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Manejo de Pastagens

Manejo de Pastagens. Magno José Duarte Cândido Universidade Federal do Ceará Departamento de Zootecnia magno@ufc.br Fortaleza – Ceará 30 de março de 2010. Objetivos do manejo de pastagens. Maximizar o lucro do produtor (buscando a eficiência na produção);

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Manejo de Pastagens

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Presentation Transcript


  1. Manejo de Pastagens Magno José Duarte Cândido Universidade Federal do Ceará Departamento de Zootecnia magno@ufc.br Fortaleza – Ceará 30 de março de 2010

  2. Objetivos do manejo de pastagens • Maximizar o lucro do produtor (buscando a eficiência na produção); • Evitar riscos e estresses desnecessários aos animais (fornecer conforto ao animal); • Manter o equilíbrio do ecossistema (alta produtiv. no longo prazo).

  3. Fatores do manejo de pastagens • Produção e qualidade dos pastos; • Métodos de pastejo; • Consumo animal; • Suplementação; • Pressão de pastejo; • Ganho/animal x ganho/área; • Equilíbrio entre demanda e suprimento de alimentos

  4. Quantidade x Qualidade do pasto/Efeito da planta Relações anatômicas e bioquímicas na célula e as mudanças relativas a comparações de tecido jovem e maduro (a), folha x caule (b) e C3 x C4 (Huston e Pinchak, 1991).

  5. Quantidade x Qualidade do pasto/Efeito da planta PAREDE CELULAR DE FORRAGEIRAS Figura – Estrutura da parede celular. Fonte: Profa. Durvalina M. M. dos Santos (2007)

  6. Quantidade x Qualidade do pasto/Efeito da planta PAREDE CELULAR DE FORRAGEIRAS Figura – Formação da parede primária. Fonte: Profa. Durvalina M. M. dos Santos (2007)

  7. PAREDE CELULAR DE FORRAGEIRAS Parede celular primária Parede celular secundária Espessam. Lúmen celular % Lignina Figura – Desenvolvimento da parede secundária. (JUNG e ALLEN, 1995)

  8. PAREDE CELULAR DE FORRAGEIRAS Parede secundária Parede primária F A A A A XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX A = arabinoxilanas; F = ácidos ferúlicos Figura – Lignificação da parede celular. (JUNG & DEETZ, 1993)

  9. Quantidade x Qualidade do pasto/Efeito da planta Qualidade Qualidade Quantidade Quantidade Rendimento máximo de nutrientes por área (Ex.: kg PB/ha) Figura - Efeito do período de descanso sobre a altura do pasto (quantidade de forragem) e sua qualidade (adaptado de Cândido, 2003).

  10. Quantidade x Qualidade do pasto/Efeito da planta Qualidade Qualidade Quantidade Quantidade Rendimento máximo de nutrientes por área (Ex.: kg PB/ha) Rendimento máximo de nutrientes por área (Ex.: kg PB/ha) Figura - Efeito do período de descanso sobre a altura do pasto (quantidade de forragem) e sua qualidade (adaptado de Cândido, 2003).

  11. Quantidade x Qualidade do pasto/Efeito da planta Idade do pasto (dias) 10 20 35 Teor de PB (% MS) 15 10 5 MSFT (kg/ha) 2000 4500 6000 Rendimento de PB (kg/ha) 300 450 300

  12. Quantidade x Qualidade do pasto/Efeito da planta Pasto jovem Pasto velho Proteína alta baixa Carb. Solúveis alto baixo Lignina baixa alta Fibra baixa alta Relação folha/colmo alta baixa Produtivid. de forrag. baixa alta Digestibilidade alta baixa Consumo individual alto baixo Consumo por área baixo baixo Produtivid. Animal baixa baixa

  13. ALTURA DO PASTO Altura pré-pastejo do pasto após descanso de aproxim. 27 dias

  14. ALTURA DO PASTO Altura pré-pastejo do pasto após descanso de aproxim. 27 dias

  15. ALTURA DO PASTO Altura pré-pastejo do pasto após descanso de aproxim. 37 dias

  16. Quantidade x Qualidade do pasto/Efeito da planta Figura - Perfilhos reprodutivos no capim-tanzânia após descanso de 37 dias (3,5 folhas/perf) (Silva, 2004).

  17. Quantidade x Qualidade do pasto/Efeito da planta IDADE DO PASTO X PERDAS DE FORRAGEM Figura - Perdas de forragem em capim-tanzânia após descanso de 37 dias (3,5 folhas/perfilho) (Silva, 2004).

  18. Quantidade x Qualidade do pasto/Efeito da planta IDADE DO PASTO X PERDAS DE FORRAGEM Figura - Perdas de forragem em capim-canarana (foto do autor).

  19. Quantidade x Qualidade do pasto/Efeito da planta IDADE DO PASTO X PERDAS DE FORRAGEM Figura - Perdas de forragem em capim ‘coast-cross’ (foto do autor).

  20. Quantidade x Qualidade do pasto/Efeito da planta Figura - Pasto de capim Mombaça no primeiro dia de pastejo após 25 dias (2,5 folhas/perf) de descanso, em Capinópolis-MG (foto do autor).

  21. Quantidade x Qualidade do pasto/Efeito da planta Figura - Pasto de capim Mombaça no primeiro dia de pastejo após 45 dias (4,5 folhas/perf) de descanso, em Capinópolis-MG (foto do autor).

  22. Quantidade x Qualidade do pasto/Efeito da planta PD GMD TL PD PP CP Pi Pf Tempo Lotes Produtiv PD dias f/perf g/nov dias kg dias /ano @/ha x an nov/ha 25 2,5 704 6,2 25 5 30 280 450 241 1,51 53 35 3,5 546 7,0 35 5 40 280 450 311 1,17 47 45 4,5 433 6,7 45 5 50 280 450 393 0,93 35 Fonte: adaptado de Cândido (2003) Tabela - Efeito do prolongamento do período de descanso em Panicum maximum cv. Mombaça sobre o desempenho e o rendimento de novilhos em pastejo

  23. Quantidade x Qualidade do pastoEfeito dos fatores abióticos Temperatura: Favorece o crescimento Reduz o valor nutritivoÁgua: Tanto falta quanto excesso diminuem o crescimento Estresse hídrico: menor efeito na qualidade que no crescimento efeitos na qualidade da forragem: são positivos, principalmente por causa do atraso na maturidade proporcionado pelo estresse hídrico

  24. Quantidade x Qualidade do pastoEfeito dos fatores abióticos Luz: Acelera o crescimento Reduz o valor nutritivo, porém, melhora a estrutura Nutrientes: Aceleram o crescimento Efeito variável sobre o valor nutritivo (efeito de diluição x efeito de concentração)

  25. Quantidade x Qualidade do pasto Figure - Linear regression models describing the relationship between shrub encroachment (shrub index) and(a) herbage mass of dry matter (DM; 2 = 0Æ50, P < 0Æ001) and variables describing nutritive value: concentrationsof (b) crude protein (CP; R2 = 0Æ47, P < 0Æ001), (c) crude fibre (CF; R2 = 0Æ17, P < 0Æ05), (d) crude lipid (CL;R2 = 0Æ46, P < 0Æ001), (e) water-soluble carbohydrates (WSC; R2 = 0Æ58, P < 0Æ001) and (f) metabolizable energy(ME, R2 = 0Æ35, P < 0Æ01).

  26. TEMPERATURA X QUALIDADE DA FORRAGEM Espécie Tipo Digestibilidade¹ Fonte Minson e McLeod (1970) citados por Média de 10 gramíneas C e C - 1,14% 3 4 HENDERSON e ROBINSON (1982b) Deinum e Dirven (1975) citados por REIS Brachiaria ruziziensis C - 0,8 a - 1,0 % 4 e RODRIGUES (1993) HENDERSON e ROBINSON (1982b) C ynodon dactylon C - 1,07% 4 Dirven e Deinum (1977) citado por Festuca arundinacea C - 0,8 % 3 BUXTON e FALES (1994) Ohlsson (1991) citado por BUXTON e Phleum pratense L. C - 0,5 % 3 FALES (1994) Ohlsson (1991) citado por BUXTON e Trifolium pratense L. C - 0,7 % 3 FALES (1994) QUADRO - Efeito da temperatura na digestibilidade das forrageiras ¹ Redução proporcionada pelo aumento de 1°C na temperatura de crescimento.

  27. RADIAÇÃO SOLAR X QUALIDADE DA FORRAGEM Nível de Proteína B ruta DIVMS CTN (a) (b) (c) sombra (%) (%) (%) Folha Caule Folha Caule Base do caule 0% 11,7 5,9 56,5 53,1 6,04 40% 13,5 6,7 53,7 51,7 5,88 60% 15,7 7,5 51,0 48,1 5,62 QUADRO - Teores de proteína bruta, digestibilidade “in vitro” da matéria seca (DIVMS), e carboidratos totais não estruturais (CTN), de gramíneas tropicais (média de seis gramíneas) cultivadas sob três níveis de sombreamento Fonte: Adaptado de CASTRO (1996).

  28. Métodos de pastejo • Lotação contínua • Lotação rotativa Lotação rotativa convencional Lotação rotativa alternada Pastejo em faixas Creep grazing Primeiro-último Pastejo diferido

  29. Métodos de pastejo - Lotação contínua Definição: o rebanho tem acesso à toda a área da pastagem durante toda a estação de crescimento

  30. Lotação rotativa Definição: o rebanho tem acesso a uma subdivisão da pastagem a cada momento, havendo momentos de pastejo e de descanso para cada uma das subdivisões

  31. Métodos de pastejo - Lotação rotativa Conceitos importantes: • Período de pastejo: período em que o rebanho permanece num piquete; • Período de descanso = período entre dois pastejos sucessivos num mesmo piquete; • Ciclo de pastejo = tempo que o rebanho leva para dar uma “volta completa” no sistema, normalmente = PP+PD.

  32. Modalidades da lotação rotativa Lotação rotativa convencional

  33. Modalidades da lotação rotativa (escalonamento do pasto nos piquetes) (Foto: Casagrande, 2008).

  34. Modalidades da lotação rotativa Pastejo em faixas

  35. Modalidades da lotação rotativa Pastejo em faixas Exemplo: PD = 21 dias; PP = 1 dia; CP = 22 dias

  36. Modalidades da lotação rotativa Primeiro último (“Ponta-rapador”?) Usa 2 ou mais grupos de animais Primeiro grupo: categoria de maior exigência Último grupo: categoria de menor exigência

  37. Modalidades da lotação rotativa Primeiro último Conceitos importantes: • Período de permanência: período em que um grupo de animais permanece no piquete; • Período de ocupação: somas dos períodos de permanência de todos os grupos de animais em cada piquete;

  38. Modalidades da lotação rotativa Creep Grazing

  39. Modalidades da lotação rotativa Pastejo diferido Feno, silagem, diferimento

  40. Lotação contínua x lotação rotativa Relação entre ganho por animal e a taxa de lotação nos métodos de pastejo sob lotação contínua e rotativa (RIEWE, 1985).

  41. Vantagens da lotação contínua • Menor investimento em infra-estrutura; • Maior capacidade de “auto-correção” do ecossistema  Aceita mais erros; • Menor requerimento de mão-de-obra para o manejo.

  42. Método de pastejo x uniformidade de pastejo Ilustração: Ribeiro (http://www.capritec.com.br/pdf/Pastagensparacaprinos.pdf)

  43. Vantagens da lotação rotativa • > uniformidade de pastejo  > taxa de crescimento do pasto (kg MS/ha x dia)  > capacidade de suporte do pasto  > rendimento (produtividade) de produto animal por área com  taxa de lotação; Fonte: simulação do autor.

  44. Vantagens da lotação rotativa • Melhor acompanhamento da condição da pastagem e do animal (mais fácil de enxergar possíveis erros); • Distribuição mais uniforme dos excrementos; • Permite pastejo com mais de um grupo de animais; • Permite uma colheita do excesso de forragem com melhor qualidade para conservação.

  45. Vantagens da lotação rotativa

  46. Uso da lotação rotativa intensiva Condições climáticas • Precipitação (ou irrigação); • Luminosidade (radiação solar); • Temperatura.

  47. Requisitos para o uso da lotação rotativa intensiva Adubação (principalmente N) Piq. 1 2 3 4 5 6 7 8 PP 3 PD* 3 PD* 6 PD* 9 PD* 12 PD* 15 PD* 18 PD* 21 Dose: 600 kg N/ha x ano; PP = 3 dias; PD = 21 dias; CP = 24 dias; Uréia: 45% N PD* = período de descanso do primeiro piquete 365 dias/ano 24 dias/ciclo = 15,21 ciclos/ano 600 kg N/ha x ano  15,21 ciclos = 39,45 kg N/ha x ciclo  1,0 ha 4,93 kg N/piq x ciclo  0,125 ha/piq 45 kg de N  100 kg de uréia 4,93 kg N/piq x ciclo10,96 kg uréia/piq x ciclo

  48. Dose TPF Massa de forragem (kg MS/ha) (kg N/ha x ano) (kg MS/ha x dia) 25 dias 50 dias 100 40 2000 4000 400 110 4000 6000 TPF = taxa de produção de forragem. Fonte: simulação do autor Requisitos para o uso da lotação rotativaintensiva Adubação (principalmente N) • Adubar logo após a saída dos animais; • Irrigar após a adubação, quando feita em solo úmido; • Ver a necessidade de escalonar a adubação.

  49. Uso da lotação rotativa intensiva Espécie forrageira • Elevada taxa de produção de forragem (kg MS/ha x dia); • Resposta à adubação e/ou à irrigação; • Elevada qualidade; • Tolerância a pastejos freqüentes; • Elevado vigor de rebrotação; • Facilidade de estabelecimento e propagação;

  50. Uso da lotação rotativa Espécie forrageira • Bovinos: Capim-elefante Tanzânia, Mombaça, Tobiatã, Massai, Vencedor... Coast-cross, Tifton, Estrela Africana Braquiárias Canaranas • Ovinos e caprinos (forrageiras até porte médio): Tanzânia, Aruana, Massai Coast-cross, Tifton-68, Tifton-85, Estrela Africana Braquiárias: não usar com ovinos!

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