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Propaganda de Medicamentos- Aspectos Éticos. Edvaldo Dias Carvalho Junior Universidade de Brasília UniCEUB. A medicalização da vida. A saúde é produto do meio ambiente, saneamento, alimentação, comportamento, medicina. Grandes avanços farmacológicos Bem-estar centrado nas drogas
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Propaganda de Medicamentos-Aspectos Éticos Edvaldo Dias Carvalho Junior Universidade de Brasília UniCEUB
A medicalização da vida • A saúde é produto do meio ambiente, saneamento, alimentação, comportamento, medicina. • Grandes avanços farmacológicos • Bem-estar centrado nas drogas • Dificuldade na interpretação da dor, sofrimento e circunstâncias da vida. • Expectativa de conquista e recuperação de condições socialmente valorizadas • Ocultação do caráter social da doença
A simbologia do medicamento • Conforto moral, segurança, poder • O medicamento como condutor da saúde • A retomada do controle pelo paciente • A propaganda como substituto do médico
A cultura da auto-medicação • Riscos sanitários • Inibição de condutas preventivas • Incentivo pelo divulgação científica leiga cotidiana • Absorção pela legislação (“Ao persistirem os sintomas...”)
A lógica capitalista • O paradigma industrial em medicação • O medicamento como item de consumo • Alto investimento em marketing • A abertura de novos mercados (3º mundo)
Finalidades gerais da propaganda persuasiva • Induzir sentimentos favoráveis ao produto • Fixar a marca e imagens influentes na compra • Diferenciar o produto • Motivar o consumidor a comprar • Incrementar as vendas Fonte: SEBRAE
O consumidor como alvo • Vulnerabilidade notória • Propaganda enganosa (assimetria do conhecimento) • Propaganda fraudulenta (histórica no setor) • Geração de demanda • Perda da autonomia
Os profissionais e a propaganda • Incapacidade farmacológica • Desatualização • Consulta prescricional • Forte presença institucional da indústria • Sedução • O pesquisador como propagandista
A pesquisa de medicamentos • O “duplo standard” em pesquisa com seres humanos • O uso de placebo • A divulgação restrita de resultados • Informação insuficiente por limitações metodológicas
Princípios bioéticos envolvidos • Autonomia- os riscos da propaganda frente à real capacidade de escolha • Beneficência- redução do medicamento ao seu significado real • Proteção- reconhecimento da vulnerabilidade • Responsabilidade- a legislação como indicador do progresso moral coletivo
O papel do Estado • Intervir ainda que tarde • Medicamentos populares (venda sem receita)- permitir ou não? • Propaganda- autorizar ou não? • O desafio da propaganda “ética” • Responsabilidade e proteção
Perspectivas de ação • Políticas de educação geral • Políticas de educação em saúde • Formação ética profissional • Interação com entidades profissionais • Normatização e vigilância • Legislação específica • Vigilância em pesquisa • Proteção ao consumidor • Políticas específicas para o setor