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Doenças e Pragas de Pastagens

Doenças e Pragas de Pastagens. Aula 4 e 5: Manejo Integrado de Pragas. Manejo Integrado de Pragas (MIP). O Manejo Integrado de Pragas (MIP) é uma filosofia de controle de pragas que procura preservar e incrementar os fatores de mortalidade natural, através do uso

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Doenças e Pragas de Pastagens

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  1. Doenças e Pragas de Pastagens Aula 4 e 5: Manejo Integrado de Pragas

  2. Manejo Integrado de Pragas (MIP) O Manejo Integrado de Pragas (MIP) é uma filosofia de controle de pragas que procura preservar e incrementar os fatores de mortalidade natural, através do uso integrado de todas as técnicas de combate possíveis, selecionadas com base nos parâmetros econômicos, ecológicos e sociológicos. Visa manter o nível populacional dos insetos numa condição abaixo do nível de dano econômico, através da utilização simultânea de diferentes técnicas ou táticas de controle, de forma econômica e harmoniosa com o ambiente. Para cada tática de controle tem-se pelo menos uma estratégia de manejo, como a seguir: a) uso de variedades resistentes – tem como estratégia cultivar plantas que desfavoreçam o crescimento, reprodução e sobrevivência dos insetos, devido às suas características morfológicas, físicas e químicas; b) rotação de cultura – plantar alternadamente variedades que não sejam hospedeiras das mesmas pragas, para quebrar ou interromper o ciclo de desenvolvimento das mesmas;

  3. Manejo Integrado de Pragas c) destruição de restos culturais – arrancar os restos de cultura para impedir que o inseto-praga complete o seu ciclo de desenvolvimento, ou mesmo evitar que esses resíduos vegetais sirvam de hospedeiros para outras pragas; d) aração do solo – expor larvas, pupas e mesmo adultos de insetos-praga de solo aos raios solares ou eliminar os insetos através da ação mecânica dos implementos agrícolas, e) adubação – provocar uma pseudoresistência, ou seja, o fornecimento de certos nutrientes à planta pode provocar mudanças fisiológicas na mesma, tornando-a desfavorável ao desenvolvimento do inseto. Além disso, uma cultura que contém a maioria dos nutrientes necessários ao seu desenvolvimento, mostra-se mais resistente ao ataque de pragas; f) alteração da época de plantio e/ou colheita – fazer com que o período de maior suscetibilidade da planta não coincida com picos populacionais da praga, reduzindo os danos causados pela mesma;

  4. Manejo Integrado de Pragas g) poda ou desbaste – cortar e destruir, principalmente, os ramos de plantas perenes atacados por brocas, para evitar que as mesmas alcancem o tronco e cause a morte da planta; h) irrigação ou drenagem – existem insetos que preferem ambientes secos, e assim, uma boa irrigação pode desfavorecê-los e, outros se adaptam melhor em locais úmidos, podendo ser controlados através de uma drenagem. No caso de insetos bastante diminutos e de tegumento mole (pulgões, tripes, etc.), a irrigação através do sistema de aspersão pode causar redução de suas populações; i) cultura armadilha – plantar variedades susceptíveis ao redor ou mesmo no interior da área de cultivo, para atrair os insetos-praga para as mesmas e, sobre elas realizar o controle; j) destruição de hospedeiros alternativos – eliminar plantas que estejam ao redor ou no interior da área de cultivo, que possam ser utilizadas pelas pragas como fontes alternativas de alimento e/ou abrigo;

  5. Manejo Integrado de Pragas k) destruição manual – catar ou esmagar ovos e lagartas encontrados nas plantas cultivadas, evitando o seu desenvolvimento; l) uso de barreiras – formar barreiras com vegetais e/ou mesmo sulcos no solo para impedir que a praga alcance uma determinada cultura para se alimentar ou utilizála como abrigo; m) uso de armadilhas – realizar o monitoramento do crescimento populacional da praga, auxiliando na tomada de decisão do seu controle; n) manipulação do ambiente - reduzir ou aumentar a temperatura do ambiente, tornando-o desfavorável ao desenvolvimento do inseto; o) liberação, proteção e fomento dos inimigos naturais – utilizar parasitóides, predadores e entomopatógenos no controle de pragas e procurar mantê-los no agroecossistema;

  6. Manejo Integrado de Pragas p) feromônios – coletar o máximo possível de indivíduos do sexo masculino ou feminino, evitando o seu acasalamento; impedir que o macho ou a fêmea encontre o seu parceiro para cópula, devido ao saturamento do ambiente com feromônios sintéticos; monitorar o crescimento populacional da praga para determinar o momento mais adequado de seu controle; q) esterilização de insetos – liberar populações de insetos estéreis para diminuir os acasalamentos férteis, reduzindo a sua população a cada geração; r) quarentena – prevenir a entrada de pragas exóticas e impedir a sua disseminação; s) medidas obrigatórias de controle – destruir os restos de cultura para prevenção contra o ataque de insetos-praga; t) fiscalização do comércio de produtos fitossanitários – auxiliar na escolha e na utilização mais racional de produtos químicos; evitar fraudes em formulações e estabelecer o limite de tolerância de resíduos tóxicos nos alimentos, bem como períodos de carência;

  7. Manejo Integrado de Pragas u) produtos químicos – a estratégia mais racional é utilizar produtos químicos no combate de pragas, somente em casos emergências, quando todas as outras alternativas de controle foram utilizadas. Pode-se observar que existe um grande número de táticas de controle que podem ser utilizadas para redução do crescimento populacional de insetos-praga em diferentes culturas. No entanto, somente algumas delas deverão ser utilizadas em casos específicos, dependendo da praga, cultura e outros fatores ambientais, que serão abordados dentro do manejo das culturas.

  8. Métodos de controle usados no MIP MÉTODO LEGISLATIVO É um método de controle que se baseia em leis, decretos e portarias, quer federais ou estaduais, que obrigam o cumprimento de medidas de controle como: a) Serviço quarentenário: previne a entrada de pragas exóticas e impede a disseminação das nativas. Este serviço é executado pelo Serviço de Defesa Sanitária Vegetal, órgão do Ministério da Agricultura, cujos técnicos inspecionam portos, aeroportos e fronteiras, procurando tratar, destruir ou impedir a entrada de vegetais e animais atacados, através da quarentena. Este serviço atua, também, em casos de exportação de produtos agrícolas e florestais contendo pragas.

  9. Métodos de controle usados no MIP MÉTODO LEGISLATIVO b) Lei dos agrotóxicos: a lei no 7802/89, regulamentada pelo decreto nº 4074/02, tem por finalidade controlar a fabricação, formulação, comércio e uso adequado, em termos de toxicidade, segurança, eficiência e idoneidade dos inseticidas, recolhimento de embalagens, entre outros, além de obrigar o uso do Receituário Agronômico (RA) para qualquer atividade envolvendo o uso destes produtos. O RA é um parecer técnico sobre a situação fitossanitária da cultura e que tem a finalidade de instituir o uso adequado dos agrotóxicos. Tem por objetivo maximizar a eficiência no controle com o uso mais racional de inseticidas. O RA é obrigatório para a aquisição e aplicação de produtos fitossanitários e é de competência exclusiva de Engenheiros Florestais e Agrônomos.

  10. Métodos de controle usados no MIP 2. MÉTODO MECÂNICO Consiste na utilização de medidas de controle que causem a destruição direta dos insetos ou que impeçam seus danos, tais como: a) Catação manual: baseia-se na coleta e na destruição direta dos insetos que estão causando prejuízos. Pode ser utilizada em pequenas áreas e quando a mão-de-obra é barata. Ex: coleta de besouros, lagartas, pupas em viveiros e hortas. Escavação de formigueiros iniciais, para matar a rainha. O rendimento desta operação gira em torno de 1 há/homem/dia; b) barreiras: consistem no uso de qualquer prática que impeça ou dificulte o acesso dos insetos à planta. Usada para proteger árvores isoladas, áreas experimentais, viveiros etc. Ex: uso de casa-de-vegetação para a produção de mudas, uso de sombrite em viveiros, uso de cones invertidos nos troncos das árvores, uso de tintas ou vernizes, uso de embalagens etc.

  11. Métodos de controle usados no MIP 3. MÉTODO FÍSICO Este método consiste na aplicação de métodos de origem física para o controle de insetos, tais como: a) Fogo: utilizado na limpeza de áreas exploradas ou em implantação para facilitar a localização e tratamento de sauveiros e quenquenzeiros. Em casos extremos é utilizado no controle de cigarrinhas das pastagens, cochonilhas e gafanhotos. O uso do fogo no controle de pragas está cada vez menos freqüente; b) Temperatura: consiste na manipulação da temperatura do ambiente, tornando-a letal aos insetos (>50 ou <5ºC). Ex. uso do frio em silos para proteção das sementes contra as pragas de grãos armazenados; c) Luz: utilização de uma faixa de radiação luminosa (300 a 770 nm) para atrair e capturar insetos adultos de hábito

  12. Métodos de controle usados no MIP 4. MÉTODO ETOLÓGICO OU COMPORTAMENTAL É um método que se baseia no estudo fisiológico dos insetos visando ao seu controle através do seu hábito ou comportamento. Existem dois tipos de controle etológico: a) Hormônios: são substâncias produzidas por glândulas internas e lançadas diretamente na hemolinfa dos insetos para provocar reações específicas em alguma parte de seu corpo. Têm -se os inibidores de síntese de quitina (Ex: diflubenzuron, usado em iscas formicidas e no controle de lagartas); abamectinas (iscas formicidas); precocenos e juvenóides; b) Semioquímicos: são substâncias produzidas por glândulas internas ou externas e lançadas para fora do corpo dos insetos para provocar reações específicas em outro indivíduo. São usadas na comunicação entre indivíduos. Os semioquímicos dividem-se em:

  13. Métodos de controle usados no MIP • 1) Feromônios: servem para a comunicação entre indivíduos da mesma espécie. Podem ser usados no MIP para: detecção (verificação da presença de pragas em determinados locais); monitoramento (estimar a densidade da população de pragas e acompanhar sua flutuação ao longo do tempo), e controle (controlar a praga). • O controle pode ser feito através da: • coleta massal: consiste em se colocar grande quantidade de armadilhas para coletar grande número de indivíduos, reduzindo a população da praga. É eficiente em baixas populações da praga; • - confundimento: consiste em saturar a área com feromônio, visando a reduzir os • acasalamentos, pela desorientação do receptor. Muito usado em pomares; • - cultura armadilha: consiste em se aplicar o feromônio em faixas de cultura ou em • pontos específicos para atrair os insetos para aquele local, onde se pode aplicar um produto químico para eliminá-los. O feromônio de agregação é o mais usado neste processo.

  14. Métodos de controle usados no MIP 2) Aleloquímicos: servem para a comunicação entre indivíduos de espécies diferentes. São divididos em: - cairomônios: a comunicação beneficia o receptor da mensagem, isto é, são atraentes. Ex. iscas formicidas; - alomônios: comunicação beneficia o emissor da mensagem, isto é, são repelentes.

  15. Métodos de controle usados no MIP • 5. MÉTODO DE RESISTÊNCIA DE PLANTAS A INSETOS • Consiste na seleção e utilização de cultivares que, devido a suas características genéticas,são menos danificadas que outras em igualdade de condições. O uso de espécies,subespécies, variedades ou procedências de plantas que possuam mecanismos naturais de resistência aos insetos é uma alternativa muito promissora para o controle de pragas em pastagens. • a) Graus de resistência • imunidade: planta que não sofre danos; • - resistência: planta que, devido a suas características genéticas, sofre um dano • menor que outras em igualdade de condições; e • - suscetibilidade: planta que sofre um dano maior que outras em igualdade de • condições.

  16. Métodos de controle usados no MIP • 5. MÉTODO DE RESISTÊNCIA DE PLANTAS A INSETOS • b) Tipos de Resistência • antixenose ou não-preferência: as plantas são menos preferidas para a alimentação, abrigo ou oviposição pelas pragas; • antibiose: as plantas afetam a biologia da praga; • - tolerância: a planta suporta o ataque da praga sem afetar sua produção, nem a • biologia da praga; • - pseudo-resistência: resistência não transmitida hereditariamente.

  17. Métodos de controle usados no MIP 6. MÉTODO CULTURAL Consiste no emprego de certas práticas culturais, normalmente utilizadas para o cultivo das plantas, visando ao controle de pragas. a) Época de plantio: objetiva dessincronizar a fase suscetível da cultura com o pico de ocorrência da praga. Ex: plantio no início da época chuvosa reduz os danos de cupins e formigas. b) Poda: em pomares e outros plantios perenes a poda é uma prática corriqueira que elimina focos de infestação, galhos velhos, etc. c) Preparo de solo: a aração e gradagem promovem um ressecamento da camada superficial do solo, matando algumas pragas que passam algum estádio no solo. Ex: gradagem para matar ninfas e adultos de percevejo castanho em pastagens e culturas anuais,além de controlar pupas de várias pragas de solo. d) Adubação: planta bem nutrida é mais resistente ao ataque de pragas. Ex. adubação fosfatada reduz o corte de mudas por formigas. e) Plantio direto: favorece os inimigos naturais das pragas; entretanto; favorece algumas pragas de solo, como formigas cortadeiras.

  18. Métodos de controle usados no MIP • 7. MÉTODO BIOLÓGICO • Consiste na manipulação direta ou indireta dos inimigos naturais (parasitóides, predadores, patógenos e competidores) das pragas, no sentido de manter as populações destas pragas em níveis toleráveis. O controle biológico pode ser de 2 tipos: • Natural: consiste na ação dos parasitóides, predadores, patógenos e competidores em ambientes não manipulados pelo homem. • - Aplicado: consiste na introdução e manipulação dos inimigos naturais pelo • homem. Em pastagens implantadas, a ocorrência de inimigos naturais é restrita, em conseqüência da pequena diversidade ecológica e estabilidade biológica, típica desses locais.

  19. Métodos de controle usados no MIP a) Estratégias do controle biológico em pastagens - Manutenção das condições ambientais (CB por conservação): consiste em manter ou manipular adequadamente as condições do ambiente, para favorecer a reprodução, abrigo e alimentação dos inimigos naturais. Ex: uso de faixas de vegetação nativa entre os piquetes; aumentar a diversidade de espécies plantadas; restringir o fogo, a caça, agrotóxicos etc. O planejamento da distribuição das reservas de vegetação natural é um fator imprescindível no manejo ambiental. A retirada das matas nativas acentua mais ainda o problema da simplificação do ambiente, o que pode promover o desaparecimento dos inimigos naturais que necessitam de locais de abrigo, alimentação ou reprodução.

  20. Métodos de controle usados no MIP • a) Estratégias do controle biológico em pastagens • Multiplicação de agentes nativos (CB por incremento): consiste na criação e liberação de inimigos naturais nativos da região, para o controle de insetos-praga. • Isso é feito quando a população de inimigos naturais não é suficiente para controlar as pragas ou quando não é possível melhorar as condições ambientais. • Para tal, é necessário um bom programa de seleção dos IN, estudos de biologia da praga e do seu IN, estudos da relação praga-IN, desenvolvimento de técnicas de criação massal e acompanhamento de sua ação após a liberação. • Ex: uso de parasitóides para controle da cochonilha dos capinzais (Antonina graminis). • Introdução de agentes exóticos (CB Clássico): consiste na introdução de inimigos • naturais nativos num local onde ele não ocorre naturalmente, para o controle de insetos pragas. Essa técnica tem sido bastante utilizada para controlar pragas introduzidas. Devem-se tomar os mesmos cuidados tomados na multiplicação de agentes nativos, além de verificar se o agente a ser introduzido não causará problemas com o tempo. Ex: introdução de Bacillusthuringiensis para controlar lagartas.

  21. Figo-da-Índia (Opuntia spp) Pitelli et al, 2003 • Introduzida na Austrália 1839 como planta ornamental e alimentícia • 1850-1875 usada como cerca viva • Várias espécies

  22. Histórico da Opuntiaspp • 1895 - incluída entre 10 piores plantas daninhas da Austrália; • 1912 - início do controle químico com Pentóxido de Arsênico por pulverização; • 1915 - 60 milhões de acres inutilizados como pastagens, com taxa de invasão de 1.000.000 acres/ano; • 1920 - Formação da “Comissão de estudo e controle do cactus” ; • 1920 - 1925 - Entomologistas enviados às Américas para procura de inimigos naturais da Argentina até sul dos EUA;

  23. Cuidado dos entomologistas • Apenas fossem introduzidos predadores exclusivos do cactus; • Que os insetos viessem livres de seus inimigos naturais; • Nas condições australianas, mesmo com restrições alimentares, o inseto continuasse predador exclusivo do cactus;

  24. Agentes que se tornaram estabelecidos • Cactoblastiscactorum (Lep.) Argentina • Olycellajunctolineela (Lep.) EUA • Chelinideatabulata (Col.) EUA • Chelinideaopuntiaea (Col.) EUA • Dactylopiusopuntiae (Hom.) EUA • Moneilemaulkey (Col.) EUA • Moneilemavariolare (Col.) México • Tetranychusopuntiaea (Ácaro) EUA

  25. Após três anos • Chelinideatabulata (Col.) EUA • Dactylopiusopuntiae (Hom.) EUA • Tetranychusopuntiaea (Ácaro) EUA • baixa pressão de predação

  26. Controle Biológico Clássico Lepdoptera Cactoblastiscactorum Origem do agente: Argentina http://www.aphis.usda.gov/plant_health/plant_pest_info/cactoblastis/pgallery.shtml

  27. Cactoblastiscactorum • Em 1925 - Levados 2750 ovos, da Argentina para Austrália • Até 1927 - criados em gaiolas e liberados 9 milhões de ovos no campo • 1929 - coleta de ovos diretamente no campo • Até 1930 - três bilhões de ovos liberados

  28. Gaiolas utilizadas para distribuição dos insetos no campo

  29. Liberação no campo: 1927 a 1930 http://www.aphis.usda.gov/plant_health/plant_pest_info/cactoblastis/pgallery.shtml

  30. Alto poder de predação e destruição total das plantas

  31. Liberação no campo: 1927 a 1930 http://www.fs.fed.us/wildflowers/rareplants/whyare/index.shtml http://www.aphis.usda.gov/plant_health/plant_pest_info/cactoblastis/pgallery.shtml

  32. Sucesso total no controle Segundo Pitellietal (2003) em 10 anos obtiveram uma recuperação de 95% áreas infestadas • 10 anos de controle – muito tempo? • Problema de mais de 30 anos e aumentando sem controle • Sem novos impactos ambientais

  33. Métodos de controle usados no MIP • b) Agentes de controle biológico • Predadores: são organismos (insetos, aves, mamíferos, aranhas etc.) que necessitam alimentar-se de muitos indivíduos para sua sobrevivência e, assim, matam e comem outros insetos (1 predador consome várias presas). • Ex. Joaninhas predando pulgões. • Parasitóides: insetos que durante o seu desenvolvimento necessitam apenas de um único hospedeiro (1 parasito consome 1 hospedeiro). Os parasitóides adultos têm vida livre e sua fonte de alimento é diferente da usada na sua fase jovem. Normalmente, os adultos se alimentam de pólen, néctar e exudações diversas. As diferentes fases do inseto-praga (ovo larva-pupa-adulto) podem ser parasitadas por diferentes espécies de parasitóides. • Ex. Trichogrammaspp. (Hymenoptera) parasitando ovos de lepidópteros.

  34. Trichogrammaspp A vespa parasitóide conhecida como Trichogrammaspp. é um inseto microhimenóptero da família Trichogrammatidae, que se caracteriza pelo tamanho diminuto e por parasitar ovos de inúmeras espécies de praga da ordem Lepidoptera. Esse gênero tornou-se o grupo de insetos mais utilizado no mundo para o controle biológico

  35. Trichogrammaspp A fêmea adulta da vespinha coloca seus ovos no interior dos ovos da praga onde ocorre todo desenvolvimento do parasitóide. É parasitóide de várias espécies de mariposas

  36. Trichogrammaspp Sua eficiência de controle é elevada e atualmente é um dos parasitóides mais utilizados no mundo para o controle de pragas. Abaixo estão algumas das pragas agrícolas que após a realização de pesquisas científicas, comprovou-se a eficiência do controle biológico pela atuação da vespa Trichogrammaspp. MARACUJÁAgraulisvanillae (Lagarta das Folhas)Dione junojuno..........................................................................................ERVILHAAgrotissp (Lagarta Rosca) ..........................................................................................ALGODÃOAlabama argillacea (Curuquerê) Heliothisvirescens (Lagarta da maçã) Spodopterafrugiperda (Lagarta do Cartucho do milho) 

  37. SOJAAnticarsiagemmatalis (Lagarta da Soja) ..........................................................................................CANA-DE-AÇÚCARDiatraeasaccaralis (Broca da cana)  ..........................................................................................MILHOSpodopterafrugiperda (Lagarta do cartucho)Helicoverpazea (Lagarta da espiga) ..........................................................................................TOMATEHelicoverpazea(Lagarta da espiga do milho) Neoleucinodeselegantalis (Broca pequena)Tuta absoluta (Traça do fruto) ..........................................................................................REPOLHOPlutellaxylostella (Traça)  ..........................................................................................MANDIOCAErinnyisello (Mandarová) ..........................................................................................ABACATEStenomacatenifer (Lagarta do fruto) 

  38. Manutenção das linhagens de Trichogramma em laboratório. Trichogrammaem Anticarsia. Trichogrammaem Spodoptera.

  39. Cotesiaflavipes A vespa Cotesiaflavipes é parasitóide da lagarta da broca da cana (Diatraeasaccharalis). Sua eficiência no controle desta praga é comprovada cientificamente e aprovada pelos produtores e usinas, sendo o agente biológico mais utilizado no controle biológico na cana-de-açúcar. Em algumas regiões do país, a broca da cana tem atacado também as lavouras de milho.  Vespa Cotesia sobre a broca da cana, efetuando o parasitismo.

  40. Cotesiaparasitando a broca da cana. Lagarta da broca parasitada. Massa de casulos de Cotesia. Adultos de Cotesia.

  41. Métodos de controle usados no MIP • b) Agentes de controle biológico • Patógenos: são organismos (fungos, bactérias, vírus, nematóides etc.) que provocam doenças e a morte de insetos-praga. São classificados em: • Fungos: embora no Brasil os melhores resultados de controle biológico com o uso de fungo tenham sido encontrados no controle de cigarrinhas e cochonilhas, é bastante comum encontrar lagartas e pupas controlados por fungos dos gêneros Beauveria e Metarhizium, dentre outros. • Bactérias: são empregadas em pulverizações dos esporos sobre a praga, sendo altamente eficientes. Para a maioria das culturas, a bactéria Bacillusthuringiensis é considerada a mais importante. Seus esporos, quando ingeridos pelas lagartas provocam a ruptura da parede intestinal, levando-as à morte. Já existem no mercado muitas variedades desta bactéria, e as marcas mais comuns no Brasil são: Dipel, Agree e Thuricide. Estes produtos já são utilizados no Brasil há vários anos contra lepidópteros desfolhadores e mostraram alta eficiência. É importante lembrar que a ação deste produto é ineficaz para as outras fases do inseto, sendo eficiente exclusivamente na fase de lagarta.

  42. Cigarrinha da pastagem infectada com o fungo Metarhiziumanisopliae.

  43. INSETICIDAS À BASE DE Bacillusthuringiensis: SEGURANÇA PARA A SAÚDE HUMANA E AMBIENTAL Leon Rabinovitch Laboratório de Fisiologia Bacteriana Departamento de Bacteriologia do Instituto Oswaldo Cruz – FIOCRUZ • “De acordo com Charles etal (2000) o Bt é o mais bem sucedido princípio ativo bacteriano que compõe inseticidas (biopesticidas) de importância comercial, sendo os produtos responsáveis por 90% do mercado no campo microbiano. Suas aplicações para a proteção de plantações e florestas, bem como a prevenção de doenças humanas (por exemplo, controle de lagartas desfolhantes ou controle de larvas do Aedesaegyptivetor do vírus do dengue), são práticas realizadas em várias partes do mundo em projetos integrados, visando diminuir o emprego de inseticidas químicos, contra os quais pesa a questão da resistência de insetos.” • “Considerando que desde 1930 grandes quantidades de esporos de Bt e suas endotoxinas foram aplicados no meio ambiente, em diferentes países, para controlar pragas e vetores de doenças, essa espécie bacteriana é considerada “amigável” para o homem e animais.” • 20 de março de 2007

  44. Ministério da Agricultura divulga nova lista de defensivos contra helicoverpa. Empresa: BIO - CONTROLE - MÉTODOS E CONTROLE DE PRAGAS LTDAMarca comercial: AGREEIngrediente ativo: BACILLUS THURINGIENSIS AIZAWAI Empresa: BIO - CONTROLE - MÉTODOS E CONTROLE DE PRAGAS LTDAMarca comercial: THURICIDEIngrediente ativo: BACILLUS THURINGIENSIS Empresa: MÉTODOS DE CONTROLE DE PRAGAS LTDAMarca comercial: BIO HELICOVERPAIngrediente ativo: (Z)-11-HEXADECENAL; (Z)-9-HEXADECENAL - Feromônio sintético Empresa: CCAAB AGRO S.A.Marca comercial: Hz-SNPV CCABIngrediente ativo: BACULOVÍRUS (VPN-HzSNPV) Empresa: VECTORCONTROL INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS LTDA.Marca comercial: BAC-CONTROL WPIngrediente ativo: BACILLUS THURINGIENSIS Empresa: IHARABRAS S.A. INDÚSTRIAS QUÍMICASMarca comercial: COSTAR Ingrediente ativo: BACILLUS THURINGIENSIS

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