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Globalização e Integração Econômica. Economia Global. define uma nova era na história da humanidade, em que a interdependência entre os povos será tão completa que as fronteiras nacionais desaparecerão ?
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Economia Global • define uma nova era na história da humanidade, em que a interdependência entre os povos será tão completa que as fronteiras nacionais desaparecerão ? • continuidade do processo de crescimento das relações econômicas internacionais, em curso desde o século passado ? • A cada dia as políticas públicas perdem relevância, neutralizadas pelas forças incontroláveis do mercado.
“Novas ideias serão aceitas mais rapidamente naquelas sociedades onde as pessoas estão acostumadas à mudança. Um país que está isolado é, em contraste, menos propensa a absorver novas ideias rapidamente.”
Atores das Relações Internacionais • Indivíduos – Obama, Lula, Hugo Chavez • Estados - Brasil, EUA, Rússia, etc. • Órgãos burocráticos governamentais - Departamento de defesa, Departamento de Estado, Ministério das Relações Exteriores, etc. • Organizações intergovernamentais internacionais (OIGs) - ONU, OMS,OMC, OTAN, OEA, UE, etc. • Organizações Não Governamentais Internacionais (OINGs) - WWF, Greenpeace, CARE, etc. • Outros atores não estatais - grupos terroristas internacionais, igreja, empresas multinacionais transnacionais - ETNs), grupos com conhecimento específico em determinada área (comunidades
Globalização • Galbraith: “Globalização é um termo que eu não uso. Não é um conceito sério. Nós, os americanos, o inventamos para dissimular nossa política de entrada econômica nos outros países. E para tomar respeitáveis os movimentos especulativos de capital, que sempre são causa de graves problemas”. • Questões econômicas, sociais e culturais.
Abordagem Econômica da Globalização • Enfoque financeiro: Aspecto mais freqüentemente associado à idéia de globalização e significa aumento do volume e/ou da velocidade de circulação dos recursos entre as diversas economias. O aspecto positivo desse processo é a superação das barreiras anteriormente impostas ao movimento internacional dos capitais. O lado negativo é a maior exposição dos países aos riscos de movimentos especulativos em grande escala. • Enfoque comercial: Com a globalização, a competição passa a ocorrer em escala mundial e não mais dentro de cada país. Há uma crescente homogeneidade nas estruturas de oferta e demanda, possibilitando o surgimento de ganhos de escala e a uniformização das técnicas produtivas e administrativas.
Enfoque produtivo: A globalização faz com que uma parcela crescente do valor adicionado seja gerado em estruturas de produção interligadas, localizadas em diversas partes do mundo. Em outras palavras, a crescente interligação dos mercados provoca expansão do número de empresas oligopolistas transnacionais. com melhores condições de proceder à acumulação no mercado globalizado. • Enfoque institucional: Devido à globalização, há uma tendência a uma maior homogeneidade dos sistemas de regulação da atividade econômica nos diferentes países. Isso significa que as relações entre os setores público e privado tendem a ser cada vez mais uniformes. Baumann cita as políticas comerciais do Japão e dos Estados Unidos como exemplo. Tradicionalmente. a economia japonesa era considerada fechada, enquanto os Estados Unidos constituíam referência de liberalismo comercial. Nos últimos anos, no entanto, o Japão tem caminhado para uma maior abertura. enquanto a economia norte-americana caminha em sentido oposto. Com o passar do tempo, acredita-se que se tornarão bastante semelhantes.
Enfoque da governabilidade: A globalização retira graus de liberdade dos governos na condução das políticas fiscal, monetária, cambial, salarial etc., reduzindo a soberania econômica e política das nações. Pode-se chegar a uma situação em que os efeitos dos instrumentos convencionais de política econômica sejam neutralizados pela dinâmica do mercado global.
Avanço da integração • Intensificação após 2ª Guerra • Livre comércio como meio de se incrementar produção e consumo, aumentando o bem-estar social. • Na atualidade, há mais de 30 grupos regionais, envolvendo cerca de 120 países, e a tendência parece ser de aumento da interdependência, como resposta à formação de outros blocos
Fases da Integração • zona de livre comércio: eliminação de barreiras sobre o comércio recíproco, porém com manutençãodas políticas comerciais independentes em relação aos demais: • união aduaneira: além da eliminação recíproca das barreiras sobre o comércio, os sócios passam a adotar uma política comercial uniforme em relação aos demais países: • mercado comum: a liberdade de deslocamento não se restringe aos produtos, mas abrange também os fatores de produção (capital e mão-de-obra), e a política comercial é uniforme em relação a países não-membros: • união econômica: os acordos não se limitam aos movimentos de bens, serviços e fatores de produção, mas buscam harmonizar políticas econômicas para que os agentes possam operar sob condições semelhantes nos países constituintes do bloco econômico: • integração econômica total: essa fase implica livre deslocamento de bens, serviços e fatores de produção, além de completa igualdade de condições para os agentes econômicos, pois o acordo prevê idênticas políticas econômicas e sociais, administradas por autoridades supranacionais.
Fases da Integração • A formação de um bloco se dá de acordo com as conveniências dos países envolvidos, podendo ser iniciada em qualquer uma das etapas apontadas acima. • O Mercosul, por exemplo, tem a pretensão de tornar-se um mercado comum, o que é expresso na própria denominação. Até o momento no entanto, enquadra-se melhor na categoria “união aduaneira”, mesmo assim incompleta por ainda persistirem listas de exceções à Tarifa Externa Comum (TEC). • O NAFTA, assinado em 1993, previa a criação de uma zona de livre comércio a partir de janeiro de 1994, mas ainda se encontram em fase de redução paulatina das barreiras comerciais entre seus países membros: Estados Unidos, Canadá e México.
Integração e Protecionismo • Proteger a indústria nacional por meio de bloqueios aduaneiros. • Consumidores de um determinado país dispostos a aceitar certa quantidade de produção ineficiente em troca do desenvolvimento de sua indústria e dos empregos nela gerados. Como o custo do processo poderia ser muito elevado para um país isoladamente, sugeria-se que cada país abdicasse de sua soberania para integrar os mercados e os recursos num projeto de desenvolvimento comum.
Vantagens • Maior aproveitamento das vantagens comparativas regionais: Especialização de cada país naqueles produtos cuja produção tenha menor custo unitário. A especialização dentro da região permite a cada membro proteger sua produção industrial com um custo menor do que se o fizesse isoladamente. Complementaridade industrial. • Criação de economias de escala: A união aduaneira. em um contexto de complementaridade industrial, resulta na formação de um mercado maior, o que pode contribuir para reduzir o custo unitário de produção. • Possibilidade de oferta de maior variedade de produtos: se o mercado é pequeno e protegido, a oferta de produtos diferenciados e/ou sofisticados revela-se inviável porque implica elevação de custos; na passagem para uma união aduaneira, é possível explorar a escala proporcionada pelo mercado ampliado, resultando em maior variedade, preços menores e aumento do bem-estar dos consumidores. • Maior concorrência intra-regional: quanto maior é o mercado, maior a concorrência entre produtores, melhor a alocação -de recursos. menor o grau de concentração industrial (formação de oligopólios e monopólios) e menores os preços para o consumidor final.
Conclusões • Possibilidade de grandes benefícios mas sem a certeza da distribuição homogênea. • Os modelos de substituição de importações visam desenvolver a produção regional dos bens antes importados processo de integração será tanto mais bem-sucedido, quanto maior for o desvio de comércio.
Efeitos da integração Onde: PA = preço do produto produzido na Argentina; PB = preço do produto produzido no Brasil; PW = preço do produto produzido no resto do mundo; t = alíquota da tarifa de importação cobrada pelo Brasil.
Críticas • Toda a argumentação está centrada em questões microeconômicas, quando os aspectos macroeconômicos seriam muito mais relevantes. Ex.:a criação de comércio é apresentada como positiva porque conduz à alocação eficiente dos recursos (análise microeconômica) sem levar em conta as conseqüências do déficit do balanço de pagamentos (problema macroeconômico), que pode decorrer do crescimento da importação.
Críticas • A formação de blocos ocorre por motivos políticos e não econômicos. • Unilateral X Bilateral
Empresas transnacionais e investimentos diretos • Multinacionais são as empresas que preservam base de origem nacional e estão sujeitas à regulação e ao controle procedentes do país de origem. • A corporação transnacional teria capital genuíno inteiramente livre, sem identificação nacional específica e com uma administração internacionalizada e, no mínimo, potencialmente inclinado a localizar-se em qualquer lugar do mundo para obter retornos mais seguros ou mais altos.
Investimento no Exterior • Investimento em portfólio: envolve somente ativos financeiros, como aquisicão de títulos ou de ações.A transação realiza-se por meio de instituições financeiras e não implica o controle da empresa beneficiária do capital por parte do investidor • Investimento direto: é uma operação em que se cria uma subsidiária no exterior ou passa-se a exercer controle sobre uma empresa estrangeira. adquirindo a maior parte de suas ações. É um importante canal para os fluxos internacionais de capital privados e constitui um dos pilares do processo de globalizacão.
Investimentos diretos no exterior • As vantagens comparativas dos diferentes países são determinadas pelas diferenças na dotação relativa de fatores de produção: capital, mão-de-obra, etc... • Perspectiva de lucros é o que move os capitais pelo mundo. (Risco X Retorno) • Vantagens para redução do custo da produção: matéria-prima, mão-de-obra, transporte e políticas públicas.
Tipos de Negócio Internacional • Comércio exterior (importação e exportação) • Licenciamento / Franquia • Joint Venture • Investimento direto – ativos produtivos próprios
Motivadores da Entrada em Outros Países • Busca por novos mercados • Explorar economias de escala e de escopo (utilização de mesmos recursos e competências) • Evitar risco de diminuição do mercado doméstico • Busca de recursos no mercado estrangeiro (m-p, m-o) • Busca de conhecimento especializado (clusters) • Redução de riscos – diversificação • Políticas governamentais de investimento estrangeiro • Manobra competitiva no âmbito global
Estratégia Internacional e Corporativa • Novos desafios: • Imprevisibilidade das condições políticas e econômicas • Diferenças culturais • Complexidade de atuar com estratégias globais • problemas de adaptação devido aos costumes. tradições e língua • custos das viagens internacionais dos executivos, custos de comunicação,... • riscos e incertezas procedentes do poder público
Inconvenientes dos investimentos diretos • Riscos para o País: • possibilidade de formação de monopólio no mercado do país hospedeiro do investimento direto, com possíveis perdas nas relações de troca internacionais • redução da soberania dos Estados nacionais na defesa de seus interesses
Benefícios dos investimentos diretos • Para o país hospedeiro • crescimento do PIB, emprego e renda; • transferência de conhecimento e de tecnologia, bem como de novas técnicas de produção e de administração; • eleva as receitas públicas e os salários.
Desafios para os dirigentes • Conseguir atender os gostos, costumes e necessidades variáveis; • Sempre que possível, padronizar os produtos ou alguns de seus componentes; • Conseguir criar e cultivar valores organizacionais comuns em uma empresa com diferentes culturas nacionais; • Conferir autonomia suficiente ás subsidiárias para que se adaptem aos costumes e normas locais.
Regulação do Comércio Internacional • Premissa – comércio internacional aumenta a competição e que, no caso oposto, a proteção cria monopólio doméstico e reduz o fluxo de comércio. • Acordo geral sobre Tarifas e Comércio (GATT) – firmado em 1947, a fim de reduzir tarifas efetivadas no pós-guerra. • Estabelecer regras consensuais para a condução de negociações de redução das barreiras comerciaisentre as nações. • Criação da Organização Mundial de Comércio (OMC) em 1994 – fortalece o comércio transparente e com soluções negociadas.
Acordos da OMC • Antidumping (minimis de 2%) • Dumping – preço praticado pela empresa produtora/exportadora em seu mercado interno superior àquele praticado para o produto similar na exportação para um determinado país. • Subsídios – não pode causar “efeitos adversos” aos interesses de outros signatários. • Salvaguardas – autoriza um governo nacional a suspender temporariamente a observância de compromissos e estabelecer barreiras comerciais como proteção a produtores domésticos ameaçados.
Contratos Comerciais Internacionais • Ato de comércio onde uma ou mais partes encontra-se submetido a outra ordem jurídica. • Formas de colocação de produtos ou serviços: • Exportar diretamente • Nomear um agente • Investimento direto – estrutura no país • Contratar empresa local como distribuidora
Contratos de Compra e Venda Internacional • Crédito Documentário – Um terceiro (banqueiro) recebe instruções do comprador para pagar o vendedor quando receber dele certos documentos relativos à mercadoria vendida. • Contrato de Câmbio – Viabiliza a obtenção de moeda estrangeira para pagamento da importação.
Contratos de Compra e Venda Internacional • Contrato de Transporte – questões sobre a responsabilidade da transportadora, com inspeção por parte independente. • Contrato de Seguro
Contrato de Agência • O representado (exportador) estará contratando um representante local (agente) para que angarie propostas no país-alvo. • Análise da legislação do país-alvo para definir direitos e obrigações das partes • Cautela ao definir a estratégia de distribuição para firmar a imagem do produto • A pessoa contratada deverá ser idônea • Definição clara do esquema de aprovação da proposta
Controvérsias mais comuns • Inidoneidade do agente ou de sua atuação • Cobranças pelos agentes de contratos angariados em seu território por outros agentes ou diretamente • Cobrança de reembolsos ou despesas incorridas pelo agente • Rescisão antecipada (e indevida) de contrato pelo representado, sem considerar o pagamento de indenização prevista.