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Diferenças na Perspectiva Temporal entre estudantes religiosos e não religiosos

Diferenças na Perspectiva Temporal entre estudantes religiosos e não religiosos. Victor E.C. Ortuño 1,3 , Maria P. Paixão 1 & Isabel Janeiro 2 1 Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação, Universidade de Coimbra 2 Faculdade de Psicologia, Universidade de Lisboa

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Diferenças na Perspectiva Temporal entre estudantes religiosos e não religiosos

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Presentation Transcript


  1. Diferenças na Perspectiva Temporal entre estudantes religiosos e não religiosos Victor E.C. Ortuño1,3, Maria P. Paixão1 & Isabel Janeiro2 1Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação, Universidade de Coimbra 2Faculdade de Psicologia, Universidade de Lisboa 3victortuno@gmail.com // www.victortuno.netii.net Projecto financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia – FCT (Projecto Nº SFRH/BD/33648/2009)

  2. O Tempo • O tempo é motivo de interesse para os seres humanos desde épocas remotas • Tem vindo a ser estudado por disciplinas tão variadas como a filosofia, a física e a psicologia, entre outras • (Ortuño & Gamboa, 2008) • Assim, toda a actividade humana decorre da sua inserção num contexto, o qual é composto por características geo-socio-politicas; mas também pela dimensão temporal a qual atribui ordem às mesmas actividades e processos, através da sua localização ao longo do contínuo temporal • (Lewin, 1965)

  3. Perspectiva Temporal • É um processo não consciente • O indivíduo insere todas as suas experiências pessoais e sociais em categorias temporais • Estas categorias ajudam a codificar, armazenar e recuperar todos estes objectos e eventos • Também influem na formação de expectativas, objectivos, contingências e cenários hipotéticos • Desta forma a Perspectiva Temporal exerce uma influência dinâmica nos diferentes juízos, decisões e acções que o indivíduo venha a realizar • (Zimbardo & Boyd, 1999)

  4. Perspectiva Temporal Futuro Passado Positivo Presente Hedonista Futuro Passado Presente Futuro Transcendental Passado Negativo Presente Fatalista Futuro Negativo

  5. Perspectiva Temporal Futuro Passado Positivo Presente Hedonista Passado Futuro Presente Futuro Transcendental Passado Negativo Presente Fatalista Futuro Negativo

  6. Perspectiva Temporal Futuro Passado Positivo Presente Hedonista (+) Auto-Estima 40% Futuro Transcendental (-) (-) Passado Negativo Presente Fatalista Futuro Negativo

  7. Perspectiva Temporal Futuro Presente Hedonista (+) (-) 16% Futuro Transcendental Passado Positivo Consumo de Álcool Passado Negativo Futuro Negativo Presente Fatalista

  8. Problemática e Objectivos • A temporalidade subjectiva é um pilar fundamental de toda a existência humana. Por outro lado, a religiosidade é geralmente apontada como um factor integrante para uma vida plena e psicologicamente saudável (Sanchez, Oliveira & Nappo, 2004) • No entanto, até a data tem sido pouco estudada a relação entre estes dois importantes constructos psicológicos • Desta forma, neste estudo procurar-se-á explorar as diferenças na Perspectiva Temporal entre sujeitos religiosos e não-religiosos, assim como também entre sujeitos pertencentes a diversas doutrinas religiosas

  9. Método

  10. Amostra • N = 251 estudantes universitários do Mestrado Integrado em Psicologia, oriundos das Faculdades de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra e da Universidade do Porto • 231 (92%) são do género feminino e 20 (8%) do género masculino • Idades compreendidas entre os 17 e os 45 anos de idade (M = 19.52, D.P. = 2.87) • 123 (49.4%) cursam o 1º ano do curso, 64 (25.7%) o 2º ano, 49 (19.7%) o 3º ano, 11 (4.4%) o 4º ano e 2 (0.8%) o 5º ano

  11. Doutrina Religiosa Ateu (n = 29, 11.6%) Católica (n = 141, 56.2%) Não Religioso (n = 66, 26.3%) Nenhuma (n = 23, 9.2%) Outras Confissões Cristãs (n = 30, 12%) Religioso (n = 185, 73.7%) Agnóstico (n = 14, 5.6%) Outras (n = 14, 5.6%)

  12. Inventário de Perspectiva Temporal – IPT • O inventário é composto por 32 itens, distribuídos por 4 sub-escalas, que explicam 45% da variância reportada (Janeiro, 2006) • Estas são: Orientação Passado (4 itens), Orientação Presente (8 itens), Orientação Futuro (16 itens) e Visão Negativa de Futuro (4 itens) • Formato da resposta: Escala de Likert de 7 pontos «Tenho muitos projectos para o futuro» «Penso que a vida deve ser vivida um dia de cada vez» «Caminho para o futuro à deriva, não por opção mas porque não consigo parar» «Penso frequentemente nas coisas boas que me aconteceram no passado»

  13. Zimbardo Time Perspective Inventory – ZTPI • O inventário é composto por 56 itens, concebidos numa escala de Likert de 5 pontos • É composto por 5 sub-escalas, que explicam 36% da variância reportada • Estas são: Passado Negativo (10 itens), Passado Positivo (9 itens), Presente Fatalista (9 itens), Presente Hedonista (15 itens) e Futuro (13 itens) • A versão portuguesa do ZTPI apresenta uma estrutura factorial e índices de fiabilidade em tudo similares com a versão original do mesmo (Ortuño & Gamboa, 2008; 2009)

  14. Zimbardo Time Perspective Inventory – ZTPI • Possui elevado potencial para a realização de estudos transculturais, dado já ter sido adaptado a diversas línguas, tais como: • Francês (Apostolidis & Fieulaine, 2004) • Castelhano (Diaz-Morales, 2006) • Português – Brasil (Milfontetal., 2008) • Lituano (Liniauskaite & Kairys, 2009) • Grego (Anagnostopoulos & Griva, 2011) • Russo, Turco, Checo, Italiano, Chinês, Japonês, entre outras «Continuo a reviver no meu pensamento as experiências dolorosas do passado» «As imagens, os sons e os cheiros da minha infância trazem-me lembranças maravilhosas» «O destino determina muito da minha vida» «Tento viver a minha vida o melhor possível, um dia de cada vez» «Acredito que o dia de cada pessoa deve ser planeado com antecedência todas as manhas»

  15. Transcendental-Future Time Perspective Scale – TFTPS • O inventário é composto por 10 itens, concebidos numa escala de Likert de 5 pontos (Boyd & Zimbardo, 1997) • É um instrumento unidimensional • Na sua versão original explica 10% da variância • Apresenta uma consistência interna de .87 e uma validade teste/re-teste de .86 «Só o meu corpo físico ira alguma vez morrer» «A morte não é mais do que um novo começo» «Serei responsabilizado pelas minhas acções na terra quando morrer»

  16. Resultados

  17. Religiosos vs. Não Religiosos *.034 *.045 *.000 * p = (Sig. 2 Tailed) IndependentSample T-Test

  18. Diferenças entre Religiões *.000 * p = (Sig.) ANOVA

  19. Diferenças entre Religiões

  20. Discussão • De certa forma é incerto o efeito protector da religião, atendendo que foi o grupo de participantes religiosos aquele que apresentou valores mais elevados no Passado Positivo, mas também no Presente Fatalista (ZTPI) • É tanto clara quanto esperada a grande diferença entre participantes religiosos e não religiosos relativamente ao Futuro Transcendental (TFTPS), sendo a pontuação mais elevada nos participantes religiosos • Entre os diversos subgrupos religiosos não foram encontradas diferenças significativas nas diversas dimensões temporais, com excepção do Futuro Transcendental

  21. Discussão • No entanto, através do teste de Bonferroni é possível verificar que estas diferenças continuam a ser entre os grupos religiosos e os não-religiosos (ex.: não existem diferenças significativas entre ateus e agnósticos ou entre católicos e cristãos) • É interessante notar a inexistência de diferenças estatisticamente significativas entre o subgrupo Agnóstico e os restantes subgrupos religiosos • Em futuros estudos será vital recolher uma amostra mais numerosa e diversificada em termos da sua doutrina religiosa • O que pode ser uma tarefa árdua, atendendo que 83% da população declara-se como Católica (Menéndez, 2007)

  22. Muito obrigado pela vossa atenção! Victor E.C. Ortuño1,3, Maria P. Paixão1 & Isabel Janeiro2 1Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação, Universidade de Coimbra 2Faculdade de Psicologia, Universidade de Lisboa 3victortuno@gmail.com // www.victortuno.netii.net Projecto financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia – FCT (Projecto Nº SFRH/BD/33648/2009)

  23. Mais informações em: www.tpconference2012.com (lançamento Setembro 2011)

  24. Bibliografia • Anagnostopoulos, F. & Griva, F. (2011). Exploring Time Perspective ingreekyoungadults: ValidationoftheZimbardo Time Perspective Inventoryandrelationshipswith mental healthindicators. Social IndicatorsResearch, 1-19. • Apostolidis, T. & Fieulaine, N. (2004). Validationfrançaise de l´échelle de temporalitéTheZimbardo Time Perspective Inventory (ZTPI). Revueeuropéenne de psychologieappliquée, 54, 207-217. • Boyd, J.N. & Zimbado, P.G. (1997). Constructing time afterdeath: The transcendental-future time perspective. Time & Society, 6, 35-54. • Diaz-Morales, J.F. (2006). Estructura factorial y fiabilidad del Inventario de Perspectiva Temporal de Zimbardo. Psicothema, 18, 565-571. • Janeiro, I. (2006). A perspectiva temporal, as crenças atribucionais, a auto-estima e as atitudes de planeamento e de exploração da carreira estudo sobre os determinantes da maturidade na carreira em estudantes dos 9º e 12º anos. Dissertação de doutoramento (não publicada). Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Lisboa. • Lewin, K. (1965). Teoria de Campo em Ciência Social. São Paulo: Livraria Pioneira Editôra. • Liniauskaite, A. & Kairys, A. (2009). The Lithuanian version of the Zimbardo Time Perspective Inventory (ZTPI). Psichologija, 40, 66-87.

  25. Bibliografia Menéndez, M.A. (2007). Religiosidade e valores em Portugal: comparação com a Espanha e a Europa católica. Análise Social, 42(184), 757-787. Milfont, T.L., Andrade, T.L., Belo, R.P., & Pessoa, V.S. (2008). Testing Zimbardo time perspective inventory in a Brazilian sample. Interamerican Journal of Psychology, 42, 49-58. Ortuño, V. & Gamboa, V. (2009). Estrutura factorial do Zimbardo Time Perspective Inventory - ZTPI numa amostra de estudantes universitários portugueses. Avances en Psicologia Latinoamericana, 27 (1), 21-32. Ortuño V. & Gamboa, V. (2008). Estudo Preliminar de Adaptação ao Português do Zimbardo Time Perspective Inventory - ZTPI. Actas da XIII Conferência Internacional de Avaliação Psicológica: Formas e Contextos. Braga. Sanchez, Z., Oliveira, L. & Nappo, S. (2004). Fatoresprotetores de adolescentes contra o uso de drogas com ênfase na religiosidade. Ciência & Saúda Coletiva, 9(1), 43-55 Zimbardo, P. G., & Boyd, J. N. (1999). Putting Time in Perspective: A Valid, Reliable Individual-Differences Metric. Journal of Personality and Social Psychology, 77 (6), 1271-1288.

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