100 likes | 270 Vues
Mestrado em Educação Fundamentos da Didáctica da Matemática. Professor Doutor João Pedro da Ponte . Sousa, O. (2002). Investigações estatísticas no 6.º ano. In GTI (Ed.), Reflectir e investigar sobre a prática profissional (pp. 75-97). Lisboa: APM. Papel da professora:
E N D
Mestrado em EducaçãoFundamentos da Didáctica da Matemática Professor Doutor João Pedro da Ponte Sousa, O. (2002). Investigações estatísticas no 6.º ano. In GTI (Ed.), Reflectir e investigar sobre a prática profissional (pp. 75-97). Lisboa: APM.
Papel da professora: • Explicar claramente os conteúdos apresentados no manual; • Providenciar para que os alunos resolvessem os respectivos exercícios de aplicação. • “(…) para ser professora de Matemática não bastava gostar de e saber alguma matemática.” • Criar gosto pela Matemática e reduzir o insucesso, apelava à resolução de problemas. A “fuga” ao programa gerava: • Dúvidas; • Insegurança; • Angústia; • Atrasos. • Investimento pessoal e profissional • ↓ • Alteração na percepção do papel como professora • ↓ • Os alunos conseguiam descobrir muitas coisas se lhes dessemos tempo, tarefas interessantes e materiais adequados,; • Relativização da importância do manual; • Ensino mais centrado nos alunos; • Professor como orientador e facilitador de situações de aprendizagem.
Preocupações: • Contrariar a imagem negativa que os alunos têm da Matemática e fazer com que a apreciem. • Propor tarefas que todos possam trabalhar e aprender de modo significativo? Objectivo do estudo: Investigar o nível de desenvolvimento evidenciado por alunos do 6º ano de escolaridade na realização de investigações estatística, com o objectivo de melhorar a sua prática de professora. • Questões da investigação: • Como é que os alunos formulam questões e conjecturas? • Como recolhem e tratam os dados que necessitam? • Como comunicam a sua experiência? • Como usam os conceitos estatísticos na concretização da tarefa?
Quadro de referência teórico: • Snee (1993), Holmes (2000) • Scheaffer (2000) • Lightner (1991) • Bright e Hoeffner (1993) • Pereira-Mendoza e Swift (1989) • É necessário: • Ultrapassar as rotinas centradas nos procedimentos técnicos; • Criar experiências de aprendizagem nas quais os alunos recolhem, interpretam e representam dados relativos a acontecimentos reais. • Estratégia: Investigações estatísticas Metodologia Abordagem qualitativa Instrumentos de recolha de dados: observação participante, entrevista, estudo de documentos. Participantes: Investigadora, professora e 19 alunos de uma turma de 6º ano de escolaridade.
Preparação da tarefa Investigação: “Como é o aluno típico da minha turma?” • Aspectos a ter atenção na redacção da tarefa: • Adaptar à linguagem dos alunos; • Incluir questões orientadoras; • Deixar liberdade para a tomada de decisões. • Preparação da aplicação da tarefa: • Gestão do tempo; • Dinâmica das aulas; • Papel das professoras; • Avaliação dos trabalhos dos alunos. • Foram feitas previsões: 5 blocos de 90 minutos • Aspectos a reflectir: • Coordenação e gestão dos períodos de discussão em grande grupo; • Preparação de questões que estimulassem a intervenção e reflexão de todos.
Concretização da tarefa • Primeira sessão • Preparação das questões de investigação • Que dados devem entrar na caracterização do aluno típico? • Como pensas que vai ser o perfil do aluno típico? • Será necessário traçar um perfil para os rapazes e outro para as raparigas? Porquê? Aspecto a melhorar: Gestão do tempo. Preparação da recolha de dados (2ª sessão) Listagem das características que os alunos indicaram. Disponibilização do material necessário para a recolha e dados. Distribuição de 4 características por grupo. Foi elaborado um conjunto de perguntas para orientar os alunos na preparação da recolha de dados.
Segunda sessão: Recolha de dados Preocupação: Não tinham uma estratégia para concretizar a recolha de dados. Balanço: Os alunos são capazes de se organizar e têm iniciativa. Terceira sessão: Tratamento dos dados Opções: Não expor os conteúdos estatísticos; Acompanhar os grupos individualmente partindo dos conhecimentos que já possuíam. Consequência: Necessidade do prolongamento do tempo previsto para o tratamento de dados. Foi elaborado um conjunto de questões para orientar os alunos na organização e representação dos dados. Balanço: A mediana foi a medida estatística menos evidente para o aluno. Necessário fazer uma discussão em grande grupo com o que tinha sido feito nesta aula.
Quarta sessão: Balanço do trabalho desenvolvido • Objectivos: • Partilhar aprendizagens; • Esclarecimento de dúvidas acerca dos conceitos de mediana e média; • Munir os alunos com mais dois tipos de representação de dados. • Balanço: • A atribuição de apenas dois conjuntos de dados, envolvendo uma variável qualitativa e uma quantitativa, teria sido mais eficaz e menos cansativo. • A opção de não expor a parte teórica revelou-se adequada. Quinta sessão: Preparação dos relatórios Representação gráfica dos dados; Escolha da medida estatística que melhor caracteriza cada conjunto de dados. Preparação das apresentações orais. Elaboração dos relatórios escritos, tendo por base um guião. Sexta sessão: Apresentação dos trabalhos Discussão das apresentações Balanço: Período de discussão demasiado curto.
Conclusões O funcionamento em par pedagógico é vantajoso para os: Alunos Professores: Permitiu tirar partido das potencialidades do trabalho colaborativo. • Benefícios para os alunos: • Aprendizagem significativa; • Aprendizagens sobre as etapas do processo investigativo; • Desenvolvimento de competências no âmbito da comunicação e argumentação; • Desenvolvimento de hábitos de reflexão e de capacidade crítica. • Dificuldades sentidas a nível da investigação… • Formular questões de investigação; • Ir muito além das sugestões feitas; • Comunicar por escrito as minhas ideias e conclusões. • “(…) melhor forma de aprender a investigar é começar a investigar.” • Dificuldades na implementação de metodologias de investigação: • Todo o processo ocupa demasiado tempo; • Conciliar conteúdos com metodologias; • Pouca experiência da professora na realização de investigações.
“Não encontrei fórmulas para acabar com o insucesso dos meus alunos nem com as angústias que me provocam as muitas situações a que não sei responder, pelo contrário, provavelmente ainda as aumentei! Mas aprendi outras “coisas” que me poderão ser úteis no desempenho da minha profissão, a principal das quais tem a ver com metodologias de investigação.” • Questões para discussão: • O que caracteriza uma aula onde os alunos desenvolvem trabalho de carácter investigativo? • Que aspectos deverão estar presentes no antes, durante e depois de uma tarefa de investigação?