obrigada !