1 / 17

Texto I Navego as dores e os presságios, Como se carregasse um filho no ventre!

Texto I Navego as dores e os presságios, Como se carregasse um filho no ventre! Rebentadas as águas, Os rios aventuram-se no mar E diluem no sal a mansidão dos leitos! Nem todos os peixes são azuis, Como nem todas as lágrimas acordam As tuas palavras caladas!. Texto II

ophrah
Télécharger la présentation

Texto I Navego as dores e os presságios, Como se carregasse um filho no ventre!

An Image/Link below is provided (as is) to download presentation Download Policy: Content on the Website is provided to you AS IS for your information and personal use and may not be sold / licensed / shared on other websites without getting consent from its author. Content is provided to you AS IS for your information and personal use only. Download presentation by click this link. While downloading, if for some reason you are not able to download a presentation, the publisher may have deleted the file from their server. During download, if you can't get a presentation, the file might be deleted by the publisher.

E N D

Presentation Transcript


  1. Texto I Navego as dores e os presságios, Como se carregasse um filho no ventre! Rebentadas as águas, Os rios aventuram-se no mar E diluem no sal a mansidão dos leitos! Nem todos os peixes são azuis, Como nem todas as lágrimas acordam As tuas palavras caladas!

  2. Texto II Por amor te matarei… Morrerei por amor? O desassossego me fere e mata, O desespero me cega e dói! Quem disse – quem foi? Que imolado pela dor Se ganha o céu?

  3. Texto III Mais que o beijo O desejo… A pele unida, colada, O sangue quente… Olhos que se olham E vêem para além da íris A febre, Para além da pele O sexo, Para além de nós O amor! Mais que o desejo, O silêncio que vem Depois!

  4. Texto IV Nem sempre nos sentimos belos… Há sombras que sugam a luz E no lugar dos sonhos emergem Fantasmas, Que ferem os tons claros e luminosos Com pinceladas de negro e desaforo! Insinuantes gestos moribundos, Quando as bandeiras não vogam E os sorrisos não trinam Como os pardais!

  5. Texto V Gosto das coisas simples, Escorreitas, Normais… Daquelas coisas vivas, Que nascem porque sim E morrem sem foguetes Ou sem noticia nos jornais! Coisas brancas de paz Ou azuis de céu e mar! Coisas de fogo e luz! Coisas terra… Coisas chão! Coisas sem nome A que possa dar beijos E amar sem saudade!

  6. Versejando… Texto VI Não sei mais do que sei! Entre o caminho e o deserto A distância é um abismo E o teu olhar a imensidão Do que falta percorrer… Morrerei? Não me acordes do sono Que leva ao sonho! Outro dia será, talvez, O futuro… Que sei eu que tu não saibas?

  7. Versejando… Texto VII • Quando todo o silêncio dói, • Até mesmo aquele em que te aninhas • Para sonhar, • É porque o teu olhar não consegue ver • Mais do que as sombras • Que dão forma à solidão!

  8. Versejando… Texto VIII • Confessa! • Assume que te apetece voar • E subir às estrelas • E sentar-te de viés na beira duma arriba • Virado para o nunca • E tratar com sedutora malícia • As ninfas que povoam as tuas noites • De insónia e pesadelo • E domar a sem cerimónia dum beijo • Com a ternura de mil outros… • Não prometas o impossível! • Aceita-te e nunca rejeites ser • Assim • Ainda que fantasista!

  9. Versejando… Texto IX • Ontem • Todas as palavras se esconderam • Negando-me o desejo de as possuir • E delas fazer minhas concubinas… • Ontem • Todas as letras tinham nomes próprios, • Redondos e sensuais, • Quentes e sedutores • E brilhavam mais que qualquer estrela • No meu firmamento emparedado, • De cinco por três metros! • Chamei-as uma por uma • E só uma veio sentar-se no meu colo: • Chamava-se ípsilon… • Que faria eu com um ípsilon?

  10. Versejando… Texto X • Num segundo, instante, • Rompante, • Rompendo o medo • Abriu-se o pano, despiu-se a cena, • E nu assim, • Nu até diante de mim, • Descobri-me nu, • Vertical na heresia • E no pudor, • Reavendo-me ser, • Ante a sombra projectada, • Um quase nada • De pura ousadia… • Tremia! • Não sei se de frio, • Ou se de embaraço! • Que faço?

  11. Texto XI Escorria de mim e em mim O suor Do temor! Na frente, em frente, O insistente olhar E o penetrante perscrutar! Eu ali era quem? E tu ali também? O sofisma que se soltou De mim Amadureceu por mim Na casta candura, Na serena doçura, Que emanava de ti! O suor não cessou, O temor não passou… Passei eu para lá de ti Entraste tu, finalmente, Em mim! Fundimos o ser E hoje somos outros Em nós mesmos! Versejando…

  12. Texto XII • Desdoura o palato • O teu sabor a mel, • O teu odor a manjerico, • O teu toque de musa. • Ave em voo rasante • Buscando o denso das nuvens, • O soalheiro dos espaços, • A aventura das rotas • Sem destino. • Largo, vasto, imenso • Chão de paz e prazer • Alagadiça úbere • Por onde escorre e se esconde • A divindade e a escravidão • Em sibilinas frases • De incentivo e demência! • Que faremos quando a luz • Morrer • E a noite vier • Na sua envolvência, que seduz? Versejando…

  13. Texto XIII • Não desistas ainda… • Esse fio de luz não te leva • Ao termo da tua imaginação! • Aniquila-te na promessa de um • Sonho • E rasga-te por dentro a carne • Carente • E o sangue fermentado, • Que se entorna de ti • Na constante mensal • Das regras! • Busca o tanto que aprisionas • E revela a reflexa aura • Do teu rosto • Rendilhado! • As rugas são caminhos • Que te levarão a porto seguro! Versejando…

  14. Texto XIV • Calo… • Embalo a solidão • Num sorriso verde, • Cinza, ocre… • Frio, o olhar morre ao nascer • Da aurora, • Quando o calor se apaga • Nos lençóis • E explode na manhã roliça! • Sei do vento o rumor • Que afaga as ramagens • E me adoça a face funesta • Onde o fogo fagueiro • Se dilui sem dó • E me esfria até ser frio • Suor! • Deambulo! • Às estrelas digo adeus! • …. Versejando…

  15. Texto XIV(continuação) • Segredo os sentimentos • A todas a sombras que serão • Tumbas • E guardarão em si as palavras • Que disser! • Sincopados os passos avançam • Levando-me ao fundo profundo • Da minha incoerência • Satânica! • Ardem fogos-fátuos • Num céu de alumínio! • Coerente é o sussurro que grita, • Autónomo, • A ausência de mim! Versejando…

  16. Texto XV • Não te cales, mesmo quando te abraço! • Gravarei em mim todas as frases • Que tragam o nu da verdade • E a luz casta da poesia • Que recende em ti • Em todos os poros • E em todos os grãos volúveis • Da tua pele extenuada • Onde nascem os segredos • E morrem as dores! • Grita! • Na ressonância dos gemidos • Nascerá a flor do sorriso! • Onde nascem cascatas • Decantam os medos • E repousam as horas breves • A inventar novos rios • E almas mais histriónicas! Versejando…

More Related