1 / 63

III Curso Nacional de Infecções Respiratórias BH, 2008 Marcelo Alcantara Holanda

Antibioticoterapia inicial nas Pneumonias Adquiridas na Comunidade: Novas diretrizes SBPT. III Curso Nacional de Infecções Respiratórias BH, 2008 Marcelo Alcantara Holanda marceloalcantara2@gmail.com Prof Terapia Intensiva e Pneumologia, Universidade Federal do Ceará

aysha
Télécharger la présentation

III Curso Nacional de Infecções Respiratórias BH, 2008 Marcelo Alcantara Holanda

An Image/Link below is provided (as is) to download presentation Download Policy: Content on the Website is provided to you AS IS for your information and personal use and may not be sold / licensed / shared on other websites without getting consent from its author. Content is provided to you AS IS for your information and personal use only. Download presentation by click this link. While downloading, if for some reason you are not able to download a presentation, the publisher may have deleted the file from their server. During download, if you can't get a presentation, the file might be deleted by the publisher.

E N D

Presentation Transcript


  1. Antibioticoterapia inicial nas Pneumonias Adquiridas na Comunidade: Novas diretrizes SBPT III Curso Nacional de Infecções Respiratórias BH, 2008 Marcelo Alcantara Holanda marceloalcantara2@gmail.com Prof Terapia Intensiva e Pneumologia, Universidade Federal do Ceará UTI respiratória, Hospital de Messejana, Fortaleza www.huwc.ufc.br

  2. SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA COMISSÃO DE INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS E MICOSES PNEUMONIA ADQUIRIDA NA COMNIDADE DIRETRIZES BRASILEIRAS – 2008 Tratamento, falência terapêutica, prevenção • EDITORES • Ricardo Amorim Corrêa • Fernando Lundgren • Jorge L. Pereira-Silva (*) • Rodney Frare e Silva • GRUPO III (*) • Alexandre Pinto Cardoso • Flávia Rossi • Manuela Cavalcanti • Marcelo Alcantara Holanda Cortesia::Dr Jorge Pereira

  3. Antibioticoterapia Inicial na PACQuestões revisadas • Avaliação da gravidade e fatores de risco para patógenos específicos • Terapia empírica vs dirigida • Necessidade de cobertura para atípicos – não graves • Terapia combinada vs monoterapia • Tempo ideal até a primeira dose • Resistência Pneumocócica

  4. Antibioticoterapia Inicial na PACQuestões revisadas • Avaliaçãodagravidade e fatores de riscoparapatógenosespecíficos • Terapia empírica vs dirigida • Necessidade de cobertura para (atípicos) – não graves • Terapia combinada vsmonoterapia • Tempo ideal até a primeira dose • Resistência Pneumocócica

  5. O primeiro passo na avaliação de pacientes com PAC Avaliação da Gravidade Grave Leve Moderada a grave † 21 a 54% † 5 a 25% † < 1 a 5% Hospitalização Hospitalização Ambulatorial Co-morbidade ? e/ou > 60 anos? Qualquer idade com ou sem co-morbidade 10% 20% sim Enfermaria não UTI ATS, 2001; SBPT, 2001 e 2004; ERS, 2005; IDSA / ATS, 2007

  6. Pneumonia adquirida na comunidade graveImportância da escolha do(s) antibióticos • Leroy et al, Intensive Care Med 1995;21:24 • 286 pac., mortalidade 28,5% • Terapêutica inicial eficiente c/ melhora em 72h • 194 pac., mortalidade: 11% • Terapêutica ineficiente nas primeiras 72h: • 92 pac., mortalidade: 60%

  7. Antibioticoterapia Inicial na PACQuestões revisadas • Avaliação da gravidade e fatores de risco para patógenos específicos • Terapia empírica vs dirigida • Necessidade de cobertura para (atípicos) – não graves • Terapia combinada vs monoterapia • Tempo ideal até a primeira dose • Resistência Pneumocócica

  8. Terapia empírica vs dirigida • Dirigida • Vantagens • Monoterapia • Menor chance de indução de resistências • Desvantagens • Maior risco de falhas • Empírica • Vantagem: Menos falhas por cobertura inadequada • Desvantagem: Maior chance de indução de resistência K. Stralin Usefulness of aetiological tests for guiding antibiotic therapy in community-acquired pneumonia. Int J of Antimicrobial Agents, 2008

  9. Estudo prospectivo, randomizado, aberto • Terapia dirigida vs empírica • 262 pacientes hospitalizados • Desfecho 1º: Tempo de internação

  10. Terapia empírica: β lactâmico + inibidor de β lactamase + Eritromicina IV

  11. ATS, 1993 MM van de Eerden, Thorax, 2005

  12. Recomendação Tratamento empírico vs dirigido • A seleção do esquema terapêutico inicial para pacientes com PAC deve considerar os microorganismos de maior prevalência e fatores de risco. • O tratamento inicial dirigido a patógeno(s), embora preferível, na maioria das vezes não é factível. • Nos casos em que se identifica o(s) agente(s) etiológico(s) nos pacientes hospitalizados a terapêutica pode ser dirigida SBPT, 2008

  13. - Rapidez - Praticidade PAC-Diagnóstico EtiológicoDetecção de Antígenos na urina • S. Pneumoniae positivo mesmo se culturas negativas • Legionella • antígeno urinário • Sens.:70 a 90% • Especif.: > 99% • Somente Legionella pneumophila sorogrupo1 • RIA e EIA (Binax Now) • BIOTEST – outros sorogrupos e espécies Benson RF J Clin Microbiol. 2000

  14. Antibioticoterapia Inicial na PACQuestões revisadas • Avaliação da gravidade e fatores de risco para patógenos específicos • Terapia empírica vs dirigida • Necessidade de cobertura para (atípicos) – não graves • Terapia combinada vs monoterapia • Tempo ideal até a primeira dose • Resistência Pneumocócica

  15. Antibioticoterapia Inicial na PACQuestões revisadas • Avaliação da gravidade e fatores de risco para patógenos específicos • Terapia empírica vs dirigida • Necessidade de cobertura para atípicos – não graves • Terapia combinada vs monoterapia • Tempo ideal até a primeira dose • Resistência Pneumocócica

  16. Quinolona, Macrolídeo, Ketolídeo vs. Betalactâmico ± IBL Participantes (n=6.749) 30 países Estudos (n= 2.000) Estudos (n=100) Estudos (n=20) Estudos (n=18) Mills GD et al. BMJ, doi:10.1136/bmj.38334.591586.82 (31 January 2005)

  17. Pró Anti- atípicos Pró β-lactâmicos Mills GD et al. BMJ, doi:10.1136/bmj.38334.591586.82 (31 January 2005)

  18. Pneumonias por Mycoplasma Pró Anti- atípicos Pró β-lactâmicos Mills GD et al. BMJ, doi:10.1136/bmj.38334.591586.82 (31 January 2005)

  19. Pneumonias por Chlamydia pn Pró Anti- atípicos Pró β-lactâmicos Mills GD et al. BMJ, doi:10.1136/bmj.38334.591586.82 (31 January 2005)

  20. Pneumonias por Legionella Pró Anti- atípicos Pró β-lactâmicos Cobertura para atípicos superior a β-lactâmico Mills GD et al. BMJ, doi:10.1136/bmj.38334.591586.82 (31 January 2005)

  21. Estudos (n=25) Participantes (n=5.244) “Anti-atípico” vs. Βeta-lactâmico Cobertura de antibióticos (atípicos vs. não-atípicos) Sem diferenças na mortalidade RR= 1,15 (95%CI 0,85-1,56) Robenshtok E et al. Cochrane Database of Systematic Reviers 2008; issue 2

  22. RecomendaçõesNecessidade de cobertura para atípicos • Em revisões sistemáticas não há evidências definitivas que comprovem a superioridade de esquemas terapêuticos com cobertura para atípicos vsβ-lactâmicos (monoterapia) em pacientes hospitalizados • Ensaios clínicos randomizados para comparar β-lactâmico (monoterapia) vsβ-lactâmico + (macrolídeo ou quinolonas), elegendo taxa de mortalidade como desfecho primário, são necessários. SBPT, 2008

  23. Antibioticoterapia Inicial na PACQuestões revisadas • Avaliação da gravidade e fatores de risco para patógenos específicos • Terapia empírica vs dirigida • Necessidade de cobertura para (atípicos) – não graves • Terapia combinada vs monoterapia • Tempo ideal até a primeira dose • Resistência Pneumocócica

  24. Antibioticoterapia Inicial na PACQuestões revisadas • Avaliação da gravidade e fatores de risco para patógenos específicos • Terapia empírica vs dirigida • Necessidade de cobertura para (atípicos) – não graves • Terapia combinada vs monoterapia • Tempo ideal até a primeira dose • Resistência Pneumocócica

  25. Objetivos da terapia combinada na PAC • Potencial sinergismo – sítios de ação distintos • Macrolídeos – efeito imunomodulador • Ampliar cobertura para atípicos e germes resistentes SBPT, 2008

  26. Estudoobservacional, prospectivo • Hospitalizados • βlactâmico + macrolídeo • vs • Quinolonas Antimicrobial Agents and Chemotherapy 2007

  27. Terapia combinada (BL+M) vs monoterapia (Quinolona): Mortalidade em 30 dias: 50% menor - pacientes com PSI V Antimicrobial Agents and Chemotherapy 2007

  28. Combination antibiotic therapy improves survival in patients with community-acquired pneumonia and shock Alejandro ER et al. Critical Care Med, 2007 • Estudo observacional, prospectivo, 33 UTIs na Espanha • 529 pacientes com PAC grave – UTI, 1/2 com choque • Sem diferenças nos pacientes SEM choque • Terapia combinada > monoterapia nos pacientes COM choque para sobrevida em 28d (RR, 1.69; 95% confidence interval, 1.09-2.60; p = .01) Mesmo ajustando para monoterapia adequada

  29. Estudo observacional, prospectivo, internacional (Brasil) • N:844 , PAC por S pneumoniae e bacteremia Grave Não grave Am J Respir Critical Care Med, 2004

  30. Recomendações Terapia combinada vs monoterapia • A terapia combinada não é superior à monoterapia em pacientes de baixo risco. • A terapia combinada deve ser recomendada para pacientes com PAC grave, sobretudo na presença de: - bacteremia, - insuficiência respiratória ou - choque SBPT, 2008

  31. Antibioticoterapia Inicial na PACQuestões revisadas • Avaliação da gravidade e fatores de risco para patógenos específicos • Terapia empírica vs dirigida • Necessidade de cobertura para (atípicos) – não graves • Terapia combinada vs monoterapia • Tempo ideal até a primeira dose • Resistência Pneumocócica

  32. Antibioticoterapia Inicial na PACQuestões revisadas • Avaliação da gravidade e fatores de risco para patógenos específicos • Terapia empírica vs dirigida • Necessidade de cobertura para (atípicos) – não graves • Terapia combinada vs monoterapia • Tempo ideal até a primeira dose • Resistência Pneumocócica

  33. Timing of antibiotic administration and outcomes for Medicare patients hospitalized with community-acquired pneumoniaHouck PM et al. Arch Intern Med 2004;164:637-44 • 13771 pacientes > 65 anos • Admitidos por PAC sem ATB prévio • Administração do ATB < 4 horas após chegada no Hospital • 60,9% dos pacientes • Mortalidade Hospitalar • 6,8% vs 7,4%, OR:0,85 (IC 95%:0,74 a 0,98) • Mortalidade em 30 dias • 11,6% vs 12,7%, OR:0,85 (IC: 0,76-0,95) • Tempo de internação > 5 dias • 42,1% vs 45,1%, OR:0,90 (IC:0,83 a 0,96)

  34. Antibiotic timing and errors in diagnosing pneumonia. Welker JA, Huston M, McCue JD. Arch Intern Med, 2008 • Revisão de 548 pacientes admitidos por PAC • Grupo 1 – Orientação para 1ª dose < 8h, n-255 (167 +/-120min) Dx correto: 62% • Grupo 2 – Orientação para 1ª dose < 4h, n-293 (158+/-93min) Dx correto: 54%

  35. Recomendações Tempo ideal até a 1ª dose de ATB • A antibioticoterapia deve ser instituída precocemente em pacientes com PAC, com o potencial de reduzir as taxas de mortalidade, o tempo de permanência hospitalar e os custos • A janela de tempo ideal até a primeira dose é discutível, sendo recomendável a administração “o mais precocemente possível”, devendo a mesma ser feita ainda no setor de admissão no hospital, sobretudo no serviço de emergência SBPT, 2008

  36. Antibioticoterapia Inicial na PACQuestões revisadas • Avaliação da gravidade e fatores de risco para patógenos específicos • Terapia empírica vs dirigida • Necessidade de cobertura para (atípicos) – não graves • Terapia combinada vs monoterapia • Tempo ideal até a primeira dose • Resistência Pneumocócica

  37. Antibioticoterapia Inicial na PACQuestões revisadas • Avaliação da gravidade e fatores de risco para patógenos específicos • Terapia empírica vs dirigida • Necessidade de cobertura para (atípicos) – não graves • Terapia combinada vs monoterapia • Tempo ideal até a primeira dose • Resistência Pneumocócica

  38. Revisão dos valores de MIC segundo o Clinical Laboratory Standards Institute -CLSI • Heffelfinger JD et al. DRSPTWG. ArchInternMed 2000; 160:1399-408 • Flávia Rossi, SBPT, 2008 - Diretrizes

  39. Recomendações Importância da resistência pneumocócica • Os estudos de vigilância mostram, à luz do CLSI 2008, que as cepas invasivas de S. pneumonia isoladas no Brasil são uniformemente sensíveis à penicilina • Somente a determinação da concentração inibitória mínima (CIM) interpretada à luz dos novos pontos de corte estabelecidos pelo CLSI 2008 permitem a caracterização de sua resistência SBPT, 2008

  40. IDSA / ATS Guidelines for CAP in Adults CID; 2007;44 (S2)

  41. PAC- Estratificação conforme a gravidade define o ATB inicial Monoterapia VO Macrolídeo ou Quinolona Semrisco de Pseudomonas Sem fatores de risco Ambulatoriais* *Amoxicilina (1 falha / 14 ttos)* VO Macrolídeo ou Quinolona +/- β lactâmico ? Co-morbidades fatores de risco Com risco de Pseudomonas Parenteral (IV) Monoterapia: Macrolídeo ou Quinolona Terapia combinada: β lactâmico + macrolídeo Hospitalizados não graves Terapia combinada IV β lactâmico + (macrolídeo ou quinolona) Grave UTI Terapia combinada IV: β lactâmico anti-pseudomonas e anti-pneumo + quinolona (levo 750mg ou cipro) Situações especiais SBPT 2004, 2008- IDSA / ATS, 2007

  42. Castanheira M et al. Microb Drug Resist. 2006; 12:91-8

  43. Farmacocinética e farmacodinâmica e ação das quinolonas C max C max MIC90 AUIC = AUC24 MIC90 AUC 24 Meia-vida Tempo acima da MIC 90 Forrest A et al. Antimicrob Agents Chemother 1993;37:1073-81

  44. Farmacocinética e farmacodinâmica e ação das quinolonas C max C max MIC90 3,0 AUIC = AUC24 MIC90 2,5 2,0 AUC 24 Meia-vida 1,5 Tempo acima da MIC 90 Levofloxacino 1,0 Moxifloxacino 0,5 Forrest A et al. Antimicrob Agents Chemother 1993;37:1073-81

  45. PAC caso 1 • 36 anos, masc., previamente hígido, ex-fumante • Há 03 dias tosse c/ exp. mucóide + dor torácica + dispnéia moderada + febre. • EF: Estado geral bom, eupnéico • PA:110 x 80mmHg FC:108 bpm f:24 irpm Temp.:39 C. AP:Normal • Leucócitos:25600/mm3 Qual o melhor esquema antibiótico inicial? Terapia oral: Macrolídeo ou quinolona VO

  46. PAC caso 1 • Claritromicina 500mg VO 12/12h por 10 d • Evolução : Melhora da tosse e diminuição da febre após 72h. Resolução dos sintomas ao final de 21d • Raio-X após • Sorologias: + Legionella sp 1:256 Gentilmente cedido pela Dra Rosali T Rocha, UNIFESP

  47. PAC -Caso 2 • 17 a, masc., má condição sócio-econômica • Na emergência: Tosse c/ exp. purulenta + febre + dor torácica • EF: P:136ppm f:50 irpm PA:110 x 60 • T:38oC Ht:30% Leucócitos:2.300/mm3 Plaq: 91.000 Ur:98 Cr:1,8 • PaO2/FIO2:126 Qual o melhor esquema antibiótico inicial? Terapia combinada β-lactâmico + macrolídeo IV

  48. PAC -Caso 1 • Internação em UTI • Ceftriaxona + azitromicina IV • Toracocentese - Empiema - drenagem • Hemocultura e cultura de L pleural: • S. Pneumoniae • Melhora após 2 semanas

  49. PAC -Caso 3 • 39 a, masc., etilista, ex-fumante • Há alguns dias tosse c/ exp. mucóide + alterações do nível de consciência. • EF: Admitido em VM com FC:140bpm PA:70x40 • T:35,8o Leu:1600/mm3 Plaq:36000 Ur:53 Cr:2,1

  50. PAC -Caso 2 • Ceftriaxone + Clindamicina + Levofloxacina • Evoluiu com choque refratário e óbito em menos de 24h • Aspirado traqueal: Klebsiella pn. Sensível ao esquema antibiótico • Necrópsia: Pneumonia grave + sepsis Aplicação tardia do antibiótico, de nada valeu a escolha foi correta

More Related