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BRASIL IMPÉRIO

BRASIL IMPÉRIO. 1º Reinado, período Regencial e 2º Reinado – acontecimentos políticos e os movimentos sociais. A Independência do Brasil e o 1º Reinado.

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Presentation Transcript


  1. BRASIL IMPÉRIO 1º Reinado, período Regencial e 2º Reinado – acontecimentos políticos e os movimentos sociais.

  2. A Independência do Brasil e o 1º Reinado • Após a Proclamação da Independência e a coroação de D. Pedro I, teve início o período conhecido como Primeiro Reinado, que foi marcado por instabilidade política, forte autoritarismo do rei e confrontos para a consolidação da Independência. • D. Pedro I demonstrou falta de habilidade ao lidar com os problemas internos e externos: o fechamento da Assembleia, a imposição da Constituição, a Guerra da Cisplatina, a repressão aos rebeldes da Confederação do Equador, etc.

  3. Os movimentos sociais no 1º Reinado • As inquietações em relação ao governo de D. Pedro aumentaram quando D. João VI faleceu em Portugal, e muitos antilusitanos passaram a se preocupar com a possibilidade de o Imperador assumir o trono português, realizando a união dos dois reinos. • A Noite das Garrafadas demonstrou o quanto o governo D. Pedro estava comprometido. As manifestações contrária a sua permanência se tornavam insuportáveis.

  4. A Crise do 1º Reinado e o Período Regencial • D. Pedro I abdicou de seu trono, em 7 de abril de 1831, em favor de seu filho, D. Pedro de Alcântara. Na época, o herdeiro do trono tinha cinco anos de idade. Fato que o impossibilitava de governar o Reino. • Começava assim o Período Regencial (1831-1840). O Brasil seria governado por regentes até que o menino D. Pedro II atingisse a maioridade.

  5. Os embates políticos • Nesse período, foi formada a Guarda Nacional, que era uma milícia armada destinada a reprimir levantes populares e em 1832, foi criado o Código de Processo Criminal. • Esse período bastante singular colocou em embate uma elite agrária, comercial e burocrática, e a maioria da população que demonstrava, por meio de vários levantes, sua insatisfação com o governo. • Descontentes com a orientação política centralizadora, vários grupos organizaram movimentos que contestavam a ordem do Estado, exigindo maior autonomia regional. Algumas províncias chegaram a desejar a separação do restante do Brasil, ameaçando a unidade nacional.

  6. Os movimentos sociais no Período Regencial • A Cabanagem (Pará).  a única revolta regencial em que as camadas inferiores da população conseguiram ocupar o poder de uma província, com certa estabilidade. • O movimento teve início em 1834 e prosseguiu até 1840, envolvendo mestiços, negros e indígenas. Os cabanos eram os pobres do Pará, moravam em barracos feitos de madeira e bambu, às margens dos rios. • O trabalho desses homens era intenso, porém não se via o resultado de tal sacrifício. O lucro da produção de tabaco, cacau, borracha, especiarias do sertão e castanha ficava nas mãos dos latifundiários e de grandes comerciantes que dominavam o comércio e a província.

  7. A Revolta da Balaiada ocorreu no Maranhão (1838-1841). Inicialmente, o conflito era uma disputa entre políticos, mas estendeu-se aos populares. A crise na economia algodoeira, por causa da concorrência estadunidense, gerava revolta, pois os privilégios dos latifundiários e comerciantes portugueses eram enormes, enquanto a miséria e a pobrezareinavam entre a maioria da população. • A Sabinada ocorreu na capital baiana e foi organizado e liderado pelo médico e jornalista baiano Francisco Sabino Barroso. Profissionais liberais e militares participaram desse movimento. Foi, portanto, uma revolta feita pelas camadas médias urbanas que reivindicavam uma maior autonomia da província (direito de escolher o governador e de elaborar as próprias leis provinciais).

  8. No Rio Grande do Sul, ocorreu a mais longa guerra civil do Brasil, a Guerra dos Farrapos ou Farroupilha, entre 1835 e 1845. • Reivindicavam maior autonomia e redução dos altos impostos sobre o charque (carne seca), o couro, o sebo e o sal. • Os produtos brasileiros enfrentavam uma concorrência desigual e desleal com os da Argentina e do Uruguai, que pagavam baixas tarifas alfandegárias, chegando ao País com o preço mais baixo do que os nacionais.

  9. As revoltas que ocorreram durante o Período Regencial foram facilitadas pela adoção do Ato Adicional de 1834, que estabeleceu autonomia política para as províncias, aumentando, assim, os temores da aristocracia rural. • Como os sucessivos governos regenciais enfrentavam dificuldades para conter as revoltas e pacificar o País, um projeto de antecipação da maioridade de D. Pedro II começou a ganhar força.

  10. Para muitos representantes das elites políticas, somente a figura de um imperador, com o prestígio e o respeito que o cargo impõe, teria condições de pacificar a Nação, garantir a ordem social e preservar a unidade territorial, até então ameaçada. • Detalhe: pacificar significava acabar com as manifestações populares, nem que fosse necessário, para isso, o uso de violência. Garantir a ordem significava manter uma estrutura social caracterizada pela desigualdade, pela escravidão e com a aristocracia rural no poder.

  11. 2º Reinado • Assim, no primeiro semestre de 1840, com apenas 14 anos de idade, D. Pedro II foi aclamado imperador do Brasil. Começava o Segundo Reinado, cuja principal característica política foi a concentração de poderes nas mãos dos grandes proprietários rurais, com uma economia voltada para os interesses da oligarquia rural. As permanências na política: • O país foi pacificado, apesar da continuidade da Revolução Farroupilha até 1845, a centralização política continuou vigorando, a força de trabalho escravo foi conservada e as reivindicaçõesdas camadas populares foram silenciadas. A aristocracia rural conservou em suas mãos o poder político e econômico.

  12. O trabalho escravo e a produção de produtos agrícolas continuaram sendo a base da economia brasileira. Essas mercadorias eram exportadas para Europa, e os países europeus, por sua vez, forneciam produtos industrializados ao Brasil. • Se a condição do escravo no país era de extrema exploração e submissão aos seus senhores, a situação dos trabalhadores europeus também não era nada animadora.

  13. A realidade do trabalhador • Diferente da realidade brasileira, no século XIX na Europa, principalmente na Inglaterra e na França, as indústrias aumentavam em número e aprimoravam suas formas de produção, transformando radicalmente o cotidiano dos trabalhadores. • Enquanto no Brasil se mantinha a escravidão, na Europa, ocorria o processo de divisão do trabalho, através do qual o trabalhador exercia uma função específica dentro do processo de produção. Ou seja, o trabalhador, ao invés de fazer o produto todo, passou a realizar parte dele, perdendo o controle sobre a produção.

  14. Pensadores do período • Charles Dickens (autor de Tempos Modernos, David Coppereld, Oliver Twist), Friedrick Engels (A formação da classe operária na Inglaterra), Emile Zola (Germinal) e Victor Hugo (Os miseráveis) denunciaram as mazelas sociais provocadas pela industrialização, as horrendas condições de vida e de trabalho dos primeiros operários, a exploração brutal do trabalho feminino e infantil e, ao mesmo tempo, um misto de admiração e espanto pela cidade industrial. • A miséria vivenciada pelos trabalhadores era explicada por Thomas Malthus como consequência da lei da própria natureza. Ele escreveu em seu livro, Ensaio sobre princípios da população, que a população crescia em progressão geométrica (1, 2, 4, 8, 16...), enquanto os meios de subsistência cresciam em progressão aritmética (1, 3, 5, 7, 9...). Concluiu que era inevitável a miséria, pois não haveria alimento para todos.

  15. Malthus defendia também o controle de natalidade. Segundo ele, o governo deveria proibir o casamento entre jovens, limitar o número de filhos para a população pobre, reduzir os salários e aumentar os preços das mercadorias, dificultando o sustento de uma grande prole. • A precária condição em que viviam, aliada as péssimas condições de trabalho – baixo salário, jornada de trabalho de até dezesseis horas por dia, sem férias e sem nenhum direito trabalhista – levaram os trabalhadores a clamarem por uma vida mais digna. Sem terem direitos garantidos ou regulamentados os operários começaram a protestar e a fazer greves. • Se, no início, quebravam as máquinas porque trabalhavam muito e recebiam pouco, com o decorrer do tempo, as destruições passaram a ter outra razão: o desemprego. O maquinário substituía a mão de obra humana, e o homem passou a ser descartável.

  16. LUDISMO • Por meio dessas lutas, os operários tomavam consciência de que pertenciam a uma mesma classe social: o proletariado. Um desses movimentos ocorreu entre 1811 e 1812 e denominou-se Ludita ou Ludismo devido ao nome do possível líder, Ned Ludd. O Ludismo foi uma das primeiras formas de luta dos trabalhadores. • Alguns anos depois, os operários ingleses, percebendo a força que tinham, começaram a se organizar e formaram associações sindicais: as Trade Unions. Tais associações reuniam os

  17. Cartismo • Sem ter direito de votar, já que o voto era censitário (só votavam aqueles que tinham uma renda considerável), a primeira luta foi, portanto, pelo direito de participação nas eleições. Em 1836, a associação dos operários ingleses organizou um grande programa de reivindicações, que ficou conhecido por Cartismo. • A denominação de Cartismo está relacionada à origem do movimento que foi baseado na Carta do povo. O movimento demonstrou que se formava uma consciência entre os trabalhadores, com o objetivo de mudar as condições políticas e sociais dessa classe.

  18. Karl Marx e Friedrich Engels • Para eles, os trabalhadores constituíam a classe social produtora de toda a riqueza material por meio de seu trabalho. E, quando tomassem consciência de sua força e de seu papel social e histórico, poderiam formar uma força política capaz de suprimir as opressões e realizar uma revolução. Era a crença na luta de classes (patrões X empregados), como a força capaz de mudar os rumos da História. • Enquanto os socialistas utópicos acreditavam que o mundo poderia ser modificado pela vontade dos burgueses, o marxismo ridicularizava essa utopia e defendia a ideia de que a única força social capaz de transformar o mundo era o proletariado. • Para Karl Marx, o Capitalismo era um sistema econômico injusto e irracional. Segundo ele, a burguesia só lucrava porque explorava a força de trabalho da classe trabalhadora, e o capital acumulado (lucro) era o resultado do trabalho não pago. Assim, o trabalho excedente, que não é pago, Marx denominou de mais-valia.

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