1 / 49

Toxoplasmose Congênita

Toxoplasmose Congênita. Hospital Regional da Asa Sul – Brasília/ DF Dra. Nathália Bardal -R3 de Neonatologia Brasília, 30 de novembro de 2011 www.paulomargotto.com.br. Introdução. Zoonose de distribuição universal Protozoário T. gondii Soropositividade em adultos : 40-80% Prevalência:

imaran
Télécharger la présentation

Toxoplasmose Congênita

An Image/Link below is provided (as is) to download presentation Download Policy: Content on the Website is provided to you AS IS for your information and personal use and may not be sold / licensed / shared on other websites without getting consent from its author. Content is provided to you AS IS for your information and personal use only. Download presentation by click this link. While downloading, if for some reason you are not able to download a presentation, the publisher may have deleted the file from their server. During download, if you can't get a presentation, the file might be deleted by the publisher.

E N D

Presentation Transcript


  1. Toxoplasmose Congênita Hospital Regional da Asa Sul – Brasília/ DF Dra. Nathália Bardal -R3 de Neonatologia Brasília, 30 de novembro de 2011 www.paulomargotto.com.br

  2. Introdução • Zoonose de distribuição universal • Protozoário T. gondii • Soropositividade em adultos : 40-80% • Prevalência: -50-80% Brasil -15,8% EUA -80% França -10% Austrália

  3. Introdução • Brasil: Mulheres em idade fértil IgG+:60-75% • Soroconversão durante a gravidez: 6,4/1.000 gestantes • 40% das infecções primárias na gravidez causam infecção fetal • Incidência de toxoplasmose congênita: 1-7/ 1.000 nascidos vivos

  4. Patogênese – ciclo evolutivo • Três formas: -Taquizoíto (infecção aguda) -Cisto ( bradizoítos - tecidos) -Oocisto (esporozoítos – solo/ fezes de gato)

  5. Patogênese - Transmissão • Fezes de gato (oocisto) • Alimentos contaminados (oocisto) • Carne de boi,porco, carneiro (cisto) Gato: hospedeiro definitivo Oocistos/ cistos – taquizoítos – circulação sanguínea – encistamento (músculo esquelético/cardíaco, cérebro, olhos)

  6. Patogênese – Transmissão Vertical • Somente toxoplasmose primária • Não haverá transmissão em gestações sucessivas • 1º trimestre – 30%, porém formas mais graves • 2º trimestre – 30-70% • 3º trimestre – 100%, formas menos graves

  7. Patogênese – transmissão vertical • Prevenção primária: mais eficaz para diminuir a incidência da doença • Gestantes susceptíveis: -não ingerir carne mal passada -ovo (quente ou cru) -água não potável -verduras cruas -frutas que não sejam lavas com detergente -Manipular fezes de gato, horta e carne crua somente com luva

  8. Formas clínicas • Doença Neonatal Doença clínica presente ao nascimento • Forma sub-clínica Assintomático/ Oligossintomático Diagnóstico de primoinfecção materna ou Persistência de títulos elevados no latente • Doença nos primeiros meses de vida Coriorretinite/ calcificações intracranianas

  9. SINAIS E SINTOMAS

  10. Sinais e Sintomas • 90% assintomática • ATENÇÃO AO DIAGNÓSTICO TARDIO! PORÉM 33% desses RN tem 1 ou + sinais da doença , alteração do LCR é a mais comum

  11. Sinais e Sintomas • Prematuridade • Gemelaridade Manifestações clínicas similares em monozigóticos • SNC -Hidrocefalia obstrutiva -Convulsões -Microceflia – sem evidência -Incoordenação da deglutição

  12. Sinais e Sintomas • Olhos -Coriorretinite 80% é bilateral 30-50% das formas sub-clínicas 70-94% das formas sintomáticas -Atrofia do nervo óptico -Baixa acuidade visual -Estrabismo -Microftalmia ****Os títulos sorológicos NÃO são preditores de lesão ocular****

  13. Coriorretinite

  14. Sinais e Sintomas • Alterações endócrinas -Mixedema Diabetes insipidus • Sistema Renal -Síndrome Nefrótica • Ossos - Periostite não está presente

  15. Sinais e Sintomas • Fígado -Calcificações hepáticas (raras) -Hepatoesplenomegalia • Pele -Petéquias, equimoses, hematomas (trombocitopenia) • Eritroblastose e Hidropsia (Coombs negativo)

  16. Sinais e Sintomas • Ascite • Miocardite / Pericardite/ Endocardite • Vômito/ diarréia • Surdez (raro)

  17. Calcificações Intracranianas • Únicas ou múltiplas • Desaparecerem com tratamento • Não apresentam distribuição característica • Predominam em região occipito-parietal e temporal. Vasculite necrose infiltração celular calcificação

  18. Calcificações Intracranianas Margotto, PR

  19. Calcificações Intracranianas Segura, M

  20. DIAGNÓSTICO

  21. Diagnóstico 1.Isolamento do Toxoplasma: -Inoculação em camundongos -Isolamento em cultura de células *Fibroblastos / imunofluorescência -PCR (detecção de ácidos nucléicos) *Sangue , urina, LCR, tecidos, líq. Amniótico

  22. Diagnóstico 2.Testes sorológicos:Métodos manuais e automatizados MANUAL: -Imunofluorescência: mais sensível e específico -IgM / IgG -Resultado em títulos - Menor título positivo: 1/16 AUTOMATIZADOS: -ELISA -MEIA (microimunopartículas) -Quimioluminescência -IgM/ IgG -Resultados em índices

  23. Diagnóstico 3. Detecção de antígenos do parasita (P30) 4. Teste de avidez IgG *Alta (>30%): infecção > 3m *Baixa: não pode ser interpretado como infecção recente pois pode permanecer baixa por > de 5 meses após primo-infecção Deve ser realizado no 1º trimestre de gestação, caso contrário, não tem valor!

  24. Diagnóstico • Gestante susceptível • Gestante infectada recentemente • Gestante imune ATENÇÃO: 1.IgM pode ser positivo em títulos baixos por até 3 anos, não caracterizando infecção aguda 2. Infecção recente : níveis séricos > 3 de IgM ELISA

  25. Diagnóstico • IgM + não significa infecção aguda em gestante necessariamente, pois pode permanecer positivo por > 18 meses • Deve-se quantificar os títulos • Resultados acima de 3,0 UI/ml:maior incidência de toxoplasmose congênita

  26. Diagnóstico Fetal USG obstétrico: -Calcificações intracranianas -Dilatação ventricular PCR positivo no líquido amniótico

  27. Diagnóstico no RN • Testes Sorológicos: • IgM+ -infecção? -falso positivo? -IgM anti-IgG (escape placentário)?

  28. Diagnóstico no RN • 2 amostras de sangue positivas do RN • Há possibilidade de passagem transplacentária de IgM materno ao RN: IgM deve negativas até o 7º dia de vida, e a infecção congênita deve ser excluída

  29. Diagnóstico no RN • Hemograma: leucocitose, anemia, eosinofilia, plaquetopenia • LCR: Hiperproteinorraquia (>1g/dl) • Aumento de BD e elevação de transaminases • RX crânio: calcificações. Ausência não exclui a doença, deve-se solicitar TC crânio • USG crânio: menos sensível para detectar calcificações • F.O. : coriorretinite / uveíte • AP de placenta

  30. Manejo Clínico do caso Suspeito FM com toxoplasmose aguda na gestação -Exame clínico -HMG -Sorologias -LCR -F.O. -USG crânio -RX crânio Iniciar tratamento Casos sintomáticos ou assintomáticos e confirmados TC crânio

  31. TRATAMENTO

  32. Tratamento Pré-Natal • Sem consenso na literatura sobre sua eficiência • Não há estudos randomizados • HRAS: série de casos (15 anos): houve diminuição da transmissão vertical se tratamento iniciado no 1º trimestre e mantido até o parto • Até 18 semanas: espiramicina • Após: esquema tríplice

  33. Tratamento pré-natal • Espiramicina: diminui a transmissão placentária, não trata o feto infectado • Pirimetamina : teratogênica

  34. Tratamento pós-natal • Esquema tríplice (pirimetamina / sulfadiazina/ ácido folínico) • Tratamento deve ser mantido por 2 meses no mínimo • Acompanhamento: se descartada a infecção, suspender as drogas, caso contrário, manter até 12 meses • Corticóide: prednisona 1mg/kg/dia 1.hiperproteinorraquia (>1g/dl) 2.uveíte/coriorretinite em atividade

  35. Tratamento pós-natal • Deve-se tratar mesmo os pacientes ASSINTOMÁTICOS pelo alto índice de sequelas • Controle de tratamento: Hemograma quinzenal (Pirimetamina: neutropenia)

  36. Tratamento pós-natal • Sulfadiazina: 100mg/kg/dia (em 2 doses) (suspensão: 100mg/ml) • Pirimetamina: 2mg/kg/dia por 2 dias 1mg/kg/dia por 2-6meses 3x/ semana até 1 ano de vida (suspensão: 2mg/ml) • Ácido folínico: 10mg 3x/semana

  37. Acompanhamento clínico • Mensal até confirmação • Sorologias: -Nascimento -1º/ 3º / 5º/ 8º/ 12º meses • Classificação dos casos

  38. Acompanhamento clínico • Casos descartados: assintomático , IgM - , negativação do IgG antes dos 12meses de vida. • Casos Suspeitos: assintomático ou sintomático, IgM - , valores de IgG ascendentes • Casos Confirmados: IgM+ ou - , IgG com títulos em ascenção e positivo > 12 meses de vida

  39. Acompanhamento Clínico • Casos confirmados: acompanhamento por toda a vida, mensal no 1º ano, bimestral no 2º ano e semestral posteriormente. • Função renal, hepática TC crânio • F.O.: -3/3 meses pré-escolar -semestral por toda a vida

  40. Dúvidas • 1. Se a mãe tem sorologia de pré-natal realizada no 1o trimestre IgG+ e IgM - , é necessário continuar realizando sorologias nos outros trimestres ou já posso considerar que a gestante é imune e não há riscos? Ou somente uma sorologia prévia a gestação com IgG+ e IgM - me garante isso? 

  41. Resposta: Dra. Liu Campello Porto •  Segundo o manual da SES/DF e da SES/Paraná (que provavelmente será a orientação do Ministério da Saúde), gestante IgG + e IgM - é considerada imune.

  42. Dúvidas • 2. Se a mãe tem sorologia de 1o trimestre IgG+ e IgM- , mas o obstetra continuou pedindo o exame nos outros trimestres e me deparo com uma sorologia IgM+, como devo proceder? INVESTIGAR O RN OU CONSIDERAR FALSO POSITIVO? 

  43. Resposta: Dra. Liu Campello Porto • O obstetra deverá solicitar a quantificação do IgM: se < que 3,0 deve ser residual (infecção crônica) e teste de avidez (se > )

  44. Dúvidas • 3. a)MÃE com diagnóstico de toxo prévio à gestação , tratada, na gestação realiza sorologia e IgM é positivo... porém relata ter tratado toxo há anos, estar assintomática... quanto tempo  o IgM fica positivo? • b)Posso aguardar o resultado da sorologia do RN para iniciar a investigação, pois tal IgM+ materno pode ser +  pois ainda não deu tempo de negativar?

  45. Resposta: Dra. Liu Campello Porto • a)Os últimos estudos referem que os resultados de IgM podem ser positivos por até 2 anos e meio. Esse tempo de positividade mais longo deve-se ao aumento da sensibilidade do método (e não a mudanças de características do IgM...).Podemos concluir que, na medida em que forem surgindo testes mais sensíveis, conseguiremos detectar IgM por mais tempo... • b)Nesse caso, deve-se solicitar, inicialmente, apenas as sorologias do RN. Caso ele seja assintomático e IgM negativo, não deve ser continuada a investigação, nem iniciado tratamento e deve-se encaminhar ao ambulatório especializado.

  46. Dúvidas • 4. Todo IgM+ MATERNO na gestação deve o RN SER CONSIDERADO SUSPEITO PARA TOXO E REALIZAR TODA INVESTIGAÇÃO OU PODE-SE EM ALGUNS CASOS AGUARDAR A SOROLOGIA DO RN???

  47. Resposta: Dra. Liu Campello Porto • Segundo a recomendação da SES/DF e da SES/PR (que deverá ser a mesma do MS), todo RN filho de gestante IgM + deverá ser investigado e prescrito tratamento inicial. • Exceção: mãe comprovadamente imune (pergunta anterior)

  48. Foi você que me passou Toxo??? BOM DIA A TODOS!

  49. Nota do Editor do site, Dr. Paulo R. MargottoConsultem também:

More Related