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Tema: Teledramaturgia Artigo: Como a violência na TV alimenta a violência real da polícia .

Tema: Teledramaturgia Artigo: Como a violência na TV alimenta a violência real da polícia . Grupo: Bruno Serva Isler Patrícia De Tommaso Talita Patricio Thiago Hosokawa Gestão Empresarial Outubro/2010 Professor : José Luiz.

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Tema: Teledramaturgia Artigo: Como a violência na TV alimenta a violência real da polícia .

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Presentation Transcript


  1. Tema: Teledramaturgia Artigo:Como a violência na TV alimenta a violência real da polícia. Grupo: Bruno Serva Isler Patrícia De Tommaso Talita Patricio Thiago Hosokawa Gestão Empresarial Outubro/2010 Professor: José Luiz

  2. Dramaturgia  é o ofício de elaborar um texto com o objetivo de transpô-lo para os palcos, apresentando diante de um público as idéias contidas nesta obra, através da encenação empreendida por atores. Esta expressão provém do idioma grego e tem o sentido de ‘ação’. O especialista nesta arte é conhecido como dramaturgo. Já a dramaturgia concebida para a TV é chamada de teledramaturgia, a qual obedece a uma classificação convencional – o programa unitário, uma ficção televisiva que vai ao ar de forma completa, aproximadamente por uma hora; o seriado; a minissérie e a novela, que se diferencia do modelo norte-americano, conhecido como ‘soap opera’.

  3. Exemplo 1: No dia 22 de janeiro de 1987, Budd Dwyer , 47 anos , secretário da Fazenda da Pensilvânia nos EUA atirou no próprio céu da boca diante das câmeras de TV numa coletiva para alegar inocência da acusação de receber suborno, um dia antes da data em que deveria comparecer ao tribunal para ouvir sua condenação. No momento do disparo , a imagem foi congelada, por algum respeito ao público ou por elegância a imagem da morte de Dwyernão foi ao ar. Exemplo 2: Dez anos depois, na madrugada do dia 23 de maio de 1997, uma sexta feira, o pedreiro Diego José de 23 anos praticava um sequestro e ameaçava uma garotinha de dois anos de idade como sua refém, pressionando uma faca em seu pescoço, no acostamento da rodovia D.Pedro I, a 70 quilômetros de São Paulo. Numa situação precária e de muita aflição, as câmeras registraram toda a cena, e o momento em que um dos policiais atirou e matou Diego foi ao ar em rede nacional, inúmeras e repetidas vezes.

  4. Porque foi sonegado ao público o instante em que a bala perfurou por baixo o crânio do secretario americano? Por que a morte dele esteve além do alcance dos telespectadores? E a morte de Diego José se deu o contrário? Porque ele morreu tantas vezes sob o olhar da massa? • Preconceito de classes; • O relaxamento nos limites do jornalismo e do entretenimento mundial no que diz respeito a violência; • O pedreiro Diego José morreu na TV menos para que ele aparecesse morrendo- e mais para que a policia aparecesse matando. De preferência para que ela aparecesse matando sob os aplausos de aprovação.

  5. Exemplo 3: Domingo ,18 de fevereiro de 2000. Chega a notícia de que estavam ocorrendo 24 rebeliões simultâneas pelas cadeias afora em São Paulo e a TV fazia toda a cobertura. Começou então a disputa entre Faustão e Gugu por quem mostrava as cenas mais fortes e emocionantes. Assim os apresentadores diziam : “A polícia precisa ser competente” e clamavam pela “serenidade das autoridades”, o que não quer dizer coisa alguma. O ponto é que a polícia precisa recobrar uma imagem competente. Tudo ali era imagem, inclusive a competência. Apesar da TV ter mostrado a imagem da morte do pedreiro Diego José em maio de 1997, naquele mesmo ano a polícia sofrera um trauma profundo , onde os programas de televisão mostraram ao povo uma polícia desastrada. Tudo é imagem, inclusive a incompetência.

  6. Programas jornalísticos como Jornal Nacional na Globo, exibiram cenas onde policiais espancavam, torturavam e matavam pessoas inocentes na favela Naval, em Diadema, e como parte do roteiro de atrocidades, o soldado Otávio Lourenço Gambra , o “Rambo”, dispara sobre o vidro de um Gol e mata um dos passageiros, Mário José Josino. Os telespectadores manifestaram indignação. A Polícia Militar estava suja. Os policiais que vinham sendo incentivados a aparecer em programas sensacionalistas em poses truculentas, feito astros de filmes de ação baratos, de repente mostravam sua verdadeira face: não passavam de homens perversos, patéticos e letais. Nem mesmo a cena da morte do pedreiro sequestrador, em maio de 1997, redimiu ninguém. A imagem da polícia valentona ganhou musculatura com o sensacionalismo que cresceu na TV durante a década de 1990.

  7. Sensacionalismoé geralmente o nome dado a um tipo de postura editorial adotada por determinados meios de comunicação, que se caracteriza pelo exagero, pelo apelo emotivo e pelo uso de imagens fortes na cobertura de um fato jornalístico. Exagero de tal fato exibido com muitas cenas emotivas e de certa forma generalizando o tema exibido. Ultimamente usa-se esse recurso para ganhar audiência, pois choca e prende a atenção dos telespectadores.

  8. Programas como Aqui Agora no SBT, 190 Urgente na CNT, Cidade Alerta, na Record e Na Rota do Crime na Manchete, foram os primeiros programas a banalizar a violência na TV, estabelecendo uma parceria viciosa, em que os policiais ganhavam visibilidade no papel de heróis da força bruta e as câmeras do sensacionalismo ganhavam imagens gratuitas correndo atrás das viaturas ou se alojando dentro delas, contrariando as muitas ordens do então secretário da Segurança Pública, José Afonso da Silva, para que homens fardados não aparecessem em atrações sensasionalistas. Mesmo assim, continuaram fazendo as vezes de atores, de graça, para a TV. Acredita-se que o sensacionalismo policial na televisão contribuiu para o aumento da brutalidade dentro da própria polícia.

  9. Nesse período, os policiais, heróis por definição, estavam se transformando em vilões. Então os telejornais passaram a procurar oportunidades de divulgar atos de heroísmo da polícia, não significando que houvesse um plano para manipular informações no sentido de ajudar a PM, mas sim localizar e apresentar os “bons policiais”, os honestos, os valentes, ou ainda os que batem em quem é “bandido mesmo”. Exemplo 4: 12 de junho de 200, no Rio de janeiro, a TV mostra ao vivo a cobertura do sequestro de um ônibus, linha 174. O criminoso e a polícia negociam, durante horas, e o ladrão sai do ônibus com a arma na cabeça de uma refém, a polícia reconhece a oportunidade. Um soldado do Bope aproxima-se com uma submetralhadora, e atira duas vezes, porém erra. Uma das balas raspou o rosto da refém, que logo após foi baleada pelo sequestrador. Segundo a polícia, a moça logo iria morrer, e o seqüestrador, que foi capturado, foi asfixiado dentro de um carro da Policia Militar, morreu em off. O herói fardado é de novo o vilão. O criminoso morreu nas sombras, longe dos holofotes.

  10. Em fevereiro de 2001, houveuma exposição sobre os 50 anos da TV, organizada pela Globo na OCA, no Parque Ibirapuera – São Paulo. E mais uma vez, apareceu a cena do suicídio de Budd Dwyer, porém dessa vez a cena não foi congelada no momento do disparo. Mostrou-se a cena do instante em que antecede o tiro, rapidamente passa pelo tiro, e volta à velocidade normal, quando o secretário cai. O que será que aconteceu? Em 1980 esse mesmo fato foi cortado, agora, apareceu na íntegra. Talvez seja porque antes a simples menção de que ocorreria o disparo, já chocava a audiência. Mas agora não, emnosso tempo, a dose precisa ser mais forte. Por isso a exposição foi mostrar o que houve de mais forte e impactante naquela época.

  11. Fonte Bibliográfica http://www.infoescola.com/artes/dramaturgia, acesso em 17.10.2010 as 22:53. http://www.google.com.br/imghp?hl=pt-br&tab=wi , acesso em 22.10.2010 as 21:30. Livro – Videologias – Ensaios sobre Televisão, Eugenio Bucci e Maria Rita Kehl, Editora BomtempoEditorial- 2004.

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