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2151 – CONCRETOS ESPECIAIS CONCRETO COM FIBRAS Prof. Dr. PAULO SÉRGIO DOS SANTOS BASTOS

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP - Campus de Bauru/SP FACULDADE DE ENGENHARIA Departamento de Engenharia Civil. 2151 – CONCRETOS ESPECIAIS CONCRETO COM FIBRAS Prof. Dr. PAULO SÉRGIO DOS SANTOS BASTOS (wwwp.feb.unesp.br/pbastos). Fonte :.

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2151 – CONCRETOS ESPECIAIS CONCRETO COM FIBRAS Prof. Dr. PAULO SÉRGIO DOS SANTOS BASTOS

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  1. UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTAUNESP - Campus de Bauru/SPFACULDADE DE ENGENHARIADepartamento de Engenharia Civil 2151 – CONCRETOS ESPECIAIS CONCRETO COM FIBRAS Prof. Dr. PAULO SÉRGIO DOS SANTOS BASTOS (wwwp.feb.unesp.br/pbastos)

  2. Fonte: Antonio Domingues de Figueiredo, Concreto com fibras. Concreto, Ensino, Pesquisa e Realizações, São Paulo, Ed. Geraldo Cechella Isaia, IBRACON, 2005, pp.1194-1225.

  3. CONCRETO COM FIBRAS 39.1 INTRODUÇÃO O concreto convencional tem comportamen-to frágil e baixa capacidade de deformação antes da ruptura. A resistência à tração é baixa. As fibras são adicionadas para diminuir essas limitações. As fibras podem aumentar a resistência à tração e a ductilidade.

  4. Concreto com fibras é um compósito (material com pelo menos duas fases distintas): matriz (concreto) e as fibras. Fibras são elementos descontínuos, com comprimento bem maior que a seção transversal. Existem vários tipos: aço, vidro, carbono, nylon, sisal, madeira, etc. Suas principais características são o módulo de elasticidade e a resistência mecânica. Existem fibras de baixo módulo (polipropi-leno, náilon), e alto módulo (aço)

  5. A base do desempenho dos concretos reforçados com fibras está no papel exercido pelas fibras de ponte de transferência de tensão pelas fissuras.

  6. As fibras de baixo módulo de elasticidade e baixa resistência são eficientes em concretos com também baixas resistência e módulo, sendo indicadas para melhoria no estado fresco e no processo de endurecimento, para o controle de fissuração plástica em pavimentos. As fibras de alto módulo e alta resistência (aço) atuam como reforço do concreto endurecido, podendo substituir a armadura convencional.

  7. 39.2 Interação Fibra-Matriz No concreto simples uma fissura representa uma barreira à propagação de tensões, o que causa uma concentração de tensões na extremidade da fissura. O trabalho de ponte de transferência de tensão de tração que a fibra realiza através das fissuras no concreto é um mecanismo muito interessante de aumento de energia associada à ruptura do material e à restrição à propagação das fissuras.

  8. Interação Fibra-Matriz Num determinado instante a concentração de tensões causa a ruptura da matriz, o que leva a uma extensão da fissura, sendo este um processo contínuo até a ruptura completa do concreto, caracterizando um comportamento frágil. De modo que não se pode contar com nenhuma capacidade resistente do concreto fissurado.

  9. Interação Fibra-Matriz Quando se adicionam fibras de resistência e módulo adequados ao concreto, numa quantidade apropriada (teor), o concreto deixa de ter comportamento frágil. Isso ocorre pelo trabalho de ponte de transferência de tensões, exercido pelas fibras, que minimiza a concentração de tensões na extremidade das fissuras.

  10. Interação Fibra-Matriz Com isso as fissuras propagam-se com menor velocidade, e o concreto passa a ter um comportamento dúctil, isto é, apresenta uma capacidade resistente após a fissuração. As fibras provocam o aparecimento de um número maior de fissuras, que se apresentam com aberturas menores.

  11. Apresentação da fissura-ção em dormentes de concreto protendido sem e com fibras de aço, após ensaio estático até a ruptura.

  12. Apresentação da fis-suração em dormen-tes de concreto pro-tendido sem e com fibras de aço, após ensaio estático até a ruptura.

  13. 39.2.2 Aspectos Tecnológicos Fundamentais A capacidade de reforço proporcionado pelas fibras depende diretamente do teor de fibras. Quanto maior o teor, maior a quantidade de fibras atuando como ponte de transferência de tensão nas fissuras, o que aumenta a resistência pós-fissuração do concreto.

  14. Fig. 5 – Concreto C20 com diferentes consumos de fibra.

  15. Aspectos Tecnológicos Fundamentais Além do teor de fibras, o desempenho após a fissuração depende muito da geometria da fibra. Fator de forma: definido como o comprimento da fibra dividido pelo seu diâmetro equivalente (diâmetro do círculo com área igual à área da seção transversal da fibra). Valores típicos do fator de forma variam de 30 a 150 para fibras com comprimentos de 6,4 a 76 mm.

  16. Aspectos Tecnológicos Fundamentais Em geral, quanto maior o fator de forma, maior a capacidade resistente após a fissuração do concreto. Porém, se a fibra for muito longa, ela poderá se romper e não apresentar ganho de resistência após a fissuração.

  17. Fig. 6 – Concreto C30 com fibras de diferentes fatores de forma em função do comprimento (fibra A – 36 mm; fibra B – 42 mm).

  18. Aspectos Tecnológicos Fundamentais A recomendação prática é que a fibra tenha comprimento igual ou superior ao dobro da dimensão máxima do agregado graúdo (pedra). Assim, a fibra reforça o concreto e não apenas a argamassa. Aumenta-se o comprimento da fibra ou diminui-se a dimensão dos agregados graúdos.

  19. 39.3 Controle Específico do Concre-to com Fibras39.3.1 Tenacidade Tenacidadeé a medida da área sob a curva tensão x deformação, até um certo nível de deformação. É usada na avaliação dos compósitos e tem como ponto negativo depender das dimensões do corpo-de-prova. O ensaio mais utilizado no Brasil é o da norma japonesa JSCE-SF4 (1984).

  20. Fig. 9 – Ensaio de flexão com “deflexão” controlada, segundo JSCE – SF4.

  21. A tenacidade é dada pelo Fator de tenacidade (FT), também chamado Resistên-cia equivalente, que é função da área sob a curva, medida até um deslocamento vertical (flecha) determinado (L/150). Outros tipos de ensaio são apresentados pela ASTM C1399 (2002), que procura eliminar a instabilidade pós-pico. Um dos ensaios mais promissores na atualidade é o do RILEM TC162 (2002). Existem também os ensaios em placas de concreto, proposto pela EFNARC (1996).

  22. 39.3.2 Trabalhabilidade e Mistura A adição de fibras altera a consistência dos concretos e a trabalhabilidade. O principal fator é a geometria da fibra, que requer maior quantidade de água e produz a perda da mobilidade do concreto no estado fresco.

  23. Fonte:http://www.pisosindustriais.com.br/materias/noticia.asp?ID=146Fonte:http://www.pisosindustriais.com.br/materias/noticia.asp?ID=146 Nota: neste endereço,ler texto sobre pisos industriais reforçados com fibras.

  24. Trabalhabilidade e Mistura A trabalhabilidade pode ser medida pelo ensaio simples de abatimento, não sendo eficiente para teores muito elevados de fibras. Fonte:http://www.revistatechne.com.br/engenharia-civil/163/artigo189448-1.aspNota: neste endereço,ler texto sobre pisos industriais reforçados com fibras.

  25. Trabalhabilidade e Mistura Outro ensaio é com o cone em posição inver-tida, sendo o concreto com fibra adensado com vibrador de agulha (ASTM C995-94). Fonte:http://publicacoes.pcc.usp.br/PDF/BT260.pdf

  26. Trabalhabilidade e Mistura Existe também o ensaio VeBe, que depende de equipamento apropriado. 28

  27. Fonte:http://publicacoes.pcc.usp.br/PDF/BT260.pdf

  28. Trabalhabilidade e Mistura A formação de ouriços, que são bolas ou aglomeração de fibras, pode ocorrer quando o volume de fibras é alto, quando as fibras são adicionadas rapidamente, e quando o fator de forma é alto.

  29. 39.3 Outras Propriedades e Características39.3.1 Resistência à Compressão O objetivo da adição de fibras não é aumentar a resistência à compressão. As fibras resultam num ganho de tenacidade na compressão. Maiores teores e fatores de forma resultam maior tenacidade e controle da fissuração.

  30. 39.3.2 Fadiga e Esforços Dinâmicos Fadiga: ruptura de um material por esforço cíclico (repetido), que ocorre num nível de tensão inferior ao determinado durante o ensaio estático. A fadiga ocorre porque a cada ciclo de carregamento, as fissuras tendem a se propagar, diminuindo a área útil para a transferência de tensão. Quanto mais próxima for a tensão máxima da resistência do material, menor será o número de ciclos necessários para a ruptura.

  31. Fadiga e Esforços Dinâmicos As fibras de elevados módulo e resistência reduzem a propagação das fissuras, e aumentam o número de ciclos necessários para a ruptura. Exemplo: fibras de aço (fator de forma = 60, 2 % de volume, com gancho) resultaram em 2.700.000 ciclos de tensão, com variação entre 10 a 70 % da resistência estática.

  32. Fadiga e Esforços Dinâmicos Mesmo em pequenas quantidades as fibras aumentam a resistência à fadiga. Essa é uma característica muito importante que as fibras acrescentam nos concretos. Aplicações: pavimentos (rodovias, aeropor-tos, pisos industriais), dormentes ferroviários, base de máquinas, etc. A resistência a cargas explosivas e dinâmicas em geral é três a dez vezes maior.

  33. Sugestão de Textos para Leitura http://www.anapre.org.br/boletim_tecnico/edicao37.asp

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