1 / 33

Caso Clínico: Síndrome Hiper IgE

Caso Clínico: Síndrome Hiper IgE. Escola Superior de Ciências da Saúde - ESCS Internato em Pediatria - HRAS Apresentação : Ana Carla Holanda Villela 6 o ano Coordenação: Luciana Sugai www.paulomargotto.com.br. Caso Clínico. Data da admissão : 31/08/07 às 22h

alameda
Télécharger la présentation

Caso Clínico: Síndrome Hiper IgE

An Image/Link below is provided (as is) to download presentation Download Policy: Content on the Website is provided to you AS IS for your information and personal use and may not be sold / licensed / shared on other websites without getting consent from its author. Content is provided to you AS IS for your information and personal use only. Download presentation by click this link. While downloading, if for some reason you are not able to download a presentation, the publisher may have deleted the file from their server. During download, if you can't get a presentation, the file might be deleted by the publisher.

E N D

Presentation Transcript


  1. Caso Clínico: Síndrome Hiper IgE Escola Superior de Ciências da Saúde - ESCS Internato em Pediatria - HRAS Apresentação: Ana Carla Holanda Villela 6o ano Coordenação: Luciana Sugai www.paulomargotto.com.br

  2. Caso Clínico • Data da admissão: 31/08/07 às 22h • Identificação: CJSB, 9 anos, masculino, branco, natural e procedente de Luziânia-GO • QP: “febre e tosse há 1 semana”

  3. Caso Clínico • HDA: Paciente iniciou quadro de tosse seca, anorexia, apatia, febre não termometrada, dispnéia e dor torácica há aproximadamente 7 dias. Nega sibilância. Fez uso de paracetamol, nebulização com Berotecâe Melagrião xaropeâcom alguma melhora. Há 3 dias, procurou atendimento médico, sendo diagnosticado “virose” e prescrito lincomicina 12/12h IM. Relata melhora da febre com antibioticoterapia, porém com persistência da tosse. Há 2 dias vem apresentando vômitos 4x/dia pós-alimentares e diarréia líquida sem sangue ou pus várias vezes ao dia.

  4. Caso Clínico • Antecedentes fisiológicos: • Mãe G3P2A1 com 31 anos atualmente • Gestação sem intercorrências • 3 consultas pré-natais • Parto cesariano (pré-termo ?) – sic • Peso ao nascer: 3800g – sic • Amamentação materna exclusiva por 45 dias. • NAN e Nestogeno dos 45 dias até 8o mês • DNPM adequado • Vacinação atualizada – sic

  5. Caso Clínico • Antecedentes patológicos*: • 5 internações prévias: • Pneumonia aos 7 anos por 11 dias (02/01/06 a 13/11/06) • Meningite meningocóccica aos 7 anos por 7 dias (03/04/06 a 10/04/06) • Escarlatina e co-infecção por varicela aos 4 anos (por 12 dias) e GNDA • Pneumonia com 1 ano e 3 meses (por 30 dias) • Pneumonia aos 3 meses (por 6 meses) • Relato de TU em ísquio esquerdo aos 5 anos (cintilografia HBDF) sem intervenção cirúrgica • Piodermite de repetição (furunculose) • Refere rinite alérgica • Nega cirurgias anteriores

  6. Caso Clínico • Antecedentes familiares: • 1 irmã saudável com relato de 1 convulsão • Pais saudáveis não-tabagistas • Sem história de consangüinidade • Relato de asma na família materna e na família paterna • Antecedentes sociais: • Casa de alvenaria com 6 cômodos • Presença de cortina e tapete • Saneamento básico adequado • Consumo de água filtrada

  7. Caso Clínico • Exame Físico • Peso 44 kg • Paciente em BEG, hidratado, eupneico, afebril ao tato, corado, acianótico e anictérico. • Oroscopia: Amígdalas hipertrofiadas sem placas. Dentes aparentemente sem alterações • AR: MV rude e diminuído em base pulmonar esquerda FR:32 irpm • AC: RCR em 2T. BNF sem sopros FC: 100 bpm • Abdome flácido. RHA presente. Indolor. Sem VMG.

  8. Caso Clínico • Exames complementares: • Radiografia simples de tórax (31/08/07) • Evidência de condensação em hemitórax esquerdo • Hemograma completo (31/08/07) • Leucócitos 18300 (seg 78/ bast 01/ linf 15/ mon 05/ eos01) • Ht 35% • Hg 12 g/dl • Hm 4,21 x 106 • Plaquetas 283000

  9. Caso Clínico • Hipótese Diagnóstica: • Pneumonia (4a internação) • Conduta: • Pen. Cristalina 150000 UI/kg/dia • Hidratação venosa

  10. Caso Clínico • Evolução: • Investigação da história patológica pregressa: • Dosagem de hemaglutininas (Haemophilus influenzae tipo B, hepatite B, sarampo e rubéola) • Dosagem de IgE • Imunoglobulinas da internação passada • Realizada imunização especial (pneumococo e meningococo).

  11. Caso Clínico • Exames Complementares: • Sorologia Rubéola Não realizada • Sorologia Sarampo Não realizada • Sorologia H. inluenzae tipo B Não realizada • Sorologia Hepatite B Não realizada

  12. Caso Clínico • Exames Complementares: • Dosagem de IgE (04/09/07) • 2680 UI/ml (VN: 0 a 380 UI/ml) • Sorologia Toxoplasmose (05/09/07) • 1:2048 • IgM negativo

  13. Caso Clínico • Exames complementares: * Resgate • PPD (06/11/06) • 0 mm (não reagente) • Dosagem de imunoglobulinas (06/11/06) • IgG 1040 mg/dl (VN: 700 a 1600) • IgA 183 mg/dl (VN: 70 a 400) • IgM 111 mg/dl (VN: 40 a 230) • C3 169 mg/dl (VN: 90 a 180) • C4 31 mg/dl (VN: 10 a 40)

  14. Caso Clínico • Evolução: • Piodermite em abdome  permanganato de potássio + neomicina com melhora em 2 dias • Evoluiu bem sem mais intercorrências • Radiografia simples de tórax – laudo (10/09/07) • Presença de infiltrado em base de pulmão esquerdo, notando-se boa melhora no quadro radiográfico em relação ao exame de 31/08/07. • Alta hospitalar no 12o DIH com prescrição de Amoxicilina por mais 5 dias • Encaminhamento ao ambulatório de Alergologia e Imunologia – HRAS. • HD: Síndrome de Hiper IgE?

  15. Síndromes Hiper - IgE

  16. Síndromes de Hiper IgE (SHIE) • Conceito • Imunodeficiências primárias caracterizadas pela tríade clínica: • Abscessos estafilocóccicos recorrentes • Pneumonias de repetição com formação de pneumatocele • Dosagem sérica de IgE > 2000 UI/ml • Natureza multi-sistêmica • Formas de apresentação clínica: • Herança autossômica dominante • Herança autossômica recessiva • Esporádicas e atípicas (variantes)

  17. Síndromes de Hiper IgE (SHIE) • Introdução • Síndrome de Jó • Estudada e caracterizada recentemente (40 anos) Relatos: • Davis, Schaller e Wedgwood (1966) • Buckley (1972) Forma autossômica recessiva identificada em 2003 • Muito rara  incidência 1 : 1 000 000 • Habitualmente presente em crianças • Diagnóstico rápido pode prevenir complicações devidas a pneumatoceles IgE elevada e defeito da quimiotaxia dos neutrófilos

  18. Síndromes de Hiper IgE (SHIE) • SHIE – Forma Autossômica Dominante • Achados clínicos • Abrange sistema imune, tecido conjuntivo, esqueleto e desenvolvimento dentário, com sintomas de gravidades variadas • Geralmente sem febre e em bom estado geral • Sistema Imune • Eczema • Abscessos cutâneos recorrentes (“cold abscesses”) • Pneumonia com pneumatocele • Candidíase muco-cutânea • IgE elevado • Eosinofilia

  19. Síndromes de Hiper IgE (SHIE) • Infecções • Geralmente estafilocóccicas • Pneumonias principalmente por Staphylococcus aureus, Streptococcus pneumoniae e Haemophilus influenzae • Superinfecção das pneumatoceles por Pseudomonas aeruginosa e Aspergillus fumigatus • Casos de Pneumocystis jiroveci • Criptococose • Histoplasmose • Candidíase disseminada (menos freqüente) • Necrose após vacina BCG • Herpes simplex

  20. Síndromes de Hiper IgE (SHIE) • Esqueleto • Anormalidades faciais • Fraturas patológicas recorrentes (ossos longos, costelas e coluna) • Escoliose • Craniosinostose • Dentes • Anormalidades na dentinogênese • Reabsorção reduzida da raiz dentárias, prolongando o tempo da primeira dentição, interferindo na erupção adequada dos dentes permanentes

  21. Síndromes de Hiper IgE (SHIE) • Olhos • Xantelasmas • Calázia gigante • Tumores de pálpebra • Estrabismo • Malignidades • Linfomas (principalmente) • Adenocarcinoma pulmonar

  22. Síndromes de Hiper IgE (SHIE) • Diagnóstico • Difícil reconhecimento, principalmente em pacientes jovens e em casos atípicos e menos graves • Reconhecimento de alterações nos sistemas imunológico e somático • História clínica • Exames sorológicos • dosagem de IgE • eosinofilia • marcadores imunológicos e moleculares específicos

  23. Síndromes de Hiper IgE (SHIE) • Achados laboratoriais • IgE • níveis de 10000 a mais de 100000 são característicos, mas não são estáticos: • grandes flutuações mesmo sem mudanças clínicas • alguns podem até retornar a níveis normais • os altos níveis não estão correlacionados a infecções graves, nem à eosinofilia • níveis normais de adultos (100 a 200 UI/ml) em crianças pequenas são considerados patológicos • Eosinofilia • pelo menos 2 unidades maiores q o normal ( > 700 céls/ml) • Leucometria normal quando não há infecção

  24. Síndromes de Hiper IgE (SHIE) • Etiologia • Desconhecida • Quimiotaxia dos neutrófilos prejudicada • Produção e expressão anormais de citocinas • Expressão anormal de genes • Efeitos sobre monócitos-macrófagos e células endoteliais

  25. Síndromes de Hiper IgE (SHIE) • Genética • 200 casos documentados na literatura • Primeiros relatos em caucasianos ruivos • No entanto, ocorre em todos os grupos étnicos e nos 2 gêneros de forma similar • Correlação com o cromossomo 4q em muitos, mas não em todos os casos • Mutação de um único gene, mutação em diferentes genes ou deleção de vários genes em uma pequena região cromossômica • É provável estar relacionada a diversas mutações

  26. Síndromes de Hiper IgE (SHIE) • SHIE - Forma Autossômica Recessiva • Descrita primeiramente em 2004 em 13 pacientes com SHIE de 6 famílias consangüíneas • Relacionada a infecções virais e desenvolvimento de complicações neurológicas graves • Não há comprometimento ósseo, dentário nem pneumatoceles

  27. Síndromes de Hiper IgE (SHIE) • Achados clínicos • Infecções • Staphylococcus aureus • Haemophilus influenzae • Proteus mirabilis • Pseudomonas aeruginosa • Cryptococcus • Molluscum contagiosum • Ceratite herpética • Manifestações de auto-imunidade • Anemia hemolítica auto-imune • Derrame pericárdico

  28. Síndromes de Hiper IgE (SHIE) • SNC • Sintomas variáveis • Paralisia facial parcial • Hemiplegia • Complicações neurológicas que podem levar à morte (patogênese ainda desconhecida) • vasculite hipereosinofílica (?) • infecções ocultas (?)

  29. Síndromes de Hiper IgE (SHIE) • Investigação laboratorial • Nível de IgE elevado • Nível de outras imunoglobulinas elevado • Aumento mais intenso da eosinofilia, se comparada à SHIE – autossômica dominante (valores > 17500 céls/ml)

  30. Síndromes de Hiper IgE • Etiologia • Resposta neutrofílica normal • Alteração da resposta linfocítica a antígenos específicos, sugerida pelas infecções virais e fúngicas • Genética • Herança autossômica dominante • Mais de um locus genético envolvido

  31. Síndromes de Hiper IgE • Tratamento • Não há cura • Baseado na prevenção e no manejo de infecções • Antibióticos e antifúngicos • Terapia tópica e drenagem cirúrgica dos abscessos • Drenagem de empiema • Lobectomia e excisão de pneumatoceles • Terapia profilática anti-estafilocóccica

  32. Síndromes de Hiper IgE • INF-g  achados inconsistentes no Japão • Ciclosporina usada com sucesso em Israel • Terapia de infusão venosa de Ig • Transplante de células- tronco

  33. Obrigada!

More Related