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O “Jovem” Chico – Serra da Canastra-MG
Reservatório de Três Marias (2001) com nível de águas preocupantemente baixo. O trecho que vai da nascente até Pirapora e inclui a barragem de Três Marias é um dos mais importante do vale do São Francisco porque é o berço e maior reduto de peixes.
As lagoas marginais - como estas próximas a Iguatama, MG - são verdadeiros criadouros alimentando o São Francisco de peixes na época das cheias. Hoje, a maior parte delas está ameaçada pelo assoreamento e pelo avanço da pecuária: muitos fazendeiros aterram as áreas alagadas para ganhar mais alguns metros de pasto.
Um flagrante de erosão em Três Marias, MG. Com a devastação da cobertura vegetal das margens, a enxurrada arrasta para o rio lixo, poluentes e derruba blocos de terra das margens que causam assoreamento. Em diversos pontos antes navegáveis, hoje é possível atravessar o São Francisco caminhando.
O Rio São Francisco é navegável a partir de Pirapora ( MG) até Juazeiro (BA). O Vapor Benjamim Guimarães que antigamente ligava Pirapora a Juazeiro foi reformado e hoje faz passeios turísticos.
Durante toda sua história, o Velho Chico foi vítima da ação humana. O assoreamento das margens do rio é fruto de ações como o garimpo de diamantes em Minas Gerais e o desmatamento, principalmente da mata ciliar em toda margem do rio. Para se ter uma idéia, em 1970, a vegetação nativa cobria 85% dos 12 milhões de hectares do norte de Minas. Em 1990, a vegetação cobria apenas 35% da área.
Vista da erosão das margens do Rio São Francisco (Baixo São Francisco)
O rio sofre com a falta de tratamento de esgoto e o despejo de resíduos de várias cidades.
Canal principal de bombeamento do Projeto Jaíba, em Matias Cardoso-MG. Com sete quilômetros de extensão irriga cerca de 28 mil hectares da região norte de Minas Gerais, uma das mais pobres do estado. A existência de diversos projetos de irrigação - com demandas consideráveis de água para execução - é um dos principais pontos alegados por ambientalistas e técnicos contra o projeto de transposição do Rio São Francisco.
Os coloridos barcos motorizados do médio São Francisco são o principal meio de transporte e ligação entre as cidades ribeirinhas.
A origem das carrancas data do final do séc XIX. Carranca significa cara feia. Colocadas na proa do barco, elas serviam para espantar os maus espíritos e também para alertar o navegador de algum perigo. Caso o navegador estivesse em perigo a carranca gemia três vezes. Por isso eram consideradas protetoras dos navegadores nas barcas, e seu percurso geralmente era de Minas para o nordeste
Um dos mais importantes projetos de irrigação do país está no São Francisco, na região das cidades vizinhas de Juazeiro-BA e Petrolina-PE. Ao todo, são aproximadamente 100 mil hectares ocupados por fruticulturas que utilizam água do rio
O lago artificial formado pelo reservatório da usina de Xingó, inaugurada em 1997 no rio São Francisco, inundou um vale com uma média de 150m de profundidade (São Francisco do Canindé, SE).
Cânion do rio São Francisco na represa da usina de Xingó, em Canindé do São Francisco-SE.
Típica cidade ribeirinha do São Francisco com suas casas coloridas e já ameaçada pela erosão das margens do rio. Neópolis - Sergipe
Penedo, em Alagoas, última cidade à beira do São Francisco antes do encontro do rio com o Oceano Atlântico,
As pequenas jangadas coloridas são comuns na região do Médio São Francisco e abundantes na do Baixo, já perto do encontro do rio com o Oceano Atlântico. Entretanto, a diminuição da oferta de peixe nessas águas - causada por diversos danos ambientais sofridos pelo rio em toda a sua extensão - pode levar à extinção da pesca artesanal e de cenas como essa. Penedo, AL
O Pontal do Peba, próximo à foz do São Francisco, marca a divisa entre Alagoas e Sergipe. O mangue na foto fica no lado alagoano, um exemplo do rico e delicado ecossistema que está ameaçado pela degradação do rio e o avanço do mar.
Pontal do Peba é, um dos trechos mais belos, com dunas de areia no lado alagoano do rio. Infelizmente, aqui também podemos testemunhar as conseqüências dos problemas ambientais do Velho Chico. A perda de força das águas do rio fez com que, nos últimos anos, o oceano avançasse. Em 1994, por exemplo, as ondas riscaram do mapa centenas de casas da comunidade de pescadores do Cabeço (SE).
