1 / 20

Aula 3 Platão e o mundo das Ideias

Aula 3 Platão e o mundo das Ideias. Introdução. Falaremos agora sobre um sujeito de ombros largos que, entre tantas obras, veio a inspirar gente desde políticos a cineastas. O bom e velho Arístocles , mais conhecido como Platão. Atenas 428 aC – 348 aC Atenas. Sobre o homem.

nova
Télécharger la présentation

Aula 3 Platão e o mundo das Ideias

An Image/Link below is provided (as is) to download presentation Download Policy: Content on the Website is provided to you AS IS for your information and personal use and may not be sold / licensed / shared on other websites without getting consent from its author. Content is provided to you AS IS for your information and personal use only. Download presentation by click this link. While downloading, if for some reason you are not able to download a presentation, the publisher may have deleted the file from their server. During download, if you can't get a presentation, the file might be deleted by the publisher.

E N D

Presentation Transcript


  1. Aula 3 Platão e o mundo das Ideias

  2. Introdução Falaremos agora sobre um sujeito de ombros largos que, entre tantas obras, veio a inspirar gente desde políticos a cineastas. O bom e velho Arístocles, mais conhecido como Platão. Atenas 428 aC – 348 aC Atenas

  3. Sobre o homem • Maior discípulo de Sócrates, o qual vem a ser personagens de suas obras. • Funda a Academia em 388 a.C., primeira instituição de Ensino de Filosofia da história. • Platão foi o primeiro filósofo cuja obra foi quase toda preservada. Também é dele o primeiro sistema filosófico escrito que se conhece.

  4. As fases de Platão • Período de juventude: Laques, Íon, Hípias Maior, Hípias Menor, Protágoras, Apologia de Sócrates – diálogos aporéticos. • Período de transição Górgias, Mênon- Surgem os temas propriamente platônicos (conhecimento por reminiscência, exemplaridade da matemática) • Diálogos de maturidade Fédon, República, Banquete, Fedro– surgem os principais temas de Platão como a imortalidade da Alma, princípios do bom Estado e meios de atingir o conhecimento das formas. • Diálogos de velhice Teeteto, Parmênides, Sofista, Político, Timeu– ontologia das formas, nova teoria do Estado. Sócrates perde o papel central.

  5. Platão e a Teoria do Conhecimento Uma questão que ocupa os filósofos gregos é aquela sobre como se dá o conhecimento sobre as coisas. Para estes filósofos, perguntar sobre o conhecimento é querer responder à questão: como podemos saber o que algo é? De outro modo, os pensadores como Platão preocupam-se em saber como podemos definir de modo exato os objetos do mundo. Façamos um exercício: • Pensemos numa caneta. • O que define esta caneta? • Será que o que define esta caneta pode definir o que toda caneta é? • Como podemos definir todas as canetas do mundo?

  6. O que significa definir algo? Definir é buscar aquilo que algo tem de próprio (que o distingue de todas as outras coisas). Não se trata de apenas estabelecer nomes ou dispor exemplos, mas de encontrar aquilo que expressa de forma universal e de modo racional o que algo é. O conjunto de propriedades que define um objeto é sua essência (do grego eidos), que descreve a forma geral do que se pretende definir. Pense só: como definir um triângulo? Será que um desenho (uma representação) do triângulo basta?

  7. A teoria das ideias de Platão Podemos então dizer que os interesses mais gerais da Teoria do Conhecimento de Platão são: (i) estabelecer uma compreensão unificada e racional dos fenômenos e (ii) buscar os fundamentos de uma definição. Para Platão a busca da definição exata de algo aproxima-se da tarefa de um matemático. O caminho para encontrar a definição das coisas está na busca pela IDEIA (ou FORMA) dessas coisas. Para compreender o que Platão quer dizer sobre o conhecimento precisamos olhar para o mundo das ideias. Uma boa história para começarmos é contada num livro do próprio Platão, A República: o conhecido mito da caverna. Acesse o mito em diferentes versões: http://phprof.wordpress.com/2012/05/06/filosofia-1o-ano-aula-4-platao-e-o-mundo-das-ideias/

  8. A teoria das ideias de Platão RAZÃO --------------- CONHECIMENTO Reminiscência (anamnese) Percepção sensorial (empiria) IDEIAS Fixas Imutáveis OBJETOS Transitórios Mutáveis Participação Protótipo Retrato Presença

  9. Notas sobre a filosofia política de Platão Podemos levantar a seguinte questão com o mito da caverna: como influenciar aqueles que não veem? O sujeito que sai da caverna e torna-se filósofo pode ser aquele que pode assumir este papel, uma vez que é capaz de guiar a si mesmo pela razão. Este sujeito poderá ser o melhor e mais capaz de administrar os outros homens de maneira boa e justa; é o político por excelência. Este viés de interpretação do mito pode nos impulsionar para alguns aspectos breves da filosofia política de Platão.

  10. A política em A República Objetivo da política: melhoria moral dos cidadãos para o bem da cidade Caminho: • Instituições e figuras de poder (reforma da alma humana) • Estado como condutor de um processo educacional e a garantia da justiça e da boa vida. Divisão Social:teoria das almas • Cada indivíduo deve assumir a posição para a qual é mais apto, o que está inscrito na alma de cada um. • Princípio da Justiça: Só se alcança a cidade se houver essa divisão. • O governante deve ser aquele capaz de tomar decisões, este é o papel dos filósofos • Melhor governo possível: Sofocracia (poder dado aos sábios)

  11. Divisão de classe baseada na teoria das almas: Confira o trecho de A República sobre a divisão das almas e a organização da cidade e faça um exercício de leitura: http://phprof.wordpress.com/2012/09/25/filosofia-3oextensivo-aula-3-introducao-a-platao/ Nos slides seguintes há uma análise desse texto para te auxiliar.

  12. Divisão do texto A Teoria das Almas Proposta de divisão do texto: I. Tese geral de Sócrates: Primeiro parágrafo O melhor e mais justo é o mais feliz e é capaz de governar a si mesmo, tendo assim a natureza de um rei, enquanto o mais perverso e injusto é o mais infeliz, e governa a si mesmo e à cidade como um tirano. II. Como essa divisão se dá: SÓCR: Se assim como a cidade (...) GLAUCO: Tens Razão A alma dos indivíduos está dividida em três partes, cada qual ligada a um tipo de prazer e a um tipo de desejo e impulso: o que faz o homem aprender o que faz o homem irascível o que faz o homem satisfazer desejos (os quais se ligam ao bem estar físico e material) III. Quais os tipos de indivíduo e qual o prazer a eles ligado: SÓCR: Se considerarmos que o prazer (...) GLAUCO: Sim, de fato. 1º tipo de homem: o que busca o ganho e a satisfação (prazer ligado ao lucro) – o amigo do ganho. 2º tipo de homem: amigo do sucesso e da glória – o ambicioso. 3º tipo de homem: amigo do saber (prazer ligado à busca pela verdade) – o filósofo

  13. Divisão do texto A Teoria das Almas IV. Cada indivíduo considera o sue prazer superior aos demais. SÓCR: E como sabes, se perguntássemos (...) GLAUCO: Podemos estar certos disso. V. Conclusão:Qual dos indivíduos tem a melhor capacidade de julgar. Até o fim do texto Quais os critérios mais importantes para se julgar bem: experiência, sabedoria, raciocínio. Comparação com os outros indivíduos: O filósofo conhece os outros prazeres, o que lhe dá vantagem em relação ao amigo do ganho. Quanto à honra, cada indivíduo a experimenta a sua maneira, mas só o filósofo se interessa pela contemplação do ser. A distinção do filósofo: Sendo mais experiente o filósofo é mais capaz de julgar, sendo aquele que reúne mais experiência e sabedoria. Aquilo que permite ao indivíduo julgar é o instrumento do filósofo: a razão. Se para um bom julgamento é preciso experiência, sabedoria e raciocínio, então o filósofo é quem melhor julga, pois possui as três qualidades. Assim, esse será capaz de dizer quais as coisas verdadeiras, que são melhores e mais justas. Este é o homem mais feliz.

  14. Exercícios – Platão no vestibular Segue abaixo um conjunto de exercícios do vestibular UNESP, 1ª fase de 2011, em que um trecho do diálogo Fedrode Platão serviu de base para 5 questões. Leia o texto para responder às questões: SÓCRATES: – Vamos então refletir sobre o que há pouco estávamos discutindo; examinaremos o que seja recitar ou escrever bem um discurso, e o que seja recitar ou escrever mal. FEDRO: – Isso mesmo. SÓCRATES: – Pois bem: não é necessário que o orador esteja bem instruído e realmente informado sobre a verdade do assunto de que vai tratar? FEDRO: – A esse respeito, Sócrates, ouvi o seguinte: para quem quer tornar-se orador consumado não é indispensável conhecer o que de fato é justo, mas sim o que parece justo para a maioria dos ouvintes, que são os que decidem; nem precisa saber tampouco o que é bom ou belo, mas apenas o que parece tal – pois é pela aparência que se consegue persuadir, e não pela verdade. SÓCRATES: – Não se deve desdenhar, caro Fedro, da palavra hábil, mas antes refletir no que ela significa. O que acabas de dizer merece toda a nossa atenção. FEDRO: – Tens razão. SÓCRATES: – Examinemos, pois, essa afirmação. FEDRO: – Sim.

  15. Exercícios – Platão no vestibular SÓCRATES: – Imagina que eu procuro persuadir-te a comprar um cavalo para defender-te dos inimigos, mas nenhum de nós sabe o que seja um cavalo; eu, porém, descobri por acaso uma coisa: “Para Fedro, o cavalo é o animal doméstico que tem as orelhas mais compridas”... FEDRO: – Isso seria ridículo, querido Sócrates. SÓCRATES: – Um momento. Ridículo seria se eu tratasse seriamente de persuadir-te a que escrevesses um panegírico do burro, chamando-o de cavalo e dizendo que é muitíssimo prático comprar esse animal para o uso doméstico, bem como para expedições militares; que ele serve para montaria de batalha, para transportar bagagens e para vários outros misteres. FEDRO: – Isso seria ainda ridículo. SÓCRATES: – Um amigo que se mostra ridículo não é preferível ao que se revela como perigoso e nocivo? FEDRO: – Não há dúvida. SÓCRATES: – Quando um orador, ignorando a natureza do bem e do mal, encontra os seus concidadãos na mesma ignorância e os persuade, não a tomar a sombra de um burro por um cavalo, mas o mal pelo bem; quando, conhecedor dos preconceitos da multidão, ele a impele para o mau caminho, – nesses casos, a teu ver, que frutos a retórica poderá recolher daquilo que ela semeou? FEDRO: – Não pode ser muito bom fruto. SÓCRATES: – Mas vejamos, meu caro: não nos teremos excedido em nossas censuras contra a arte retórica? Pode suceder que ela responda: “que estais a tagarelar, homens ridículos? Eu não obrigo ninguém – dirá ela – que ignore a verdade a aprender a falar. Mas quem ouve o meu conselho tratará de adquirir primeiro esses conhecimentos acerca da verdade para, depois, se dedicar a mim. Mas uma coisa posso afirmar com orgulho: sem as minhas lições a posse da verdade de nada servirá para engendrar a persuasão”. FEDRO: – E não teria ela razão dizendo isso? SÓCRATES: – Reconheço que sim, se os argumentos usuais provarem que de fato a retórica é uma arte; mas, se não me engano, tenho ouvido algumas pessoas atacá-la e provar que ela não é isso, mas sim um negócio que nada tem que ver com a arte. O lacônio declara: “não existe arte retórica propriamente dita sem o conhecimento da verdade, nem haverá jamais tal coisa”. (Platão. Diálogos. Porto Alegre: Editora Globo, 1962.)

  16. Exercícios – Platão no vestibular QUESTÃO 01 Neste fragmento de um diálogo de Platão, as personagens Sócrates e Fedro discutem a respeito da relação entre a arte retórica, isto é, a arte de produzir discursos, e a expressão da verdade por meio de tais discursos. Trata-se de um tema ainda atual. Aponte a única alternativa que expressa um conteúdo não abordado pelas duas personagens no fragmento. (A) A produção de bons discursos. (B) A formação do orador. (C) A natureza da Filosofia. (D) O poder persuasivo da oratória. (E) A retórica como arte de criar discursos. COMENTÁRIO A questão exige a organização dos temas do texto. No diálogo temos o seguinte: Tema: a retórica e sua função Retórica: “arte” de se produzir discursos exercida por um orador. Questão: Um bom discurso apresenta a verdade ou a aparência? Desde o exercício do orador até a natureza da retórica são discutidos no trecho, no entanto, a natureza da filosofia não é colocada em questão; em nenhum momento os personagens discutem o que é esta atividade, a filosofia, ou o que faz um filósofo. RESP: C

  17. Exercícios – Platão no vestibular QUESTÃO 02 Após uma leitura atenta do fragmento do diálogo Fedro, pode-se perceber que Sócrates combate, fundamentalmente, o argumento dos mestres sofistas, segundo o qual, para fazer bons discursos, é preciso (A) evitar a arte retórica. (B) conhecer bem o assunto. (C) discernir a verdade do assunto. (D) ser capaz de criar aparência de verdade. (E) unir a arte retórica à expressão da verdade. COMENTÁRIO Em outros termos a questão quer saber o que os sofistas consideram importante na realização de bons discursos. Sócrates, filósofo, irá se contrapor a Fedro, que representa a posição dos sofistas. Trata-se então de encontrar a posição de Fedro. Retomando as posições de Fedro vemos que a produção de bons discursos está ligada a aparência da verdade e que isto se deve à arte da retórica. Caem as alternativas A e E. Sabendo que os sofistas não se preocupam com a verdade, mas sim com o convencimento, não se pode dizer que estes considerem o bom conhecimento do assunto necessário, afinal, se seu compromisso é a produção da aparência, importa saber tornar qualquer coisa dotada da aparência de verdade, mesmo que não se saiba o que ela é. RESP: D

  18. Exercícios – Platão no vestibular QUESTÃO 03 ... para quem quer tornar-se orador consumado não é indispensável conhecer o que de fato é justo, mas sim o que parece justo para a maioria dos ouvintes, que são os que decidem; nem precisa saber tampouco o que é bom ou belo, mas apenas o que parece tal ... Neste trecho da tradução da segunda fala de Fedro, observa-se uma frase com estruturas oracionais recorrentes, e por isso plena de termos repetidos, sendo notável, a este respeito, a retomada do demonstrativo “o” e do pronome relativo “que” em o que de fato é justo, o que parece justo, os que decidem, o que é bom ou belo, o que parece tal. Em todos esses contextos, o relativo “que” exerce a mesma função sintática nas orações de que faz parte. Indique-a. (A) Sujeito. (B) Predicativo do sujeito. (C) Adjunto adnominal. (D) Objeto direto. (E) Objeto indireto.  COMENTÁRIO Tem-se aqui uma questão específica de Gramática, mas por estar relacionada ao texto de Platão vamos analisá-la. O objetivo é saber a função sintática do pronome relativo “que” em frases destacadas, ou seja, que função ele exerce na frase. Pensemos na estrutura básica de uma oração em português: SUJEITO + VERBO + OBJETO (você resolve a questão; eu faço um comentário; nós passamos no vestibular). Vejamos as frases destacadas e tentemos relacioná-las a esta estrutura: o que de fato é justo  algo é justo o que parece justo  algo parece justo os que decidem  alguém decide alguma coisa o que é bom ou belo algo é bom ou belo o que parece tal algo parece tal Em todos os casos o “que” substitui aquilo que precede o verbo e sobre quem se afirma algo. Esta é a posição do sujeito. RESP: A

  19. Exercícios – Platão no vestibular QUESTÃO 04 Não se deve desdenhar, caro Fedro, da palavra hábil, mas antes refletir no que ela significa. Nesta frase, Sócrates, para rotular o tipo de discurso que acaba de ser sugerido por Fedro, emprega palavra hábil com o sentido de (A) discurso prolixo e ininteligível. (B) pronúncia adequada das palavras. (C) habilidade de leitura. (D) expressão de significados contraditórios, absurdos. (E) discurso eficiente em seus objetivos. COMENTÁRIO A expressão “palavra hábil” retoma aquilo que é tema do diálogo, introduzido logo de início, e pode ser entendida como sinônimo da capacidade de ser um bom orador, ou ainda, de que se trata ter domínio da retórica. Sócrates, quando faz esta afirmação destacada na questão, tem a intenção de propor a Fedro que se faça uma análise do que consiste este domínio da “palavra hábil”. Pode-se encontrar dificuldade de vocabulário na alternativa “A” devido aos termos “prolixo” (discurso longo, sem capacidade de síntese, cansativo, supérfluo) e ininteligível (que não se pode compreender); é o oposto disso que a retórica, a arte de produzir discursos persuasivos, deve ser. RESP: E

  20. Exercícios – Platão no vestibular QUESTÃO 05 ... que frutos a retórica poderá recolher daquilo que ela semeou? Esta passagem apresenta conformação alegórica, em virtude do sentido figurado com que são empregadas as palavras frutos, recolher e semeou. Aponte, entre as alternativas a seguir, aquela que contém, na ordem adequada, palavras que, sem perda relevante do sentido da frase, evitam a conformação alegórica: (A) alimentos – colher – plantou. (B) resultados – produzir – prescreveu. (C) lucros – contabilizar – investiu. (D) textos – apresentar – negou. (E) efeitos – causar – menosprezou. COMENTÁRIO Trata-se de uma questão de uso da linguagem e vocabulário e não propriamente da organização do argumento filosófico. Deve-se buscar então a alternativa que preserve o sentido dos termos frutos, recolher e semeou sem que se troque o sentido figurado. As alternativas A e C preservam o sentido dos termos originais, mas mantem o sentido figurado, (A mantem a analogia com a agricultura e C estabelece uma analogia econômica). Já em D e E, embora não haja um sentido alegórico, a quebra de sentido: em D o vocábulo textos, contrariamente ao vocábulo resultados, por exemplo, não traduz o sentido de frutos, e o vocábulo negou contradiz o sentido de semeou, tal como ocorre em E com o termo menosprezou. As palavras “resultados”, “colher” e “plantou”, portanto, são aquelas que respeitam ambas as condições da questão. RESP: B

More Related