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“O nascimento das metalinguagens”

“O nascimento das metalinguagens”. DISCIPLINA: TEORIA DA LINGUAGEM DOCENTE: PROF. DR. ROBERTO G. CAMACHO DISCENTES: LUANA PASSOS E LUDMILA B. A. FUNO. “Um horizonte de retrospecção”. Reflete sobre a constituição dos saberes acerca da linguagem humana; Escrita; Gramatização. .

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“O nascimento das metalinguagens”

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Presentation Transcript


  1. “O nascimento das metalinguagens” DISCIPLINA: TEORIA DA LINGUAGEM DOCENTE: PROF. DR. ROBERTO G. CAMACHO DISCENTES: LUANA PASSOS E LUDMILA B. A. FUNO

  2. “Um horizonte de retrospecção” • Reflete sobre a constituição dos saberes acerca da linguagem humana; • Escrita; • Gramatização.

  3. Retrospecção: memória; Projeção: projeto. Um horizonte de retrospecção/ um horizonte de projeção

  4. Identidade: uma origem Um esboço para a origem dos estudos lingüísticos, enquanto ramo científico: • “Uma forma de saber e de prática teórica nascida no século XIX em um contexto determinado e que possui objetos determinados” (12)

  5. Identidade: o objeto de estudos “É preciso situar nosso objeto em relação só a um campo de fenômenos apreensíveis à altura da consciência cotidiana. Seja a linguagem humana, tal como ela se realizou na diversidade das línguas, [que] saberes se constituíram a seu respeito, este é nosso objeto.” (13)

  6. O mito da incomparabilidade • Uma estratégia para não se prender ao mito da incomparabilidade, segundo o autor, seria fazer uso de analogias, pois elas permitem constatar recorrências ao longo do tempo.

  7. O saber científico, um saber científico • Quando o autor se dispõe a explanar sob que forma, no tempo, se constitui o saber lingüístico, ele se dispõe também a postular sobre a maneira como se institui o saber científico de modo mais geral:

  8. Explicando melhor • Na relação que se estabelece entre o eu e o objeto, deve-se assumir que há limitações do eu. Mas é possível desenvolver os conhecimentos acerca do objeto! “O que modera nosso historicismo é um realismo metodológico que concede consistência ao saber e independência aos fenômenos em sua existência, em relação a este saber”. (15)

  9. Explicando melhor • Na relação que se estabelece entre o eu e o objeto, deve-se assumir que há limitações do eu. Mas é possível desenvolver os conhecimentos acerca do objeto! “Por mais relativista que pudéssemos ser, (...) existem condições objetivas que fazem com que esta ou aquela escolha – evidentemente obrigada pelas condições em que aparece – abra para possibilidades diferentes segundo a natureza própria de seu conteúdo”. (15)

  10. Epilinguísmo e metalinguísmo Permite produzir e entender jogos de linguagem Materialidade do signo Metalinguagem; Permite mais do que entender e produzir piadas sobre a linguagem, permite desenvolver reflexões a respeito do funcionamento das piadas e jogos de linguagem.

  11. Saber metalinguístico

  12. Saber metalinguístico Técnicas: formação de competências específicas e surgimento de novas “profissões”

  13. O aparecimento da escrita Auroux associa o aparecimento da escrita a uma revolução tecnológica, necessária para que se desencadeie um processo que faz culminar o aparecimento das reflexões sobre a linguagem.

  14. O aparecimento da escrita “Qualquer que seja a cultura, reencontramos sempre os elementos de uma passagem do epilingüístico ao metalingüístico, quer se trate do aparecimento das palavras metalingüísticas (...), de certas práticas da linguagem, de especulação sobre a origem da linguagem, ou sobre a identidade e a diferenciação lingüística, como o demonstra o exemplo dos índios da América. Mas pelo que sabemos, não encontramos em nenhuma civilização oral um corpo de doutrina elaborado em relação com as artes da linguagem, mesmo onde podemos observar que certos indivíduos são especializados no papel de tradutores ou poetas” (p. 18. grifo nosso).

  15. O aparecimento da escrita A origem da metalinguagem seria, então, proveniente da evolução de um processo que pode ser delimitado em um “intervalo temporal aberto”, ou seja, em um recorte talvez longo da linha do tempo. Não podendo ser tida como um fenômeno pontual, rigorosamente situado na história.

  16. Tradição

  17. O aparecimento da escrita Segundo Auroux, o aparecimento da escrita teve um papel decisivo na passagem do saberes epilinguísticos aos saberes metalingüísticos. Assim, por esse motivo, considera a escrita como uma Revolução Tecnológica.

  18. A alteridade Segundo Auroux, o que realmente faz deslanchar a reflexão lingüística é a alteridade (considerada essencialmente sob do ponto de vista da escrita). “O inferno são os outros”. Jean-Paul Sartre

  19. A alteridade egípcios: recenseamento das palavras não-autocnes; escribas: anotações de diferentes convenções para anotar a usura da fonética; listas de caracteres chineses: dificuldade em ler textos antigos. o aparecimento das considerações fonéticas quando o desenvolvimento do budismo leva A transliterar textos sânscritos;

  20. Alteridade e tradições Nessas tradições, o florescimento do saber lingüístico tem sua fonte no fato de que a escrita, fixando a linguagem, objetiva a alteridade e a coloca diante do sujeito como um problema a resolver.

  21. Alteridade e tradições Diante a complexidade e dificuldade na leitura de textos antigos, palavras ou textos estrangeiros foram necessários refletir sobre o funcionamento dessas línguas para a sua posterior tradução.

  22. Logo, a alteridade pode ter muitas fontes, quais sejam: 1 – pode provir da antiguidade de um texto canônico; de palavras ou textos estrangeiros que é preciso descrever; 2 – pode provir de uma mudança de estatuto do texto escrito, quando na virada do século V, na Grécia, este último deixa de ser um simples suporte mnemônico do oral para se tornar o objeto de uma verdadeira leitura: vai ser preciso, a partir de então, decifrar textos desconhecidos. 3 – São, de algum modo, o aparecimento da filologia e da lexicografia.

  23. Escrita Segundo as considerações de Aurox, as reflexões acerca da linguagem iniciaram após o homem ter produzido uma visão paralela e espacializada da fala. A escrita proporcionou ao homem uma nova maneira de observar o conhecimento permitindo, assim, uma observação mais vasta da relação entre as unidades lingüísticas, por exemplo, as palavras e as frases.

  24. A partir dessa observação, verifica-se que o homem pôde relacionar e correlacionar partes na seqüência da fala que não são “avizinhadas” (DIAS e BEZERRA, 2006, p. 13). Pôde, também, comparar uma seqüência com outra verificando, dessa forma, o que se repete e o que é diferente. Essas reflexões, advindas da escrita, constituíram-se em técnicas intelectuais e engendraram alguns fundamentos básicos da gramática.

  25. A primeira análise gramatical não nasceu da necessidade de falar uma língua, mas da necessidade de conhecer um texto. Auroux afirma que o reconhecimento de unidades e a formulação dos critérios de formação dessas unidades não são suficientes para configurar uma gramática.

  26. Gramática “O que chamamos de gramática e que foi durante dois milênios uma das formas do saber lingüístico mais trabalhados no Ocidente, repousa sobre o recorte da cadeia falada (ou escrita, na maior parte dos casos), isto é, sobre o reconhecimento das unidas e - ao contrário da lexicografia – sua projeção sobre a dimensão paradigmática que rompe com a linearidade desta cadeia. [...] um saber do tipo gramatical podia nascer de uma prática textual ou uma prática de escrita. Se esses elementos desempenham um papel, não são necessariamente decisivos. O reconhecimento das unidades se prende frequentemente a outra práticas e a outro saberes sociais.” (26)

  27. Enunciação A Lógica e a Retórica, domínio da enunciação, adquirem um papel relevante no desenvolvimento do saber lingüístico. O domínio de certos tipos de discurso (poético, retórico), sua adequação a certas finalidades pragmáticas (convencer, dizer a verdade, isto é, retórica e lógica), a especulação sobre as relações do logos ao Ser (filosofia) se conjugaram para produzir uma teoria das partes do discurso.

  28. Enunciação Na Grécia antiga, a distinção entre unidades de palavra, por exemplo, ónoma/rhēma consolida-se como uma teoria da parte do discurso (classe de palavras). Essa adequação do domínio poético e da retórica tem o propósito de convencer e dizer a verdade. Essas reflexões iam se incorporando ao saber lingüístico. Contudo, a gramática propriamente dita, nasce dois séculos antes de nossa era na atmosfera filosófica da Escola de Alexandria.

  29. AS CAUSAS QUE AGEM SOBRE O DESENVOLVIMENTO DOS SABERES LINGUÍSTICOS Complexidades

  30. a administração dos grandes Estados; a literarização dos idiomas e sua realça com a identidade nacional a expansão colonial, o proselitismo religioso; as viagens, o comércio, os contatos entre as línguas; o desenvolvimento dos conhecimentos conexos com a medicina, a anatomia ou a psicologia.

  31. Contudo, o aparecimento da imprensa – no contexto da diversidade das línguas das nações européias, e do desenvolvimento do capitalismo mercantil - é um fator decisivo para a gramatização e a estandardização dos vernáculos europeus.

  32. É principalmente com o Renascimento o mundo ocidental passa por um importante processo de gramatização: a produção de gramáticas de base greco-latina com a finalidade de analisar as línguas derivadas do latim. Seria, portanto, a segunda Revolução técnico-lingüística.

  33. Referências AUROX, S. O nascimento das metalinguagens. A revolução tecnológica da gramatização. Editora da Unicamp, Campinas, 1992, p.11-34. DIAS, L. F.; BEZERRA, M. A. Gramática e dicionário. In:GUIMARÃES, E. Introdução às ciências da linguagem – A palavras e a frase. Pontes Editora,Campinas, 2006.

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