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O Intérprete e Tradutor de Língua de Sinais

O Intérprete e Tradutor de Língua de Sinais. Acadêmicos: Daiani Cerutti Érica Vieira Ezequiel Roden Inês Reis Juliana Rodrigues Luciene Ribeiro. Fundamentos Históricos.

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O Intérprete e Tradutor de Língua de Sinais

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Presentation Transcript


  1. O Intérprete e Tradutor de Língua de Sinais Acadêmicos: Daiani Cerutti Érica Vieira Ezequiel Roden Inês Reis Juliana Rodrigues Luciene Ribeiro

  2. Fundamentos Históricos • Em vários países há tradutores e intérpretes de língua de sinais. A história da constituição deste profissional se deu a partir de atividades voluntárias e na medida em que os surdos foram conquistando o seu exercício de cidadania. • A participação de surdos nas discussões sociais representou e representa a chave para a profissionalização dos tradutores e intérpretes de língua de sinais e língua portuguesa.

  3. Fundamentos Históricos No Brasil • Presença de intérpretes de língua de sinais em trabalhos religiosos iniciados por volta dos anos 80. • Em 1988,o I Encontro Nacional de Intérpretes de Língua de Sinais organizado pela FENEIS o intercâmbio entre alguns intérpretes do Brasil e a avaliação sobre a ética do profissional intérprete. • Em 1992, o II Encontro Nacional de Intérpretes de Língua de Sinais, também organizado pela FENEIS que promoveu o intercâmbio entre as diferentes experiências dos intérpretes no país, discussões e votação do regimento interno do Departamento Nacional de Intérpretes fundado mediante a aprovação do mesmo.

  4. Fundamentos Históricos • A partir dos anos 90, foram estabelecidas unidades de intérpretes ligadas aos escritórios regionais da FENEIS. • No dia 24 de abril de 2002, foi homologada a lei federal que reconhece a língua brasileira de sinais como língua oficial das comunidades surdas.

  5. Fundamentos Históricos • LEI N° 10A36, DE 24 DE ABRIL DE 2002 Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais- Libras e dá outras providências. • Art. 1° É reconhecida como meio legal de comunicação e expressão a Língua Brasileira de Sinais - Libras e outros recursos de expressão a ela associados. • Parágrafo único. Entende-se como Língua Brasileira de Sinais –Libras,a forma de comunicação e expressão, em que o sistema lingüístico de natureza visual-motora, com estrutura gramatical própria, constituem um sistema lingüístico de transmissão de idéias e fatos, oriundos de comunidades de pessoas surdas do Brasil.

  6. Fundamentos Históricos • Art. 2º Deve ser garantido, por parte do poder público em geral e empresas concessionárias de serviços públicos, formas institucionalizadas de apoiar o uso e difusão da Língua Brasileira de Sinais - Libras como meio de comunicação objetiva e de utilização das comunidades surdas do Brasil • Art. 3° As instituições públicas e empresas concessionárias de serviços públicos de assistência à saúde devem garantir atendimento e tratamento adequado aos portadores de deficiência auditiva, de acordo com as normas legais em vigor.

  7. Fundamentos Históricos • Art. 4º O sistema educacional federal, estadual municipal e do Distrito Federal devem garantir a inclusão nos cursos de formação de Educação Especial, de Fonoaudiologia e de Magistério, em seus níveis médio e superior, do ensino da Língua Brasileira de Sinais - Libras, como parte integrante dos Parâmetros Curriculares Nacionais - PCNs, conforme legislação vigente. • Parágrafo único. A Língua Brasileira de Sinais - Libras não poderá substituir a modalidade escrita da língua portuguesa.

  8. A Formação do Intérprete no Mundo • Há vários níveis de formação de intérpretes para surdos no mundo.Desde o nível secundário ao nível de mestrado, pessoas especializando-se para se tornarem profissionais mais qualificados. • Essa variação em níveis de qualificação reflete um desenvolvimento sócio-cultural da comunidade surda.

  9. A Formação do Intérprete no Mundo • Hansen (1991) apresenta aspectos ao desenvolvimento de intérpretes, como: • A aceitação da língua de sinais na sociedade e na educação dos surdos; • O direito das pessoas surdas a oportunidades sociais, educacionais e vocacionais como a maioria da sociedade; • A legalização do direito das pessoas surdas de terem disponíveis serviços de interpretação gratuitamente;

  10. A Formação do Intérprete no Mundo • O reconhecimento do intérprete de língua de sinais como um profissional qualificado com possibilidades de emprego e carreira; • A correspondência entre o número de intérpretes requeridos e a demanda; • Estabelecimento de cursos de formação de intérpretes com treinamento e educação formal.

  11. Formação de Intérpretes na Finlândia • Formação básica: prestar serviços de interpretação para surdos, surdo-cegos e pessoas ensurdecidas; • Cursos de curta duração para formação de intérpretes eram realizados pela Associação de Surdos,num total de 170 horas. • Os conteúdos desenvolvidos eram a informação teórica sobre surdez, reabilitação e serviços sociais para o surdo;os princípios éticos da interpretação e sobre a língua de sinais e como essa é usada na interpretação. Durante o curso, a interpretação é praticada e avaliada em pequenos grupos com a presença de intérpretes e instrutores surdos.

  12. Formação de Intérpretes na Finlândia • Cursos de longa duração são realizados por uma escola (Christian Community College in Turku) desde 1988. Exige como pré-requisito a realização de outros cursos. A parte teórica é muito mais longa que nos cursos de curta duração. • Conteúdos desenvolvidos inicialmente são várias aulas de língua de sinais. O treinamento inclui teoria e prática. • A parte teórica inclui informações sobre surdez, língua de sinais, interpretação, aspectos sócio-políticos e aspectos psicológicos. • A parte prática inclui encontros com pessoas surdas e a prática de interpretação. Os estudantes também aprendem como ensinar a língua de sinais e métodos especiais de comunicação com pessoas surdo-cegas e ensurdecidas.

  13. Formação de Intérpretes na Dinamarca • Necessidade de intérpretes em 1973, 10.000h de interpretação foram realizadas; em 1980, 20.000h; em 1982, 43.000h e em 1985, 55.000h. Esses serviços beneficiaram aproximadamente 2.500 pessoas surdas com um custo em torno de $ 1.500.000,00 por ano. • Cursos de formação de intérpretes são oferecidos pelo Centro de Comunicação Total em cooperação com o Colégio do Comércio; inclui dois anos de tempo integral; admite 20 alunos por ano. Os alunos entram no curso sem conhecimento da língua de sinais.

  14. Formação de Intérpretes na Dinamarca • Primeiro ano são 1200h aulas expositivas e 800h de língua de sinais. • Língua de Sinais tinha,comunicação, exercícios gramaticais, exercícios tatos-manuais e soletração. • No geral tinha,lingüística geral, bilingüismo, correntes educacionais, organizações para surdos (nacionais e internacionais), história da comunidade surda e sua cultura,línguas de sinais estrangeiras e internacional, gramática da língua de sinais,notação de sinais, desenvolvimento histórico da língua de sinais e dos sinais, causas e conseqüências da surdez.

  15. Formação de Intérpretes na Dinamarca • Segundo ano, ensino sobre a língua de sinais, interpretação, ética, métodos de interpretação, processos envolvidos na interpretação, além de aulas em laboratórios equipados com mesas, vídeo, fones e câmaras individuais para treinamento intensivo. • Atividades extras,são várias atividades com surdos fora da relação professor surdo e aluno (clube, esportes, etc.) são incentivadas.

  16. Formação de Intérpretes nos EUA • O Departamento de Lingüística e Interpretação da Universidade de Gallaudet instituiu um programa de mestrado para intérpretes com ênfase na interpretação da língua de sinais com a proposta de oferecer qualidade na formação do intérprete através de um programa interdisciplinar e multidisciplinar baseado nas habilidades de comunicação. • O programa de mestrado requer dois anos em tempo integral mais um verão. Requer que sejam completados de 52 a 58 créditos.

  17. Formação de Intérpretes nos EUA • Os Conteúdo são estudos com base em pesquisas sobre interpretação; ensino de princípios básicos de linguagem e comunicação; habilidades de tradução e técnicas para ensino de tradução e interpretação. O ensino inicia com atividades de tradução consecutiva e passa para tradução simultânea, observando vários graus de exigência até atingir o nível a que o curso se propõe.

  18. Formação de Intérpretes no Brasil • Não existem fórmulas de como formar intérpretes, portanto, um processo constante de reflexão e avaliação tornará realidade a formação desse profissional no Brasil. • Algumas das questões que devem ser consideradas ao se propor cursos de formação no Brasil são:

  19. Formação de Intérpretes no Brasil • Qual o nível de aceitação da língua de sinais na comunidade em Geral? • Quais as oportunidades sociais que a comunidade surda encontra em seu meio? • Qual a atitude da comunidade em geral diante do intérprete? • Os surdos sabem usar todas as possibilidades de atuação de um intérprete? • Qual o nível de integração existente entre os surdos e os intérpretes? • Quem são os intérpretes de língua de sinais? • Quais as condições que são oferecidas a esses intérpretes para atuarem? • Qual o nível de formação destes intérpretes? • Quais são os objetivos em um curso de formação de intérpretes? • Em que nível deve ser a formação dos intérpretes no Brasil? • Quem formará estes intérpretes?

  20. O Futuro Profissional Tradutor e Intérprete de Língua de Sinais • O intérprete de língua de sinais no Brasil é um profissional com uma carreira promissora. Considerando as conquistas em nível legal, o contexto sócio-histórico e o momento político atual, pode-se projetar um futuro brilhante para os futuros profissionais desta área. Há vários cursos de capacitação sendo ministrados em diferentes pontos do Brasil. • Tais cursos funcionam como cursos de validação, pois são voltados para àqueles profissionais intérpretes de língua de sinais que atuam sistematicamente sem nenhum tipo de formação formal. • Estão sendo propostos cursos seqüenciais, cursos de formação em nível superior com duração de dois a dois anos e meio. Esses cursos prevêem a formação de intérpretes oferecendo disciplinas que contemplam as competências e habilidades em relação às línguas envolvidas, as competências e habilidades técnicas e o domínio de conhecimentos específicos em relação à tradução e interpretação. • O profissional intérprete de língua de sinais será um profissional altamente qualificado e prestará serviços observando os preceitos éticos e suas competências nas áreas em que atuará como intérprete.

  21. O Intérprete deLíngua de Sinais • O que envolve o ato de Interpretar? • Envolve um ato cognitivo – lingüístico é um processo em que o intérprete estará diante de pessoas que apresentam intenções comunicativas específicas e que utilizam línguas diferentes .

  22. O Intérprete deLíngua de Sinais • Quem é intérprete em língua de sinais? • É o profissional que domina a língua de sinais e a língua falada do país e que é qualificado para desempenhar a função de intérprete. No Brasil, o intérprete deve dominar a língua brasileira de sinais e língua portuguesa. • Além do domínio das línguas envolvidas no processo de tradução e interpretação, o profissional precisa ter qualificação específica para atuar como tal.

  23. O Intérprete deLíngua de Sinais • Qual o papel do intérprete? • Realizar a interpretação da língua falada para a língua sinalizada e vice-versa observando os seguintes preceitos éticos: • Confiabilidade; • Imparcialidade; • Discrição; • Distância profissional; • Fidelidade.

  24. O Intérprete deLíngua de Sinais • O que acontece quando há carência de profissionais intérpretes? • A interação entre surdos e pessoas que desconhecem a língua de sinais fica prejudicada. As implicações disso são, pelo menos, as seguintes: • Os surdos não participam de vários tipos de atividades (sociais, educacionais, culturais e políticas); • Os surdos não conseguem avançar em termos educacionais; • Os surdos ficam desmotivados a participarem de encontros, reuniões, etc. • Os surdos não têm acesso às discussões e informações veiculadas na língua falada sendo, portanto, excluído da interação social, cultural e política sem direito ao exercício de sua cidadania; • Os surdos não se fazem "ouvir"; • Os ouvintes que não dominam a língua de sinais não conseguem se comunicar com os surdos.

  25. Alguns Mitos sobre o Profissional Intérprete • Professores de surdos são intérpretes de língua de sinais? • Não é verdade que professores de surdos sejam necessariamente intérpretes de língua de sinais. Na verdade, os professores são professores e os intérpretes são intérpretes.

  26. Alguns Mitos sobre o Profissional Intérprete • As pessoas ouvintes que dominam a língua de sinais são intérpretes? • Não é verdade que dominar a língua de sinais seja suficiente para a pessoa exercer a profissão de intérprete de língua de sinais. • Muitas pessoas que dominam a língua de sinais não querem e nem almejam atuar como intérpretes de língua de sinais. • Também, há muitas pessoas que são fluentes na língua de sinais, mas não têm habilidade para serem intérpretes.

  27. Alguns Mitos sobre o Profissional Intérprete • Os filhos de pais surdos são intérpretes de língua de sinais • Não é verdade que o fato de ser filho de pais surdos seja suficiente para garantir que o mesmo seja considerado intérprete de língua de sinais. Normalmente os filhos de pais surdos intermediam as relações entre os seus pais e as outras pessoas, mas desconhecem técnicas, estratégias e processos de tradução e interpretação, pois não possuem qualificação específica para isso.

  28. Resoluções do Encontro de Montevidéu • Em 2001, foi realizado um encontro internacional sobre a formação de intérpretes de língua de sinais na América Latina. Este evento foi realizado em Montevidéu, Uruguai, no período de 13 a 17 de Novembro com o apoio da Federação Mundial de Surdos. • Que foram apresentadas conclusões e recomendações feitas:

  29. Resoluções do Encontro de Montevidéu • Que a comunidade de pessoas surdas seja consciente da importância de sua própria língua e dos Intérpretes profissionais. • Que as associações e federações de pessoas surdas sejam fortalecidas em todos os aspectos, por si mesmas, e com o apoio de organismos públicos e internacionais. • Que em todos os países se reconheça a Língua de Sinais a nível • Que exista reconhecimento da profissão e titulação de Intérprete de Língua de Sinais. • Que exista reconhecimento da profissão e titulação de formador de Intérpretes de Língua de Sinais.

  30. Resoluções do Encontro de Montevidéu • Que se dê importância equivalente à Língua de Sinais e à Língua Oficial do pais. • Que os programas de formação incluam um estudo sistemático de ambas as línguas. • Que se estimule e favoreça a garantia à primeira língua. • Que a comunidade de pessoas surdas assuma um papel protagônico nos processos de investigação, junto com os especialistas. • Que exista um trabalho conjunto ente intérpretes e pessoas surdas na formação de futuros intérpretes e de futuros formadores de intérpretes.

  31. Resoluções do Encontro de Montevidéu • Que exista uma base de lineamentos gerais para planejar um curso de Língua de Sinais; • Que os quatro países que atualmente dispõem de cursos de Língua de Sinais e de formação de intérpretes (Argentina, Brasil, Colômbia e Uruguai) prestem seu apoio aos países que ainda não contam com estes cursos (Bolívia, Paraguai, Chile, Equador, Peru e Venezuela) para o qual cada um dos primeiros quatro designará a duas pessoas: uma ouvinte e outra surda especialistas em formação, que sirvam como formadores, assessores e consultores dos futuros agentes multiplicadores de cada um dos seis países.

  32. Resoluções do Encontro de Montevidéu • Os critérios para selecionar os agentes multiplicadores deverão ser desenvolvidos. A Federação Mundial de Surdos designará um especialista que será o coordenador de todo este processo. • Os agentes multiplicadores, com a ajuda do especialista coordenador, contribuirão para o estabelecimento de um programa de capacitação em Língua de Sinais e outro de Formação de Intérpretes em cada país. Estes programas poderão aplicar-se de forma seqüencial (primeiro um depois o outro) ou paralelamente (ambos programas de uma vez, considerando que, por exemplo, os intérpretes empíricos sejam os primeiros alunos dos cursos de Formação de Intérpretes).

  33. Código de Ética • É um instrumento que orienta o profissional intérprete na sua atuação.Justifica-se a partir do tipo de relação que o intérprete estabelece com as partes envolvidas na interação. • O intérprete está para intermediar um processo interativo que envolve determinadas intenções conversacionais e discursivas. Nestas interações, o intérprete tem a responsabilidade pela veracidade e fidelidade das informações. Assim, ética deve estar na essência desse profissional.O código de ética que é parte integrante do Regimento Interno do Departamento Nacional de Intérpretes (FENEIS).

  34. Código de Ética • Artigo 1º. São deveres fundamentais do intérprete: O intérprete deve ser uma pessoa de alto caráter moral, honesto, consciente, confidente e de equilíbrio emocional. Ele guardará informações confidenciais e não poderá trair confidencias, as quais foram confiadas a ele; • 2º. O intérprete deve manter uma atitude imparcial durante o transcurso da interpretação, evitando interferências e opiniões próprias, a menos que seja requerido pelo grupo a fazê-lo; • 3º. O intérprete deve interpretar fielmente e com o melhor da sua habilidade, sempre transmitindo o pensamento, a intenção e o espírito do palestrante. Ele deve lembrar dos limites de sua função e não ir além da responsabilidade;

  35. Código de Ética • 4°. O intérprete deve reconhecer seu próprio nível de competência e ser prudente em aceitar tarefas, procurando assistência de outros intérpretes e/ou profissionais, quando necessário, especialmente em palestras técnicas; • 5°. O intérprete deve adotar uma conduta adequada de se vestir, sem adereços, mantendo a dignidade da profissão e não chamando atenção indevida sobre si mesmo, durante o exercício da função;

  36. Responsabilidade Profissional • 8°. O intérprete jamais deve encorajar pessoas surdas a buscarem decisões legais ou outras em seu favor; • 9º. O intérprete deve considerar os diversos níveis da Língua Brasileira de Sinais bem como da Língua Portuguesa; • 11º. O intérprete deve procurar manter a dignidade, o respeito e a pureza das línguas envolvidas. Ele também deve estar pronto para aprender e aceitar novos sinais, se isso for necessário para o entendimento; • 12°. O intérprete deve esforçar-se para reconhecer os vários tipos de assistência ao surdo e fazer o melhor para atender as suas necessidades particulares.

  37. Situações Específicas da Área da Educação • Um aluno surdo universitário pede a você para fazer anotações quando ele não estiver presente na aula, uma vez que você será remunerado de qualquer forma. Qual seria a forma apropriada de proceder? • Se a sala tem janelas, onde o intérprete deve se sentar? • O que você deveria fazer ao perceber que o professor está delegando a você a responsabilidade de passar o conteúdo desenvolvido em sala de aula? • O "professor-intérprete" pode interferir com comentários a respeito do assunto durante as aulas?

  38. Regulamento para Atuação como Tradutor e Intérprete de Língua de Sinais • Em alguns estados brasileiros, surgiu a necessidade de regulamentar a atuação do profissional intérprete de língua de sinais. O estado do Rio Grande do Sul iniciou a capacitação de seus profissionais intérpretes em 1997 através de cursos certificados pela FENEIS/RS e pela UFRGS. Neste estado, desde 1988 são realizados encontros sistemáticos para discussão sobre a qualidade da interpretação e sobre os princípios éticos. Portanto, o estado do Rio Grande do Sul apresenta um histórico bastante interessante no sentido de organização deste profissional.

  39. Conceituação • Haverá três tipos de intérpretes: o profissional, o com atestado e o temporário. • O intérprete profissional deverá ter realizado o curso de intérprete pela FENEIS-RS e ter recebido o certificado emitido pela mesma, que o reconhece como profissional intérprete. • O intérprete com atestado ainda não tem o certificado, mas é fluente em LIBRAS e reconhecido pela FENEIS-RS como profissional intérprete. Este atestado terá validade até o próximo curso de intérprete promovido pela FENEIS-RS e/ou até 1 ano, podendo ser renovado. • Os intérpretes temporários são aqueles que atuarão em determinadas situações, com o respaldo de um certificado emitido pela FENEIS-RS para esta determinada situação. Após, seu certificado não será mais válido. • Todo intérprete deverá ser fluente em LIBRAS e Português (expressão e recepção). Isto é, deverá ser capaz de traduzir ou interpretar. Sugere-se que o intérprete aprenda outras línguas (sinais e/ou orais).

  40. Intérprete na sala de aula Inclusiva • O intérprete de língua de sinais é uma figura pouco conhecida no âmbito acadêmico. • Na busca de solucionar os problemas de comunicação enfrentados pelos alunos surdos, quando de sua inserção no ensino regular surgem propostas de reconhecimento de que estes necessitam de apoio específico, de forma permanente ou temporária, para alcançar os objetivos finais da educação e, então, devem ser oferecidos, apoios tecnológicos e humanos que contemplem suas possibilidades (Volterra, 1994). Um desses apoios humanos é o intérprete de língua de sinais, o qual foi incorporado há vários anos no espaço educacional.

  41. Intérprete na sala de aula Inclusiva • Quando se insere um intérprete de língua de sinais na sala de aula abre-se a possibilidade do aluno surdo receber a informação escolar em língua de sinais, através de uma pessoa com competência nesta língua. • Por outro lado, a presença de um intérprete de língua de sinais não assegura que questões metodológicas, levando em conta os processos próprios de acesso ao conhecimento, sejam consideradas ou que o currículo escolar sofra ajustes para contemplar peculiaridades e aspectos culturais da comunidade surda.

  42. Intérprete na sala de aula Inclusiva • O Artigo 12, § 2º da Resolução CNE/CEB nº. 2 (11/09/2001) e posteriormente a Lei nº. 10.436 (24/04/2002), sugerem a importância do intérprete, mas não prevêem explicitamente sua presença, o que implica na organização da comunidade surda e ouvinte para a obtenção desse recurso.

  43. O Papel do Intérprete na Escola • Stewart and Kluwin (1996). Na formação de intérpretes pouco é discutido em relação a sua atuação como intérprete educacional. Não se conhece muito sobre o que é feito em sala de aula e quais são os efeitos destas práticas. • Isso porque nas décadas de 1980 e 1990 aumentou muito o número de crianças surdas incluídas em escola regulares nos EUA e, conseqüentemente, a procura por intérpretes educacionais.

  44. O Papel do Intérprete na Escola • Por não haver número suficiente de profissionais formados, qualquer pessoa que soubesse língua de sinais e se dispusesse ao trabalho era potencialmente um intérprete educacional, ou seja, não sendo exigida nenhuma formação ou qualificação especifica, em muitos casos.

  45. O Papel do Intérprete na Escola • Schick faz uma avaliação em um grupo de intérpretes educacionais e os resultados indicam que os conteúdos são freqüentemente distorcidos e inadequados em relação à informação desejada. O vocabulário é, em geral, muito melhor que o desempenho dos intérpretes em aspectos gramaticais e discursivos. Argumentam que este modelo de inclusão favorece que um intérprete trabalhe em uma escola isolada, e que não tenha possibilidades de trocas freqüentes. O que ocorre na escola não é avaliado por ninguém, e todos os problemas escolares apresentados podem erroneamente ser atribuídos a dificuldades da criança.

  46. O Papel do Intérprete na Escola • O papel do intérprete é de ensinar língua de sinais, atender a demandas pessoais do aluno, cuidados com aparelho auditivo, atuar frente ao comportamento do aluno, estabelecer uma posição adequada em sala de aula, atuar como educador frente a dificuldades de aprendizagem do aluno) que o aproximam muito de um educador. • Os autores destacam que estas questões são particularmente preocupantes no ensino fundamental, que atua com crianças que estão adquirindo conceitos fundamentais, valores sociais e éticos, além de estarem em pleno desenvolvimento de linguagem.

  47. O Papel do Intérprete na Escola • No Brasil, pesquisas sobre intérpretes de línguas de sinais em sala de aula são escassas, já que este trabalho, quando é realizado, tem ainda um caráter experimental na maioria dos estados e municípios. A formação de intérpretes em Libras é algo recente e só aqueles que freqüentam os grandes centros têm acesso a essa formação, promovida pelas associações de surdos. • Ferreira (2002) aponta vários problemas semelhantes àqueles já levantados pelos autores estrangeiros. pois se espera que o intérprete seja um recurso mecânico de comunicação que não censura e nem transforma as informações, mas, que na realidade, precisa atuar como educador, muitas vezes.

  48. OBRIGADO PELA ATENÇÃO!

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