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TEORIAS DE APRENDIZAGEM Construtivismo e Sócio-Interacionismo

TEORIAS DE APRENDIZAGEM Construtivismo e Sócio-Interacionismo. Cintia Schneider. Construtivismo. Corrente pedagógica que, como o próprio nome diz, entende que o conhecimento é um processo construído pelo indivíduo de dentro para fora, durante toda a vida - ou seja, não é cumulativo.

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TEORIAS DE APRENDIZAGEM Construtivismo e Sócio-Interacionismo

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Presentation Transcript


  1. TEORIAS DE APRENDIZAGEMConstrutivismo e Sócio-Interacionismo Cintia Schneider

  2. Construtivismo • Corrente pedagógica que, como o próprio nome diz, entende que o conhecimento é um processo construído pelo indivíduo de dentro para fora, durante toda a vida - ou seja, não é cumulativo. • O ser humano elabora os conhecimentos, transformando-os continuamente através da relação com as pessoas e com os objetos.

  3. Construtivismo • Idéia de que nada está pronto, acabado, e de que, o conhecimento não é dado, em nenhuma instância, como algo terminado. • A idéia é que o homem não nasce inteligente, mas também não é passivo sob a influência do meio, isto é, ele responde aos estímulos externos agindo sobre eles para construir e organizar o seu próprio conhecimento, de forma cada vez mais elaborada.

  4. Construtivismo • O conhecimento se constitui pela interação do indivíduo com o meio físico e social, com o simbolismo humano, com o mundo das relações sociais;

  5. Construtivismo • Jean Piaget foi um dos primeiros estudiosos a pesquisar cientificamente como o conhecimento era formado na mente de um pesquisador, • Observou como um recém-nascido passava do estado de não reconhecimento de sua individualidade frente o mundo que o cerca indo até a idade de adolescentes, onde já temos o início de operações de raciocínio mais complexas.

  6. Construtivismo • O Nascimento da Inteligência na Criança (1982), no qual ele escreve que "as relações entre o sujeito e o seu meio consistem numa interação radical, de modo tal que a consciência não começa pelo conhecimento dos objetos nem pelo da atividade do sujeito, mas por um estado diferenciado; e é desse estado que derivam dois movimentos complementares, um de incorporação das coisas ao sujeito, o outro de acomodação às próprias coisas" .

  7. Construtivismo • A Epistemologia Genética, teoria desenvolvida por Jean Piaget, consiste numa síntese das teorias então existentes, o apriorismo e o empirismo. • Piaget não acredita que o conhecimento seja inerente ao próprio sujeito, como postula o apriorismo, nem que o conhecimento provenha totalmente das observações do meio que o cerca, como postula o empirismo.

  8. Construtivismo • Para Piaget, o conhecimento é gerado através de uma interação do sujeito com seu meio, a partir de estruturas existentes no sujeito. • Assim sendo, a aquisição de conhecimentos depende tanto das estruturas cognitivas do sujeito como de sua relação com os objetos. • O conhecimento não se traduz em atingir a verdade absoluta, em representar o real tal como ele é, mas numa questão de adaptação do organismo a seu meio ambiente.

  9. Construtivismo • O sujeito está o tempo todo modelando suas ações e operações conceituais com base nas suas experiências. • O próprio mundo sensorial com que se depara é um resultado das relações que se mantém com este meio, de atividade perceptiva para com ele, e não um meio que existe independentemente.

  10. Construtivismo • Na aquisição de novos conhecimentos o ser humano, segundo Piaget, adota dois procedimentos: a assimilação e a acomodação. • Estes dois processos buscam reestabelecer um equilíbrio mental perturbado pelo contato com um dado incompatível com aquilo que se conhece até então (princípio de equilibração).

  11. Construtivismo • Assimilação: aquilo com que se entra em contato é assimilado por um esquema já existente que então se amplia, • Acomodação: o dado novo é incompatível com os esquemas já formulados e então se cria um novo esquema acomodando este novo conhecimento. Este novo esquema será então ampliado na medida em que o indivíduo estabelecer relações com seu meio.

  12. Construtivismo • O construtivismo propõe que o aluno participe ativamente do próprio aprendizado, mediante a experimentação, a pesquisa em grupo, o estímulo à dúvida e o desenvolvimento do raciocínio, entre outros procedimentos. • Rejeita a apresentação de conhecimentos prontos ao estudante, como um prato feito, e utiliza de modo inovador técnicas tradicionais como, por exemplo, a memorização.

  13. Construtivismo • Uma pessoa aprende melhor quando toma parte de forma direta na construção do conhecimento que adquire. O construtivismo enfatiza a importância do erro não como um tropeço, mas como um trampolim na rota da aprendizagem. • Os programas do ensino deverão ser integrados para que o aluno construa o seu próprio conhecimento baseado em experiências vividas, relacionadas à realidade que nunca se apresenta dividida em compartimentos estanques, como geralmente as matérias do currículo tradicional.

  14. Construtivismo • É uma proposta de passar os mesmos conteúdos do tradicional de maneira diferenciada, revelando a sua amplitude, a sua importância, a sua função na vida. • A forma como as matérias se organizam devem ser discutidas com os alunos, para que não vejam cada disciplina como "gavetinha" que eles não sabem exatamente quando irão precisar abrir.

  15. Construtivismo • Quando comparamos o método tradicional com a proposta construtivista podemos verificar que o aluno alfabetizado pela primeira proposta não comete muitos erros ortográficos e isso é algo muito positivo, porém quando solicitamos a esse aluno que escreva uma frase ou um texto, as dificuldades aparecem. Já no caso do construtivismo, o aluno escreve textos excelentes com muitos erros ortográficos.

  16. Construtivismo • A resposta está no professor. Ele deve ser intermediário de tudo isso. Cabe a ele utilizar a sua criatividade. • Ele é o desafiador do aluno, aquele que o colocará em situação do "desequilíbrio". • O aluno diante de um desafio, provoca a sua capacidade do pensar, mobiliza suas estruturas de inteligência.

  17. Sócio-interacionismo • Enquanto Piaget defende que a estruturação do organismo precede o desenvolvimento, para Vygotsky é o próprio processo de aprender que gera e promove o desenvolvimento das estruturas mentais superiores.

  18. Sócio-interacionismo • Um ponto central da teoria vygotskyana é o conceito de Zona de desenvolvimento proximal (ZDP), que afirma que a aprendizagem acontece no intervalo entre o conhecimento real e o conhecimento potencial. • Em outras palavras, a ZDP é a distância existente entre o que o sujeito já sabe e aquilo que ele tem potencialidade de aprender.

  19. Sócio-interacionismo • Quer dizer, é a série de informações que a pessoa tem a potencialidade de aprender mas ainda não completou o processo, conhecimentos fora de seu alcance atual, mas potencialmente atingíveis.

  20. Sócio-interacionismo • Seria neste campo que a educação atuaria, estimulando a aquisição do potencial, partindo do conhecimento da ZDP do aprendiz, para assim intervir. • O conhecimento potencial, ao ser alcançado, passa a ser o conhecimento real e a ZDP redefinida a partir do que seria o novo potencial.

  21. Sócio-interacionismo • As interações têm um papel crucial e determinante. Para definir o conhecimento real, Vygotsky sugere que se avalie o que o sujeito é capaz de fazer sozinho, e o potencial aquilo que ele consegue fazer com ajuda de outro sujeito. • Assim, determina-se a ZDP e o nível de riqueza e diversidade das interações determinará o potencial atingido. • Quanto mais ricas as interações, maior e mais sofisticado será o desenvolvimento.

  22. Sócio-interacionismo • Para Vygotsky (1998), a interação social exerce um papel fundamental no desenvolvimento cognitivo. Para ele, cabe ao educador associar aquilo que o aprendiz sabe a uma linguagem culta ou científica para ampliar seus conhecimentos daquele que aprende, de forma a integrá-lo histórica e socialmente no mundo, ou ao menos, integrá-lo intelectualmente no seu espaço vital.

  23. Sócio-interacionismo • Ainda Vygotsky, nos coloca que a aprendizagem é mais do que a aquisição de capacidades para pensar, é a aquisição de muitas capacidades para pensar sobre várias coisas. Certamente o ato de pensar faz com que a aprendizagem aconteça, mas temos capacidade suficiente para pensar sobre muitas coisas ao mesmo tempo, e construir o conhecimento a partir do ato de pensar.

  24. Sócio-interacionismo • A abordagem sócio-interacionista concebe a aprendizagem como um fenômeno que se realiza na interação com o outro. • Segundo Vigotsky, a aprendizagem deflagra vários processos internos de desenvolvimento mental, que tomam corpo somente quando o sujeito interage com objetos e sujeitos em cooperação. • Assim, um processo interpessoal é transformado num processo intrapessoal.

  25. Sócio-interacionismo • O conceito de interação com o qual trabalha o sócio - interacionismo não é um conceito amplo e apenas opinativo, mas significa, no âmbito do processo de aprendizagem, especificamente, afetação mútua (Villardi, 2001), uma dinâmica onde a ação ou o discurso do outro causam modificações na forma de pensar e agir, interferindo no modo como a elaboração e a apropriação do conhecimento se consolidarão.

  26. Sócio-interacionismo O indivíduo não nasce pronto nem é cópia do ambiente externo. Em sua evolução intelectual há uma interação constante e ininterrupta entre processos internos e influências do mundo social. A interação social é essencial para a transformação do homem de ser biológico em ser humano. Lev Vygotsky

  27. Sócio-interacionismo O desenvolvimento é fruto de uma grande influência das experiências do indivíduo. Mas cada um dá um significado particular a essas vivências. O jeito de cada um aprender o mundo é individual.

  28. Sócio-interacionismo O bom ensino, portanto, é o que incide na zona proximal. Ensinar o que a pessoa já sabe é pouco desafiador e ir além do que ela pode aprender é ineficaz. O ideal é partir do que ela domina para ampliar seu conhecimento.

  29. Sócio-interacionismo O papel maior da escola sociointeracionista é fazer com que os conceitos espontâneos que as crianças desenvolvem na convivência social, evoluam para conceitos científicos.

  30. Sócio-interacionismo Papel do professor: Ele é o condutor do processo, atuando na zona de desenvolvimento proximal. Sua intervenção é direta, pois deve ajudar a criança a avançar. No sociointeracionismo, o professor é responsável por sistematizar os conhecimentos e tem um papel ativo no processo.

  31. Sócio-interacionismo O opressor mitifica a realidade e o oprimido a capta de maneira mítica e não crítica. Daí a necessidade do trabalho humanizante ser inicialmente um trabalho de desmitificação. Os mitos ajudam a manter a realidade da estrutura dominante; (Freire)

  32. Sócio-interacionismo Como uma abordagem interacionista, homem e mundo não se dissociam. A interação homem-mundo, sujeito-objeto, é essencial para que o homem se torne sujeito de sua práxis. (Freire)

  33. Sócio-interacionismo O homem se torna sujeito através da reflexão sobre sua realidade. Quanto mais reflete, mais se torna consciente, comprometido e transformador da realidade. (Freire)

  34. Sócio-interacionismo O processo ensinoaprendizagem baseia-se na “Pedagogia do Oprimido”, ou seja, uma pedagogia que reflita sobre as causas da opressão, resultando daí o engajamento do homem na luta por sua libertação; (Freire)

  35. Henri Wallon • “Não é adequado postular verdades absolutas, mas, sim, revitalizar direções e possibilidades.” • Propõe o estudo da pessoa completa, tanto em relação a seu caráter cognitivo quanto ao caráter afetivo e motor. • Para Wallon, a cognição é importante, mas não mais importante que a afetividade ou a motricidade.

  36. Henri Wallon • Wallon reconhece que o fator orgânico é a primeira condição para o desenvolvimento do pensamento; ressalta, porém, a importância das influências do meio. • O homem, para Wallon, seria o resultado de influências sociais e fisiológicas, de modo que o estudo do psiquismo não pode desconsiderar nem um nem outro aspecto do desenvolvimento humano.

  37. Henri Wallon • As potencialidades psicológicas dependem especialmente do contexto sócio-cultural. • O desenvolvimento do sistema nervoso, então, não seria suficiente para o pleno desenvolvimento das habilidades cognitivas.

  38. Henri Wallon • Desenvolvimento é o processo pelo qual o indivíduo emerge de um estado de completa imersão social em que não distingue-se do meio para um estado em que pode distinguir seus próprios motivos dos motivos oriundos do ambiente. • Deste modo, desenvolver-se torna-se-ia sinônimo de identificar-se em oposição ao mundo exterior.

  39. Henri Wallon • O desenvolvimento ocorreria, por uma sucessão de estágios, à maneira da teoria de Piaget, mas através de um processo assistemático e contínuo, em que a criança oscila entre a afetividade e a inteligência

  40. Henri Wallon • O desenvolvimento é movido por conflitos, dialeticamente, de maneira análoga à combinação de acomodação, assimilação e equilibração na teoria piagetiana. • Ao contrário de Piaget, Wallon acreditava que o processo não é tão bem delimitado, mas constante, podendo haver, inclusive, regressão: as aquisições de um estágio são irreversíveis, mas o indivíduo pode retornar a atividades anteriores ao estágio.

  41. Henri Wallon • Um estágio não suprime os comportamentos anteriores, mas sim os integra, resultando em um comportamento que é a acumulação das partes. • A teoria de Wallon confronta-se com o Behaviorismo neste ponto. Enquanto um comportamentalista acredita que a aprendizagem é um processo de modelagem onde vários comportamentos são condicionados e posteriormente extintos, Wallon afirma que o comportamento aprendido não é extinto, mas sim integrado ao posterior.

  42. Henri Wallon • Por exemplo, durante a aprendizagem da escrita, a criança primeiro aprende a desenhar algo semelhante a um círculo, para posteriormente "puxar a perninha" e escrever um "a". • O comportamentalista afirma que o comportamento de desenhar o círculo foi extinto, mas Wallon vai mais além e afirma que foi integrado a outros comportamentos ou, para usar um termo mais adequado à teoria walloniana, integrado a outras aprendizagens.

  43. Henri Wallon • Outros dois importantes conceitos na obra de Wallon são emoção e afetividade. • Emoções, para Wallon, são fenômenos psico-fisiológicos oriundos do sistema nervoso central caracterizados pela reação postural de exteriorização da afetividade. • A afetividade, por sua vez, seria o conjunto de processos psíquicos exteriorizados através das emoções.

  44. Henri Wallon • Em outras palavras, enquanto emoções seriam processos internos, a afetividade seria o estado psicológico que viabiliza a comunicação das emoções. • Wallon considera as emoções como a primeira ferramenta de interação com o meio que uma criança possuirá.

  45. Henri Wallon • Por exemplo, um bebê não tem condições de satisfazer suas necessidades sozinho, tampouco possui competência sobre a linguagem para comunicar do que precisa. • Por isto, bebês choram: é a única maneira que a criança tem de comunicar que está necessitando de algo. Por outro lado, quando o bebê chora, espera-se que alguém vá ajudá-lo e satisfazer, talvez, sua necessidade. • Wallon considera este o primeiro passo do estabelecimento gradual, pela criança, de relações entre seus atos e seu meio.

  46. Henri Wallon • A emoção cumpre papel importante no conflito entre a motricidade emocional (a capacidade de reagir a estímulos externos com movimentos apropriados) e a sensibilidade emocional (a capacidade de representar mentalmente problemas em geral). • É ela também que dá origem à consciência do indivíduo, ajudando-o a distinguir-se, dessocializar-se da realidade à volta.

  47. Henri Wallon • O desenvolvimento não seria, na obra walloniana, um fenômeno suave e contínuo; pelo contrário, o desenvolvimento seria permeado de conflitos internos e externos. • Wallon deixa claro que é natural que, no desenvolvimento, ocorram rupturas, retrocessos e reviravoltas, o que para Piaget e os comportamentalistas parece algo improvável.

  48. Henri Wallon • Os conflitos, mesmo os que resultem em retorno a estágios anteriores, são fenômenos interentemente dinamogênicos, geradores de evolução. • Wallon afirma que os estágios se sucedem de maneira que momentos predominantemente afetivos sejam sucedidos por momentos predominantemente cognitivos.

  49. Henri Wallon • Usualmente, períodos predominantemente afetivos ocorrem em períodos focados na construção do eu, enquanto estágios com predominância cognitiva estão mais direcionados à construção do real e compreensão do mundo físico. • Este ciclo não é encerrado, mas perdura pela vida toda, uma vez que a emoção sobrepõe-se à razão quando o indivíduo se depara com o desconhecido. • Deste modo, afetividade e cognição não são estanques e se revezam na dominância dos estágios.

  50. Henri Wallon • Sua teoria pedagógica, que diz que o desenvolvimento intelectual envolve muito mais do que um simples cérebro, abalou as convicções numa época em que memória e erudição eram o máximo em termos de construção do conhecimento. • Wallon foi o primeiro a levar não só o corpo da criança, mas também suas emoções, para dentro da sala de aula. • Reprovar é sinônimo de expulsar, negar, excluir. Ou seja, "a própria negação do ensino".

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